O absurdo controle da natalidade

A QUE PONTO CHEGAMOS… 

Um província russa está  estimulando  a população a não ir ao trabalho para ter mais vida sexual e gerar filhos. A noticia foi publicada pela “Folha de São Paulo”, 13.7.2007, no  Caderno Mundo,  e diz que diante da angústia de uma taxa de natalidade nacional negativa, o governador da Província russa de Ulianovsk fez um apelo aos casais locais para que  faltassem ao trabalho ontem e usassem o tempo livre para fazer sexo.
Como estímulo, o governo anunciou que mulheres que tiverem bebês em exatamente nove meses -no dia nacional da Rússia, 12 de junho- poderão ganhar, entre outros prêmios, uma casa nova.
“Tanto faz se o bebê for menino ou menina”, disse a porta-voz da
administração regional Ielena Iakovleva. O governador, Sergei Morozov, chegou a pedir aos empregadores que dessem folga a seus funcionários ontem. “Precisamos de mais gente”, afirmou.

A iniciativa faz parte da campanha do Kremlin para aumentar a taxa de natalidade russa. O país tenta reverter a tendência de diminuição da população, que registra atualmente 700 mil pessoas a menos por ano. Com 141,4 milhões de habitantes, a Rússia conta com uma taxa de crescimento populacional negativa, de -0,48%, e com uma taxa de fertilidade de 1,39 filho por mulher, segundo projeções para 2007 do CIA Fact Book. É uma das mais baixas da Europa.  

O índice mínimo para que a população de um país fique estável é de 2,1 filhos/mulher. No Brasil este índice já chegou a 2,0; isto é, daqui para a frente o Brasil não crescerá mais em sua população; o que é um absurdo demográfico. Enquanto o Japão tem 310 pessoas por km quadrado, o Brasil tem apenas 20; isto é, quinze vezes menos.
Este é o terceiro ano que a região de Ulianovsk, onde nasceu Lênin,
dedica um dia para encorajar casais a fazer mais bebês. Em 2007, um recorde de 78 nascimentos foi registrado na maternidade do principal hospital local. Em 2006, o número foi de 26, segundo o médico Andrei Malikh. 

O mundo, lentamente, começa a se dar conta do perigo que representa o que os demógrafos estão chamando de “Inverno demográfico”; ou o que o Dr. Pierre Chaunu, da universidade de Paris, a Sorbone, chamava de “Suicídio demográfico”. 

Os historiadores afirmam que o Império romano veio a sucumbir no ano 476 sob os bárbaros em vista do alto controle da natalidade e do grande número de abortos. Algo semelhante se dá hoje na Rússia e em muitos outros paises, isto é, o número de abortos supera o número de nascimentos.  

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br 


Professor Felipe Aquino é viuvo, pai de cinco filhos. Na TV Canção Nova, apresenta o programa “Escola da Fé” e “Pergunte e Responderemos”, na Rádio apresenta o programa “No Coração da Igreja”. Nos finais de semana prega encontros de aprofundamento em todo o Brasil e no exterior. Escreveu 73 livros de formação católica pelas editoras Cléofas, Loyola e Canção Nova. Página do professor: www.cleofas.com.br Twitter: @pfelipeaquino