Em missão depois de cantar em um Pocket Show com o Amor e Adoração paramos pra tirar fotos, abraçar e conversar com aqueles que curtem nosso trabalho de evangelização. Em meio a tantas pessoas uma moça me chamou a atenção. Ela me pediu pra conversar comigo separadamente. Era uma moça bonita, jovem e saudável, mas a primeira frase que ela me disse me chamou a atenção:

“Nada dá certo pra mim!”

Na hora as palavras “voto íntimo” saltaram diante dela. Ela continuou dizendo que  Deus tinha se esquecido dela… e foi enumerando as situações “paralisadas” em sua vida.

O voto íntimo é um compromisso que a pessoa estabelece, é como uma aliança. Por alguma situação ou experiência, ela acaba estabelecendo um voto no seu interior e fazendo dessa experiência uma forma de agir no atual da sua vida.

Por exemplo: a pessoa viveu um trauma com seu pai, ela pode estabelecer um voto íntimo de não confiar mais no ser masculino, desconfiando de todos os homens.

Ao dizer: “Nada dá certo pra mim” aquela jovem se auto-rotulava e fechava diante de si portas importantes como a auto-confiança e o amor próprio.

O primeiro passo é identificar em que momentos da sua história acontecimentos difíceis te marcaram e qual foi a sua reação interior. Quem precisa rever a história com coragem e munido do Espírito Santo é você.

Eu não preciso, então, ter uma dificuldade com a figura masculina só porque eu tive um trauma com meu pai, pois todos os homens do mundo não são meu pai. É preciso que você se arrisque a viver essa liberdade com atitudes de uma pessoa que acolhe sua história de salvação e toma posse de toda a cura derramada por Jesus na cruz.

É preciso dar passos. Muitos podem te ajudar, mas quem precisa caminhar é você.

Te desejo uma ótima jornada rumo à sua própria história. Por mais dolorosa que ela seja, ela é uma história de amor entre você e um Deus que não mede esforços pra te amar.

Deus abençoe!



Depois do trabalho vesti uma camiseta, calcei meu tênis mais velhinho, prendi o cabelo num coque improvisado e saí pra caminhar aqui na Canção Nova. Já no meio da caminhada, no pic, ouvi uma pessoa me chamando: “- É a Ana Lucia, a que canta!!!”. Apesar de estar no meio da caminhada parei pra cumprimentar. Era uma adolescente acompanhada dos seus amigos. Ela vinha em minha direção com a máquina fotográfica pronta.

Eu expliquei que estava caminhando, suada…mas ela queria tirar foto assim mesmo. Até que ela disse nem baixinho para o amigo do lado a frase fatídica: “-Até a Ana Lucia anda desarrumada de vez em quando…”

Em 3 segundos, enquanto posava para a bendita foto, passaram os seguintes pensamentos pela minha cabeça: Eu não devia ter parado…nossa tô mesmo desajeitada…32 anos, tá derrubada mesmo hein Ana Lucia rssrsr.

Apesar dos conflitos interiores hehehe fui simpática, me despedi e voltei a caminhar e rezar como de costume. Como qualquer mulher os pensamentos começaram a remoer meus neurônios acentuados por meu temperamento melancólico.

No meio dessa confusão comecei a pedir o Espírito Santo e na mesma hora ouvi Jesus me perguntar: Qual é a imagem que você tem de si mesma? E como você acredita que Eu te vejo?

A visão que eu tenho de mim mesma sempre é cruel. Basta um pequeno deslize pra que eu me culpe e repita a cena do meu erro inúmeras vezes em “slow motion” no meu “cinema interior”. Jesus me vê muito diferente, muito além do meu cabelo desarrumado e unhas descascando…

“O Senhor não vê como o homem. Pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração” 1Sm 16,7.

A cada dia preciso me configurar à pessoa de Cristo, e dia após dia me assemelhar mais a Ele no meu olhar, no meu sentir, no meu agir…e aos poucos isso transbordará em minha aparência também.

Isso não significa que não vou poder caminha de tênis velho de vez em quando, porque afinal eu também sou filha de Deus hahahaaha.

Deus te abençoe!