Por uma boa causa faço uma pausa nos posts da Terra Santa pra homenagear alguém que faz toda a diferença em minha vida, presente de Deus, meu noivo Carlos Biajoni.

A comemoração do dia dos namorados aumenta a renda no comércio, desespera os solteiros e sem perceber corremos o risco de banalizar esse sentimento tão nobre e especial: o amor.

Levou um tempo e alguns relacionamentos até que eu compreendesse o significado da presença de alguém especial do meu lado e o que é o amor de verdade. O amor não tem nada a ver com os filmes, novelas e o tão famoso ”foram felizes para sempre”. A não ser que você buque uma mera diversão ou passa tempo, e isso não é amor.

Na minha adolescência eu namorei pouco, mas foram relacionamentos longos. Sou filha de pais separados e todos os meus namoros tiveram a autorização da minha mãe pra acontecer e eu costumava namorar em casa, junto com a família. Sempre que começava um novo relacionamento dentro de mim ressurgia aquele sonho de me casar, ter filhos…mas quando a coisa ia ficando séria eu pulava fora. Aos poucos as brigas, as diferenças tomavam conta daquele encantamento inicial e o que começava com beijinho virava frustração.

Estando na Canção Nova como consagrada, tive a oportunidade de buscar com profundidade a cura da minha história afetiva, e o próprio convívio com os irmãos de comunidade foi me lapidando. Depois de 7 anos de CN encontrei o Carlos, meu noivo.

Me encantei pelo Carlos, pelo homem de Deus que ele é, e por aqueles olhos verdes lindos rsrs mas foi com o tempo que descobri que o amava. Aquele encantamento do início, que faz com que você pense o tempo todo no outro, sonhe com o amado e faz corações saírem dos olhos hahaha também aconteceu conosco e acontece ainda, mas ele vai amadurecendo à medida que ultrapassa as brigas, as decepções e vai se consolidando entre o casal.

Com o tempo o Carlos foi conhecendo meus limites e eu os dele. Aquele medo inicial de perder o ser amado foi passando, e aí eu não tinha mais medo de mostrar pra ele quem eu era de verdade. Foi difícil, dureza…mas foi o princípio do amor.

Não dá pra amar quem você não conhece de verdade e nem dá pra matar o encantamento. Aquele friozinho na barriga, o sonho, o coração batendo mais forte precisam ser cultivados ao longo do tempo.

O Carlos sempre me lembra dos fatos que marcaram nossa história e me ensina a me exercitar assim também. Quando relembramos a história, seja através de uma comida, ou música…o amor se renova entre nós.

Estamos na reta final, já sonhando e rezando por nosso casamento. Não duvido de que o Carlos é o homem que Deus fez pra mim. Sabemos que no casamento as diferenças se evidenciarão…e o amor também!

Você que está solteiro (a) nesse dia dos namorados, não se desespere! O amor de verdade é cultivado na paciência, oração e espera.

Termino com um trecho discurso do Papa para as famílias em Milão no último dia 2:

”No Rito do Matrimônio, a Igreja não diz: “Estão apaixonados”, mas “quer”, “está decidido”. Isto é: a paixão deve se transformar em verdadeiro amor, envolvendo a vontade e a razão num caminho, que é aquele do noivado, de purificação, de maior profundidade, é assim que realmente todo homem, com todas suas capacidades, com o discernimento da razão, a força de vontade, diz: “Sim, esta é a minha vida”.
Eu penso sempre nas bodas de Cana. O primeiro vinho é muito bom: é o namoro. Mas não dura até o fim, deve vir um segundo vinho, isto é deve fermentar e crescer, amadurecer.”

Deus te abençoe!

1 comentário

  1. Amei Ana, suas colocações e um pouco de sua historia… Deus abnçõe desde já o seu caminho matrimonial. Em Cristo Jesus, meu abraço fraterno!

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