O divórcio começa no coração!

divorcio-apos-os-60-anos-fim-ou-recomeco-30-598Paulo diz que a Igreja é a esposa de Cristo. Ele usa esta referência e a traz para a realidade do matrimônio. Traz como mistério que jamais se esgota, e que é para nós referência para o relacionamento conjugal, como Cristo ama a Sua Igreja. Mas que amor é esse de Cristo para com a Sua Igreja? Deus se dá e dá coisas, Ele se alegra em se doar a nós. Deus Pai também se manifesta amando-nos no sofrimento.

A história da salvação de Deus para a Sua Igreja também se manifesta no sofrimento, Ele não nos deixa sofrer sozinhos. Ele sofre conosco. Hoje, no entanto, quero me prender a esse amor que dá coisas, porque andando pelo país toco na realidade de relacionamentos conjugais que caíram na rotina, esposas insatisfeitas, maridos que vivem de obrigações. Mas eis uma ordem na Palavra de Deus: doar-se à sua esposa como Cristo se doou pela Igreja nos gestos concretos de amor. Esse deve ser o amor do marido para com sua esposa.

Jesus ama Sua Igreja com o amor de surpresa, Ele nos surpreende sempre. O divórcio não começa diante de um advogado, ele começa bem antes, dentro do coração, quando a vida se torna uma rotina, quando um já não tem gesto concreto de amor para com o outro e falta partilha e oração.

O namoro é treino, o que você não vivencia no namoro, não vai viver no casamento. Deus nos dá, como referência, este mistério: o Amor de Cristo pela Igreja, que cuida e surpreende a Sua Igreja.

Hoje, neste dia, marido e mulher: caprichem no amor, com generosidade, com cumplicidade, com gestos concretos de amor. A vida conjugal precisa ser felicidade. Não queira ser feliz sendo egoísta, faça o outro feliz.

No casamento precisa haver transparência, porque desta forma vemos o outro, vemos a sua realidade e aí o acolhemos com gestos concretos. Deus se dá ao outro por intermédio de nós, de nossas atitudes.

Peçamos ao Espírito Santo que nos dê a graça de sermos instrumentos de felicidade também no nosso matrimônio.

São João Crisóstomo sugere aos homens recém-casados que falem assim às suas esposas: “Tomei-te em meus braços, amo-te, prefiro-te à minha própria vida. Porque a vida presente não é nada, e o meu sonho mais ardente é passá-la contigo, de maneira que estejamos certos de não sermos separados na vida futura que nos está reservada… Ponho teu amor acima de tudo, e nada me seria mais penoso que não ter os mesmos pensamentos que tu tens” (Catecismo da Igreja Católica, n. 2365).

Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova