Essa semana Deus falou comigo, enquanto eu assistia a um documentário de uma cantora da MPB da atualidade, filha de uma grande cantora e de um dos melhores arranjadores da música brasileira hoje. No documentário ela e seus irmãos, todos trabalham com música, contavam a experiência de crescer em um lar musical e o quanto isso influenciou a vida e carreira deles.
Eles contavam que nunca viram o pai sem trabalhar, mesmo nos dias de folga em casa o pai trabalhava, e trabalhava duro. Aquela imagem de que músico não trabalha é completamente equivocada.
O pai lhes dizia desde a infância: As pessoas se divertem com a sua música, mas você não deve se esquecer de que está trabalhando, e que seu trabalho precisa ser feito da melhor forma, com o máximo de profissionalismo o tempo todo. Imagina nós, ministros de música…através do meu ministério as pessoas mais do que se divertirem, se encontram com Deus.
E o filho continuou narrando que perto do pai não se falava mal de nenhum músico, fosse cantor, instrumentista, afinado ou desafinado. Perto do pai não se falava mal do trabalho de nenhum músico. Foi aí que eu me questionei até que ponto com o meu ponto de vista eu matei o ministério do outro. Talvez a pessoa não seja tão afinada, ou tão bom animador…mas não cabe a mim julgar isso.
“A mesma medida que você usa para os outros, será usada para vocês”. (Lucas 6, 36-38 )
Não posso esquecer que sempre estamos em crescimento. Tenho experimentado o “burilar” da missão. Não digo grandes shows, mas a simplicidade da visita a um grupo de oração, o contato com as pessoas mais simples, a forma como a minha música chega ao coração das pessoas e as impulsiona a Deus, isso tem me formado e creio que esta seja a via que Deus escolheu neste tempo pra mim. Eu tenho muito o que crescer, preciso estar aberta a isso e colaborar com Deus neste processo, e não é julgando os outros que isso vai acontecer em mim (nem nos outros).
Não tiro aqui o mérito de uma crítica construtiva. Quando tenho oportunidade, podendo dizer uma palavra de crescimento ao outro, com caridade e sabedoria, eu o faço, mas não devo esquecer que quem está neste ministério está combatendo na mesma guerra que eu, e está em crescimento.
É um desafio que hoje eu assumo para mim, sei que Deus tem muitos frutos para o meu ministério a partir dessa nova postura que eu assumo.
Deus abençoe o seu ministério!