Forrar o estômago e cuidar do irmão

comida, refeição, liturgia, pobres, pãoNa sequência do estudo da I Carta de São Paulo aos Coríntios, um assunto diretamente ligado a liturgia. Um rico texto sobre instituição e celebração da Eucaristia. Veja o vídeo e o texto explicativo abaixo e comente seu estudo conosco ao final deste post.

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Na sequência do texto sobre as vestes, temos um assunto diretamente ligado a liturgia. Um rico texto sobre instituição e celebração da Eucaristia. Nesse trecho da carta além de termos umas das versões escritas mais antigas sobre Eucaristia, temos, uma vez mais, e a partir da celebração eucarística, o apóstolo combatendo a divisão dentro da comunidade de Corinto.

A divisão é tanta que São Paulo chega a dizer que as reuniões para a celebração de Eucaristia trazem mais problemas do que benefícios (11,17), tamanha a divisão que nela acontecia (11,18).

Passa a descrever o problema. Segundo o apóstolo, existe a reunião da comunidade, mas ela não se caracteriza como “Ceia do Senhor” (11,20). Isso porque era comum antes da celebração Eucarística acontecer uma refeição comunitária. Essa refeição era, geralmente, oferecidas pelos de melhor condições financeiras. Mas esses costumavam comer e beber antes que chegassem os pobres e os que haviam se atrasado (11,21). E assim, uns com fome e sede e outros fartos, procedia a celebração litúrgica num ambiente no qual alguns se sentiam humilhados e desprezados (11,22b). Isso gerava divisão entre esses grupos e consequentemente a ira de São Paulo (11,22).

O ordem do apóstolo é que se não conseguem esperar uns aos outros, então que cada um coma e beba na sua própria casa e assim não prejudique a celebração Eucarística (11,22a). E passa a descrever o ponto culminante dessa celebração (11,23-26).

Mas o apóstolo não perde de vista o combate contra a divisão. Pois ainda que o erro de uma só pessoa não anule o valor da Celebração (11,27), o apóstolo mostra a necessidade de um exame de consciência para que a Eucaristia, que é penhor de Salvação, não se torne justamente o contrário, condenação (11,28-29).

Mas é preciso relacionar isso com a realidade da comunidade. Por isso, nesse exame e nessa culpa estão os atos citados na refeição contra os pobres da comunidade. A refeição comunitária e a celebração Eucarística estão ligadas, assim como a maneira como de agir com o irmão nesse banquete e o exame de consciência que se devia fazer na celebração.

São Paulo finaliza o trecho reforçando sua dica para que ninguém receba a Eucaristia e seja condenado: quando se reunir a comunidade, que esperem a todos para comerem juntos. Caso alguém não consiga, que coma em casa antes de ir para a reunião (11,33-34).

Dicas de como aplicar o texto na vida

– Preocupo-me com o outro nas situações simples do dia-a-dia?

– Tenho o hábito de fazer exame de consciência, especialmente, em preparação para a celebração eucarística?

– Busco a confissão regularmente?

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Denis Duarte

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