Respeito: uma palavra que diz tudo no relacionamento entre as pessoas, e é imprescindível no relacionamento de um casal, seja um casal de namorados, noivos, casados. Meu pai me ensinou desde menino que eu devia ter respeito pelos mais velhos e não permitia de forma alguma que se faltasse ao respeito com ninguém.

Vivemos uma crise profunda neste sentido, principalmente na família: é só olhar para a forma e o jeito que os filhos se relacionam com seus pais, também dos pais com relação aos filhos, sem falar dos esposos que deixaram esta virtude se perder no tempo, e é principalmente no modo de falar um com o outro que se destaca o desrespeito: palavras de ofendem, que ferem a dignidade da outra pessoa, ofensas, gritos, ou desrepeito pela não consideração das opiniões do outro.

Respeitar o outro é acolhê-lo na sua humanidade e compreender que é uma pessoa incompleta, mas que é portadora de valores, crenças pessoais, convicções construidas ao longo de sua vida, que tem uma família e foi educada de forma diferente da que eu fui educado, é aceitar a possibilidade de falhas mas que estas não definem o representa a pessoa. Respeitar é ter consciência que preciso colocar em mim  os “freios” da prudência ao me dirigir a outra pessoa, pois ela é templo do Espírito Santo, detentora da dignidade de filho de Deus, merecedora de ser acolhida fraternalmente.

Olhar para quem se ama com respeito, como um “solo sagrado” que precisa de cuidado para não ferir a sua individualidade, é condição essencial para se manter um bom relacionamento e provar que este amor é verdadeiro.

Eu pergunto: tenho respeitado meu conjuge, ou namorada (o) ou noiva (o), ou imponho as minhas vontades, me acho no direito de corrigi-lo , de modificar a sua vida adequando-a ao meu modo de ver, tirando enfim o seu direito de fazer escolhas??? Talvez na resposta desta pergunta podemos ver porque muitos relacionamentos se acabaram com o tempo, faltou o respeito à outra pessoa.

É tempo de retomar, de enxergar a outra pessoa mais humanamente, isto é enxerga-la com os olhos de Deus, e a partir disto construir a possibilidade de deixa-la ser comigo, sem deixar de ser ela mesma, pois é assim que o Pai nos permite viver: Ele respeita a nossa liberdade de ser, e nos chama a viver com Ele. Que o Pai te conceda a graça de refletir sobre isto.

Deus te abençoe!

Diácono Paulo Lourenço – Canção Nova (blog.cancaonova.com/diaconopaulo)

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A cruz de Cristo é o maior símbolo da salvação pois neste madeiro sagrado o Filho de Deus se ofereceu ao Pai como vítima inocente pelos pecadores e alcançou para a humanidade a possibilidade da vida eterna. A cruz é também chamada da árvore da vida, pois dela brotou vida nova para todos. Mas também foi um sinal de contradição para a época, principalmente porque os maiores bandidos eram cruxificados, como castigo. Em Jesus a cruz toma um sentido maior: ser a maior demonstração do amor de Deus pela pessoa humana.

Colocar o nosso amor diante da cruz de Cristo é verificar a necessidade da doação total  para pessoa amada, como Cristo se deu por inteiro por todos. Amar significa doar-se totalmente ao outro sem esperar que haja qualquer manifestação de retribuição ou recompensa, mesmo de correspondência pelo amor dado. Desta forma o amor se torna divino e desvinculado de interesse.

Por outro lado o amor humano sempre requer reciprocidade, que é o ato de dar uma resposta de amor para quem nos ama. Somos gratuitamente amados, e sentimos o desejo profundo de corresponder este amor, amando. Esta dinâmica de céu precisa ser exercitada em todo relacionamento humano. Amamos gratuitamente e somos amados gratuitamente. Mas isto só é possível quando se  tem como fonte a árvore da vida, de onde brota a verdadeira seiva de amor capaz de abrir o coração humano para esta realidade. Deus começou este lindo jogo de amor, participamos dele na medida em que colocamos o nosso amor humano diante da Cruz de Cristo. A proposta é entrar de cheio nesta dinâmica e dispor-se a adotar isto como um modo de vida: o modo de vida cristão. Deus abençoe você, e que você ame sempre, o amor promove a libertação e a salvação da pessoa.

Diácono Paulo Lourenço.

(blog.cancaonova.com/diaconopaulo)

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A palavra transpor inspira a superação de algo que atravessa o nosso caminho. Por exemplo, para se chegar do outro lado de um rio, você precisa atravessá-lo, isto é transpor as águas correntes à sua frente. Você pode fazê-lo nadando ou utilizar-se de um barco e assim por diante. Transpor sempre requer um esforço pessoal, a utilização de força de vontade, uso de ferramentas e até desenvolver uma estratégica correta para vencer o obstáculo.

Na vida de um casal de esposos, de noivos ou de namorados, existem situações diárias a se transpor, também na criação e educação dos filhos, no caso dos casados. Na verdade a vida é um constante movimento de transposição, que requer esforço e dedicação para se chegar lá. E o que move este dínamo que gera a força necessária para se conseguir transpor é o amor. Quem ama de verdade busca no próprio amor a capacidade de transpor as barreiras, até do próprio relacionamento. Quem ama é criativo nisto, se utiliza de ferramentas como a paciência, a aceitação das limitações do outro, a coragem de ser verdadeiro e buscar um diálogo franco.

Quem ama sempre tem uma estratégica no coração para contornar situações difíceis, estratégica esta sempre estruturada no perdão e na misericórdia. Quem ama perdoa fácil e está sempre disposto a recomeçar o relacionamento transpondo a si próprio, e colocando como sentido de sua vida: o viver para o outro. Transpor significa dar um salto de qualidade, elevar-se como pessoa, se humanizando cada vez mais, buscando a verdadeira felicidade que está na conquista de si mesmo, o dominio dos instintos de dominio e de violência que estão sempre querendo se sobresair em nossos relacionamentos.

Pense neste final de semana naquelas coisas que você precisa transpor. Veja que Deus derrama o seu Espírito Santo como sopro que empurra a nossa vida nesta direção: transpor todas as barreiras que a vida nos ofereçe, até que um dia vamos transpor o céu e encontrar o nosso lugar definitivo: Deus.

Deus te abençoe.

Diácono Paulo Lourenço – Canção Nova (blog.cancaonova.com/dianocopaulo)

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Você pode imaginar quanto é dificil uma ruptura num relacionamento. É só olhar as separações como são doloridas e deixam marcas profundas nos cônjuges e nos filhos.  Muitas destas separações são frutos do pecado que casais acabam vivendo a dois: situações de mentira, desregramentos, afastamento de Deus, agressividade; desrespeito; palavras de ofensa um para com o outro e assim por diante.

É preciso romper com o pecado e não romper com o relacionamento. O pecado precisa ser extirpado da nossa relação. Tudo que corrompe aquilo que Deus criou por amor não pode mais fazer parte de nossa vida. Vejo que o pecado mais sutil e que mais destrói matrimônios é a mentira. Mentir, enganar o outro ou até omitir alguma coisa pode custar caro, isto porque fere a dignidade da outra pessoa e põe em risco a confiança e a fidelidade. Escolher o caminho de não falar a verdade, mesmo que seja nas pequenas coisas, é escolher pela traição da confiança que o cônjuge depositou em você. Isto mesmo a mentira já é traição!´

Jesus disse: ” e a verdade vos livrará” (João 8,32b). E é nesta perpectiva que os nossos relacionamentos podem amadurecer e tornarem-se fecundos: quando uma pessoa pode confiar na outra, e que o outro ou a outra está sempre lhe dizendo a verdade, nada ficando às escuras, escondido porque muitas vezes não é bom. O primeiro passo é se decidir pela verdade, pela sua verdade e é nesta verdade que Deus pode agir, que as coisas vão tomando o rumo certo, e se contrói uma vida feliz.

Fica a dica de hoje: rompa com o pecado da mentira no seu relacionamento. Se decida por falar, e viver sempre a partir da verdade, na luz, na graça de Deus. Que Ele te abençoe neste propósito. Diácono Paulo Lourenço.

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A base teórica da Economia é o dualismo: necessidades ilimitadas e recursos escassos. Isto nos remete a verificação de qual é a real necessidade de estarmos adquirindo bens, numa situação econômica do país cada dia mais instável, principalmente do ponto de vista das desigualdades.

Eu levo a cabo esta discussão introdutória para refletir sobre a busca frenética de compras, nestes dias, impulsionado pelas exaustivas propagandas. Dia dos namorados, dia de gastar com quem você ama. Será que todos os que querem presentear os namorados tem os recursos financeiros, para isto?. É bom saber que o cartão de crédito tem vencimento e no dia deverá ser honrado o pagamento, senão os juros são da ordem de 10 a 12% ao mês no caso de crédito rotativo. Os carnês correm frouxo, mas os vencimentos logo chegam. Com os cheque pré datado é a mesma coisa. Na verdade as pessoas ficam como que pré-dispostas a comprar, mas é preciso medir as conseqüências.

Outro ponto a pensar: se eu quero comprar, porque não comprar aquilo que o seu amor está necessitando? É porque a indústria das futilidades, dos perfumes caros, dos celulares que muitas vezes são bons telefones, mas apresentam outras utilidades dispensáveis, e que recheiam seus preços.

Se você ama alguém dê a ela o que ela precisa: muito carinho. É de graça, uma palavra carinhosa, um passeio na praça, um beijo. Estamos acostumados a “comprar” as pessoas, ou conquista-las com artifícios materiais. Mas o seu amor, precisa ser amado. O dia dos namorados precisa reencontrar o seu romantismo, e nós podemos fazer a diferença. Um cristão não se prende a busca de presentes caros, mas a certeza que ela me ama, ou ele te ama, te fará ser o presente dele ou dela neste dia.

Eu por exemplo, vou leva-la para jantar fora, conversar com o meu amor, saber como está a sua vida, o seu profissional, as suas dificuldades, as suas alegrias. E partilhar minha vida com ela. Pegar na sua mão, olhar nos seus olhos, e dizer o quanto eu a amo, e o quanto este amor amadureceu nestes 26 anos de casados, 1 ano de noivado e 4 anos de namoro. Um buquê de rosas vermelhas, custa somente R$ 12,00 será entregue, porque isto toda esposa gosta. Bom dia dos Namorados. Diácono Paulo Lourenço

acesse e indique o Blog: blog.cancaonova.com/diaconopaulo

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Penso que toda pessoa deve ter alguém na vida para partilhar as suas alegrias e tristezas, conversar, brincar, descontrair. Algumas escolhem ter muitos amigos e por isso colocam nestas relacões de amizade estas possibilidades de partilhas. Mas além dos amigos, outras se sentem atraidas por alguém em especial, que lhes causam certo desejo de estarem juntas, brotando sentimentos e emoções imotivadas quando se encontram, os olhos brilham, o coração bate mais forte: acontece o enamoramento, primeiro sintoma de um amor que pode amadurecer até um casamento feliz. Isto leva tempo e é preciso explorar bem todas estas emoções, cruzar isto com a razão, polvilhar com muito diálogo e uma partilha aberta e irrestrita de vida. A isto tudo podemos chamar de namoro, uma fase a vida de quem é chamado a viver com alguém, que começa e nunca termina, pois ao terminar o namoro, acabou o amor.

Muitos casamentos entram em crises profundas por causa da falta de namoro. Pensam que depois que estão casados, portanto morando juntos isto ficou para trás. Mas é exatamente o contrário, a fase mais extraordinária do namoro é o casamento. O casamento proporciona  a melhor hora de namorar e namorar muito se os conjuges buscam ocasiões para estarem juntos e apreciarem a  presença um do outro, passear e conversar muito, fazer planos para o futuro e para os filhos, descontrair, beijar e amar-se profundamente.

É uma leitura amadurecida de um relacionamento que não deixou que as dificuldades próprias da vida  pudessem colocar sombras sobre toda luz que emana de duas pessoas que se amam, que cultivaram este amor e que querem crescer juntos e terem uma vida cheia de sentido e prazer.  O prazer, sobretudo o sexual, é uma graça própria do sacramento do matrimônio, fonte de alegria, como diz a Encíclica Casti Connubbi, do Papa Pio XI, que citei em outro artigo sobre castidade conjugal (você pode ler neste Blog).

O namoro é uma grande conquista antes do casamento e depois do casamento. Podemos até fazer comparação com o amor de Deus, que é um amor apaixonado. Estamos chegando no dia dos namorados, e eu quero convocar os casados que reconquistem as suas esposas ou seus maridos, convidando a retomarem urgente o namoro. Namorar é tão bom que eleva a alma a Deus, produz efeitos positivos na saúde física e psíquica da pessoa. O amor começa no namoro e tende a acabar quando o namoro para. É tempo de retomada, caprichem.

Se você não é casado ainda, e não tem namorado(a) busque a pessoa certa, o que não quer dizer perfeita, e não tenha medo de namorar, deixando o sexo para depois do casamento. A pessoa se constroe pelo amor que lhe damos, se ela é receptiva. O amor nasce de encontros, de olhares, perca o medo e deixe-se levar pelas emoções, invista e insista nos sentimentos.

Boa semana a todos. Deus os abençoe. Diácono Paulo Lourenço.

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Na vida a dois, quer seja no namoro ou no casamento sempre haverão situações ou comportamentos da pessoa amada que deverão ser superadas pela paciência ou suportadas pela bondade.

A paciência é a melhor escolha quando temos que superar as ambiguidades da pessoa humana, porque pela paciência temos a oportunidade de acreditar de novo na sua possibilidade de ser, mesmo que nas suas atitudes atuais isto não se reflita. Paciência com o seu amor, pois ele ou ela pode ser melhor, mas leva tempo, as vezes uma vida inteira, e precisamos saber superar as suas inconformidades e imperfeições. Isto é próprio de quem é humano. Paciência leva a superação. Superar-se a si mesmo, sendo melhor, mas também adornar a pessoa amada com esta possibilidade. Dê tempo ao tempo. Peça algo mas espere o resultado, com paciência.

Outro ponto é suportar o amor com bondade. As vezes a pessoa não consegue mudar de atitudes ou comportamentos pessoais, mas podemos agir como suporte a ela, como apoio neste sentido, e para isto  só o exercício da bondade, da misericórdia. A amizade só é verdadeira quando um amigo é suporte para o outro crescer. No casamento é a mesma coisa: num casamento feliz os conjuges são apoio e “ombro” para todas as situações.

Fica a dica de hoje: supere com paciência, não desista de amar; seja apoio, amigo de verdade do seu amor. Talvez nesta simples escolha você encontre a felicidade.

Deus te abençoe.

Diácono Paulo Lourenço

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02. maio 2010 · Write a comment · Categories: Namoro · Tags:

O casal cristão para assumir o sacramento do matrimônio deverá no namoro começar a construir a unidade, para que quanto se casarem eles possam ser de verdade uma só carne. Isto não acontece automaticamente, mas é fruto de varios fatores que deverão ser explorados no namoro.

O primeiro ponto que quero aborar é o conhecimento verdadeiro do outro, digo verdadeiro porque em muitos casos até os casais de namorados conheçem o outro de modo apaixonado, onde a paixão encobre a verdade de quem é a pessoa com quem namora. É hora de deixar a emoção e agir com a razão. Cada pessoa tem uma identidade e uma personalidade próprias e isto se revela em comportamentos que esta pessoa apresenta no relacionamento. Um conhecimento verdadeiro pode custar a separação e isto é plenamente possível no namoro, embora deixe marcas ou produza sofrimentos no casal. Mas na vida existem momentos que precisamos encarar a verdade dos fatos e deixar de viver de ilusões. Isto porque se a pessoa tem comportamentos que não suportamos e o conhecimento disto acontece depois de casados, as coisas se complicam, podendo gerar até separação; ou porque não se enxergaram na relação (sobretudo no namoro) dificuldades que estão muitas vezes “estampadas na cara”, que tirariam a possibilidade do casamento ou este deveria ser adiado para se resolver estas dificuldades. Encarar de frente a verdade é o primeiro ponto para a construção da unidade do casal pois só a verdade pode ser modificada, a ilusão passa.

Outro ponto é alimentar o amor. Para se construir a unidade é preciso alimentar o amor diáriamente, pois a cada dia será importante a constatação de ambos: “nós nos amamos” a ponto de sermos uma só carne um dia, no nosso casamento. E quando se trata de amor, não dá prá enganar: é um misto de paixão com carinho e afeto e se conscretiza com gestos de gentilezas especiais, de escolha da pessoa como companheira, onde o querer estar com ela todos os dias, desejá-la, é primordial. Sim porque o desejo é muito importante em um relacionamento, mas não um desejo possessivo ou carnal, mas desejo de fazer alguém feliz.

Ficam estas dicas para você que está namorando, começe a construir a unidade a partir destas duas dicas: o conhecimento verdadeiro dele ou dela e alimentar o amor a cada dia.

Boa semana .

Deus te abençoe

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