“Vivei sem avareza. Contentai-vos com o que tendes” Hb 15,5a Estas palavras de São Paulo ecoam de forma cada vez mais desafiadora dentro das famílias, entre os casais. Porque existe uma mentalidade consumista, um individualismo mórbido, que provoca um amor maior ao dinheiro e aos bens do que as pessoas. A avareza é caracterizada por atitudes de guardar de prover a si mesmo, tendo possibilidades para isto, daquilo que Deus permitiu que ela desfrutasse, e negando a si, com muito mais ênfase nega a partilha de suas riquezas aos outros. Quando falamos de riqueza, não queremos dizer apenas de bens materiais. Quanto são avarentos com suas riquezas intelectuais, espirituais. Existem pessoas tão inteligentes que não tem amigos, não partilham o que sabem, se fecham num mundo de conhecimento e fama, gostam de aplausos e glamour. E o conhecimento que não produz no conhecedor a construção de uma pessoa melhor, é conhecimento perdido. E isto se consegue com o esvaziamento de si e a busca de ter sempre algo a oferecer a outrem.
Quantos casais estão vivendo suas vidas para acumular aquilo que os destruirá com o tempo. Pois é natural que teremos de nos dedicar para manter o que conseguimos, e despender tempo, esforços e sacrificios pessoais para isto. Ficar longe da esposa ou do esposo, dos filhos; se distanciar também da família: pais, irmãos, primos são exemplos clássicos do preço que se paga para ter muitos bens. Quantos casamentos de dissolveram por causa disto! Quantos filhos se sentiram abandonados tendo pais vivos! E tantos não se enveredaram pelos caminhos das drogas como consequência!
Se trabalhamos para ter o suficiente da manter uma vida digna teremos tempo para desfrutar disto na sua totalidade. Se perguntarmos: você desfruta da vida que você conquistou? Ou está em fase de construir riqueza?
Viver da providência é se contentar com aquilo que a mão de Deus permite que eu tenha para viver, e se esforçar para dar sentido a esta vida, promovendo o bem, vivendo bem com os meus. Acredito que este é um bom caminho para ter felicidade.
Deus te abençoe
Diácono Paulo Lourenço