Do céu para você 37º dia do avivamento pessoal

Direcionamento 53 – A medida do sofrimento traz a medida do amor.

Ele, o Senhor, é quem decidiu nos amar primeiro – a decisão partiu Dele. Não somos merecedores, é bem verdade; porém, para que o amor fosse inaugurado, alguém precisava dar o primeiro passo. E Deus decidiu dar esse passo.
Essa verdade está registrada na Sagradas Escrituras através do Apóstolo João: “Nós amamos porque Ele nos amou primeiro” (1Jo 4, 19). Essa é, sem dúvida, a maior providência em sua vida.

Diante dessa palavra, o Espírito me recorda um acontecimento marcante em minha vida. Fui enviado em missão a uma cidade do interior do Mato Grosso do Sul, chamada Rio Verde, em 2015. Estava programada uma jornada missionária de quatro noites de oração com o povo daquela cidade, além de atendimentos de oração durante o dia. Pude ir à Câmara  Municipal da cidade, a convite do prefeito, e orar por ele e por sua equipe de trabalho. Foi um momento marcante, de grande batismo no Espírito sobre a vida daqueles homens constituídos. Mas o melhor ainda estava por vir.

Logo que cheguei à cidade, me informaram que eu ficaria hospedado em um convento dos freis capuchinhos, da mesma ordem de Santo Padre Pio – isso muito alegrou meu coração, pela devoção que tenho a esse santo. Já no convento, fui sendo apresentado aos freis que ali residiam, e o irmão que me apresentava aos freis me disse: “Aquele é o Frei Davi, muito devoto do Pe. Pio. Ele tem um temperamento bem parecido com o do Pe. Pio, tome cuidado com o que você vai dizer a ele…”.

Essa notícia, ao invés de me intimidar, me encorajou: eu queria partilhar com ele e comecei a pedir o Espírito e ao Pe. Pio que providenciasse o momento acertado para essa partilha. Todas as noites, quando terminava a noite de oração na igreja, eu voltava e o encontrava saindo da capela ou andando nos corredores. Às vezes ele estava na sala de TV, assistindo ao telejornal sozinho, mas eu sentia que ainda náo era a hora.

Até que, no penúltimo dia de missão, antes da pregação, lá estava ele, na capela do convento. Todos já estavam na igreja que fica ao lado e eu senti que havia chegado o momento oportuno para a minha abordagem. Entrei na capela, me pus ao seu lado e, após alguns instantes de silêncio, começamos a tão esperada partilha.

No ano anterior, eu havia ido a São Giovanni Rotondo, na Itália, cidade onde viveu o Pe. Pio, e pude orar diante do corpo incorrupto do santo, no dia de seu aniversário de nascimento, 25 de maio. Partilhei com o frei a experiência que vivi rezando diante daquele santo homem. Falei de minha vida familiar e missionária, e pedi que ele rezasse por mim. Foi quando ele decidiu abrir a “caixa de ferramentas do Espírito”e me disse: “A maior prova de amor de Deus por alguém é a quantidade de sofrimento que Ele envia a essa pessoa”. Eu fiz uma cara de quem não havia entendido nada e lhe perguntei: “Não entendi, frei…Como assim?”.

Ele emendou: “Como vocês, mais novos, são lentos para as coisas do Céu! Quando João Batista cumpriu sua missão, batizando Jesus, na mesma hora o Pai disse em alta voz: ‘Esse é o Meu Filho muito amado, no qual eu pus o meu amor’ (Mt 3,17). Agora olhe para a cruz, Evandro”.
Ao olhar, ele me disse: “Por acaso o Pai amou alguém mais que o próprio Filho? Esse sofrimento encerrado na cruz é o resultado do grande amor do Pai para com o Filho. Deus enviou o maior sofrimento àquele que Ele mais amou”.

Eu fui constrangido naquele momento com o amor do Pai por mim. Ao final, o Frei Davi me fez um pedido: “Eu completei, nesse ano, sessenta anos de vida religiosa, e dia 8 de dezembro de 2015 completo cinquenta anos de sacerdócio. Reze por mim, Evandro, para que eu seja fiel aos sofrimentos, por amor ao Senhor”.

Assim acontece e continuará acontecendo conosco, caro irmão que responde ao amor do Senhor: os sofrimentos serão inevitáveis, mas o amor vencerá. A medida do sofrimento traz a medida do amor, e vice-versa. Quanto mais se ama, mais se sofre, e quanto mais se sofre, mais amor precisamos exprimir – tudo em favor do Reino.
Não refute, não fique choramingando pelos cantos, não “publique” seus sofrimentos; apenas viva-os e “o Pai que te vê no oculto te recompensará” (Mt 6, 4).

Lectio Divina: Eclesiastes 2, 11-26

Examinei todas as obras de minhas mãos e a fadiga que me custou realizá-las; tudo resultou vaidade e caça de vento, nada se aproveita sob o sol.
O que fará o homem que sucederá ao rei? O que já havia feito. Pus-me a examinar a sabedoria, a loucura e a insensatez, e observei que a sabedoria é mais proveitosa que a insensatez, como a luz é mais proveitosa que as trevas. O sábio leva os olhos no rosto, o néscio caminha em trevas. Mas compreendi que uma sorte comum toca a todos e eu disse a mim mesmo: a sorte do néscio será minha sorte; para que fui sábio? O que ganhei? E pensei comigo mesmo: também isso é vaidade. Pois jamais alguém se lembrará do néscio nem tampouco do sábio, já que nos anos vindouros tudo estará esquecido. Ai! Há de morrer tanto o sábio quanto o néscio!

E assim detestei a vida, pois achei mau tudo o que se faz sob o sol, tudo é vaidade e caça de vento. E detestei o que fiz com tamanha fadiga sob o sol, pois tenho de deixá-lo a um sucessor, quem sabe se será sábio ou néscio? Ele herdará o que me custou tanto esforço e habilidade sob o sol. Também isso é vaidade.
E acabei desenganado de todo trabalho que me afadigou sob o sol. Há quem trabalha com sabedoria, ciência e acerto, e tem que deixar sua porção a alguém que não trabalhou. Também isso é vaidade e grave desgraça. Então, o que aproveita o homem de todos os trabalhos e preocupações que o afadigam debaixo do sol? De dia sua tarefa é sofrer e penar, de noite sua mente não descansa. Também isso é vaidade.

O único bem do homem é comer e beber, e desfrutar do produto de seu trabalho, e mesmo isso eu vi que é dom de Deus.
Pois, quem come e desfruta sem permissão Dele? Ao homem que Lhe agrada Ele dá sabedoria, ciência e alegria: ao pecador Ele dá como tarefa juntar e acumular, para o dar àquele que agrada a Deus.

Veja também:

Devocionário Profecia do Avivamento

Follow @avivamentocn

 

 

Comentários

Deixe seu Comentario