O início de tarde era agradável no Rio de Janeiro, dia ensolarado mas não muito quente. Estávamos com fome, eu e Dijanira. Tínhamos trabalhado até mais tarde na Rádio Fluminense e caminhávamos rumo ao restaurante conversando e aproveitando o horário do almoço, quando ouvimos uma batida de carros. Bem ao nosso lado um carro da Polícia Militar batia incansávelmente numa pick up. A cena me deixou em choque, até que começou um tiroteio e a Dija me puxou pela mão.

Estávamos no quarteirão de um conhecido jornal carioca e empurradas pelo fluxo de pessoas, entramos na recepção do jornal. Pela vidraça assistimos a todo o tiroteio, se tratava de fugitivos de um presídio sendo perseguidos por policiais. Por fim os bandidos saíram correndo e a polícia correu com eles pra bem longe dali. Em nenhum momento a Dija soltou minhas mãos, nós estávamos até com as mãos doendo de tanto que apertamos uma a mão da outra.

Passado o perigo fomos agradecer o segurança que permitiu que nos refugiássemos ali e o convidamos pra conhecer a Casa de Missão da Canção Nova que ficava uns quarteirões à frente. Quando soube que não éramos funcionárias do jornal, ele nos disse que se soubesse disso não permitiria que entrássemos…

Passado o susto eu e Dija retomamos nosso caminho até o tão esperado almoço agradecidas a Deus por estarmos vivas e por termos uma a outra. Enxergamos também nesse fato um sinal de que Deus nos escolhia pra interceder uma pela salvação da outra e firmamos um propósito de que entraríamos juntas no Céu de mãos dadas. O fato aconteceu em 2002. Logo depois fui remanejada para a missão de São Paulo e nunca mais morei na mesma missão que a Dija.

Este ano tive a graça de visitar a casa da Dijanira que já é uma “senhora casada” e mora na Missão CN de Fátima, Portugal. Como foi bom perceber que mesmo na distância continuamos unidas em oração por nossa salvação e pelo resgate de tantas almas.

Obrigado Dija, te amo!

Dijanira Silva - Missão CN Fátima - PT

4 Comentários

  1. Pingback: Ana Lucia CN

  2. Maria Luiza Rodrigues

    Muito profundo o que vc relatou a sua missão com Dijanira, no Rio, em 2002. O segurança do tal jornal não sabe o que ele perdeu ou está perdendo por não conhecer a casa de missão da CN, no Rio. Sou sócia da CN há seis anos. Contribuo pelo deb.automático e faço o meu “algo a mais” adquirindo produtos de DAVI. Sempre a vejo nas celebrações das Santas Missas na CN e acho sua voz maravilhosa, e vc é de uma simpatia contagiante. Que Deus a bençoe em sua missão. Maria Luiza-Natal/RN.

  3. Aninha, minha querida irmã, você é linda!
    Obrigada pela partilha, ela atualiza a ação de Deus em nossa vida. Foi isso mesmo que aconteceu, lembro-me bem…rs
    Enquanto lia seu texto, fui lembrando de tantas coisas boas que vivemos juntas e sou grata. “Amizade talvez seja isso”, uma comunhão tão forte que o tempo nem a distancia conseguem apagar. Lhe amo e vamso juntas de maãos das para o Céu sim. Um passinho de cada vez, dia após dia.

  4. ANA EU TE ACOMPANHO SEMPRE PELA TV NO DIA 12 DE SETEMBRO VOÇE CONTOU UMA MUSICA LINDA NO PROGRAMA DE MÃOS UNIDAS COMO CHA A MUSICA ESTOU TENTANDO DESCOBRIR MAS ESTA MUITO DIFICIL ME MANDA O NOME OR FAVOR!! THAU UM GRANDE ABRAÇO…

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