Origem e função dos dons

pomba, espírito santo, dons, carismas, coríntiosEntramos num conhecido texto da I Carta de São Paulo aos Coríntios. Nele o apóstolo quer ensinar sobre os dons e seu uso. Faz isso sobre, sobre duas bases: a origem dos dons (vem do Espírito) e a função (é diversa). Veja o vídeo e o texto abaixo para auxiliar seu estudo.

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Como vimos no início da carta na comunidade de Corinto não falta nenhum dom, mas pelas palavras do apóstolo, ao que parece, esses dons e seu uso também causavam divisão na comunidade. Por isso o apóstolo quer ensinar sobre os dons e seu uso, sobre duas bases: a origem dos dons (vem do Espírito) e a função (é diversa).

São Paulo deixa claro que a origem dos dons, carismas, ministérios e atividades provêm de Deus, de Jesus, do espírito (12,4-6). Sendo assim, não são conseguidos pelo intelecto ou esforço humano, mas são dados gratuitamente através da ação do Espírito (12,6).

Paulo passa a demonstrar sua finalidade. As pessoas recebem dons diversos, e esses dons devem ser colocados em prol do outro, do bem comum. (12,7). E passa a relatar alguns desses dons. Interessante notar que começa pelo dom da sabedoria, tema que perpassa toda a carta .

Até aqui, apesar de já ter deixado claro que os dons são dados em benefício da comunidade, a ênfase foi a origem desses dons. A partir de agora o apóstolo passa a desenvolver com mais vagar a finalidade dos dons que é o serviço ao outro. E para isso usa como exemplo o corpo humano (12,12). Assim reforça a questão da unidade que o próprio Espírito proporciona. No batismo somos todos iguais (12,13-14).

Interessante é que o apóstolo começa por demonstrar a importância dos membros considerados menos importantes em comparação com outros mais vistosos: pé/mão e ouvido/olho (12, 15-17). E assim atesta a importância dos mais fracos na comunidade, chamando-os de indispensáveis (12,22), pois taḿbém fazem parte do corpo da Igreja cuja cabeça é Cristo (12,18-20).

Ataca aqueles que se consideram superiores e não querem contar com os mais fracos (12,21). E reforça a importância desses membros e comparando-os com partes íntimas do corpo mostra que, apesar de serem considerados menos nobres, são justamente esses membros que precisam ser mais honrados (12, 22-24). O apóstolo faz essa comparação, justamente para que não haja divisão e que todos sejam valorizados (12,25), de modo a que todos participem da vida dos demais membros da comunidade. E dessa forma cada um se sinta singular diante de Deus e da comunidade (12,26-27).

Fecha o trecho com, além de alguns carismas já citados e outros novos, atividades de hierárquicas – apóstolos, profetas e mestres (12,28). Esses cargos também participam da mesma dinâmica dos carismas. Nisso o apóstolo inclui todos da comunidade. Independente do carisma, do dom, da função, da atividade, do cargo… são todos importantes, cada um possui um lugar específico, mas todos membros do mesmo corpo (12,29-30). E dessa maneira abre o tema seguinte que diz respeito ao anseio pelo dom mais valioso. E que esse dom é tão importante que não é tratado como um dos carismas simplesmente, mas um caminho que ultrapassa a qualquer outro (12,31).

Dicas de como aplicar o texto na vida

– Qauis os dons que o Espírito Santo me concedeu?

– Coloco meus dons em favor do bem comum?

– Tenho consciência que todos possuem dons e que todos possuem sua importância?

– Me enxergo como membro do Corpo de Cristo?

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Denis Duarte

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