Renuncie ao dinheiro em favor dos pobres
Neste trecho da I Carta de São Paulo aos Coríntios vamos estudar uma questão envolvendo dinheiro e fé. São Paulo abre a discussão de compensação financeira pelo trabalho de evangelizar.Essa é uma prática comum, mas o apóstolo faz a opção de não receber nada, para que todos, inclusive os pobres, fossem alcançados pelo anúncio do Evangelho. Continue o estudo dessa passagem com o vídeo abaixo e outras informações no post.
Mais informações
Esse texto precisa ser entendido a partir do último versículo do capítulo 8. Nele, o apóstolo nos mostra que a liberdade precisa ser praticada de acordo com o amor (8,13). E no capítulo 9 São Paulo desenvolve esse princípio através de seu próprio exemplo.
São Paulo coloca o seu exemplo, mostrando ao que ele teria direito e que renuncia a tudo isso em favor do trabalho apostólico em prol da comunidade: teria direito a esposa, mas não se casa (9,5); teria direito a não trabalhar, mas trabalha (9,6).
O segundo argumento é baseado nas Escrituras. Se Deus protege um animal que trabalha, quanto mais ao homem que evangeliza. Comparando seu trabalho ao que semeia no campo e que por isso espera a colheita (9,8-10), São Paulo pergunta: Se nós semeamos em vós o espiritual, será excessivo que colhamos o espiritual? (9,11).
Abre aqui a discussão de se receber pelo trabalho de evangelizar. Isso é prática comum, mas o apóstolo faz a opção de não receber nada, para que todos, inclusive os pobres, recebessem a boa notícia do Messias (9,12). Essa prática de se receber o sustento através da evangelização é norma da Lei de Moisés (9,13) e também comum na Igreja Cristã (9,14). mas o apóstolo afirma que não fez uso de nenhum desses direitos (9,15). E diz os motivos pelos quais fez essa opção: o anúncio é obrigação (9,16) e não é por iniciativa própria, mas por um chamado (9,17). E ainda dentro desses motivos, o apóstolo reforça a questão da opção que fez através de um jogo de palavras, pois diz que seu salário é justamente anunciar gratuitamente a Boa Nova (9,18).
Isso é um alerta de Paulo para que o anúncio chegue também aos pobres. O apóstolo quer ganhar o maior número de pessoas para Cristo, inclusive os escravos, pobres que não teriam condições de sustentar um apóstolo, por exemplo (9,19). Por isso São Paulo se faz livre de salário e se faz tudo para todos: com os judeus fala das Leis judaicas (9,20), com os gregos fala do mundo pagão (9,21) e com os escravos e fracos fala na realidade deles (9,22), inclusive, financeiramente ao não aceitar salários e assim também serem participantes da Boa Notícia (9,23).
E assim como explicou o fato de não aceitar salário através do contexto judaico da Lei de Moisés (9,8-10), agora o faz também usando um exemplo do mundo grego: usa a imagem do estádio de atletismo e a modalidade da corrida para reforçar a necessidade de esforço e abstinência (inclusive de salário) para se atingir a todos (9,24-25) – inclusive a si próprio (9,26-27) – com a mensagem do Cristo.
Dicas de como aplicar o texto na vida
– Entendo, realmente, as necessidades materiais da Igreja e por isso colaboro com o dízimo?
– Muito se fala das supostas riquezas materiais da Igreja. Conheço a história da Igreja, seus reais bens materiais e como são usados por ela, antes de fazer julgamento apressado?
– Favoreço, dentro das minhas atividades na Igreja, que os menos favorecidos tenham acesso a tudo o que nos é oferecido?
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Denis Duarte
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O que Jesus sabe sobre o meu dinheiro?
GOSTEI MUITO, POIS DOMINGO DIA 12/01/14 VOU TER QUE PREGAR SOBRE DIZIMOS E OFERTAS E ESTE TEXTO DE PAULO, AJUDA MUITO NO QUE EU TENHO QUE FALAR, SOBRE A OBRIGAÇÃO DA IGREJA PARA COM NOSSOS A PASTORES QUE PELO O EVANGELHO E PELO POVO IMITA MUITO A PAULO.
OBRIGADO PELA AJUDA