Em minha família temos a tradição de montar o presépio todos os anos. A árvore com bolas coloridas também compõe a decoração, mas o presépio tem um destaque especial.

Imaginem só a minha emoção quando estando na Terra Santa, visitei a gruta de Belém! Realmente é uma gruta escavada na rocha, no subsolo. Um lugar frio, apertado, até com pouca ventilação. E Jesus nasceu no inverno, e frio na Terra Santa é frio mesmo, tem até neve!

A estrela de Davi

Sem contar que pra chegar em Belém era preciso atravessar o deserto, um lugar totalmente hostil para uma mulher no final da gestação, literalmente sacundindo em cima de um burrinho.

Pra entrar na Basílica da Natividade, é preciso se abaixar por uma portinha baixinha chamada de Porta da Humildade. Me pergunto se tenho buscado a humildade da Sagrada Família, a docilidade, a aceitação para que a Vontade de Deus se cumpra.

Porta da Humildade

Que nesse Natal o seu coração seja um lugar acolhedor para o Menino Jesus, um verdadeiro presépio.

Deus te abençoe

Nesse Natal que a estrela de Davi ilumine sua vida e sua família. Obrigado pelo carinho nesse ano e em 2012 estamos juntos.

Deus abençoe! Feliz Natal!

A tradição de montar o presépio é forte na minha família. Todo ano montávamos uma grutinha de papel pedra amassado com graminhas, plantas, pisca pisca e as imagens de Jesus, Maria e José que pertenceram à minha avó materna. Era nossa pequena gruta, mas em todo Natal vejo presépios de formatos variados, são casebres, choupanas, barracas, estábulos…

Igreja da Natividade em Belém

Me surpreendi na Terra Santa ao visitar o lugar onde Jesus nasceu. Antes de qualquer coisa o trajeto de Nazaré (onde Maria e José viviam) até Belém (onde Jesus nasceu) é super longo. Umas 3 horas de ônibus, imagina em cima de um burrinho nos últimos dias de gravidez?

Pra entrar na Igreja da Natividade é preciso passar pela porta da humildade. Uma porta baixa por causa das reformas que a igreja passou ao longo dos anos. Tem que se abaixar, se humilhar, pra encontrar com Jesus…

Porta da Humildade

E o lugar onde hoje vemos a estrela sinalizando onde Jesus nasceu, é realmente uma gruta, escavada na rocha. Um lugar frio. E Jesus nasceu na época de frio e neve lá). Cheguei a ter falta de ar porque fica no subsolo e a circulação de ar é pouca lá embaixo.

descida para o local do nascimento de Jesus

Tocar naquela estrela no chão é experimentar a humildade do menino Deus que nasceu em condições de extrema pobreza para nos salvar.

Estrela que indica o lugar onde Jesus nasceu

Numa gruta escavada na rocha, foi onde Jesus escolheu morar. Neste Natal Jesus quer escavar nosso coração de pedra pra nascer. Faça do seu coração um presépio pra Jesus, mesmo que seja um coração de pedra.

Ano que vem voltarei à Terra Santa para peregrinar e para nosso encontro de Pentecostes. Você também pode fazer essa experiência! Vem com a gente! É só ligar pra Obra de Maria 12 3186 2055.

Bom advento!

O regime comunista polonês orgulhava-se de ter criado, com Nowa Huta – distrito operário próximo a Cracóvia planejado como modelo de sociedade marxista -, a “primeira cidade sem Deus” da Polônia. Na verdade, era apenas uma cidade sem igreja. Sem o prédio de uma igreja. Por isso os operários levados para povoar Nowa Huta ergueram uma simples cruz de madeira no meio da cidade. E se revezavam montando guarda a essa cruz, enquanto esperavam que sua cidade se tornasse uma paróquia.

Em 1963, o jovem bispo de Cracóvia decidiu aumentar a pressão sobre o governo comunista para que finalmente fosse permitido aos católicos de Nowa Huta erguer sua igreja. Na noite de Natal, debaixo de chuva e sob temperaturas negativas, Karol Wojtyla rezou a missa do galo em Nowa Huta pela primeira vez. Muito antes da queda do comunismo na Polônia, Nowa Huta ganhou sua igreja. Para o então futuro papa ficou uma lição que ele levaria para o seu pontificado de mais de 25 anos: a Igreja não é um edifício. Também não é a hierarquia sozinha. A Igreja é a presença dos fiéis cristãos. Onde quer que eles estejam, ali estará a Igreja. Mesmo que seja em torno de uma simples cruz de madeira em Nowa Huta. E foi confiando nisso que João Paulo II pôs a Igreja de volta no centro da discussão dos destinos da humanidade no final do século 20.

Uma cruz igualmente simples e profundamente simbólica está no Brasil. Ela é uma criação de João Paulo II e, de certa forma, é filha direta da cruz de Nowa Huta. Trata-se da Cruz dos Jovens, que iniciou em São Paulo, no domingo, dia 18, uma grande peregrinação por dioceses da América do Sul a caminho do Rio de Janeiro, sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Há quem veja, mesmo dentro da Igreja, as Jornadas Mundiais como pouco mais do que uma celebração. Ou uma ótima oportunidade de “evangelizar os jovens”, como gosta de dizer parte do clero. Uma espécie de grupo de jovens da paróquia em larga escala. Mas é muito mais do que isso.

Falando da última Jornada, realizada em agosto na Espanha, o papa Bento XVI disse: “A Jornada Mundial de Madri foi uma estupenda manifestação de fé para Madri e para o mundo”. Manifestação, aqui, em sentido forte. Manifestação como a categoria a que pertencem, por exemplo, os movimentos pacíficos que derrubaram as ditaduras do Egito e da Tunísia na “primavera árabe” deste ano. Manifestação da força e do peso de um grupo que comunga uma determinada visão sobre o mundo.

Milhões de jovens – em Madri havia entre 1,5 milhão e 2,3 milhões na missa final do papa, segundo diferentes cálculos – reivindicam, nas Jornadas Mundiais da Juventude, o direito de ver sua fé católica como parte da esfera pública, como parte, portanto, do debate público sobre os destinos da humanidade. Gente jovem que estará aí por muitos anos ainda e quer ser vista publicamente como católica. Mesmo numa Europa extremamente secularizada. Mesmo na capital de uma Espanha governada pelo socialista José Luis Rodríguez Zapatero, que fez da defesa de um secularismo imposto pelo Estado a marca do início de seu mandato, sete anos atrás. Manifestação, portanto – visível na alegria com que os milhões de jovens tomaram as ruas de Madri, por exemplo -, da vitalidade que a Igreja Católica, cuja desaparição vem sendo anunciada pelo menos desde o século 16, mostra no século 21.

Não há nada nem ninguém no mundo, além da Igreja e do papa, que consiga reunir o tipo de multidão que a Jornada Mundial da Juventude reúne. É um evento maior do que a Copa do Mundo de Futebol, do que os Jogos Olímpicos, do que qualquer festival de música. Esses jovens mostram uma impressionante diversidade: eles vêm do mundo inteiro – em Madri havia gente de 193 países -, são leigos, religiosos, sacerdotes, membros de todo tipo de grupo ou movimento católico. Todos se reconhecem, no entanto, membros da mesma Igreja e querem manifestar nas Jornadas sua adesão ao ideário que formou o Ocidente e, daí, se espalhou e formou o mundo moderno. Ideário que esses milhões de jovens acreditam ter o direito de defender na esfera pública, e não apenas como uma escolha pessoal que nada tem que ver com o destino comum de todos.

A ideia da Jornada Mundial da Juventude começou a se delinear na mente do beato João Paulo II ao fim do Ano Santo de 1984. A grande cruz de madeira que ficou durante todo o ano na Basílica de São Pedro foi confiada aos jovens por ele. A tarefa, disse João Paulo II, era “levá-la para todo o mundo”. Ainda não estava claro o que isso viria a significar. Os jovens levaram cruz a eventos católicos e, aos poucos, ela foi ganhando importância como símbolo. Até que o papa enviou os jovens, com sua cruz, para Praga, então parte da Checoslováquia ainda sob domínio comunista, de onde era arcebispo o cardeal Tomasek, preso pelo regime comunista nos anos 1950.

Aí, com a Cruz dos Jovens no mesmo papel da cruz de Nowa Huta, nasceu a ideia das Jornadas Mundiais da Juventude. A simples, mas eloquente, cruz de madeira seria levada pelos jovens, com a audácia e a coragem típicas da idade, a qualquer lugar do mundo. Mesmo onde não a quisessem. Fosse uma cidade além da Cortina de Ferro, como Praga, fosse para capitais de uma Europa pós-cristã, como Paris.

No pontificado de Bento XVI, o comunismo – a mais duradoura e das sanguinárias experiências de engenharia social que marcaram o catastrófico século 20 – já é um monstro derrotado. O perigo, aponta o papa, é o relativismo moral que aceita apenas o cálculo de satisfações como critério e insiste em usar o poder do Estado para manter a visão religiosa dos cidadãos fora do debate público. Esse é o sentido profundo das Jornadas Mundiais da Juventude. É preciso levar a sério a análise do papa de que os jovens são os protagonistas da Jornada. Elas não servem para os padres e bispos evangelizarem os jovens. Elas servem, isso sim, para os jovens evangelizarem o mundo.

Fonte: MARCELO MUSA, CAVALLARI, JORNALISTA, MARCELO MUSA, CAVALLARI, JORNALISTA – O Estado de S.Paulo