Hoje de manhã encontrei um pacote de beijú na cozinha da minha casa. Não sei como ele foi parar lá mas enquanto eu o devorava viajei no tempo…
No auge da minha adolescência, logo que fiz a experiência do meu encontro pessoal com Jesus, eu e os meus amigos do Grupo de Oração, tínhamos o hábito de visitar a casa do Gleison, um amigo (hoje consagrado na Comunidade Shalom) que morava na roça, da roça, da roça…resumindo a história, Agulha dos Leais, em algum ponto perdido no interior do Rio de Janeiro.
Nós pedalávamos por 1 hora em busca do beijú. Cada um chama como quer…bijú, beijú, farofa…mas na minha terra (que não é a Paraíba) chamamos beijú.
A família do Gleison cultivava mandioca e tinham uma cooperativa artesanal. Era um galpão grande onde trabalhavam juntos, e eu não me esqueço da chapa bem grande, em cima do fogão de lenha onde faziam essa especiaria. Diga-se de passagem que o tal beijú se come com café.
Quando a gente tem esse encontro pessoal com Cristo, o mundo fica diferente, somos pouco exigentes e a alegria de estar com irmãos de caminhada basta pra fazer uma tarde ser realmente feliz…passados alguns anos vamos ficando cheios de nhemnhemnhem…mas sempre é tempo de voltar ao primeiro amor!
Numa dessas tardes, com o meu amigo Gleison, fiz a primeira música da minha vida, que a minha irmã (de sangue) Aline Rocha, fez o favor de desenterrar e gravar em seu DVD. Supremo Amor.