Como lidar com o diferente?

coríntios, excomunhão, são paulo, satanásNeste post fazemos o estudo do capítulo 5 da I Carta de São Paulo aos Coríntios. Neste trecho o apóstolo enfrenta o problema do pecado da luxúria dentro da comunidade. E ele mostra os perigos desse fato. Abaixo um vídeo e um texto com comentários sobre o texto estudado. Logo após, dicas para a reflexão e aplicação do texto na própria vida. Lembrando sempre, que você é convidado a patilhar seu estudo conosco na área de comentários.

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Mais uma vez São Paulo enfrenta a auto-suficiência da Igreja de Corinto. Pois além das divisões recebe notícias do cometimento da luxúria (5,1). E o apóstolo deixa claro que esse fato é uma vergonha e um perigo, especialmente por três motivos:

1. Tanto a lei judaica quanto os pagãos condenavam tal prática. Haja vista que nem entre os pagãos a quem viva com a mulher de seu pai (5,1b). 2. Problemas com imoralidades pareciam ser algo costumeiro dentro da comunidade, por vezes permitido e até institucionalizado (5,2). 3. Pode prejudicar toda a comunidade e por isso é preciso banir o culpado (5,2b).

São Paulo sugere uma reunião para que se julgue o caso (5,4). E o apóstolo, mesmo distante fisicamente, já dá seu voto (5,3). E seu julgamento é que o culpado seja entregue a satanás (5,5). Essa deve ser uma expressão equivalente a excomunhão.

Mas vale chamar a atenção pra um fato: que essa excomunhão é uma punição voltada para a emenda da pessoa, ou seja, para que o culpado se salve e não se perca. Existe um outro caso de excomunhão em Corinto no qual o sujeito foi readmitido na comunidade após mostrar que mudou (II Cor 2,5-11). Por isso a excomunhão era ato de caridade e salvação.

São Paulo reforça que não faz sentido o orgulho em se abrigar pessoas que vivem nessa situação, pois ela pode prejudicar toda a comunidade (5,6). O apostolo mostra que já alertou, numa carta anterior, sobre o tipo de relação que os membros da comunidade deviam ter com as pessoas sem pudor (5,9). E volta a explicar como deve ser essa relação através de uma distinção: os de fora e os de dentro.

A relação com as pessoas imorais e que estão fora da comunidade deve se pautar numa convivência social normal, pois, senão terão que sair do mundo. Mas a relação com os impuros que estão dentro da comunidade deve ser muito diferente. Pois quanto a esses (e que ainda se dizem irmãos) não se deve ter contato (nem conversar e nem comer) porque podem prejudicar toda a comunidade.

Isso é uma medida extrema de proteção da comunidade que vivia num ambiente cercado pela corrupção moral. Era um grupo pequeno se comparado ao tamanho e influências da cidade. Ao mesmo tempo, reflete a identidade que deve ter a comunidade ao viver o ensinamento dos apóstolos (ensinado em todas as Igrejas, como visto no capítulo anterior), ao seguimento de Jesus, testemunho cristão, a correção fraterna.

Resumindo: os de fora Deus os julgará, nosso papel com eles é anunciar o Evangelho para que façam uma opção de vida diferente. Por isso não posso julgá-los e sim anunciar e acolher. Os de dentro, já tendo recebido o anúncio e sendo catequizados, devem viver de acordo com opção que fizeram. Daí julgar os de dentro.

Dicas de como aplicar o texto na vida

– Faço essa distinção entre “os de dentro” e “os de fora”?
– Convivo com espírito de acolhimento e testemunho com as pessoas “de fora” da minha opção de vida?
– Como lido com as pessoas “de dentro” que semeiam ideias e práticas contrárias às da minha opção de vida cristã?

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Denis Duarte

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3 Comentários

  1. Carla Napoleão

    Bom dia Denis, então eu já tinha lido mais não compreendido esse capitulo da ICorintios 5, 1 a 13, agora com essa explicação estou mais esclarecida, só que gostara que vc me explica-se o versiculo 11 a 13, o que quer dizer esses versiculo, por favor me esclareça. Bjus Fique com Deus..

  2. Este texto foi usado para excluir um membro do roll de membros pelo pastor de uma Igreja Batista, após uma pesada discussão entre os dois. Esse texto foi usado de forma correta?

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