Semana Santa

Print Friendly

Domingo de Ramos

Vamos viver bem a Semana Santa

Chegamos ao fim da Quaresma, período de 40 dias de preparação e renovação espiritual dos cristãos e chegamos ao ponto mais alto do nosso calendário litúrgico… A Semana Santa.

Domingo de Ramos Celebramos na liturgia do domingo passado o Domingo de Ramos.  Neste dia são benzidos os ramos que os fiéis levam para as igrejas, realizando-se depois a procissão com a qual se recorda a entrada de Jesus em Jerusalém, aclamado pela multidão que o aguardava.

Quinta-feira Santa As festividades da Semana Santa culminam no Tríduo Pascal, nome dado ao conjunto das celebrações litúrgicas que assinalam a morte e ressurreição de Cristo.

Quinta-feira Santa

O Tríduo Pascal começa na Quinta-Feira Santa com a celebração da Missa da Última Ceia ou Lava pés, na qual Cristo instituiu a Eucaristia.

Sexta-feira Santa A tarde de Sexta-feira Santa apresenta o drama imenso da morte de Cristo no Calvário. A cruz erguida sobre o mundo segue de pé como sinal de salvação e de esperança.

Sexta-feira Santa

Com a Paixão de Jesus segundo o Evangelho de João contemplamos o mistério do Crucificado, com o coração do discípulo Amado, da Mãe, do soldado que lhe transpassou o lado. São João, teólogo e cronista da paixão nos leva a contemplar o mistério da cruz de Cristo como uma solene liturgia. Tudo é digno, solene, simbólico em sua narração: cada palavra, cada gesto. A densidade de seu Evangelho agora se faz mais eloquente. E os títulos de Jesus compõem uma formosa Cristologia. Jesus é Rei. O diz o título da cruz, e o patíbulo é o trono onde ele reina. É a uma só vez, sacerdote e templo, com a túnica sem costura com que os soldados tiram a sorte. É novo Adão junto à Mãe, nova Eva, Filho de Maria e Esposo da Igreja. É o sedento de Deus, o executor do testamento da Escritura. O Doador do Espírito. É o Cordeiro imaculado e imolado, o que não lhe romperam os ossos. É o Exaltado na cruz que tudo o atrai a si, quando os homens voltam a ele o olhar. A Mãe estava ali, junto à Cruz. Não chegou de repente no Gólgota, desde que o discípulo amado a recordou em Caná, sem ter seguido passo a passo, com seu coração de Mãe no caminho de Jesus. E agora está ali como mãe e discípula que seguiu em tudo a sorte de seu Filho, sinal de contradição como Ele, totalmente ao seu lado. Mas solene e majestosa como uma Mãe, a mãe de todos, a nova Eva, a mãe dos filhos dispersos que ela reúne junto à cruz de seu Filho.

“Durante o Sábado santo a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição (Circ 73).

No dia do silêncio: a comunidade cristã vela junto ao sepulcro. Calam os sinos e os instrumentos. É ensaiado o aleluia, mas em voz baixa. É o dia para aprofundar. Para contemplar. O altar está despojado. O sacrário aberto e vazio. A Cruz continua entronizada desde o dia anterior. Central, iluminada, com um pano vermelho com o louro da vitória. Deus morreu. Quis vencer com sua própria dor o mal da humanidade. É o dia da ausência. O Esposo nos foi arrebatado. Dia de dor, de repouso, de esperança, de solidão. O próprio Cristo está calado. Ele, que é Verbo, a Palavra, está calado. Depois de seu último grito da cruz “por que me abandonaste?”, agora ele cala no sepulcro. Descansa: “consummantum est”, “tudo está consumado”. Mas este silêncio pode ser chamado de plenitude da palavra. O assombro é eloqüente. “Fulget crucis mysterium”, “resplandece o mistério da Cruz”.
Não é um dia vazio em que “não acontece nada”. Nem uma duplicação da Sexta-feira. A grande lição é esta: Cristo está no sepulcro, desceu à mansão dos mortos, ao mais profundo em que pode ir uma pessoa. E junto a Ele, como sua Mãe Maria, está a Igreja, a esposa. Calada, como ele. O Sábado está no próprio coração do Tríduo Pascal. Entre a morte da Sexta-feira e a ressurreição do Domingo nos detemos no sepulcro. Um dia ponte, mas com personalidade. São três aspectos -não tanto momentos cronológicos- de um mesmo e único mistério, o mesmo da Páscoa de Jesus: morto, sepultado, ressuscitado.

Vigília Pascal A celebração é no sábado à noite, é uma Vigília em honra ao Senhor, segundo uma antiqüíssima tradição, (Ex. 12, 42), de maneira que os fiéis, seguindo a exortação do Evangelho (Lc. 12, 35 ss), tenham acesas as lâmpadas como os que aguardam a seu Senhor quando chega, para que, ao chegar, os encontre em vigília e os faça sentar em sua mesa.

A Vigília Pascal se desenvolve na seguinte ordem:

  • Breve Lucernário – Abençõa-se o fogo. Prepara-se o círio no qual o sacerdote com uma punção traça uma cruz. Depois marca na parte superior a letra Alfa e na inferior Ômega, entre os braços da cruz marca as cifras do anos em curso. A continuação se anuncia o Pregão Pascal.
  • Liturgia da Palavra – Nela a Igreja confiada na Palavra e na promessa do Senhor, media as maravilhas que desde os inícios Deus realizou com seu povo.
  • Liturgia Batismal – São chamados os catecúmenos, que são apresentados ao povo por seus padrinhos: se são crianças serão levados por seus pais e padrinhos. Faz-se a renovação dos compromissos batismais.
  • Liturgia Eucarística – Ao se aproximar o dia da Ressurreição, a Igreja é convidada a participar do banquete eucarístico, que por sua Morte Ressurreição, o Senhor preparou para seu povo. Nele participam pelas primeira vez os neófitos.

Toda a celebração da Vigília Pascal é realizada durante a noite, de tal maneira que não se deva começar antes de anoitecer, ou se termine a aurora do Domingo.

A missa ainda que se celebre antes da meia noite, é a Missa Pascal do Domingo da Ressurreição. Os que participam desta missa, podem voltar a comungar na segunda Missa de Páscoa.

O sacerdote e os ministros se revestem de branco para a Missa. Preparam-se os velas para todos os que participem da Vigília.

Domingo da Ressureição O Domingo de Páscoa, ou a Vigília Pascal, é o dia em que até mesmo a mais pobre igreja se reveste com seus melhores ornamentos, é o ápice do ano litúrgico. É o aniversário do triunfo de Cristo. É a feliz conclusão do drama da Paixão e a alegria imensa depois da dor. E uma dor e alegria que se fundem pois se referem na história ao acontecimento mais importante da humanidade: a redenção e libertação do pecado da humanidade pelo Filho de Deus.

Domingo da Ressurreição

…mas, no primeiro dia da semana, alta madrugada, foram elas ao túmulo, levando os aromas que haviam preparado. E encontraram a pedra removida do sepulcro; mas, ao entrar, não acharam o corpo do Senhor Jesus. Aconteceu que, perplexas a esse respeito, apareceram-lhes dois varões com vestes resplandecentes. Estando elas possuídas de temor, baixando os olhos para o chão, eles lhes falaram: Por que buscais entre os mortos ao que vive? Ele não está aqui, mas ressuscitou. Lembrai-vos de como vos preveniu, estando ainda na Galiléia, quando disse: Importa que o Filho do homem seja entregue nas mãos de pecadores e seja crucificado e ressuscite no terceiro dia. Então se lembraram das suas palavras. E, voltando do túmulo, anunciaram todas estas coisas aos onze e a todos os mais que com eles estavam. Eram Maria Madalena, Joana, Maria, mãe de Tiago; também as demais que estavam com elas confirmaram estas cousas aos apóstolos. Tais palavras lhes pareciam um como delírio, e não acreditaram nelas. Pedro, porém, levantando-se, correu ao sepulcro. E, abaixando-se, nada mais viu senão os lençóis de linho; e retirou-se para casa, maravilhado do que havia acontecido.”

Lucas 24:1-12