No último fim de semana fui em “missão” ao Rio de Janeiro cuidar da minha avó que está hospitalizada. O que ela tem? 100 anos!
Está hospitalizada pelos cuidados que uma “jovenzinha” como ela precisa, e lá deve ficar por mais alguns dias, mas de saúde está bem.
Passei na casa do meu avô, que tem aproximadamente 102 anos, pra buscá-lo para visitar a vovó. Quando lá chegamos ele estava todo arrumado, cheiroso, penteando o cabelo, e eu brinquei: “Aonde você vai todo chic desse jeito?” Prontamente ele me respondeu: “Namorar! Hoje é sábado, vou na casa da minha namorada”.
No trajeto até o hospital ele foi ansioso, como todo “jovenzinho de 102 anos” que vai visitar a namorada após 70 anos de casados rsrsr
Logo que chegamos ele foi beijar a vovó, foi lindinho de ver. No ouvido dela ele disse:
“Se eu pudesse te pegava nos braços e te tirava desse hospital”.
Frase que ela repetiria pelo resto do dia.
Na identidade 100 anos, no coração a idade do amor!
Pensei em mim e no Carlos daqui ha algumas décadas, tudo passa só fica o amor. Lembrei da minha avó amassando o feijão no prato do meu avô todos os dias, nos pequenos gestos de carinho que os anos não levaram do relacionamento deles e encontrei nas palavras do meu avô a receita desse amor: mesmo depois de 70 anos de casamento ele ainda a enxergava como aquela jovenzinha por quem se apaixonou no primeiro olhar, e sabia que todos os dias seria preciso conquistá-la, mesmo que isso se desse num quarto de hospital…