Hoje de manhã minha primeira atividade foi me dedicar ao meu amigo mais difícil: o piano. Meu pai sempre me diz que o violão, a flauta… se deixam abraçar, mas o piano…é você aqui e ele lá. Se quiser alguma amizade tem que se dedicar muito. Sendo assim levei uma partitura de uma música que atualmente é a minha preferida, se chama Clair de Lune, de Debussy. Ela foi tema do Edward e da Bela na saga Crepúsculo, mas muito antes da vampirada eu já a conhecia e curtia demais (é o toque do despertador do meu cel).

Sentei analisando as notas e reconhecendo no piano, mas quando comecei a tocar parecia que cada nota tocava minha alma de forma diferente. Elas iam me enchendo por dentro e trazendo uma alegria nova. Há 116 anos Debussy que até de retardado mental foi chamado por causa do seu temperamento introvertido, musicou de forma extraordinária a beleza do luar. Enquanto eu a estudava hoje de manhã, em cada nota era isso que eu sentia…o amor de Deus traduzido na natureza e isso encheu minha manhã de um louvor sincero.

Fiquei pensando também nas músicas de dor de cotovelo, feitas depois de uma separação, traição ou até músicas consagradas ao encardido. De forma certeira e sedutora como só a música é capaz de ser, essas músicas atingem em cheio nosso coração trazendo uma carga de vida ou de morte.

Cuidado com o que você armazena no seu coração. A música é uma arma poderosa…arme-se de santidade, arme-se de amor. Como Monsenhor Jonas nos ensina muito bem, não existe música despretensiosa. Elas vêm com refrão fácil, grudam na mente e marcam seu coração. Qual é a qualidade da música que você tem ouvido?

Deus abençoe

Estamos juntos!

Toda vez que vou de férias, antes de praia, piscina ou turismo, dedico um bom tempo ao piano do meu pai, um Steinway & Sons com um som maravilhoso que preenche e acalma meu coração e me ajuda a desacelerar.


Da última vez me preparei, levei na mala uma peça de Mozart, que amo de paixão, a Marcha Turca, super acelerada!!! Depois de algumas horas debulhando aquela partitura, percebi meu pai me olhando da porta, com um sorriso sereno e com uma frase me deu um ensinamento para o aprendizado da música e para a vida:

“Só pode tocar uma música com perfeição e andamento correto, aquele que primeiro decidiu tocar bem devagar…”

Ele continuou me explicando que o piano é diferente dos outros instrumentos porque não é de fácil amizade. O violão, saxofone, violoncelo…permitem-se abraçar para tocar, mas o piano não. Ele fica lá no canto dele e você aqui catando milho. Mas quando se “doma essa fera” a sensação de alegria, conquista e superação faz valer a pena o esforço da busca.

Pequenos acontecimentos me fazem pensar, refletir e cultivar minha espiritualidade, minha intimidade com Deus.

Em toda música que me dedico a estudar no piano, encontro trechos simples e outros bem complicados como um nó bem atado, difícil de desfazer mas não impossível. Para dominar os compassos mais difíceis é preciso tocá-los bem devagar inúmeras vezes. Assim também são os nós da nossa vida.


É preciso rezar, esperar, sentir bem devagar, no tempo de Deus. O tempo passa e quando menos esperamos estamos desembaraçando situações antes dadas como impossíveis.

Com Jesus tudo pode ser mudado pela força da oração

O melhor lugar para estar quando os nossos sentimentos fervem em ebulição, é aos pés do Sacrário. Aquela palavra de justiça, de raiva ou de desabafo precisam passar pelo filtro da adoração. Chore, se descabele no sacrário e saiba esperar o tempo da justiça de Deus em sua vida, afinal nós sabemos bem em quem colocamos nossa fé!

Pra terminar recordo são Tomás de Aquino que às vezes colocava a cabeça no sacrário e rezava longamente . Ele costumava dizer que assim aprendia mais  do que em todos os estudos que fizera.

Que Deus te abençoe!Estou rezando por você