É uma obra de arte, nos tempos que estamos vivendo saber educar os filhos para serem os adultos que todo pai e toda mãe almeja para eles. Os valores impostos pela mídia, e pelos costumes consumistas de nossa sociedade levaram as nossas crianças a se tornarem cada vez mais exigentes, mas os pais também tem sua culpa neste processo de deseducação.

Me explico: Muitos pais esqueceram da necessidade de impor-se, como autoridade da casa, sobre os seus filhos. Eu disse impor-se, e impor-se é estar numa posição superior que comanda as coisas.

Isto começa desde bebezinho. As crianças tem a tendência de chorar quando querem alguma coisa, e temos o hábito de atendê-la prontamente, na hora que ela quer, do jeito que ela quer, mesmo que não seja necessário naquele momento. É só observar: existem mães que o filho chora, já oferece o “mamá” , não importa se está com fome ou não. Chorou, mamou. Depois a criança cresce, e se acostuma com esta prática: pediu recebeu. Para muitas mães isto é mais prático, quando não são empregadas que ficam com as crianças, para as mães trabalharem.

Os pais que querem educar seus filhos, e não deixarem que eles comandem a casa, começam cedo colocando limites, deixando chorar, se não tiverem doentes, nem como fome, muitas vez é pura manha. Depois os pais não podem dar tudo que o filho pede, pois não estarão o educando para o mundo, que não dá tudo que queremos, na verdade teremos que conquistar, com esforço o que queremos, para isto ter sentido e valor para nós.

Muitos filhos perderam a noção disto: que as coisas não caem do céu. Que é preciso trabalhar para alcançar. E é assumindo o papel de pais da casa, aqueles que colocam os limites, que nossos filhos conseguirão ser alguém por si próprios. As vezes pais querem projetar aquilo que não conseguiram ser nos seus filhos, e acham que dando de tudo, seria a solução. Eu acredito que cada pessoa tem diante de Deus, um novo projeto de vida, um caminhar novo, e é papel dois pais prepararem seus filhos para encontrarem o seu próprio caminho de vida, de felicidade.

A experiência que eu tenho com minhas duas filhas é de dar a elas o necessário, e estar na minha posição de pai, não abrindo mão de minha autoridade paternal no amor e em Deus.

Eu ensinei minhas filhas a irem a luta, porque a vida é difícil, dei toda formação sobre os perigos que a vida oferece, desde muito cedo. Sempre presente na vida delas, mas sem sufocar, permitindo que tenham opinião própria, lutem por ela, mas que saibam recuar quando suas opiniões não prevaleceram, principalmente em casa.

Tenho observado lares onde os filhos é que mandam, os pais ficam como que acuados e obrigados a obedecer, a se “matarem” de trabalhar para dar de tudo, e são tratados como empregados. É uma inversão de papéis destrutiva para a família.

Educar exige tempo, sabedoria, e tomada de posição frente ao novo que se nos oferece a cada dia. É sempre um desafio. Fica para você hoje a reflexão sobre a autoridade. Se você a perdeu não desanime, reconquiste, não tenha medo de dizer “sim quando for sim e não quando for não”

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