O inicio da Quaresma abre a Campanha da Fraternidade no Brasil. O tema proposto para a Campanha deste ano é  “Fraternidade e Saúde Pública” e o lema “Que a saúde se difunda sobre a terra”, tirado do livro do Eclesiástico.

A Quaresma é o tempo em que a liturgia da Igreja convida os fiéis a se prepararem para a Páscoa, mediante a conversão, com práticas de oração, jejum e esmola. E é justamente na Quarta-Feira de Cinzas, que dá-se o inicio da Campanha da Fraternida.

O primeiro movimento regional, que foi uma espécie de embrião para a criação do atual modelo da “Campanha da Fraternidade”, foi realizado na cidade de Natal em 1962, por iniciativa do então Administrador Apostólico da cidade de Natal, dom Eugênio de Araújo Sales, Heitor de Araújo Sales e de Otto Santana. Esta campanha tinha como objetivo fazer “uma coleta em favor das obras sociais e apostólicas da arquidiocese, aos moldes de campanhas promovidas pela instituição alemã Misereor”, explicou dom Eugênio Sales, em entrevista a arquidiocese de Natal, em 2009.

Quando aconteceu a 1ª Campanha da Fraternidade

Em 1963, envolvidos pelo Concílio Vaticano II, os bispos brasileiros fizeram o lançamento do Projeto da Campanha da Fraternidade para todo o Brasil. Dessa forma, na Quaresma de 1964 foi realizada a primeira Campanha em âmbito nacional.

A Campanha da Fraternidade está na sua 49ª edição, e seu principal objetivo é despertar a solidariedade das pessoas em relação a um problema concreto que envolve a sociedade brasileira, buscando caminhos e apontando soluções; mobilizando todas as comunidades católicas do país e procurando envolver outros segmentos da sociedade no debate do tema escolhido.

O texto base da CF-2012 foi dividido em três partes: a fraternidade e a saúde pública; que a saúde se difunda sobre a terra; Indicações para a ação transformadora no mundo da saúde.

Esse aviso deveria ser colocado em muitos ambientes de convivência, segundo sugeriu na sexta-feira o padre Raniero Cantalamessa OFM cap, na meditação de Quaresma que dirigiu a Bento XVI e seus colaboradores da Cúria Romana.
Ao discutir a frase da Carta de São Paulo aos Romanos, que “a caridade não seja fingida”, o frade capuchinho considerou que no campo da caridade na Igreja há um aspecto que precisa de conversão: o ato de ficar julgando uns aos outros.

O fato de julgar não é em si algo mau, esclareceu, o que é verdadeiramente mau é “o veneno do nosso julgar”: “o rancor, a condenação”.
Perante o Papa, cardeais, bispos, sacerdotes e religiosos presentes na capela Redemptoris Mater do Palácio Apostólico, Cantalamessa explicou que, “em si, julgar é uma ação neutra”; “o juízo pode terminar tanto em condenação quanto em absolvição e justificação”.
“São os juízos negativos os que a palavra de Deus reprime e elimina, aqueles que condenam o pecador junto com o pecado, aqueles que olham mais para a punição do que para a correção do irmão”, disse.
“Para estimar o irmão, é preciso não estimar demais a si mesmo – prosseguiu -; é necessário ‘não ter uma visão alta demais de si próprio'”. “Quem tem uma ideia muito alta de si mesmo é como um homem que, à noite, tem diante dos olhos uma fonte de luz intensa: não consegue ver nada além dela; não consegue ver a luz dos irmãos, seus dotes e seus valores.”
“‘Minimizar’ deve se tornar o nosso verbo preferido nas relações com os outros: minimizar os nossos destaques e minimizar os defeitos alheios. Não minimizar os nossos defeitos e os destaques alheios, como somos tantas vezes levados a fazer; é diametralmente o oposto!”

A fofoca
A fofoca mudou de nome, chama-se ‘gossip’, afirmou Cantalamessa. “Parece ter virado coisa inocente, mas é uma das que mais poluem a vida em grupo”.
“Não basta não falar mal dos outros; precisamos também impedir que os outros o façam em nossa presença; fazê-los notar, mesmo que silenciosamente, que não estamos de acordo.”
“Em muitos locais públicos está escrito ‘Aqui não se fuma’. Antigamente havia até alguns avisos de ‘Aqui não se blasfema’. Não faria mal acrescentar, em alguns casos, ‘Aqui não se fofoca'”.

Na internet, terceira prédica de Quaresma: http://www.zenit.org/article-27696?l=portuguese



“No princípio, era a Palavra, e a Palavra estava junto de Deus, e a Palavra era Deus. Ela existia, no princípio junto de Deus. Tudo foi feito por meio dela, e sem ela nada foi feito de tudo o que existe. Nela estava a vida e a vida era a luz dos homens.” (João 1,1-4)

Jesus é a Palavra.
Como nos é revelado na Verbum Domini “

O Verbo estava junto de Deus, o Verbo era Deus. Mas este mesmo Verbo – afirma São João – “fez-Se carne”(Jo 1,14); por isso Jesus Cristo, nascido da Virgem Maria, é realmente o Verbo de Deus que Se fez consubstancial a nós. Assim a expressão”Palavra de Deus” acaba por indicar aqui a  pessoa de Jesus Cristo, Filho eterno do Pai feito homem. (V.D. art  7)

Convido você a fazermos juntos um caminho de Cura pela Palavra.
A experimentarmos juntos o poder restaurador, vivificador, santificador da Palavra de Deus, Jesus!


O Santo Padre dedicou a Catequese desta quarta-feira, 29 – última de 2010 – à figura de Santa Catarina de Bolonha, seguindo o ciclo de reflexões sobre grandes mulheres da Idade Média.

O Papa citou o tratado autobiográfico e didático escrito pela santa italiana – As sete armas espirituais -, que oferece ensinamentos “de grande sabedoria e profundo discernimento” sobre as tentações do diabo:

1. ter cuidado e preocupação de trabalhar sempre para o bem;
2. crer que, sozinhos, nunca poderemos fazer nada de verdadeiramente bom;
3. confiar em Deus e, por seu amor, não temer nunca a batalha contra o mal, seja no mundo, seja em nós mesmos;
4. meditar com frequência nos eventos e palavras da vida de Jesus, sobretudo sua Paixão e Morte;
5. recordar-se que devemos morrer;
6. ter fixa na mente a memória dos bens do Paraíso;
7. ter familiaridade com a Sagrada Escritura, levando-a sempre no coração para que oriente todos os pensamentos e todas as ações.

“Um belo programa de vida espiritual, também hoje, para cada um de nós!”, exclamou o Pontífice.

A Igreja é a “família de Deus”

BARCELONA, domingo, 7 de novembro de 2010 (ZENIT.org) – “Hoje, tive o enorme prazer de dedicar este templo a quem, sendo Filho do Altíssimo, despojou-se, fazendo-se Homem e, ao amparo de José e Maria, no silêncio do lar de Nazaré, ensinou-nos, sem palavras, a dignidade e o valor primordial do matrimônio e da família.”

Da porta da Natividade da Basílica da Sagrada Família de Barcelona, diante de milhares de pessoas, o Papa Bento XVI quis introduzir a oração do Ângelus afirmando a importância da família, como já o havia feito alguns momentos antes, na homilia.

A família, segundo o Papa, é a “esperança da humanidade”, pois nela “a vida encontra acolhida, desde o momento da sua concepção até seu declínio natural”.

Jesus Cristo, acrescentou o Papa, “ensinou-nos também que toda a Igreja, escutando e cumprindo sua Palavra, converte-se em sua família. E mais ainda: confiou-nos a tarefa de ser sementes de fraternidade que, plantadas em todos os corações, incentivam a esperança”.

Gaudí, grande devoto da Sagrada Família e “inspirado pelo ardor da sua fé cristã, conseguiu transformar este templo em um louvor a Deus esculpido em pedra. Um louvor a Deus que, como no nascimento de Cristo, teria como protagonistas as pessoas mais humildes e simples”.

De fato, afirmou o Pontífice, “Gaudí, com sua obra, pretendia levar o Evangelho a todo o povo. Por isso, concebeu os três pórticos do exterior do templo como uma catequese sobre Jesus Cristo, como um grande rosário, que é a oração dos simples, no qual se podem contemplar os mistérios gozosos, dolorosos e gloriosos do nosso Senhor”.

Mas também o fez com sua vida, pois “planejou e financiou, com suas próprias economias, a criação de uma escola para os filhos dos pedreiros e para as crianças das famílias mais humildes do bairro, que era naquele então um subúrbio marginalizado de Barcelona”.

“Ele torna realidade, assim, a convicção que exprimia com estas palavras: ‘Os pobres sempre devem encontrar acolhimento no templo, que é a caridade cristã'”, sublinhou.

Posteriormente, em catalão, o Papa mostrou seu desejo de que “homens e mulheres de todos os continentes admirem a fachada da Natividade”.

fonte: Zenit.org