Falar com Deus é simples, a gente é que complica tudo. Tem uma música que diz; “Se eu quiser falar com Deus tenho que ficar a sós, tenho que apagar a luz…” e daí o autor vai enumerando um monte de coisas que precisa fazer…licença poética à parte, o caminho pra falar com Deus é simples, se não for assim questione com que deus estão querendo que você fale.

Deixai vir a mim as crianças, e não as impeçais, porque delas é o reino de Deus. Lc 18,16.
Me impressiona a capacidade de expressão das crianças…elas falam do que sentem, do que trazem no coração, e tudo com muita simplicidade. As vezes nem precisam falar e já sabemos o que lhes passa no coração.
Deus não precisa das suas palavras pra saber como você está, nós é que precisamos lhe falar de nós para tomarmos consciência de como estamos.
Rezar é conversar com um amigo, nosso melhor amigo. Sem cerimônias, sem medo, porque o amigo nos conhece, nos entende e nos ama.
Estreite essa amizade com o Senhor, dedique tempo à essa amizade. Só dedicando tempo ao Senhor vamos conhecê-lo e saber o que lhe agrada.
Deus te abençoe


Todos nós gostaríamos de exclamar: “Não tenho inimigos! Dou-me muito bem com todos!”. A realidade nos mostra que, via de regra, todos temos uma pedra no sapato. Há sempre alguém que nos espicaça e nos tira o bom humor. Na maior parte das vezes é por motivos fúteis. Alguém é frontalmente contra nós por causa do nosso jeito, porque a nossa fisionomia lembra a de um conhecido adversário, porque deixamos de atender um pedido que envolvia corrupção, porque não somos do partido tal…

Posso dizer, pessoalmente, que despertei vários inimigos irreconciliáveis por ter tomado posição em favor daquilo que é ensinamento de Cristo. Outras vezes, não foi possível atender uma solicitação, inteiramente de interesse pessoal, por contrariar o bem comum. Eu tenho muitíssimos amigos. Sinto uma onda de simpatia pela minha pessoa, mas não posso dizer que não tenho inimigos. Existem alguns poucos que me odeiam. Às vezes, nem eles sabem direito o porquê. Chego a gemer na dor: “Salva-me, Senhor, dos meus inimigos” (Sl 143,9).

Fico conjeturando: “Por que passamos por essa provação de encontrar alguém que nos detesta?”. O primeiro motivo pode ser nós mesmos, quando prejudicamos alguém irremediavelmente. Neste caso, estejamos abertos para um reatamento da amizade. Todos temos um dia em que cometemos algum erro. Entre os que tomam a iniciativa de nos odiar (sim, isso existe), quem são os nossos inimigos? Não são diretamente os ateus, os espíritas, os evangélicos; são aqueles que deveriam ter um vínculo conosco. “Os inimigos do homem são os da sua casa” (Mt 10,36).

A definição das nossas ideologias costuma ser outro fator de desunião. Os  amigos vão até ficar estupefatos com minha afirmação, mas um divisor de águas é uma velha ideologia do século XIX. Trata-se do socialismo. A partir dele o homem de Igreja é classificado de “avançado”, “libertador”, “retrógrado”, “tridentino”, “moderno”, “atualizado”, “amante dos ricos” ou “inteligente”.

O critério não é o Evangelho. Em muitos casos, somos obrigados a conviver com tais pessoas sem esperança de reconciliação e rezar por elas. Mas a pergunta, diante de muitos casos inexplicáveis, sempre permanece: “Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 22,7).

Dom Aloísio Roque Oppermann scj
Arcebispo de Uberaba – MG

eu e Nara durante gravação do dvd Livrai-nos do Mal


Era uma tarde normal de 2002, eu estava no estúdio da Canção Nova FM apresentando um programa e interagindo com os ouvintes pelo extinto Chat CN. Ela parecia uma ouvinte comum, interessada em pedidos musicais e promoções…mas não demorou muito pra eu perceber algo diferente na NaraCF.

Meses depois, eu já estava na missão CN do Rio de Janeiro e reencontrei a Nara, agora ao vivo, tocando violão na casa de missão. O tempo e nossas partilhas alicerçaram uma amizade muito maior do que eu poderia imaginar.

Muitas vezes a Nara me ajudou a enfrentar desafios em minha vocação, família… e foi sinal da Vontade de Deus e apoio para mim.

Quando o dia estava muito agitado na casa de missão e a correria era grande a gente se escondia no terraço da missão do Rio e dividia um flan de caramelo (meu doce preferido). E tudo ficava em paz de repente rsrsr. O amigo tem esse dom, de trazer a paz no meio da agitação do dia, só para recordar que viver é muito mais do que o trabalho e os compromissos do dia a dia.

Mesmo sem palavras eu compreendi seu coração e ela o meu. Ela se tornou minha amiga e irmã de comunidade. Vi vários milagres acontecerem em sua vida, um deles é a sua vocação.

Hoje ela está na missão CN de Natal RN. Não preciso ligar ou mandar e mails todos os dias para saber que moro no coração da Nara e ela no meu. Nesse dia te desejo pelo menos uma amizade como a que partilho com a Nara.

“O Senhor estará em mim e ti para sempre. O Senhor estará entre os meus e os teus para sempre”.

Te amo Nara B


Hoje pela manhã, em meio a tantos compromissos parei pra pesquisar um pouco e montar duas oficinas bem diferentes que darei essa semana: uma sobre técnica vocal e outra sobre jornalismo radiofônico. As duas têm algo muito em comum, é preciso pensar, botar a “cachola pra funcionar” e dar o máximo sem preguiça nem medo de ser feliz.

As facilidades tecnológicas e a urgência incutida em tudo o que fazemos nos treina dia após dia para a facilidade de um simples apertar de botão. A praticidade é maravilhosa, mas como você tem usufruído dessa urgência de informação? Quais são as informações que povoam o seu dia?

O impressionante é a tentência que a nossa geração tem de levar essa facilidade para o questionamento crítico do mundo, para o aprendizado…para o pensar.

Control C, control V e num piscar de olhos o trabalho da facul está pronto. O que você aprendeu? O que vale mais, a nota no final do bimestre ou o aprendizado que você vai carregar pra toda vida?

No canto é preciso buscar conhecimento de campo, montar repertório, escolher a tonalidade de cada música para favorecer o seu timbre vocal, estudar técnica, fazer exercícios… não pense que é só abrir a boca e sair cantando.

No jornalismo é preciso conhecer a fundo a informação, comparar, sintetizar sem perder o sentido da notícia, chegar primeiro…não é só sair escrevendo ou copiando.

Na espiritualidade também é preciso cultivar tempo, joelho no chão, silêncio e oração. Não dá pra ser amigo de alguém com quem não “ganhamos tempo” com certa frequência, ainda mais quando se trata de amizade com Deus.

Estamos às portas da Quaresma, tempo propício pra buscar intimidade com Deus e profundidade nessa amizade eterna.

Você não tem tempo pra perder num relacionamento com Deus, só pra ganhar!

Deus abençoe

Outubro 2007

Era aniversário do meu melhor amigo. Eu não tinha dinheiro pra dar presente então resolvi fazer uma música pra presenteá-lo. Foi rápido passar para letra e melodia tudo o que eu desejava pra ele naquela data…

Tudo de bom que a vida pode dar, o meu melhor eu quero pra você

A segurança do abraço e o brilho do meu olhar

Meu ombro pra chorar sem ter que se explicar

Tudo de bom que a vida pode dar, o meu melhor eu quero pra você!

Pouco tempo depois descobrimos o amor que Deus semeava em nossos corações e que a música já expressava tão bem. Hoje eu e Carlos Biajoni somos namorados, consagrados na Canção Nova e nos preparamos para o noivado que logo chegará.

Essa música eu partilho com você no cd Romântico que o Ricardo Sá está gravando “Amor é Decisão”. Numa das faixas eu faço um dueto com o Ricardo cantado a canção de um namoro que nasceu de uma amizade!

Deus te abençoe

A história que partilho hoje é verídica, é uma história da minha família que me ensinou que tenho uma arma poderosa contra o mau: a oração.

Uma mulher que vivia “encomendando trabalhos” para o mau da minha família foi procurar minha avó. Ela confessou ter gasto muito dinheiro nesses “trabalhos” contra a minha avó e sua família por ciúmes, mas que sempre o encardido lhe respondia a mesma coisa: Todo o mau que você deseja para a Dona Oscarina bate na madeira e volta.

Depois de esta resposta se repetir algumas vezes ela ficou intrigada a ponto de ir lá, confessar seu ciúme e mau querer pra perguntar que madeira era essa.

Minha avó, mulher simples, legionária, muito carinhosa e dedicada à família, estampou um sorriso misericordioso no rosto e puxou do bolso do vestido a tal madeira, um terço já surrado de tanto ser desfiado dia a dia.

Você quer ser forte contra o Encardido? Teme o mau que seu vizinho lhe deseja? Tem medo de mau olhado, encruzinhada…reze o terço, adore ao Senhor, vá à Missa…

Quem tem Deus não precisa ter medo de nada!

O início de tarde era agradável no Rio de Janeiro, dia ensolarado mas não muito quente. Estávamos com fome, eu e Dijanira. Tínhamos trabalhado até mais tarde na Rádio Fluminense e caminhávamos rumo ao restaurante conversando e aproveitando o horário do almoço, quando ouvimos uma batida de carros. Bem ao nosso lado um carro da Polícia Militar batia incansávelmente numa pick up. A cena me deixou em choque, até que começou um tiroteio e a Dija me puxou pela mão.

Estávamos no quarteirão de um conhecido jornal carioca e empurradas pelo fluxo de pessoas, entramos na recepção do jornal. Pela vidraça assistimos a todo o tiroteio, se tratava de fugitivos de um presídio sendo perseguidos por policiais. Por fim os bandidos saíram correndo e a polícia correu com eles pra bem longe dali. Em nenhum momento a Dija soltou minhas mãos, nós estávamos até com as mãos doendo de tanto que apertamos uma a mão da outra.

Passado o perigo fomos agradecer o segurança que permitiu que nos refugiássemos ali e o convidamos pra conhecer a Casa de Missão da Canção Nova que ficava uns quarteirões à frente. Quando soube que não éramos funcionárias do jornal, ele nos disse que se soubesse disso não permitiria que entrássemos…

Passado o susto eu e Dija retomamos nosso caminho até o tão esperado almoço agradecidas a Deus por estarmos vivas e por termos uma a outra. Enxergamos também nesse fato um sinal de que Deus nos escolhia pra interceder uma pela salvação da outra e firmamos um propósito de que entraríamos juntas no Céu de mãos dadas. O fato aconteceu em 2002. Logo depois fui remanejada para a missão de São Paulo e nunca mais morei na mesma missão que a Dija.

Este ano tive a graça de visitar a casa da Dijanira que já é uma “senhora casada” e mora na Missão CN de Fátima, Portugal. Como foi bom perceber que mesmo na distância continuamos unidas em oração por nossa salvação e pelo resgate de tantas almas.

Obrigado Dija, te amo!

Dijanira Silva - Missão CN Fátima - PT