Em missão depois de cantar em um Pocket Show com o Amor e Adoração paramos pra tirar fotos, abraçar e conversar com aqueles que curtem nosso trabalho de evangelização. Em meio a tantas pessoas uma moça me chamou a atenção. Ela me pediu pra conversar comigo separadamente. Era uma moça bonita, jovem e saudável, mas a primeira frase que ela me disse me chamou a atenção:

“Nada dá certo pra mim!”

Na hora as palavras “voto íntimo” saltaram diante dela. Ela continuou dizendo que  Deus tinha se esquecido dela… e foi enumerando as situações “paralisadas” em sua vida.

O voto íntimo é um compromisso que a pessoa estabelece, é como uma aliança. Por alguma situação ou experiência, ela acaba estabelecendo um voto no seu interior e fazendo dessa experiência uma forma de agir no atual da sua vida.

Por exemplo: a pessoa viveu um trauma com seu pai, ela pode estabelecer um voto íntimo de não confiar mais no ser masculino, desconfiando de todos os homens.

Ao dizer: “Nada dá certo pra mim” aquela jovem se auto-rotulava e fechava diante de si portas importantes como a auto-confiança e o amor próprio.

O primeiro passo é identificar em que momentos da sua história acontecimentos difíceis te marcaram e qual foi a sua reação interior. Quem precisa rever a história com coragem e munido do Espírito Santo é você.

Eu não preciso, então, ter uma dificuldade com a figura masculina só porque eu tive um trauma com meu pai, pois todos os homens do mundo não são meu pai. É preciso que você se arrisque a viver essa liberdade com atitudes de uma pessoa que acolhe sua história de salvação e toma posse de toda a cura derramada por Jesus na cruz.

É preciso dar passos. Muitos podem te ajudar, mas quem precisa caminhar é você.

Te desejo uma ótima jornada rumo à sua própria história. Por mais dolorosa que ela seja, ela é uma história de amor entre você e um Deus que não mede esforços pra te amar.

Deus abençoe!



Cheguei cedo pra passagem de som da Missa. Encontrei o Fabinho, saxofonista do Ministério de Música, entretido com um pardalzinho que encontrou no quintal do vizinho, preso em uma armadilha de cola para ratos. O pardal estava com as patas e asas grudadas e se contorcia todo tentando se soltar. O Fábio tinha uma vasilha com água morna e soltava pacientemente as penas do bichinho que logo os meninos do Ministério de Música batizaram de Jonas, por causa da leitura da Liturgia do dia, sobre o profeta Jonas.

O passarinho ficou a Missa inteira dentro de um case de violão e depois o Fabinho o levou pra casa pra continuar cuidando dele.

Esse fato me fez refletir no amor de Deus Pai, que nos ama com gratuidade, ama porque ama e pronto! Ele nos liberta do pecado “grudado” em nós quando caímos nas armadilhas do Maligno, nos livra da morte e nos reensina a voar.

O amor de Deus por nós é tão perfeito que é capaz de amar sem “jogar na cara” o motivo pelo qual nos metemos numa burrada tão grande. Deus já sabe das nossas fraquezas, e já contava com elas. Ele só espera a nossa vontade de viver, a nossa vontade de voltar a voar, e isso é o bastante para que comece Sua obra de salvação.

O primeiro passo é se reconciliar com Deus, faça um bom exame de consciência, busque a confissão. Mesmo que hoje você se julgue tão pequeno quanto um pardal, e ache que Deus não te vê. Ele está te vendo, está te dando uma nova chance. Faça a experiência com Deus Pai amoroso, mesmo que o seu pai da terra não tenha sido tão carinhoso com você.

Escolha voar mais alto hoje, mesmo que hoje você esteja envolvido em armadilhas do pecado.

Desanima não, tem jeito! Deus te ama!