24. março 2014 · Comentários desativados em Novena a Santa Gianna Beretta Molla · Categories: Amor Conjugal, educação dos filhos, espiritualidade do casal, família, matrimônio, pais e filhos · Tags:

Santa GiannaPARA OBTER GRAÇAS PELA INTERCESSÃO DE SANTA GIANNA BERETTA MOLLA

Resumo de sua vida: Esposa amorosa, médica dedicada e mãe heróica, que renunciou à própria vida em favor da vida da filha, na ocasião da gestação e do parto. Beatificada pelo Papa João Paulo II, em 24 de abril de 1994, e Canonizada em 16 de maio de 2004. Celebra-se o seu dia em 28 de abril.

NOVENA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Deus Pai, que nos deste a Santa GIANNA como exemplo de esposa amorosa, que cercou de amor a sua família construindo uma verdadeira “Igreja Doméstica”, faz-me assimilar esse mesmo amor incondicional, consagrando minha vida ao Teu serviço junto aos que me cercam.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
Jesus, Redentor da humanidade, que chamaste à Santa GIANNA à missão de médica do corpo e da alma, vendo o Teu sofrimento no irmão doente, fazei que, seguindo o exemplo da Tua serva, possa eu entender a minha dor e a do meu irmão, participando do sacrifício da Tua Santa Cruz.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
Espírito Santo, fonte de todo o Amor, que infundiu no coração de Mãe da Santa GIANNA a coragem dos mártires, de testemunhar com a própria vida o amor à criança que trazia no seu ventre, colaborando de maneira extraordinária no Teu plano de criação, e, que durante toda a sua vida foi um exemplo de cristã de fé, esperança e caridade, faz-me torná-la com o exemplo para um autêntico caminho rumo à santidade.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
OREMOS:
Ó Deus, Amante da Vida, que doaste à Santa GIANNA BERETTA MOLLA responder com plena generosidade à vocação cristã de esposa e mãe, concede também a mim (pessoa para quem quer obter a Graça), por sua intercessão (… FAZER O PEDIDO…) e também seguir fielmente os Teus Desígnios, para que resplandeça sempre nas nossas famílias a Graça que consagra o amor eterno e à vida humana. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Teu Filho, que é Deus, e vive e reina Contigo na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. AMÉM.
Com Aprovação Eclesiástica

Ofereço esta novena para muitos casais com dificuldade em seu matrimônio, tanto no relacionamento conjugal quanto a questão de engravidar. Santa Gianna é uma poderosa intercessora em favor da vida familiar.
Deus abençoe você e sua família.

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A palavra “Conversão” nos remete a exame de vida num sentido mais profundo do nosso ser, pois as coisas que vivemos e que queremos mudar impactam na nossa alma. Assim como somos atingidos na alma pelos pecados que cometemos, pelas decisões de vida que tomamos, pelas escolhas certas ou erradas, quando queremos para nós uma verdadeira e definitiva conversão somos tocados no nosso sagrado. E é neste momento que a graça de Deus vem em nosso auxílio: quando decidimos mudar algo em nós, que nos é destrutivo ou que é destrutivo para quem convive conosco.

Ouso comparar isto alegóricamente a um sistema do computador, que a cada tempo se apresenta uma nova “versão” , um novo formato, com novas possibilidades e telas, com ajustes naquilo que não deu certo, que não processou de acordo. Nós também precisamos de tempos em tempos buscar uma nova “versão” da nossa pessoa, buscando ajustes na qualidade de ser e de relacionar-se com os outros. A isto eu chamo da CONVERSÃO: buscar um novo formato melhorado. É claro que depois de algum tempo vamos ter que buscar uma “versão” melhor, mas hoje é tempo de estabelecer isto como meta: dar uma upgrade na vida.

Então quero deixar neste texto algumas dicas:

a) Examine a sua “máquina”, se reveja criteriosamente, sem medo de apontar onde tem errado, exagerado, pecado, cometido injustiças, deixado de corresponder as expectativas dos outros, principalmente os mais próximos. A ordem é se rever, tirando todas as mascaras e as desculpas, os subterfúgios e arrogâncias. Onde preciso mudar?

b) Trace um plano de mudança, uma virada. Neste plano coloque metas e prazos e persiga-os. Não desista quando as situações não favorecerem, continue no propósito de mudança. E não dependa dos outros mudarem, trace o seu próprio plano de mudança.

c) Confie em Deus que age em favor daqueles que querem se tornar verdadeiramente: “sua imagem e semelhança”. Deus vem com sua ajuda, com novas inspirações, basta busca-lo. Querer uma conversão sincera implica em rezar para isto.

Neste Advento que adentramos que eu e você possa buscar a nossa CONVERSÃO, que é fruto de uma decisão. Decida-se. Deus nos abençoe.

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Queria partilhar esta catequese em preparação ao Encontro mundial das famílias com o Papa. É uma ótima reflexão sobre a família nos dias de hoje. Espero que goste.

“Veio ao meio dos seus, e os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus (Jo 1, 11-12). O menino ia crescendo e fortalecia-se: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava sobre ele. Os seus pais iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Tendo ele completado doze anos, subiram a Jerusalém, segundo a tradição da festa […] Em seguida, desceu com eles a Nazaré, permanecendo-lhes submisso. A sua mãe conservava todas estas coisas no seu coração. Jesus crescia em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e
dos homens (Lc 2, 40-42.51-52).”

Reflexão

Veio ao meio dos seus. Por que motivo a família deve escolher um estilo de vida? Quais são os novos estilos de vida para a família de hoje, a propósito do trabalho e da festa? Dois trechos bíblicos descrevem o modo como o Senhor Jesus veio ao meio de nós (cf. Jo 1, 11-12) e como viveu no seio de uma família humana (cf. Lc 2, 40-42.51-52).

O primeiro texto apresenta-nos Jesus que habita no meio do seu povo: «Veio ao meio dos seus, e os seus não o receberam. Mas a todos aqueles que o receberam, aos que crêem no seu nome, deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus». A Palavra eterna parte do seio do Pai, vem para o meio do seu povo e entra numa família humana. O povo de Deus, que deveria ser o ventre acolhedor do Verbo, revela-se estéril. Os seus não o receberam mas, pelo contrário, eliminam-no. O mistério da rejeição de Jesus de Nazaré insere-se no coração da sua vinda para o meio dos nós. Mas a todos aqueles que o recebem, «deu-lhes o poder de se tornarem filhos de Deus». Aos pés da cruz, João vê realizar-se aquilo que ele mesmo proclama no início do seu Evangelho. «Quando vê a sua mãe e, perto dela, o discípulo que ele amava» (Jo 19, 26), Jesus confia à mãe o novo filho, e ao discípulo que ele amava, confia a mãe. Depois, o evangelista comenta: «E a partir dessa hora, o discípulo levou-a consigo para a sua casa» (19, 27). Eis o «estilo» que Jesus nos pede, para vir ao meio de nós: um estilo capaz de receber e de gerar.

Jesus pede que a família seja lugar que acolhe e gera a vida em plenitude.
Ela não gera apenas a vida física, mas abre à promessa eà alegria. A família torna-se capaz de «receber», se souber preservar a sua própria intimidade, a história de cada um, as tradições familiares, a confiança na vida e a esperança no Senhor. A família torna-se capaz de «gerar», quando faz circular os dons recebidos, quando conserva o ritmo da existência quotidiana entre trabalho e festa, entre afecto e caridade, entre compromisso e gratuidade. Esta é a dádiva que se recebe em família: conservar e transmitir a vida, no casal e aos filhos.

A família tem o seu ritmo, como a palpitação do coração;é lugar de descanso e de impulso, de chegada e de partida, de paz e de sonho, de ternura e de responsabilidade. O casal deve construir a atmosfera antes da chegada dos filhos. O trabalho não pode tornar a casa deserta, mas a família deve aprender a viver e a conjugar os tempos do trabalho com aqueles da festa. Muitas vezes deve confrontar-se com pressões externas, que não permitem escolher o ideal, mas os discípulos do Senhor são aqueles que, vivendo na realidade das situações, sabem dar sabor a todas as coisas, mesmo àquilo que não se consegue mudar: são o sal da terra. De modo particular, o domingo deve ser tempo de confiança, de liberdade, de encontro, de descanso e de partilha. O domingo é o momento do encontro entre o homem e a mulher. É acima de tudo o Dia do Senhor, o tempo da oração, da Palavra de Deus, da Eucaristia e da abertura à comunidade e à caridade. E deste modo, também os dias da semana receberão luz do domingo e da festa: haverá menos dispersão e mais encontro, menos pressa e mais diálogo, menos coisas e mais presença. Um primeiro passo nesta direcção é ver como habitamos a casa, o que levamos a cabo no nosso lar. É necessário observar como é a nossa morada e considerar o estilo do nosso habitar, as escolhas que ali fizemos, os sonhos que cultivamos, os sofrimentos que vivemos, as lutas que enfrentamos e as esperanças que alimentamos.

O segredo de Nazaré. Nesse povoado da Galileia, Jesus vive o período mais longo da sua vida. Jesus torna-se homem: com o transcorrer dos anos, ele atravessa muitas das experiências humanas para as salvar todas: faz-se um de nós, entra numa família humana, vive trinta anos de silêncio absoluto, que se tornam revelação do mistério da humildade de Nazaré.

O versículo com que tem início este trecho delineia com poucos traços o «segredo de Nazaré». É o lugar onde crescer em sabedoria e graça de Deus, no contexto de uma família que recebe e gera. «O menino ia crescendo e fortalecia-se: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava sobre ele». O mistério de Nazaré diz-nos de modo simples que Jesus, a Palavra que vem do Alto, o Filho do Pai, se faz menino, assume a nossa humanidade, cresce como um jovem no seio de uma família, vive a experiência da religiosidade e da lei, a vida quotidiana cadenciada pelos dias de trabalho e pelo descanso do sábado, o calendário das festas. O «Filho do Altíssimo» reveste-se com o semblante da fragilidade e da pobreza, é acompanhado pelos pastores e por pessoas que manifestam a esperança de Israel. Porém, o mistério de Nazaré é muito mais: é o segredo que fascinou grandes santos, como Teresa de Lisieux e Charles de Foucauld.

Com efeito, o versículo de encerramento do episódio diz que Jesus «desceu com eles a Nazaré, permanecendo-lhes submisso. A sua mãe conservava todas estas coisas no seu coração. E Jesus crescia em estatura (maturidade), sabedoria e graça diante de Deus e dos homens». Eis o profundo mistério de Nazaré: Jesus, a Palavra de Deus em pessoa, imergiu-se na nossa humanidade durante trinta anos! As palavras dos homens, as relações familiares, a experiência da amizade e da conflitualidade, da saúde e da enfermidade, da alegria e do sofrimento tornaram-se linguagens que Jesus aprendeu, para proferir a Palavra de Deus. De onde vêm, a não ser da família e do ambiente de Nazaré, as palavra de Jesus, as suas imagens, a sua capacidade de contemplar os campos, o camponês que semeia, a messe que lourece, a mulher que mistura a farinha, o pastor que extraviou a ovelha, o pai com os seus dois filhos. Onde foi que Jesus aprendeu a sua surpreendente capacidade de narrar, imaginar, comparar e pregar na vida e com a vida? Não vêm elas porventura da imersão de Jesus na vida de Nazaré? Por isso dizemos que Nazaré é o lugar da humildade e do escondimento. A palavra esconde-se, a semente desce ao ventre da terra e morre para trazer como fruto o amor do próprio Deus, aliás, o rosto paterno de Deus. Este é o mistério de Nazaré.

3. Os vínculos familiares. Jesus vive numa família caracterizada pela espiritualidade judaica e pela fidelidade à lei: «Os seus pais iam todos os anos a Jerusalém, para a festa da Páscoa. Tendo ele completado doze anos, subiram a Jerusalém, segundo a tradição da festa». A família e a lei constituem o contexto onde Jesus cresce em sabedoria e graça. A família e a religiosidade judaicas, uma família patriarcal e uma religião doméstica, com as suas festas anuais, com o sentido do sábado, com a oração e o trabalho diário, com o estilo de um amor de casal puro e meigo, fazem compreender que Jesus viveu profundamente a sua família.

Também nós crescemos numa família humana, dentro de vínculos de acolhimento que nos fazem crescer e responder à vida e a Deus. Também nós nos tornamos aquilo que recebemos. O mistério de Nazaré é o conjunto de todos estes vínculos: a família e a religiosidade, as nossas raízes e o nosso povo, a vida diária e os sonhos para o porvir. A aventura da vida humana começa a partir daquilo que recebemos: a vida, a casa, o afecto, a língua e a fé. A nossa humanidade é forjada por uma família, com as suas riquezas e as suas pobrezas.

Escuta do Magistério

A vida de família traz consigo um estilo singular, novo e criativo, que deve ser vivido e saboreado no casal e transmitido aos filhos, a fim de que transforme o mundo. O estilo evangélico da vida familiar influi dentro e além do círculo eclesial, fazendo resplandecer o carisma do matrimónio, o mandamento novo do amor a Deus e ao próximo. De maneira sugestiva, o n. 64 da Familiaris consortio exorta-nos a descobrir de novo um rosto mais familiar de Igreja, com a adopção de «um estilo de relações mais humano e fraterno». .

Estilo evangélico da vida em família

«Animada e sustentada pelo mandamento novo do amor, a família cristã vive a acolhida, o respeito, o serviço para com a homem, considerado sempre na sua dignidade de pessoa e de filho de Deus.

Isto deve acontecer, antes de tudo, no e para o casal e para a família, mediante o empenho quotidiano de promover uma autêntica comunidade de pessoas, fundada e alimentada por uma íntima comunhão de amor. Deve além disso ampliar-se para o círculo mais universal da comunidade eclesial, dentro da qual a família cristã está inserida: graças à caridade da família, a Igreja pode e deve assumir uma dimensão mais doméstica, isto é, mais familiar, adoptando um estilo de relações mais humano e fraterno.

A caridade ultrapassa os próprios irmãos na fé, porque “todo o homem é meu irmão”; em cada um, sobretudo se pobre, fraco, sofredor e injustamente tratado, a caridade sabe descobrir o rosto de Cristo e um irmão a amar e a servir.

Para que o serviço ao homem seja vivido pela família segundo o estilo evangélico, será necessário pôr em prática com urgência o que escreve o Concílio Vaticano II: “Para que este exercício da caridade seja e apareça acima de toda a suspeita, considere-se no próximo a imagem de Deus, para o qual foi criado, veja-se nele Cristo, a quem realmente se oferece tudo o que se dá ao indigente” (AA 8)».
[Familiaris Consortio, 64]

Diácono Paulo Lourenço – Canção Nova

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“Vivei sem avareza. Contentai-vos com o que tendes” Hb 15,5a  Estas palavras de São Paulo ecoam de forma cada vez mais desafiadora dentro das famílias, entre os casais. Porque existe uma mentalidade consumista, um individualismo mórbido, que provoca um amor maior ao dinheiro e aos bens do que as pessoas. A avareza é caracterizada por atitudes de guardar de prover a si mesmo, tendo possibilidades para isto, daquilo que Deus permitiu que ela desfrutasse, e negando a si, com muito mais ênfase nega a partilha de suas riquezas aos outros. Quando falamos de riqueza, não queremos dizer apenas de bens materiais. Quanto são avarentos com suas riquezas intelectuais, espirituais. Existem pessoas tão inteligentes que não tem amigos, não partilham o que sabem, se fecham num mundo de conhecimento e fama, gostam de aplausos e glamour. E o conhecimento que não produz no conhecedor a construção de uma pessoa melhor, é conhecimento perdido. E isto se consegue com o esvaziamento de si e a busca de ter sempre algo a oferecer a outrem.

Quantos casais estão vivendo suas vidas para acumular aquilo que os destruirá com o tempo. Pois é natural que teremos de nos dedicar para manter o que conseguimos, e despender tempo, esforços e sacrificios pessoais para isto.  Ficar longe da esposa ou do esposo, dos filhos; se distanciar também da família: pais, irmãos, primos são exemplos clássicos do preço que se paga para ter muitos bens. Quantos casamentos de dissolveram por causa disto! Quantos filhos se sentiram abandonados tendo pais vivos! E tantos não se enveredaram pelos caminhos das drogas como consequência!

Se trabalhamos para ter o suficiente da manter uma vida digna teremos tempo para desfrutar disto na sua totalidade. Se perguntarmos: você desfruta da vida que você conquistou? Ou está em fase de construir riqueza?

Viver da providência é se contentar com aquilo que a mão de Deus permite que eu tenha para viver, e se esforçar para dar sentido a esta vida, promovendo o bem, vivendo bem com os meus. Acredito que este é um bom caminho para ter felicidade.

Deus te abençoe

Diácono Paulo Lourenço

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Quando um casal forma uma família nasce um novo espaço sagrado no mundo, lugar reservado por Deus para que os valores do Reino sejam implantados e vividos. Nesta perspectiva o lar cristão precisa se tornar o próprio Reino de Deus, local de Sua santa morada, mas isto só é possivel com a colaboração dos próprios conjuges, que têm a missão de implantar este Reino que é de Amor, de Paz e de Justiça.

O Reino do Amor começa com o próprio relacionamento do casal que deve a cada dia ser construido através de gestos de acolhida, carinho, proteção, afeto mútuo, compreensão.  Também uma dose de emoção e sentimentos que terão que se renovar a cada dia, recheado de palavras que elevam a outra pessoa e revelam o que ela tem de mais precioso. Infelizmente em alguns lares não vemos casais apaixonados e se apaixonando pela aventura de viver juntos, acabam esfriando a paixão do namoro, deixando de lado o prazer sexual como fonte de alegria, relegando isto a busca de prazer às custas do outro. O sexo sem amor é alienante pois leva a pessoa a categoria de “animal” que quer prazer a todo custo. O componente do amor enquanto vivência de carinho e de afeto demonstrados a cada dia, faz a diferença na vida conjugal. O Reino de Deus é repleto de amor, deste amor que se dá, mais do que se recebe. Que é mais doação de vida, sacrificio pelo outro do que busca de se preencher pessoalmente. O Reino de Deus acontece quando promovemos o amor e fazemos dele o centro de nossas vidas.

O Reino também é de Paz, e esta paz só acontece a partir da presença do Príncipe da Paz, que é Jesus Cristo. Toda família precisa ter como fonte de Paz, a pessoa de Jesus. E isto acontece a partir da participação dos membros da família na Igreja: a vivência sacramental. Se fizéssemos uma enquete sobre o assunto certamente iríamos descobrir que famílias que participam da Santa Missa todo domingo, por exemplo, conseguem conservar a paz e banir a discórdia, as divisões internas, brigas, no interior de seus lares.  Não há paz longe de Jesus Cristo, Ele é o Shalom de Deus, Paz completa, Paz duradoura e perene. Este valor do Reino, a Paz, não se consegue implantar com as próprias forças, mas é fruto da Presença de Jesus. Somos cooperadores desta graça, nos expondo  e se colocando na presença de Cristo, através da Igreja.

Outro valor do Reino a ser implantado na família, é a Justiça. Não a justiça de quem pensa em fazer o que correto perante a lei tão somente. Isto é até fácil, mas a justiça do Reino de Deus é tirar de si e dar ao outro. Tudo que temos e que não estamos utilizando não nos pertençe, portanto não é nosso, mas de outro que está precisando. Não podemos reter para nós o que não necessitamos para ter uma vida digna, sabendo que outra pessoa não tem esta mesma vida digna porque não partilhamos com ele o que nos sobra. O Reino de Justiça é o Reino da solidariedade, da partilha, da caridade expressa em ajuda mútua. É bem fácil achar-se justo dentro da nossa individualidade e a partir do egocentrismo que é tão presente na atual sociedade. Na família cristã deve-se viver a fraternidade, para que o mundo seja melhor  a partir de cada um de nós.

Tudo isto começa na família, a partir dos conceitos cristãos que precisamos absorver , ensinar os nossos filhos a viverem: o amor, a participação sacramental em busca da paz e a justiça. É esta a  nossa missão: implantar o Reino de Deus a partir da formação moral de homens e mulheres, para se tornarem novos para um mundo novo, o que só é possível no ambiente familiar.

Deus abençoe você e sua família. Diácono Paulo Lourenço

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Outro dia estava dialogando com minhas duas filhas e me deparei com uma situação que me fez refletir sobre minha própria vida e conduta. É que as vezes cobramos coisas que nós mesmos temos dificuldade de cumprir, colocando um fardo sobre os ombros de nossos filhos, fardos estes que na nossa juventude não tivemos que carregar.  O momento em que vivemos atualmente leva os pais a se posicionarem sempre com muita prudência com os filhos, isto porque os tempos são maus e as situações podem levar nossos filhos a se perderem em caminhos de vicios, drogas e perda da identidade, perda de religiosidade também. Isto tudo nos leva a ser mais severos e cobramos muitas posturas que são exageradas.

Há a necessidade de acreditarmos mais na educação e na consciência moral que proporcionamos aos nossos filhos para que façam escolham que os conduzam a própria felicidade. A autonomia é algo que se conquista com a idade, e existem muitos filhos com idade até avançada mas dependentes quase que totalmente dos pais, vivendo sem vontade própria, guardando no seu interior uma repressão enorme, que pode irromper em conflitos e sofrimentos em suas vidas adultas.

Isto não quer dizer que devemos deixar de colocar limites, principalmente na sociedade que vivemos onde há a proliferação de um consumismo de massa, onde se constroe a vida a partir da conquista material. Então precisamos ensinar nossos filhos a terem compromisso com a felicidade, que a meu ver se expressa na liberdade consciente de escolher pelo bem, pela paz, pela justiça, honestidade. Mas lembro que somente pais que conquistaram um bom grau de maturidade poderão deixar esta herança para seus filhos. Isto porque esta maturidade inclue a coerência entre aquilo que se ensina e aquilo que se vive. O filho se espelha mais naquilo que experimenta, no que vê, nos exemplos e testemunho de seus pais, do que em longos discursos morais, com a fórmula: “faça o que eu mando e não o que eu faço”. É uma ilusão enorme pensar que teremos filhos maduros se não formos coerentes.

São Paulo na Carta a Timóteo ( seu filho na fé) pede a ele ” torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade” ( I Tim 4, 12b). Para os filhos somos naturalmente modelos, por isso precisamos caprichar. 

Deus abençoe você nesta longa caminhada de ser mãe ou ser pai. Diácono Paulo Lourenço

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Estamos em julho, é férias, que delícia! Momento de convivência, nossa casa se torna um lugar de lazer. Os cadernos vão para a gaveta. É hora de planejar: o que vamos fazer nestas férias ? Muitos vão viajar, conhecer outros lugares, e isto também é bacana! Outros preferem curtir a casa, assistir televisão, ver filmes, comer melhor, fazer exercícios, rever amigos, brincar e se descontrair.

Os pais são imprescindíveis para acompanhar os filhos nessas atividades de lazer. Primeiro é preciso estar junto com os filhos, dar um pouco mais de tempo, rever o papo. Marcar uma pescaria, proporcionar uma saída de fim de semana, estar presente participando e brincando com ele naquilo que ele gosta. E muito atento: não é tempo de buscar coisas destrutivas, de fechamento, por exemplo: vídeo game, que leva a pessoa a ficar trancada dentro de casa.

Se você é pai, vai aí uma dica: tira a gravata, sente no chão com ele, brinque um pouco, dê risada, se solte, nada de cara carrancuda, de bronca. É momento de curtir a amizade do filho. Seja para ele somente pai, amigo e companheiro.

Deus te abençoe!

Diácono Paulo Lourenço.

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Toda a benção vem de Deus, mas é escolha da misericórdia Dele, que haja sempre uma pessoa como mediação humana para esta benção. Os pais são os mediadores diante de Deus para levar a Sua Santa benção a seus filhos. Os filhos pedem: “benção pai e ele responde: Deus te abençoe”. Não temos noção da grandiosidade destas palavras para a vida da pessoa, a força de transformação que elas são portadoras, o valor espiritual.  Perdi meu pai à 3 anos e sinto muita falta de sua benção. Quando vou visitar minha mãe ou ligo para ela sempre peço a sua benção, e sinto que isto é visita de Deus na minha vida.

Quantos pais e mães deixaram de lado esta prática tão importante: abençoar seus filhos. A benção é a primeira e mais importante oração que fazemos por nossos filhos. Depois sim devemos rezar por eles, oferecer sacrifícios para que eles tenham força contra toda tentação que este mundo oferece, principalmente os jovens. É hora de assumirmos a nossa paternidade e maternidade espiritual, rezando todos os dias pelos nossos filhos. Vejo pais reclamando e até falando mal de seus filhos: que são rebeldes, que são mal educados, que consomem drogas, que não têm respeito em casa e tudo mais.

Costumo dizer que minhas filhas são presentes de Deus, verdadeiros tesouros que Ele permite que eu tenha para cuidar e amar. Quando estes são os nossos sentimentos eles desembocam na necessidade de orarmos por eles todos os dias. Quem ama cuida e quem ama assume na oração. O poder de Deus é dispensado largamente àqueles que pedem: “pedi e recebereis”. Quem sabe hoje não precisemos mais assumir este papel de intercessores junto a Deus pelos nossos filhos? Fica isto para refletirmos.

Deus os abençoe. Diácono Paulo Lourenço

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Sempre e de alguma forma, no reino animal, os filhotes quando nascem são cercados de cuidados, de atenção e proteção. Os gatinhos, cachorrinhos, leãozinhos recebem várias lambidas de suas mães, elas os aconchega junto de si aquecendo-os. As aves colocam seus filhotes em baixo de suas asas, outras mães entregam os seus filhos aos cuidados dos pais e partem em busca de alimento para o sustento de seus filhotes. Conforme vão se desenvolvendo estes cuidados vão diminuindo até que o filhote se torne capaz de lutar pela sua própria sobrevivência, no entanto alguns continuam vivendo junto ao seu bando.

Um pouco diferente dos nossos amigos animais, parece que as pessoas necessitam constantemente deste calor humano. Diversas pesquisas revelam que o contato físico, o toque, o olhar e a proteção transmitidos por gestos concretos favorecem o desenvolvimento físico, psíquico e espiritual do ser humano.

Spitz em suas pesquisas com bebês institucionalizados, com ou sem a presença de suas mães chega à conclusão que aqueles que não são trazidos ao colo para serem amamentados, que são deixados por longo período sozinhos em seus berços desenvolvem o que chama de marasmo, um estado de letargia, de não-expressão e podem até chegar a óbito precoce, sem causa específica.

Winnicott estudando crianças abandonadas, órfãs da 2ª. grande guerra, observa que o nível de delinqüência e agressividade são altíssimos entre elas. Entretanto, pesquisas atuais, revelam que crianças em condições semelhantes às estudadas por Winnicott, mas que receberam auxílio através de pessoas que as acolheram, dispensando cuidados físicos e emocionais, desenvolveram habilidades sociais, perspectivas de um futuro construtivo e força para enfrentar as adversidades que a vida oferece, de forma a tornarem-se pessoas mais humanas e altruístas.

A pesquisadora americana Tiffany Field demonstra, a partir de suas pesquisas, que o toque, o contato físico além de aliviar o estresse e a ansiedade, também diminui a criminalidade. A privação do contato físico são as causas básicas de diversos distúrbios emocionais e de sono, abuso de álcool e drogas. A falta de sono leva a irritabilidade que afeta o sistema imunológico favorecendo o aparecimento de diversas doenças, entre elas diarréias, prisão de ventre e infecções respiratórias.

A partir destes fatos basta nos perguntarmos: como estou me relacionando com as pessoas, principalmente com os mais próximos? Eu já abracei alguém hoje? Liguei pra alguém a fim de saber como ela está?

Se não, não perca tempo, abrace, beije, brinque, acaricie, sorria, … Você não se arrependerá e viverá mais, feliz e saudável.

Mara Silvia M. Lourenço

Psicóloga e membro da Comunidade Canção Nova

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stock photo : happy family portrait outdoors smiling with a blue sky Afetividade é o conjunto de sentimentos e emoções que possuímos em relação a nós mesmo, aos outros e a Deus. É a capacidade de amar, de ser bom, cordial, simpático, altruísta. Está ligada essencialmente as relações que estabelecemos, portanto é a capacidade de estabelecer laços de união profunda.

Ela exerce um papel fundamental no desenvolvimento da personalidade humana, pois define a forma como nos relacionamos com os outros.

É através de relacionamentos afetivos positivos que formamos em nossas crianças e jovens o terreno fértil para que sua própria afetividade seja madura. Somos também responsáveis pela maturidade afetiva de nossos filhos.

Num mundo descartável, onde tudo passa rapidamente, onde as coisas não tem durabilidade é preciso mostrar aos jovens que os relacionamentos podem ser duradouros, que é bom dar-se ao outro sem esperar nada em troca, que o prazer corporal é passageiro, e o que fica são as marcas do amor dado.

Criticamos os jovens que ora “ficam” com um ora com outro, que não estabelecem relações duradouras e profundas, que não são fiéis. No entanto muitos de seus pais também não o são, passaram por relacionamentos afetivos, de amizade, profissionais e não foram capazes de suportar qualquer crise ou sofrimento e por isso “descartaram” os outros. Inclusive o parente que não serve para mais nada a não ser dar despesas, reforçando a idéia de que só tem valor quando somos produtivos, esquecendo-se que ela continua sendo pessoa e o que já fez. Nos tornamos insensíveis e formamos nossas crianças e jovens insensíveis afetivamente.

É através do exercício da afetividade intrafamiliar, onde há amor autentico, entrega incansável, abnegação, diálogo, compreensão que se desenvolve um jovem capaz de estabelecer uma relação sadia com o mundo, com as pessoas, consigo mesmo e com Deus. Onde caminhará reconhecendo seu verdadeiro valor, aceitando seus limites, sabendo quem é, aberto para o relacionamento amoroso com o outro sexo, capaz de superar adversidades e num movimento constante de crescimento pessoal e espiritual.

Mara S. Martins Lourenço

Psicóloga e Membro da Comunidade de Aliança Canção Nova

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