13. março 2017 · Comentários desativados em A oração é a luz da alma · Categories: espiritualidade do casal, família, oração

A oração, o diálogo com Deus, é um bem incomparável, porque nos põe em comunhão íntima com Deus. Assim como os olhos do corpo são iluminados quando recebem a luz, a alma que se eleva para Deus é iluminada por sua luz inefável. Falo da oração que não é só uma atitude exterior, mas que provém do coração e não se limita a ocasiões ou horas determinadas, prolongando-se dia e noite, sem interrupção. Com efeito, não devemos orientar o pensamento para Deus apenas quando nos aplicamos à oração; também no meio das mais variadas tarefas – como o cuidado dos pobres, as obras úteis de misericórdia ou quaisquer outros serviços do próximo – é preciso conservar sempre vivos o desejo e a lembrança de Deus. E assim, todas as nossas obras, temperadas com o sal do amor de Deus, se tornarão um alimento dulcíssimo para o Senhor do universo. Podemos, entretanto, gozar continuamente em nossa vida do bem que resulta da oração, se lhe dedicarmos todo o tempo que nos for possível.

A oração é a luz da alma, o verdadeiro conhecimento de Deus, a mediadora entre Deus e os homens. Pela oração a alma se eleva até aos céus e une-se ao Senhor num abraço inefável; como uma criança que, chorando, chama sua mãe, a alma deseja o leite divino, exprime seus próprios desejos e recebe dons superiores a tudo que é natural e visível. A oração é venerável mensageira que nos leva à presença de Deus, alegra a alma e tranquiliza o coração. Não penses que essa oração se reduza a palavras. Ela é desejo de Deus, amor inexprimível que não provém dos homens, mas é efeito da graça divina, como diz o Apóstolo: IMG-20161210-WA0030 (Rm 8,26). Semelhante oração, quando o Senhor a concede a alguém, é uma riqueza que não lhe pode ser tirada e um alimento celeste que sacia a alma. Quem a experimentou inflama-se do desejo eterno de Deus, como que de um fogo devorador quê abrasa o coração.

Praticando-a em sua pureza original, adorna tua casa de modéstia e humildade, torna-a resplandecente com a luz da justiça. Enfeita-se com boas obras, quais plaquetas de ouro, ornamenta-se de fé e de magnanimidade em vez de paredes e mosaicos. Como cúpula e coroamento de todo o edifício, coloca a oração. Assim prepararás para o Senhor uma digna morada, assim terás um esplêndido palácio real para o receber, e poderás tê-lo contigo na tua alma, transformada, pela graça, em imagem e templo da sua presença.

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24. setembro 2014 · Comentários desativados em Livro Amor e aliança conjugal · Categories: afetividade, Amor Conjugal, espiritualidade do casal, estilo de vida, família, matrimônio, Namoro, Sexualidade · Tags:

Capa Livro DiáconoAmar uma pessoa é escolhe-la definitivamente como companheira na viagem da vida. Como o curso do rio, que é longo até chegar ao mar, mas é perene, é contínuo, o amor conjugal precisa ser contínuo e ter um curso certo: ir até Deus.

O amor por uma pessoa nos leva a assumir a missão de levá-la à plenitude da vida, que é o encontro definitivo com Deus. Quem ama de verdade não para de amar por conta das dificuldades do caminho, porque isso não seria amor, mas um jeito de satisfazer as minhas necessidades.

Amar implica em permanecer. “Permanecei no meu amor” disse Jesus (cf. Jo 15). Permanecer é ficar ligado a fonte.

Adquira este Livro e reflita sobre o amor conjugal. Um livro cheio de conteúdos teológicos, mas com o testemunho meu e de minha esposa, um caso de amor que deu certo.

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Deus o abençoe

Diácono Paulo Lourenço

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22. agosto 2014 · Comentários desativados em O amor é o absoluto que deve ocupar nosso coração · Categories: afetividade, Amor Conjugal, espiritualidade do casal, estilo de vida, família, pais e filhos · Tags:

20130609_205330 Estamos vivendo um mundo onde tudo é relativizado, isto é, se pensa que tudo é relativo e que as leis de Deus e as normas que contribuem para a organização das pessoas que vivem em sociedade e em comunidade também são relativas.

Estou refletindo esta semana sobre a palavra ABSOLUTO. Absoluto é o contrário de relativo. Alguma coisa precisa ser resgatado em minha vida como absoluto, imutável, que não se pode romper, principalmente quando deixo isto fixar-se no meu coração. ” Onde está o teu tesouro aí está o teu coração”. O absoluto em meu coração é o meu tesouro.

O que é absoluto no seu coração? Qual é o teu tesouro?

Se o meu absoluto é o AMOR, todas as coisas passarão por este maravilhoso filtro, e tudo que eu expressar será fruto deste Absoluto que habita dentro de mim. É claro que estou falando de Deus, mas de uma forma concreta. “Deus é amor, quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele” ( I Jo 4,16).

O amor precisa ser o absoluto no meu coração e assim as demais coisas ficam relativas, desde que filtradas pelo Amor. Santo Agostinho disse: “amem e façam o que quiserem”. A regra maior, a lei maior é o Amor. Se eu vivo a partir do amor, não vou desrespeitar nem a mim mesmo, nem ao outro, nem a natureza, nem a Deus. Se eu ponho o Amor como absoluto do meu coração naturalmente estarei fugindo do pecado.

O perigo que vejo em nosso tempo é que muitos colocaram o pecado como absoluto em seu coração, e com ele o demônio. Ninguém, em sã consciência, diria de si mesmo que tem o demônio como absoluto em seu coração, mas muitos não percebem que, se o pecado, ou os frutos da carne: inveja, ciúmes, ódio, impureza, libertinagem, bebedeiras, inimizades, fornicação, discórdias, partidos, orgias, ambição (Gal, 5, 19-21) estão presentes no seu coração como absolutos, na verdade é o demônio que está reinando.

Deus é o único Absoluto, e ele é AMOR, vamos hoje refletir sobre isto. Somente o AMOR precisa ser o absoluto em nosso coração.
Deus lhe abençoe. Diácono Paulo Lourenço

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25. junho 2014 · Comentários desativados em Amizade Conjugal · Categories: afetividade, Amor Conjugal, espiritualidade do casal, estilo de vida, família, matrimônio · Tags:

Mara-e-Paulo.jpgQuero refletir com você sobre a amizade dentro do matrimônio.

Primeiro dizer que amizade é um ponto de partida e o ponto de chegada numa relação humana. Quando a gente conhece alguém e se identifica com seu jeito de ser, a expressão de sua voz, o seu corpo, a maneira de pensar, etc. temos um primeiro impulso, um interesse que vai ser o ponto de partida de tudo, um desejo de aproximação para conhecer, eu chamo isto de impulso de amizade. Se ao nos aproximarmos desta pessoa se confirma esta amizade, ela pode se transformar em uma paixão, num primeiro momento, depois num amor verdadeiro capaz de nos levar ao altar. Mas com o passar dos anos este amor precisa amadurecer e voltar a sua raiz mais profunda que é a amizade.
Santo Tomás de Aquino, no século XIII, afirmou que “a forma do matrimônio consiste na união inseparável dos espíritos, num casal engajado, numa amizade fiel”.
Só pode ser fiel por toda vida quem é amigo de verdade, por isto a importância da amizade conjugal. O amigo acolhe os defeitos do outro e valoriza as suas qualidades, e isto no matrimônio é essencial. O amigo está presente na vida do outro e participa de todas as suas lutas, chora junto nas suas derrotas e nas vitórias se alegra com o amigo.
Fazer de seu cônjuge seu melhor amigo. Esta é uma meta de todo matrimônio. Também o cônjuge precisa sentir esta preferência: se sentir o melhor amigo, isto porque amizade é sempre uma coisa ampla: podemos ter muitos amigos, mas o amigo íntimo que conhece a alma, que partilha a vida de forma total, este precisa ser o cônjuge.
O Papa Paulo VI na Carta Encíclica Humanae Vitae (n.9) escrevendo sobre o amor conjugal afirmou: “É depois um amor total, quer dizer, uma forma muito especial de amizade pessoal, em que os esposos generosamente compartilham todas as coisas, sem reservas indevidas e sem cálculos egoístas. Quem ama verdadeiramente o próprio consorte, não o ama somente por aquilo que dele recebe, mas por ele mesmo, e para poder enriquecê-lo com o dom de si mesmo”.
Muitos relacionamentos são interrompidos por falta desta amizade inicial que citei acima, ou do amadurecimento do amor conjugal que só acontece neste passo de se elevar o convívio matrimonial para esta amizade pessoal e generosa onde se quer amar o cônjuge pelo que ele é, sem querer “desfrutar” dele como um objeto possuído. Pelo contrário, se faz a escolha de enriquecer esta pessoa, dedicando-se a ela por toda vida. Isto é a amizade conjugal. Deus te ajude nesta busca.

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16. junho 2014 · Comentários desativados em A força do Espírito Santo nos motiva a caminhar. · Categories: Espírito Santo, espiritualidade do casal, família, oração · Tags:

Criança em MilãoJesus ressuscitado propôs várias coisas aos seus discípulos, e fez alguns pedidos pessoais. Dentre estes pedidos se destaca aquele que Ele fez antes de sua Ascenção ao céu: “ E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca, porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias.” (Atos 1,4-5) Estes poucos dias que se referiu Jesus, na verdade foram 50 dias, coincidiu com a Festa Judaica da Messe, ou Pentecostes, celebrada pelos judeus 7 semanas depois da Páscoa, no 50º dia. Pentecostes quer dizer quinquagésimo em Grego.
Pentecostes é o dia do cumprimento da promessa de Jesus, onde aconteceu o batismo no Espírito Santo através do fogo vindo do céu, do vento impetuoso que encheu a casa onde eles estavam em Jerusalém, com um ruído vindo do céu. Neste dia abençoado ficaram todos cheios do Espírito Santo (Atos 2,4 a).
A liturgia da nossa Igreja atualiza o mistério pascal de Cristo, que acontece também no Pentecostes. Todo ano 50 dias após a celebração da Páscoa do Senhor, também fazemos memória e atualizamos o mistério profundo do Pentecostes, o mistério do derramamento do Espírito Santo na Igreja reunida em comunhão. Nunca podemos perder de vista o sinal litúrgico de Pentecostes na Igreja, muito embora, tantas vezes nos referimos ao nosso Pentecostes pessoal ou comunitário. Pentecostes é um dom universal de nossa Igreja, e o Senhor quer que todos recebam os dons do Espírito Santo. Ninguém está excluído deste dom. O primeiro derramamento do Espírito acontece no nosso Batismo Sacramental. Mas no decorrer da história pessoal, cada um de nós recebe outros derramamentos do Espírito Santo, para conseguirmos dar conta de nossa caminhada rumo a santificação. O Espírito Santo nos santifica e por isso de tempos em tempos precisamos receber esta “força do Alto” para caminhar na fé, para progredir na caridade, para avançar na luta contra o pecado pessoal e social, para tornar-nos, enfim, cidadãos do céu.
Pentecostes se atualiza pela oração da Igreja, quer seja na liturgia ou na vida, no cotidiano. Cada vez que uma pessoa reza pedindo: “Vem Espírito Santo e me ilumine, me fortaleça, se derrame sobre minha vida, me converta e me ajude na caminhada rumo ao céu.” Certamente estará acontecendo em sua vida um novo Pentecostes, uma nova porção do Espírito Santo é derramada. Jesus disse: Pedi e recebereis. Quem pede o Espírito Santo, O recebe, das mãos chagadas de Jesus ou do Pai das Misericórdias. A Igreja nos ensina no credo que “o Espírito procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é glorificado”. Então podemos pedir o Espírito Santo para Jesus ou para o Pai, e a sua vinda em nossa vida é certa.
Estamos no tempo de pedir esta atualização da graça de Deus em nossa vida. A cada dia logo de manhã pedir: Vem Espírito Santo, Vem Espírito Santo. Isto é Pentecostes diário, é um modo de viver da fé, um estilo de vida, uma forma de ser Igreja, de ser carismático, o único meio seguro para ser santo. Deus é fiel e cumpre as promessas que faz, mas a fé e a humildade de pedir aciona o cumprimento destas promessas na minha vida.
O Pentecostes é um tempo favorável para se voltar para o alto e clamar um novo fogo de amor, que venha e transforme nossa existência, tantas vezes marcada pelo egoísmo, pela descrença, pelo mal uso de nossa liberdade, pela falta de esperança. Na verdade os dons que o Espírito Santo dá gratuitamente àqueles que pedem, são os instrumentos de transformação de nossa vida.
Estava num retiro em Mariápolis e fiquei hospedado no quarto com uma pessoa de 80 anos de idade e um grande evangelizador, acostumado a pregar retiros em Angola, na África para milhares de africanos. Perguntei a ele de onde vinha tanta energia vital para pregar a Palavra. Ele me disse que o segredo é ser batizado no FOGO do Espírito Santo, este fogo é que renova a juventude da pessoa para a missão. Afirmou várias vezes: – Peça todos os dias a graça de ser possuído por este Fogo do céu. Fiquei edificado com aquele testemunho.

Fica este convite para o leitor: clamar com muita fé: Vem Espírito Santo aquece minha vida com o Fogo do céu, santifica-me a cada dia, como naquele dia de Pentecostes.
Diácono Paulo Lourenço – Canção Nova
(matéria publicada na Revista SIM da Sociedade Irmãos da Misericórdia – Dracena – SP)

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22. maio 2014 · Comentários desativados em Dê sempre uma nova chance · Categories: afetividade, espiritualidade do casal, estilo de vida, família · Tags:

NOVA FOTOS 083Quando nos deparamos com uma pessoa que por causa de uma ou outra escolha errada acabou não correspondendo aquilo que se esperava dela, é muito comum se dizer que acabaram as suas chances, principalmente quando investimos muito nesta pessoa.
Acontece que para Deus a pessoa sempre merece outra chance, e é esta atitude que nós precisamos cultivar.
Quero refletir sobre a mudança que acontece no mundo, nas situações, nas pessoas. O que faz com que a pessoa possa se redimir de um mau cometido é a certeza que as coisas mudam e a maturidade chega e as situações vividas podem ser reescrevidas. Sempre haverá novas possibilidades para aqueles que estão vivos. E a certeza que eu tenho, por mim mesmo, é que as pessoas mudam, crescem e amadurecem com o tempo e com os sofrimentos da vida.
Nesta certeza aprendi a acreditar sempre na possibilidade da pessoa humana, por isso escolhi como meta na minha vida, dar sempre uma nova chance aqueles que não merecem ainda, na esperança de que venham mudar de comportamento, de vida, de forma de pensar e agir. Todos merecem uma nova chance. Quero ser protagonista disto na minha vida oferecendo a misericórdia como julgamento e a reconciliação como instrumento de inserção da pessoa no meu coração, novamente, mesmo aquelas que me ofenderam. Eu creio que isto é o que aprendemos de Cristo: dar uma nova chance. Deus te abençoe.
Diácono Paulo Lourenço – Canção Nova

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24. março 2014 · Comentários desativados em Novena a Santa Gianna Beretta Molla · Categories: Amor Conjugal, educação dos filhos, espiritualidade do casal, família, matrimônio, pais e filhos · Tags:

Santa GiannaPARA OBTER GRAÇAS PELA INTERCESSÃO DE SANTA GIANNA BERETTA MOLLA

Resumo de sua vida: Esposa amorosa, médica dedicada e mãe heróica, que renunciou à própria vida em favor da vida da filha, na ocasião da gestação e do parto. Beatificada pelo Papa João Paulo II, em 24 de abril de 1994, e Canonizada em 16 de maio de 2004. Celebra-se o seu dia em 28 de abril.

NOVENA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Deus Pai, que nos deste a Santa GIANNA como exemplo de esposa amorosa, que cercou de amor a sua família construindo uma verdadeira “Igreja Doméstica”, faz-me assimilar esse mesmo amor incondicional, consagrando minha vida ao Teu serviço junto aos que me cercam.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
Jesus, Redentor da humanidade, que chamaste à Santa GIANNA à missão de médica do corpo e da alma, vendo o Teu sofrimento no irmão doente, fazei que, seguindo o exemplo da Tua serva, possa eu entender a minha dor e a do meu irmão, participando do sacrifício da Tua Santa Cruz.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
Espírito Santo, fonte de todo o Amor, que infundiu no coração de Mãe da Santa GIANNA a coragem dos mártires, de testemunhar com a própria vida o amor à criança que trazia no seu ventre, colaborando de maneira extraordinária no Teu plano de criação, e, que durante toda a sua vida foi um exemplo de cristã de fé, esperança e caridade, faz-me torná-la com o exemplo para um autêntico caminho rumo à santidade.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
OREMOS:
Ó Deus, Amante da Vida, que doaste à Santa GIANNA BERETTA MOLLA responder com plena generosidade à vocação cristã de esposa e mãe, concede também a mim (pessoa para quem quer obter a Graça), por sua intercessão (… FAZER O PEDIDO…) e também seguir fielmente os Teus Desígnios, para que resplandeça sempre nas nossas famílias a Graça que consagra o amor eterno e à vida humana. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Teu Filho, que é Deus, e vive e reina Contigo na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. AMÉM.
Com Aprovação Eclesiástica

Ofereço esta novena para muitos casais com dificuldade em seu matrimônio, tanto no relacionamento conjugal quanto a questão de engravidar. Santa Gianna é uma poderosa intercessora em favor da vida familiar.
Deus abençoe você e sua família.

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022A pessoa humana vive em busca da sua realização pessoal cujo fruto é a felicidade. A felicidade é uma conquista que se verifica depois de um dia vivido com significado. A pessoa chega a noite, deita na cama e colocando a cabeça no travesseiro diz a si mesma: “O que vivi hoje me proporcionou satisfação de viver, mesmo que tive que enfrentar lutas e sofrimentos, mas valeu a pena. Fui feliz hoje”. A felicidade é sempre uma verificação da vivência com sentido.
Quem dá sentido e consistência a cada ato humano é Deus, que pela sua graça a envolve, ilumina e sustenta. Podemos então afirmar que a felicidade é também um dom de Deus. Para vivenciar a felicidade precisamos da graça de Deus. E fica a pergunta: “Como se manifesta a graça de Deus para que eu seja feliz?” Nesta matéria queria levar você a refletir sobre isto.
No evangelho de João, capítulo 1, versículos de 01 a 16, lemos a narrativa da encarnação do Verbo Divino, Jesus Cristo que se fez homem para iluminar e salvar a humanidade do pecado. No versículo 16, João afirma: “Todos nós recebemos da sua plenitude: graça sobre graça”. Acredito que está aí a resposta: por meio de Jesus Cristo o homem é resgatado, seus pecados são remidos e ele recebe o perdão de suas culpas, e é este perdão diário que produz no coração humano a felicidade: graça sobre graça.
O perdão de Deus produz em nós a alegria, a satisfação interior que eleva a alma e realiza a pessoa em plenitude. Somente quem passou por esta experiência de olhar para si mesmo e reconhecer-se pecador, necessitado da graça de Deus para fazer o bem, e recebe o perdão incondicional de Deus, pode dizer que foi feliz. Isto porque este perdão é diário, por conta de pecarmos todos os dias. E a cada dia o Senhor nos dá a alegria do perdão que produz a sensação de felicidade.
No sacramento da penitência (confissão) este perdão é explícito e real, e quem se coloca diante do sacerdote com o coração aberto ao perdão e arrependido de seus pecados, percebe imediatamente a alegria que produz felicidade. Jesus deixou para nós este sacramento na sua Igreja, a católica, “para que eles tenham a plenitude de minha alegria” (Jo 17,13-b)
O salmo 31 afirma ainda de forma mais clara: “Feliz aquele cuja iniquidade foi perdoada, cujo pecado foi absolvido” (sl 31,1)
Que nós possamos experimentar a cada dia a graça do perdão do Pai, que nos foi dado pelo Seu Filho, e que brote de seu coração misericordioso para cada um de nós a felicidade, que será eterna quando nos unirmos a Ele definitivamente.

Deus o abençoe. Diácono Paulo Roberto Oliveira Lourenço

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Eucaristia. (I Cor 11,17-34)
São Paulo na sua primeira Carta aos Corintios, antes de dar o ensino magno sobre os carismas nos capítulos 12 a 14, ele, no capítulo 11, versículos 17 a 34, admoesta os Corintios a forma de crer, viver, celebrar e orar na participação do mistério eucarístico.
Como crer na Eucaristia? Levando em conta as Sagradas Escrituras. As Sagradas Escrituras trazem a revelação da vontade e da consagração feita pelo próprio Jesus, que afirmou categoricamente: “Isto é o meu Corpo. Este é o cálice da Nova Aliança no meu sangue. Isto é o meu sangue. Fazei-o em memória de mim.” É preciso resgatar o crer na Eucaristia de forma renovada e objetiva. Jesus está no pão e no vinho consagrado pelo sacerdote dentro da Santa Missa, de forma real. É presença real: corpo, alma e divindade do Senhor Jesus. Somos chamados a renovar a nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia e levar muitos a experimentarem este alimento de vida eterna.
Como viver a Eucaristia? No versículo 18 e 19 do capítulo 11 desta Carta aos Corintios que estamos meditando, São Paulo fala de duas realidades que estavam vivendo na assembleia eucarística: a desarmonia entre os cristãos e os partidos e as divisões internas. Podemos dizer que também hoje os cristãos vivem estas duas realidades: desarmonias e divisões. Desarmonias em suas vidas pessoais, incoerência entre aquilo que creem e aquilo que vivem. Vemos que muitos participam da Eucaristia, mas ainda persistem em viver como pagãos, sem se importar ou levar em conta que comungam o Cristo, por isso deveriam assumir toda a sua doutrina como regra de conduta de suas vidas. Viver o mistério Eucarístico é levar uma vida de busca de santidade por conta Daquele que é Santo nos visitar e entrar nas nossas vidas de forma real pela comunhão eucarística. Outro ponto são as divisões, as disputas por espaço ou poder dentro da própria celebração eucarística. Muitos ainda querem a sua projeção pessoal na assembleia cristã, o que gera divisões e partidos. A maior divisão é a interior, porque muitos tem a vida dividida entre o mundo e as coisas mundanas e a vida em Deus, que acontece de forma mais profunda na comunhão eucarística. Por isso é preciso buscar a coerência, aquele que comunga do Santo, precisa se tornar santo. Santo Agostinho afirmou: “torna-te Naquele que comungas”.
Como celebrar a Eucaristia? São Paulo alerta a questão de comungar consciente de que o pão é corpo de Cristo e o vinho é o sangue do Senhor (vers 29). Na celebração precisamos estar conscientes disto, pois entramos dentro do Kairós de Deus que é a Santa Missa e nossa participação precisa ser plena para experimentarmos neste encontro real com o Senhor, toda a eficácia redentora de Cristo na nossa vida. Participação plena quer dizer que tudo na celebração precisa ser vivido com muita atenção e as respostas feitas com consciência. Hoje vemos muita distração e em muitas celebrações todo o clima celebrativo se perde em meio a muita conversa paralela, pessoas preocupadas com coisas externas, outros dentro da celebração mas indiferentes ao mistério celebrado. Precisamos retomar uma celebração ativa e viva, isto é, mergulhar por inteiro no mistério de nossa salvação. Por isso eu recomendo uma preparação espiritual para a celebração eucarística, chegar mais cedo, rezar um pouco, deixar de lado as outras preocupações e não correr o risco de pecar contra a Eucaristia. São Paulo afirma: “come e bebe a sua própria condenação” (vs 29-b)
Como orar na Eucaristia? A oração dentro da celebração precisa ser profunda, de intimidade com o Senhor. Por isso, diz São Paulo: “entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos.” (vs 30). A força de Deus se realiza pela oração feita a Deus com fé. Rezar com fé cada oração, cada resposta dada na Santa Missa. A Eucaristia é a maior de todas as orações. Uma participação na Eucaristia vale por todas as orações da humanidade feitas juntas. A mais sublime oração é o sacrifício de Jesus na cruz, o mistério de sua paixão, morte e ressurreição, que se atualiza em cada celebração eucarística. Por isso é necessário que o cristão reze a Santa Missa no Espírito Santo, buscando aquele vem ao encontro de nossas fraquezas “porque não sabemos orar como convém”.(Rm 8,26). Isto quer dizer que para orar bem a Eucaristia peça sempre uma nova efusão do Espírito Santo. Antes de cada celebração peça: Vem Espírito Santo e ilumina minha alma para celebrar bem e comungar do Senhor da minha vida.
A Igreja vive da Eucaristia. O Beato João Paulo II começou a Encíclica: ECCLESIA DE EUCHARISTIA, com esta frase que ressoa como a verdade mais profunda da vida cristã: Deus se fez carne, na espécie de pão e se fez sangue, na forma de vinho, para nosso alimento até a Sua segunda vinda. A sequencia da reflexão do Beato é ainda mais marcante, por isso copio na íntegra para o leitor:
Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: « Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo » (Mt 28, 20); mas, na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança.
O Concílio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício eucarístico é « fonte e centro de toda a vida cristã ». Com efeito, « na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo ». Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor.
O Convite é para nós vivermos intensamente cada Eucaristia celebrada e recebermos desta fonte do amor de Deus. Deus abençoe você neste propósito.

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O Espírito Santo habita o coração humano, pois neste coração foi infundido este Espírito pelo Batismo. O “In-habitar” o ser humano batizado é uma das características do Espírito Santo. Quando somos batizados acontece este derramamento do Espírito na nossa alma, e nos tornamos “morada do Altíssimo”, “templos” de Deus. Toda plenitude está na nossa alma, na nossa humanidade, mesmo que corrompida pelo pecado ou pervertida pelas forças do mal. O Espírito Santo está no nosso interior em plenitude.

Quando Jesus disse: ” Eu vim para que todos tenham vida e tenham vida em plenitude” (João 10,10b) era desta vida divina em nós, que Ele estava se referindo. Em nós existe um núcleo totalmente sadio: a nossa alma, pois nela habita o Espírito Santo, o Amor infinito de Deus Pai pelo Filho e o Amor do Filho pelo Pai, esta comunhão eterna de Amor é presença em nossa alma humana.

O Pentecostes de cada um, na verdade aconteceu no dia do nosso Batismo. Estamos cheios na verdade de toda graça de Deus, pelo Espírito Santo recebido.

Então se pergunta: Porque tantos batizados não transbordam esta vida interior plena e rica de dons, para fora? Para os outros? Para os relacionamentos humanos?

Eu arrisco dizer que é porque esqueceram esta verdade de fé: que é templo de Deus, ou ainda porque deixaram abafar esta vida nova que há no seu interior, pelas preocupações da vida exterior. Ou ainda porque não tiveram a consciencia de que a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade está nele.

Temos consciência que podemos nos relacionar com esta Pessoa? Que habita em nós? Podemos conversar com o Espírito Santo e buscar inspiração para tudo que fizermos. Podemos conversar com Espírito Santo buscando forças na caminhada da vida, a força vital só Ele pode nos dar ou restaurar. Podemos viver um relacionamento de amor com o Espírito de Deus que habita em nós, sendo fiel, tendo uma vida consagrada a Deus e a Sua Palavra.

Podemos enfim viver na presença deste Deus, que está tão próximo, no nosso interior.

O convite de hoje para nós é retomarmos este relacionamento pessoal com o Espírito Santo. Deus te ajude nesta retomada.

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