Foi com  muita alegria que visitei o Grupo de Oração da Canção Nova no Centro do Rio de Janeiro no inicio do mês. Em meio aos prédios, comércio e corre corre da cidade, existe um refúgio: a Paróquia N. Senhora do Parto, na Rua Rodrigo Silva, 7, próximo ao Aeroporto Santos Dumont. A faixada mais parece a portaria de um prédio, mas quando se entra na Igreja se descobre um refúgio de paz.

Toda quinta-feira a Canção Nova do Rio leva algum missionário de Cachoeira Paulista para pregar e conduzir a adoração. O grupo começa as 13h30 com a Missa.

Senti que a partir da presença do Santíssimo Sacramento, Jesus queria que o avivamento da fé pelo Espírito Santo acontecesse naquele lugar. Lembrei-me logo das palavras do Beato João Paulo II: “Que a Cultura de Pentecostes, que é tão necessária nos dias de hoje, possa continuar a se espalhar.” Audiência Geral 28.09.2005.

Muitos dos que encheram a Igreja naquela tarde, estavam no seu período de intervalo, ou almoço, ou como uma senhora me disse, indo para o médico…e resolveram entrar ali um instante. Talvez você trabalhe nesta região, ou conheça alguém que trabalha naquelas redondezas, não exite em convidá-lo.

Muitos não tinham noção de que teriam um encontro com Jesus naquele dia, mas tenho certeza de que ali o Senhor derramou suas bênçãos…Ele surpreendeu a todos nós com o derramamento do Teu Santo Espírito e muitos milagres de cura e conversão de coração aconteceram para a glória do nome de Jesus!

Como hoje o alcance da nossa rádio do Rio é pequeno, conto com sua ajuda pra divulgarmos este verdadeiro oásis no Centro da Cidade.

Jesus espera por você!

09. janeiro 2012 · Write a comment · Categories: Sem categoria · Tags: , , , , , ,

Eu tinha acabado de entrar na Canção Nova, era 2003 e eu estava na missão do Rio de Janeiro. Nunca vou esquecer das amizades que fiz nas missões por onde passei. Um desses amigos foi o “Maurão”, na época ele fazia Caminho Vocacional para a Canção Nova, hoje é um dos nossos consagrados de Aliança na Cidade Maravilhosa.

Ele é surfista, e na época teve um encontro pessoal com Jesus. Depois que ele conheceu o nosso Deus maravilhoso, Mauro nunca mais foi o mesmo. Apesar das ofertas da vida na praia,dos antigos amigos ….o Maurão não podia negar a Verdade que habitava nele.

Tinha dia em que ele chegava na casa de evangelização da Canção Nova quase que fugindo da ofertas que o pecado e a vida antiga o faziam. Daí ele nos olhava e dizia a célebre frase: “A luta é grande mas a graça do meu Deus é bem maior”.

O Mauro não deixou de pegar ondas, ou curtir a praia…mas hoje ele faz tudo isso como um consagrado. E eu tenho o maior orgulho de dizer que acompanhei essa vitória e de o chamar de meu irmão de comunidade. Meu Brother CN!

Lembrar do Maurão hoje é lembrar que a graça de Deus é muito maior do que os meus desafios. Talvez um dia quando o Mauro for santo a imagem dele seja em cima da prancha hahaha…não sei…e a jaculatória dele será…

“A luta é grande mas a graça do meu Deus é bem maior!”

No meu último aniversário tive a oportunidade de estar com minha família. Dias antes ganhei de presente uma quantia em dinheiro para comprar algo que eu estivesse precisando, o ítem que escolhi foi um sapato. À noite cheguei em casa com o calçado e mostrei pra minha irmãzinha caçula, Maíra de 8 anos. Muito extrovertida e comunicativa a Maíra achou o presente muito bonito mas condenou minha atitude de não me auto-presentear…olhando para aquela menina linda de cabelos cacheados como os meus, pedi que me explicasse melhor, ela disse:

“Você devia pedir pra fazerem um embrulho bem bonito em papel de presente e se entregar só no dia do seu aniversário.”

João Paulo e Maíra, meus irmãos

Achei engraçado o que ela disse depois essa frase foi objeto de reflexão pra mim. Porque é tão inadmissível pra mim o ato de me auto presentear ou de me auto abonar? Não estou falando de atos de egoísmo ou egocentrismo, mas me percebi confortável na posição de beneficiadora, cuidadora dos outros mas não de mim mesma.

Muito mais do que um par de sapatos Deus preparava um presente lindo pra mim no dia do meu aniversário: uma manhã linda, ensolarada no Rio de Janeiro. Eu poderia ficar em casa vendo tv e dormindo mas resolvi me presentear saindo para uma caminhada breve. O sol, as árvores, as flores que eu vi neste curto período de exercício eu não poderia desfrutar se não desse o primeiro passo.

Deus tem presentes maravilhosos pra você hoje mesmo, é só ir buscar! Presenteie-se com o primeiro passo!

Deus te abençoe

No último fim de semana fui em “missão” ao Rio de Janeiro cuidar da minha avó que está hospitalizada. O que ela tem? 100 anos!

Está hospitalizada pelos cuidados que uma “jovenzinha” como ela precisa, e lá deve ficar por mais alguns dias, mas de saúde está bem.

Passei na casa do meu avô, que tem aproximadamente 102 anos,  pra buscá-lo para visitar a vovó. Quando lá chegamos ele estava todo arrumado, cheiroso, penteando o cabelo, e eu brinquei: “Aonde você vai todo chic desse jeito?” Prontamente ele me respondeu: “Namorar! Hoje é sábado, vou na casa da minha namorada”.

No trajeto até o hospital ele foi ansioso, como todo “jovenzinho de 102 anos” que vai visitar a namorada  após 70 anos de casados rsrsr

Logo que chegamos ele foi beijar a vovó, foi lindinho de ver. No ouvido dela ele disse:

“Se eu pudesse te pegava nos braços e te tirava desse hospital”.

Frase que ela repetiria pelo resto do dia.

Na identidade 100 anos, no coração a idade do amor!

Pensei em mim e no Carlos daqui ha algumas décadas, tudo passa só fica o amor. Lembrei da minha avó amassando o feijão no prato do meu avô todos os dias, nos pequenos gestos de carinho que os anos não levaram do relacionamento deles e encontrei nas palavras do meu avô a receita desse amor: mesmo depois de 70 anos de casamento ele ainda a enxergava como aquela jovenzinha por quem se apaixonou no primeiro olhar, e sabia que todos os dias seria preciso conquistá-la, mesmo que isso se desse num quarto de hospital…

Meus avós

O regime comunista polonês orgulhava-se de ter criado, com Nowa Huta – distrito operário próximo a Cracóvia planejado como modelo de sociedade marxista -, a “primeira cidade sem Deus” da Polônia. Na verdade, era apenas uma cidade sem igreja. Sem o prédio de uma igreja. Por isso os operários levados para povoar Nowa Huta ergueram uma simples cruz de madeira no meio da cidade. E se revezavam montando guarda a essa cruz, enquanto esperavam que sua cidade se tornasse uma paróquia.

Em 1963, o jovem bispo de Cracóvia decidiu aumentar a pressão sobre o governo comunista para que finalmente fosse permitido aos católicos de Nowa Huta erguer sua igreja. Na noite de Natal, debaixo de chuva e sob temperaturas negativas, Karol Wojtyla rezou a missa do galo em Nowa Huta pela primeira vez. Muito antes da queda do comunismo na Polônia, Nowa Huta ganhou sua igreja. Para o então futuro papa ficou uma lição que ele levaria para o seu pontificado de mais de 25 anos: a Igreja não é um edifício. Também não é a hierarquia sozinha. A Igreja é a presença dos fiéis cristãos. Onde quer que eles estejam, ali estará a Igreja. Mesmo que seja em torno de uma simples cruz de madeira em Nowa Huta. E foi confiando nisso que João Paulo II pôs a Igreja de volta no centro da discussão dos destinos da humanidade no final do século 20.

Uma cruz igualmente simples e profundamente simbólica está no Brasil. Ela é uma criação de João Paulo II e, de certa forma, é filha direta da cruz de Nowa Huta. Trata-se da Cruz dos Jovens, que iniciou em São Paulo, no domingo, dia 18, uma grande peregrinação por dioceses da América do Sul a caminho do Rio de Janeiro, sede da próxima Jornada Mundial da Juventude, em 2013. Há quem veja, mesmo dentro da Igreja, as Jornadas Mundiais como pouco mais do que uma celebração. Ou uma ótima oportunidade de “evangelizar os jovens”, como gosta de dizer parte do clero. Uma espécie de grupo de jovens da paróquia em larga escala. Mas é muito mais do que isso.

Falando da última Jornada, realizada em agosto na Espanha, o papa Bento XVI disse: “A Jornada Mundial de Madri foi uma estupenda manifestação de fé para Madri e para o mundo”. Manifestação, aqui, em sentido forte. Manifestação como a categoria a que pertencem, por exemplo, os movimentos pacíficos que derrubaram as ditaduras do Egito e da Tunísia na “primavera árabe” deste ano. Manifestação da força e do peso de um grupo que comunga uma determinada visão sobre o mundo.

Milhões de jovens – em Madri havia entre 1,5 milhão e 2,3 milhões na missa final do papa, segundo diferentes cálculos – reivindicam, nas Jornadas Mundiais da Juventude, o direito de ver sua fé católica como parte da esfera pública, como parte, portanto, do debate público sobre os destinos da humanidade. Gente jovem que estará aí por muitos anos ainda e quer ser vista publicamente como católica. Mesmo numa Europa extremamente secularizada. Mesmo na capital de uma Espanha governada pelo socialista José Luis Rodríguez Zapatero, que fez da defesa de um secularismo imposto pelo Estado a marca do início de seu mandato, sete anos atrás. Manifestação, portanto – visível na alegria com que os milhões de jovens tomaram as ruas de Madri, por exemplo -, da vitalidade que a Igreja Católica, cuja desaparição vem sendo anunciada pelo menos desde o século 16, mostra no século 21.

Não há nada nem ninguém no mundo, além da Igreja e do papa, que consiga reunir o tipo de multidão que a Jornada Mundial da Juventude reúne. É um evento maior do que a Copa do Mundo de Futebol, do que os Jogos Olímpicos, do que qualquer festival de música. Esses jovens mostram uma impressionante diversidade: eles vêm do mundo inteiro – em Madri havia gente de 193 países -, são leigos, religiosos, sacerdotes, membros de todo tipo de grupo ou movimento católico. Todos se reconhecem, no entanto, membros da mesma Igreja e querem manifestar nas Jornadas sua adesão ao ideário que formou o Ocidente e, daí, se espalhou e formou o mundo moderno. Ideário que esses milhões de jovens acreditam ter o direito de defender na esfera pública, e não apenas como uma escolha pessoal que nada tem que ver com o destino comum de todos.

A ideia da Jornada Mundial da Juventude começou a se delinear na mente do beato João Paulo II ao fim do Ano Santo de 1984. A grande cruz de madeira que ficou durante todo o ano na Basílica de São Pedro foi confiada aos jovens por ele. A tarefa, disse João Paulo II, era “levá-la para todo o mundo”. Ainda não estava claro o que isso viria a significar. Os jovens levaram cruz a eventos católicos e, aos poucos, ela foi ganhando importância como símbolo. Até que o papa enviou os jovens, com sua cruz, para Praga, então parte da Checoslováquia ainda sob domínio comunista, de onde era arcebispo o cardeal Tomasek, preso pelo regime comunista nos anos 1950.

Aí, com a Cruz dos Jovens no mesmo papel da cruz de Nowa Huta, nasceu a ideia das Jornadas Mundiais da Juventude. A simples, mas eloquente, cruz de madeira seria levada pelos jovens, com a audácia e a coragem típicas da idade, a qualquer lugar do mundo. Mesmo onde não a quisessem. Fosse uma cidade além da Cortina de Ferro, como Praga, fosse para capitais de uma Europa pós-cristã, como Paris.

No pontificado de Bento XVI, o comunismo – a mais duradoura e das sanguinárias experiências de engenharia social que marcaram o catastrófico século 20 – já é um monstro derrotado. O perigo, aponta o papa, é o relativismo moral que aceita apenas o cálculo de satisfações como critério e insiste em usar o poder do Estado para manter a visão religiosa dos cidadãos fora do debate público. Esse é o sentido profundo das Jornadas Mundiais da Juventude. É preciso levar a sério a análise do papa de que os jovens são os protagonistas da Jornada. Elas não servem para os padres e bispos evangelizarem os jovens. Elas servem, isso sim, para os jovens evangelizarem o mundo.

Fonte: MARCELO MUSA, CAVALLARI, JORNALISTA, MARCELO MUSA, CAVALLARI, JORNALISTA – O Estado de S.Paulo

O início de tarde era agradável no Rio de Janeiro, dia ensolarado mas não muito quente. Estávamos com fome, eu e Dijanira. Tínhamos trabalhado até mais tarde na Rádio Fluminense e caminhávamos rumo ao restaurante conversando e aproveitando o horário do almoço, quando ouvimos uma batida de carros. Bem ao nosso lado um carro da Polícia Militar batia incansávelmente numa pick up. A cena me deixou em choque, até que começou um tiroteio e a Dija me puxou pela mão.

Estávamos no quarteirão de um conhecido jornal carioca e empurradas pelo fluxo de pessoas, entramos na recepção do jornal. Pela vidraça assistimos a todo o tiroteio, se tratava de fugitivos de um presídio sendo perseguidos por policiais. Por fim os bandidos saíram correndo e a polícia correu com eles pra bem longe dali. Em nenhum momento a Dija soltou minhas mãos, nós estávamos até com as mãos doendo de tanto que apertamos uma a mão da outra.

Passado o perigo fomos agradecer o segurança que permitiu que nos refugiássemos ali e o convidamos pra conhecer a Casa de Missão da Canção Nova que ficava uns quarteirões à frente. Quando soube que não éramos funcionárias do jornal, ele nos disse que se soubesse disso não permitiria que entrássemos…

Passado o susto eu e Dija retomamos nosso caminho até o tão esperado almoço agradecidas a Deus por estarmos vivas e por termos uma a outra. Enxergamos também nesse fato um sinal de que Deus nos escolhia pra interceder uma pela salvação da outra e firmamos um propósito de que entraríamos juntas no Céu de mãos dadas. O fato aconteceu em 2002. Logo depois fui remanejada para a missão de São Paulo e nunca mais morei na mesma missão que a Dija.

Este ano tive a graça de visitar a casa da Dijanira que já é uma “senhora casada” e mora na Missão CN de Fátima, Portugal. Como foi bom perceber que mesmo na distância continuamos unidas em oração por nossa salvação e pelo resgate de tantas almas.

Obrigado Dija, te amo!

Dijanira Silva - Missão CN Fátima - PT

O odor de sangue fresco tomava o ambiente…

…o punhal brilhava e o sorriso saltava de seus olhos…era dia dos pais e ele preparava o churrasco.

Papai churraixqueiro

Num canto eles brigam pelo brinquedo que logo após será esquecido. O piano empoeirado denuncia a melodia que canta no coração da família. No sofá 70 anos de um amor eterno com direito a beijo apaixonado.

O chôro da criança, a farofa na mesa, o amendoim torrando no fôrno, tudo sistematicamente sincronizado.

Nós crescemos e já não brincamos mais de pipa e corredor polonês, mas ainda posso sentir o cheiro de Guadalupe enchendo meus pulmões de infância. Olhando para a sala percebo, outros “primões” tomaram nosso lugar que com os anos cedemos com prazer.

Dos olhos verdes do Mateus ao sorriso sincero estampado no rosto da mulher que minha irmã se tornou, tudo me diz que os anos passaram e como é bom perceber isso.

Horas depois casa arrumada, caixas de presente à mão! É hora de encerrar o dia com chave de ouro! O olhar surpreso do papai e sua alegria de menino ao abrir o simples pacote de camisas como quem ganha uma lancha, sublima o sorriso eterno.

Antes de dormir, o abraço de boa noite e a frase que me faz ter 11 anos de novo (20 a menos, isso é muito bom): “Esse foi o melhor dia dos pais da minha vida”.

Te amo papai

Eu e meu pai ao piano