Neste tempo em que se aproxima o meu casamento, tenho rezado por pessoas que me procuram pelas redes sociais ou aqui, na Canção Nova, pra falar da luta que é viver a castidade, e sonhar com um relacionamento dentro dos planos de Deus.

Já parou pra pensar que mesmo quem se separa, se separa pra querer estar junto de alguém? Observe! Ninguém quer ficar sozinho, mesmo quem escolhe o celibato por vocação, seria um ótimo pai ou mãe de família, e só por isso pode se dedicar ao sacerdócio ou a ser uma virgem consagrada.

Quando pensamos no par perfeito logo vem à mente os casais apaixonados do cinema, das comédias românticas, dos contos de fada… e assim vamos nos distanciando do real, do amor verdadeiro que não vem montado no cavalo branco.

Deixa eu contar um segredo especial para as meninas, para encontrar o príncipe precisa beijar o sapo primeiro.

O grande amor da sua vida não se parece com o Brad Pitt ou o Justin Bieber…ele é um cara comum, que pode estar mais perto do que você imagina, e que tem qualidades e limites. Não busque alguém perfeito, porque você também não é perfeito!

Se você não está pronto para unir a sua verdade com a verdade de alguém, então você não está pronto para um relacionamento. A não ser que você queira apenas alguém pra “ficar” quando suas carências precisam ser alimentadas, o que com o tempo trará feridas e mais carências. Um amor de verdade está disposto a amar, ultrapassar as barreiras e não parar nos limites…ir além!

Deus abençoe sua busca!

“Se você investe a vida em ganhar almas, o Senhor dará a você todo o necessário.” Monsenhor Jonas Abib.

A cada novo dia Deus tem se manifestado de forma muito concreta na minha vida e do meu noivo, o Carlos. Estamos a poucos dias do nosso casamento e quando pensamos em casamento pensamos em gastos, despesas, contas…grande motivo pelo qual a maioria resolve “se juntar”.

Quando vejo os casais namorando e noivando durante 8, 10 anos compreendo a vontade de se casar com uma casa montada, estruturada financeiramente, conforto…mas não podemos nos esquecer que o casamento é um sacramento, e que muito além das forças do casal, precisamos contar com Deus.

Na Canção Nova aprendemos a ter gana pelas almas, doar a vida nesse sentido, suar a camisa por isso. Quando tomo a decisão de me casar, precisa ser porque quero salvar mais almas. Quero estar apta, pronta pra isso, e porque acredito e me lanço nesta aventura, Deus me sustenta em tudo. Tudo é tudo, como diz meu pai fundador. Ele pensa nos detalhes e vai além das minhas expectativas, porque Ele conhece as minhas necessidades de hoje e as de sempre.

À medida em que eu me doo, Deus sustenta a minha vida em todo o necessário, não só naquilo que hoje posso ver. Essa é a experiência que tenho de forma muito especial agora que me preparo para o casamento.

Eu e o Carlos agradecemos à toda Família Canção Nova, canal da providência de forma material e espiritual, para que uma nova família nasça.

Deus te abençoe e abençoe a todos os noivos que se preparam para o casamento.

Cartório, documentos, Igreja, música, vestido, enxoval…faltam poucos dias para o meu casamento. Durmo e acordo sonhando com liturgia de casamento, cabelo de noiva, maquiagem…e esses dias comecei a pensar nos jovens que sonham em viver isso que estou vivendo e que lutam pela castidade enquanto o “amado(a)” não chega.

Olhando a sociedade e os apelos à uma afetividade e à uma sexualidade rasa, com prazeres imediatos e urgente, é difícil falar de espera, de compromisso, de santidade. Mais desafiador ainda é viver, e aqui não falo só para os não comprometidos, mas também para os namorados, noivos e casados, sim! Porque a castidade também é para ser vivida pelo casais unidos em matrimônio.

Neste tempo novo que eu e o Carlos estamos vivendo, assumimos rezar pelos casais que têm sido alvo de tanta insídia de satanás e também pelos jovens que lutam para viver a castidade e que sonham com o matrimônio mas que hoje não enxergam a concretização do seu casamento.

Deus te abençoe

Por uma boa causa faço uma pausa nos posts da Terra Santa pra homenagear alguém que faz toda a diferença em minha vida, presente de Deus, meu noivo Carlos Biajoni.

A comemoração do dia dos namorados aumenta a renda no comércio, desespera os solteiros e sem perceber corremos o risco de banalizar esse sentimento tão nobre e especial: o amor.

Levou um tempo e alguns relacionamentos até que eu compreendesse o significado da presença de alguém especial do meu lado e o que é o amor de verdade. O amor não tem nada a ver com os filmes, novelas e o tão famoso ”foram felizes para sempre”. A não ser que você buque uma mera diversão ou passa tempo, e isso não é amor.

Na minha adolescência eu namorei pouco, mas foram relacionamentos longos. Sou filha de pais separados e todos os meus namoros tiveram a autorização da minha mãe pra acontecer e eu costumava namorar em casa, junto com a família. Sempre que começava um novo relacionamento dentro de mim ressurgia aquele sonho de me casar, ter filhos…mas quando a coisa ia ficando séria eu pulava fora. Aos poucos as brigas, as diferenças tomavam conta daquele encantamento inicial e o que começava com beijinho virava frustração.

Estando na Canção Nova como consagrada, tive a oportunidade de buscar com profundidade a cura da minha história afetiva, e o próprio convívio com os irmãos de comunidade foi me lapidando. Depois de 7 anos de CN encontrei o Carlos, meu noivo.

Me encantei pelo Carlos, pelo homem de Deus que ele é, e por aqueles olhos verdes lindos rsrs mas foi com o tempo que descobri que o amava. Aquele encantamento do início, que faz com que você pense o tempo todo no outro, sonhe com o amado e faz corações saírem dos olhos hahaha também aconteceu conosco e acontece ainda, mas ele vai amadurecendo à medida que ultrapassa as brigas, as decepções e vai se consolidando entre o casal.

Com o tempo o Carlos foi conhecendo meus limites e eu os dele. Aquele medo inicial de perder o ser amado foi passando, e aí eu não tinha mais medo de mostrar pra ele quem eu era de verdade. Foi difícil, dureza…mas foi o princípio do amor.

Não dá pra amar quem você não conhece de verdade e nem dá pra matar o encantamento. Aquele friozinho na barriga, o sonho, o coração batendo mais forte precisam ser cultivados ao longo do tempo.

O Carlos sempre me lembra dos fatos que marcaram nossa história e me ensina a me exercitar assim também. Quando relembramos a história, seja através de uma comida, ou música…o amor se renova entre nós.

Estamos na reta final, já sonhando e rezando por nosso casamento. Não duvido de que o Carlos é o homem que Deus fez pra mim. Sabemos que no casamento as diferenças se evidenciarão…e o amor também!

Você que está solteiro (a) nesse dia dos namorados, não se desespere! O amor de verdade é cultivado na paciência, oração e espera.

Termino com um trecho discurso do Papa para as famílias em Milão no último dia 2:

”No Rito do Matrimônio, a Igreja não diz: “Estão apaixonados”, mas “quer”, “está decidido”. Isto é: a paixão deve se transformar em verdadeiro amor, envolvendo a vontade e a razão num caminho, que é aquele do noivado, de purificação, de maior profundidade, é assim que realmente todo homem, com todas suas capacidades, com o discernimento da razão, a força de vontade, diz: “Sim, esta é a minha vida”.
Eu penso sempre nas bodas de Cana. O primeiro vinho é muito bom: é o namoro. Mas não dura até o fim, deve vir um segundo vinho, isto é deve fermentar e crescer, amadurecer.”

Deus te abençoe!

Certa vez encontrei a Celiane, esposa do Mazinho, casal lindo da Comunidade Canção Nova, que tem a graça de ter uma de suas filhas, a Rafaela, também consagrada da Canção Nova. A Rafaela, que hoje mora na mesma casa comunitária que eu, hoje é namorada do Ricardo. Na ocasião a Rafa , iniciava o Caminho de Namoro, um tempo maravilhoso que os casais da CN vivem e que eu já expliquei de forma mais detalhada em um post anterior aqui no blog.


Mazinho e Celiane

Enquanto caminhávamos, eu e Celiane, eu a parabenizava pela educação que deu às filhas de forma especial na pré-adolescência e adolescência, aí a Celiane me surpreendeu! Ela disse que ensinou às filhas a saber quem seria o “homem certo” pra suas vidas! Ela lhes dizia:

“Se esse rapaz suscita o que você tem de melhor, então ele é o homem certo pra você…mas se ao contrário ele fomenta o que você tem de pior, entregue o sentimento a Deus e escolha com a razão!”

Me lembrei de setembro de 2007, durante a visita do Pe Ruffus na Canção Nova, quando rezei a Deus com sinceridade pedindo a Ele o homem certo para minha vida, eu tinha clareza do chamado ao matrimônio em minha vida, me sentia preparada para concretizar meu estado de vida, mas “ELE” não chegava! Em resposta à minha oração ouvi claramente Deus me dizer: Responderei sua oração e será rápido, mas preciso que você esteja atenta e aberta àquele que Eu te mandar.

Gente, Deus foi rápido, não passaram 2 meses e meu melhor amigo me chamou pra conversar. Foi uma surpresa e foi difícil pra mim acolher o amor do Carlos  e renunciar a desconfiança que existia no meu coração, fruto das feridas da minha história afetiva.

Que Deus te abençoe para um bom discernimento do seu estado de vida, na paciência e docilidade! Estou rezando por você!

Para os que rezam e esperam a “pessoa certa” eu dedico essa música!

Tudo

(Tudo que tenho é teu)
Eu fiz uma oração
De que um dia eu encontraria um garoto
E juntos nós encontraríamos alegria
Talvez um dia
E ele se importaria
Com a cor do céu
Com as coisas que me fazem chorar
Talvez algum dia
E se isso acontecer, isso é o que eu iria dizer…
E eu te darei minha vida
Juntos faremos o que é certo
E eu direi para você
O que tenho certeza
De que eu te darei meu mundo
E amor, eu serei tua garota
E eu direi para você
Tudo que eu tenho é seu
Eu me pergunto se…
Se talvez Deus já me mostrou ele
Ele é o único que irá se casar comigo
Um dia talvez
Então, eu vou esperar
Porque eu valho a pena de ser esperada
E o que eu valho é muito mais
Para esse algum dia
E se isso acontecer isso é o que eu falaria…
(É o que eu estou dizendo… O que estou dizendo…)
E eu te darei minha vida (e juntos)
Juntos faremos o que é certo (e eu direi para você)
E eu direi para você
O que eu tenho certeza (e eu te darei meu mundo)
De que eu te darei meu mundo (e eu serei)
E amor, eu serei tua garota (oh, e eu direi para você)
E eu direi para você
Tudo que eu tenho é seu
Isso é o que eu iria dizer… Sim…
E eu te darei minha vida (nós estaremos juntos)
Juntos faremos o que é certo (e eu direi pra você, eu direi pra você)
E eu direi para você
O que eu tenho certeza (e eu te darei meu mundo)
De que eu te darei meu mundo (eu te darei, amor serei sua garota)
E amor, eu serei tua garota (oh, oh…)
E eu direi para você (tudo, todas as coisas, amor, sim…)
Tudo que eu tenho é seu
E eu te darei minha vida
Juntos faremos o que é certo
E eu direi para você
O que é certeza
De que eu te darei o meu mundo
E, amor, eu serei tua garota
E eu direi pra você
Tudo que eu tenho é teu

O cérebro do homem é feito de pequenas caixas. Eles tem uma caixa pra tudo!Uma para o carro, outra para o dinheiro, para a mulher, filhos…para a sogra em algum lugar do porão)haha e quando discutem sobre determinado assunto, acessam suas caixas, desenvolvem a problemática, depois fecham aquela caixa e a colocam no mesmo lugar.

O cérebro da mulher parece uma grande bola de fios, todos os assuntos se conectam e são gerenciados pela emoção, o que os faz ter tamanha força! O trabalho se conecta ao carro, que está ligado aos filhos que lembram o pai…por isso temos facilidade de lembrar de tudo (ou quase tudo).

Os homens tem uma caixa que a maioria das mulheres desconhece: “A Caixa do Nada”. Não tem nada lá dentro!!!Essa é a caixa preferida para os homens, e eles fogem para lá sempre que surge uma oportunidade. Por isso eles conseguem fazer por horas algo que parece morte cerebral, tipo pescar, “zapear” os canais da TV…e isso nos leva à loucura!!!

Era uma conversa informal entre amigos, alguns eu acabava de conhecer outros já me conheciam da Canção Nova, mas todos sabiam que eu era uma consagrada numa comunidade católica e são sempre as mesmas questões, é impressionante como o assunto sempre pende pra esse lado…por que não se pode fazer sexo antes do casamento? Por que o padre não pode casar? Por que…por que…

A fé não existe para ser conformada ao nosso bel prazer. Se a Igreja alterasse sua doutrina toda vez que alguém se sentisse desconfortável em segui-la, ela seria qualquer coisa, menos Igreja.

Fé não se discute. Será? Questionamentos sobre a fé refletem a necessidade que o homem atual tem de Deus.

Em questões de fé indico o blog de um dos maiores baluartes da fé no Brasil hoje, Prof. Felipe Aquino. blog.cancaonova.com/felipeaquino

O mundo tem fome e sede de Deus, mesmo que não o saiba.

Por que o celibato do sacerdote?

Jesus Cristo é o verdadeiro sacerdote e foi celibatário; então, a Igreja vê Nele o Modelo do verdadeiro sacerdote que, pelo celibato se conforma ao grande Sacerdote. Jesus deixou claro a sua aprovação e recomendação ao celibato para os sacerdotes, quando disse: “Porque há eunucos que o são desde o ventre de suas mães, há eunucos tornados tais pelas mãos dos homens e há eunucos que a si mesmos se fizeram eunucos por amor do Reino dos céus. Quem puder compreender, compreenda.” (Mateus 19,12)

Nisto Cristo está dizendo que os sacerdotes devem assumir o celibato, como Ele o fez, “por amor ao Reino de Deus”. O  sacerdote deve ficar livre dos pesados encargos de manter uma família, educar filhos, trabalhar para manter o lar; podendo assim dedicar-se totalmente ao Reino de Deus. É por isso que desde o ano 306, no Concilio de Elvira, na Espanha, o celibato se estendeu por todo o Ocidente, ate´ que em 1123 o Concílio universal de Latrão I o tornou obrigatório.

É preciso dizer que a Igreja não impõe a celibato a ninguém; ele deve ser assumido livremente, e com alegria, por aqueles que têm essa vocação especial de entregar-se totalmente ao serviço de Deus e da Igreja. É uma graça especial que Deus concede aos chamados ao sacerdócio e à vida religiosa. Assim, o celibato é um sinal claro da verdadeira vocação sacerdotal.

No inicio do Cristianismo a grandeza do celibato sacerdotal ainda não era possível; por isso São Paulo escreve a Timóteo, que S. Paulo colocou como bispo de Éfeso, dizendo: “O epíscopo ou presbítero deve ser esposo de uma só mulher” (1Tm 3, 2). Estaria, por isto, o padre hoje obrigado a casar-se? Não. O Apóstolo tinha em vista uma comunidade situada em Éfeso cujos membros se converteram em idade adulta, com muitos já casados. Dentre esses o Apóstolo deseja que sejam escolhidos para o sacerdócio homens casados (evitando os viúvos recasados). Já no ano 56, São Paulo, que optou pelo celibato,  escrevia aos fiéis de Corinto (1Cor 7,25-35) enfatizando o valor do celibato: “Aos solteiros e às viúvas digo que lhes é bom se permanecessem como eu. Mas se não podem guardar a continência que se casem”. (1Cor 7,8). “Não estás ligado a uma mulher? Não procures mulher”. O Apóstolo se refere às preocupações ligadas ao casamento (orçamento, salário, educação dos filhos…). E Paulo enfatiza:

“Quem não tem esposa, cuida das coisas do Senhor e do modo de agradar à esposa, e fica dividido. Da mesma forma a mulher não casada e a  virgem cuidam das coisas do Senhor, a fim de serem santas de corpo e de espírito. Mas a mulher casada cuida das coisas do mundo; procura como agradar ao marido”. “Procede bem aquele que casa sua virgem; aquele que não a casa, procede melhor ainda” (1Cor 7, 38). A virgindade consagrada e o celibato não tinham valor nem para o judeu nem para o pagão. Eles brotam da consciência de que o Reino já chegou com Jesus Cristo.

O último Sínodo dos Bispos sobre a Eucaristia, confirmou o celibato e o Papa Bento XVI expressou isso na Exortação Apostólica pos-sinodal, “Sacramentum Caritatis”, de 22 fev 2007. Disse o Papa:

“Os padres sinodais quiseram sublinhar como o sacerdócio ministerial requer, através da ordenação, a plena configuração a Cristo… é necessário reiterar o sentido profundo do celibato sacerdotal, justamente considerado uma riqueza inestimável e confirmado também pela prática oriental de escolher os bispos apenas de entre aqueles que vivem no celibato (…) Com efeito, nesta opção do sacerdote encontram expressão peculiar a dedicação que o conforma a Cristo e a oferta exclusiva de si mesmo pelo Reino de Deus. O fato de o próprio Cristo, eterno sacerdote, ter vivido a sua missão até ao sacrifício da cruz no estado de virgindade constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito. Assim, não é suficiente compreender o celibato sacerdotal em termos meramente funcionais; na realidade, constitui uma especial conformação ao estilo de vida do próprio Cristo. Antes de mais, semelhante opção é esponsal: a identificação com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa. Em sintonia com a grande tradição eclesial, com o Concílio Vaticano II e com os Sumos Pontífices  meus predecessores, corroboro a beleza e a importância duma vida sacerdotal vivida no celibato como sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus, e, consequentemente, confirmo a sua obrigatoriedade para a tradição latina. O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme para a Igreja e para a própria sociedade.”(n.24)  O Mahatma Ghandi, hindu, tinha grande apreço pelo celibato. Ele disse:   “Não tenham receio de que o celibato leve à extinção da raça humana. O resultado mais lógico será a transferência da nossa humanidade para um plano mais alto… “Vocês erram não reconhecendo o valor do celibato: eu penso que é exatamente graças ao celibato dos seus sacerdotes que a Igreja católica romana continua sempre vigorosa”. (Tomás Tochi, “Gandhi, mensagem para hoje”, Ed.  Mundo 3, SP, pp. 105ss,1974)

Alguns querem culpar o celibato pelos erros de uma minoria de padres que se desviam do caminho de Deus. A queda desses padres no pecado não é por culpa do celibato, e sim por falta de vocação, oração, zelo apostólico, mortificação, etc; tanto assim que a maioria vive na castidade e por uma longa vida. Quantos e quantos padres e bispos vivendo em paz e já com seus cabelos brancos!

O casamento poderia trazer muitas dificuldades aos sacerdotes. Não nos iludamos, casados, eles teriam todos os problemas que os leigos têm, quando se casam. O primeiro é encontrar, antes do diaconato, uma mulher cristã exemplar que aceite as muitas limitações que qualquer sacerdote tem em seu ministério. Essa mulher e mãe teria de ficar muito tempo sozinha com os filhos. Depois, os padres casados teriam de trabalhar e ter uma profissão, como os pastores protestantes, para manter a família. Quantos filhos teria? Certamente não todos que talvez desejasse. Teria certamente que fazer o controle da natalidade pelo método natural Billings, que exige disciplina. A esposa aceitaria isso?

Além disso, podemos imaginar como seria nocivo para a Igreja e para os fiéis o contra-testemunho de um padre que por ventura se tornasse infiel à esposa e mãe dos seus filhos! Mais ainda, na vida conjugal não há segredos entre marido e mulher. Será que os fiéis teriam a necessária confiança no absoluto sigilo das confissões e aconselhamentos com o padre casado?  Você já pensou se um dos filhos do padre entrasse pelos descaminhos da violência, da bebedeira, das drogas e do sexo prematuro, com o possível engravidamento da namorada?

Tudo isso, mas principalmente a sua conformação a Jesus Cristo, dedicado total e exclusivamente ao Reino de Deus, valoriza o celibato sacerdotal.

Prof. Felipe Aquino – www.cleofas.com.br

No último fim de semana fui em “missão” ao Rio de Janeiro cuidar da minha avó que está hospitalizada. O que ela tem? 100 anos!

Está hospitalizada pelos cuidados que uma “jovenzinha” como ela precisa, e lá deve ficar por mais alguns dias, mas de saúde está bem.

Passei na casa do meu avô, que tem aproximadamente 102 anos,  pra buscá-lo para visitar a vovó. Quando lá chegamos ele estava todo arrumado, cheiroso, penteando o cabelo, e eu brinquei: “Aonde você vai todo chic desse jeito?” Prontamente ele me respondeu: “Namorar! Hoje é sábado, vou na casa da minha namorada”.

No trajeto até o hospital ele foi ansioso, como todo “jovenzinho de 102 anos” que vai visitar a namorada  após 70 anos de casados rsrsr

Logo que chegamos ele foi beijar a vovó, foi lindinho de ver. No ouvido dela ele disse:

“Se eu pudesse te pegava nos braços e te tirava desse hospital”.

Frase que ela repetiria pelo resto do dia.

Na identidade 100 anos, no coração a idade do amor!

Pensei em mim e no Carlos daqui ha algumas décadas, tudo passa só fica o amor. Lembrei da minha avó amassando o feijão no prato do meu avô todos os dias, nos pequenos gestos de carinho que os anos não levaram do relacionamento deles e encontrei nas palavras do meu avô a receita desse amor: mesmo depois de 70 anos de casamento ele ainda a enxergava como aquela jovenzinha por quem se apaixonou no primeiro olhar, e sabia que todos os dias seria preciso conquistá-la, mesmo que isso se desse num quarto de hospital…

Meus avós

Depois que saí da adoração na parte da manhã me encontrei com meu noivo pra almoçar. Como de costume ele me recebeu com um abraço mas dessa vez me disse uma novidade: Você está com cheiro de Jesus! Eu passei alguns instantes pensando o que era esse tal “cheiro de Jesus” até que ele disse que meu cabelo cheirava incenso da adoração. Isso me fez refletir na “velocidade do pensamento feminino”rsrr. Na hora o perguntei: Tenho exalado o “cheiro” de Jesus em nosso noivado? Me olhando com aqueles olhos verdes lindos meu noivo me disse que sim, que eu sempre o convidava pra rezar e que Jesus estava sempre presente em nossas partilhas e planos.

Ontem, aqui na Canção Nova, na formação de noivos, nossos formadores, o casal de consagrados Paulinho e Edvânia, falavam do papel do homem e da mulher dentro do casamento. O homem foi feito pra ser entrega, proteção, força…e a mulher é firmeza, identidade. Identidade religiosa. Mulher não é cambaleante, é acolhida!

É fácil ouvir piada de bêbado, mas de bêbada não. A morte da mulher dispersa a família.

“Quem educa um menino educa um homem, quem educa uma mulher, educa a sociedade”. Ditado africano.

É belo ver que cada um tem sua designação nos planos de Deus para a família.

“O futuro da humanidade passa pela família, e o futuro da família passa pelo casamento”. João Paulo II

Deus abençoe seu relacionamento.