Escreve Francisco Xavier Nguyen Van Thuan, recordando-se dos tempos que passou na prisão:

“Ali houve dias em que, reduzido ao maior cansaço, à doença, não consegui rezar uma única oração!
Vem-me à lembrança uma história, a do velho Jim. Todos os dias, às doze horas, Jim entrava na igreja, não mais do que dois minutos, depois saía. O sacristão era muito curioso e, um dia, deteve Jim e perguntou-lhe:
– Porque vem aqui todos os dias?
– Venho para rezar.
– Impossível! Que oração você pode fazer em dois minutos?
– Sou um velho ignorante, rezo a Deus à minha maneira.
– Mas o que é que você diz?
– Digo: Jesus, eis-me aqui, sou o Jim. E vou-me.
Passam os anos. Jim, sempre mais velho, doente, entra no hospital, na enfermaria dos pobres. Parece que Jim vai morrer depressa. O padre e a freira enfermeira estão perto de sua cama.
– Jim, diga uma coisa: porque é que, desde que você entrou nesta enfermaria, tudo mudou para melhor, e as pessoas ficaram mais contentes, felizes e amigas?
– Não sei. Quando eu posso caminhar, vou aqui e ali, visitando a todos, saúdo toda a gente, chamo toda a gente, faço-os rir, faço-os felizes. Com o Jim estão todos sempre felizes.
– Mas porque é que você é feliz?
– Vocês, quando recebem uma visita todos os dias não se sentem felizes?
– Certamente. Mas quem é que o visita? Nunca vimos ninguém.
– Quando entrei nesta enfermaria pedi duas cadeiras: uma para você e outra para o meu visitante, não vêem?
– Quem é o seu visitante?
– É Jesus. Antes eu ia à igreja visitá-lo, agora já não posso. Então, às doze hoiras, Jesus vem.
– E o que é que Jesus lhe diz?
– Diz: Jim, eis-me aqui, sou Jesus…
Antes de morrer, vimo-lo sorrir e fazer um gesto com a mão em direcção à cadeira próxima da sua cama, convidando alguém a sentar-se. Sorriu de novo e fechou os olhos”.

Você está preparado para morrer?

Ontem tirei a noite pra essa prática tão necessária: O Retiro da Boa Morte. Foi só mencionar no twitter que todos perguntaram o que significa.

Sempre é hora de arrumar o guarda roupas, tirar o que é velho, fazer aquela faxina.

Na Canção Nova aprendemos com Monsenhor Jonas Abib a todos os meses recorrer a esta prática de espiritualidade.

Papéis, roupas, entulhos, bijouterias, trecos, tranqueira, agendas, livros, sapatos…mais sapatos e papéis….se você morresse hoje, seus parentes teriam que jogar fora muita coisa inútil?
A proposta é essa: Olhe para o seu guarda-roupas, suas gavetas, retire tudo o que não condiz com sua vida nova. E mais, olhe para seu interior. Busque a confissão, direção espiritual, peça perdão…é se rever mesmo!

Limpar o guarda roupas e o coracao!
Bom retiro pra você!

Casa de Campo de Zacarias e Isabel

Haveriam muitos outros lugares para abordarmos aqui e em outras ocasiões poderemos voltar a falar sobre peregrinações. Encerrando nossa peregrinação à Terra Santa, chegamos à região montanhosa, um dos meus lugares preferidos: Ein Karen.

“Naqueles dias, Maria partiu para a região montanhosa, dirigindo-se, às pressas, a uma cidade da Judéia. Entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança se agitou no seu ventre, e Isabel ficou cheia do Espírito Santo.  Com um grande grito exclamou: Você é bendita entre as mulheres, e é bendito o fruto do seu ventre! Como posso merecer que a mãe do meu Senhor venha me visitar?” Lc 1, 39-43

Já na chegada daquela que seria a casa de campo da família, encontramos uma fonte da época de Isabel e Zacarias, que foi preservada mas não tem água potável. Passando a ponte temos 90 degraus, que Barluzzi fez para recordar os 90 dias que Maria passou com Isabel. A vista lá de cima é fantástica! No portal de entrada vemos as figuras dos anfitriões: Zacarias e Isabel, a imagem do encontro de Isabel e Maria grávidas e o Magnificat em várias línguas.

Na primeira Igreja que encontramos, vemos a pedra onde Isabel pela tradição de acredita que Isabel se escondeu com João Batista no massacre dos inocentes, e na segunda as pinturas ilustrando os concílios onde foram determinados os dogmas de N. Senhora.

Um detalhe: nos bancos desta segunda igreja, vemos discretamente a figura simática de um cachorro. Figura esta que se repete como uma marca de Barluzzi, como símbolo de fidelidade.

Em outro ponto da aconchegante vila, que diga-se de passagem tem um centro de estudos e apresentações musicais, encontramos a Igreja construída sobre a casa do nascimento de João Batista, onde vemos a gruta onde ele nasceu e um Caravaggio retratando o profeta.

Gruta do Nascimento de João Batista

É impossível contar apenas com posts a beleza de uma peregrinação como esta. Não há fotos ou filmagens que expressem a beleza de estar onde andou, viveu, morreu e ressuscitou.

Entre em contato com a Obra de Maria e garanta já essa experiência que vai mudar sua espiritualidade. Por telefone: (012) 3186 2055 ou pelo e-mail peregrinacoes@cancaonova.com

Sala de Pentecostes e da Instituição da Eucaristia

Estamos quase encerrando nossa peregrinação. Hoje temos no roteiro a Sala de Pentecostes e a Basílica da Dormição de N. Senhora.

A sala do primeiro Pentecostes, onde Maria e os Apóstolos receberam o Espírito Santo era um ponto estratégico para eles naquele tempo. Um lugar seguro onde costumavam se reunir com Jesus para a Ceia e renovar as forças.

Falando em ceia neste mesmo lugar, no andar superior, aconteceu a Última Ceia, o lugar da instituição da Eucaristia. Pensando assim, deixamo-nos conduzir pelo Espírito Santo, presenta viva e muito forte neste lugar, começamos a rezar com a palavra de At,2.

“Quando chegou o dia de Pentecostes, os discípulos estavam todos reunidos no mesmo lugar. De repente, veio do céu um ruído como de um vento forte, que encheu toda a casa em que se encontravam. Então apareceram  línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles…”

Este mesmo Espírito Santo que nos conduz à Vontade de Deus, à Igreja, à Eucaristia, nos fortalece e nos dá coragem de testemunhar a fé como deu aos discípulos, que deixaram o medo para anunciar Jesus Cristo.

Imagem da Dormição de N. Senhora

Saindo dali encontramos a Basílica da Dormição de N. Senhora. O lugar onde a Virgem adormeceu e de onde foi levada até os pés do Monte das Oliveiras para dali ser assunta ao Céu.

Aqui encontramos uma Igreja linda, como mosaicos belíssimos. Destaco o da Virgem de Pentecostes, que marcou muito nossa peregrinação.

Virgem de Pentecostes

Abaixo do salão central vemos uma imagem da Virgem adormecida, transparecendo a ternura e tranquilidade de que espera a manifestação de Deus, e ao redor vários títulos de Nossa Senhora representados em mosaicos.