13. março 2017 · Comentários desativados em A oração é a luz da alma · Categories: espiritualidade do casal, família, oração

A oração, o diálogo com Deus, é um bem incomparável, porque nos põe em comunhão íntima com Deus. Assim como os olhos do corpo são iluminados quando recebem a luz, a alma que se eleva para Deus é iluminada por sua luz inefável. Falo da oração que não é só uma atitude exterior, mas que provém do coração e não se limita a ocasiões ou horas determinadas, prolongando-se dia e noite, sem interrupção. Com efeito, não devemos orientar o pensamento para Deus apenas quando nos aplicamos à oração; também no meio das mais variadas tarefas – como o cuidado dos pobres, as obras úteis de misericórdia ou quaisquer outros serviços do próximo – é preciso conservar sempre vivos o desejo e a lembrança de Deus. E assim, todas as nossas obras, temperadas com o sal do amor de Deus, se tornarão um alimento dulcíssimo para o Senhor do universo. Podemos, entretanto, gozar continuamente em nossa vida do bem que resulta da oração, se lhe dedicarmos todo o tempo que nos for possível.

A oração é a luz da alma, o verdadeiro conhecimento de Deus, a mediadora entre Deus e os homens. Pela oração a alma se eleva até aos céus e une-se ao Senhor num abraço inefável; como uma criança que, chorando, chama sua mãe, a alma deseja o leite divino, exprime seus próprios desejos e recebe dons superiores a tudo que é natural e visível. A oração é venerável mensageira que nos leva à presença de Deus, alegra a alma e tranquiliza o coração. Não penses que essa oração se reduza a palavras. Ela é desejo de Deus, amor inexprimível que não provém dos homens, mas é efeito da graça divina, como diz o Apóstolo: IMG-20161210-WA0030 (Rm 8,26). Semelhante oração, quando o Senhor a concede a alguém, é uma riqueza que não lhe pode ser tirada e um alimento celeste que sacia a alma. Quem a experimentou inflama-se do desejo eterno de Deus, como que de um fogo devorador quê abrasa o coração.

Praticando-a em sua pureza original, adorna tua casa de modéstia e humildade, torna-a resplandecente com a luz da justiça. Enfeita-se com boas obras, quais plaquetas de ouro, ornamenta-se de fé e de magnanimidade em vez de paredes e mosaicos. Como cúpula e coroamento de todo o edifício, coloca a oração. Assim prepararás para o Senhor uma digna morada, assim terás um esplêndido palácio real para o receber, e poderás tê-lo contigo na tua alma, transformada, pela graça, em imagem e templo da sua presença.

Print Friendly
16. junho 2014 · Comentários desativados em A força do Espírito Santo nos motiva a caminhar. · Categories: Espírito Santo, espiritualidade do casal, família, oração · Tags:

Criança em MilãoJesus ressuscitado propôs várias coisas aos seus discípulos, e fez alguns pedidos pessoais. Dentre estes pedidos se destaca aquele que Ele fez antes de sua Ascenção ao céu: “ E comendo com eles, ordenou-lhes que não se afastassem de Jerusalém, mas que esperassem aí o cumprimento da promessa de seu Pai, que ouvistes, disse ele, da minha boca, porque João batizou na água, mas vós sereis batizados no Espírito Santo daqui a poucos dias.” (Atos 1,4-5) Estes poucos dias que se referiu Jesus, na verdade foram 50 dias, coincidiu com a Festa Judaica da Messe, ou Pentecostes, celebrada pelos judeus 7 semanas depois da Páscoa, no 50º dia. Pentecostes quer dizer quinquagésimo em Grego.
Pentecostes é o dia do cumprimento da promessa de Jesus, onde aconteceu o batismo no Espírito Santo através do fogo vindo do céu, do vento impetuoso que encheu a casa onde eles estavam em Jerusalém, com um ruído vindo do céu. Neste dia abençoado ficaram todos cheios do Espírito Santo (Atos 2,4 a).
A liturgia da nossa Igreja atualiza o mistério pascal de Cristo, que acontece também no Pentecostes. Todo ano 50 dias após a celebração da Páscoa do Senhor, também fazemos memória e atualizamos o mistério profundo do Pentecostes, o mistério do derramamento do Espírito Santo na Igreja reunida em comunhão. Nunca podemos perder de vista o sinal litúrgico de Pentecostes na Igreja, muito embora, tantas vezes nos referimos ao nosso Pentecostes pessoal ou comunitário. Pentecostes é um dom universal de nossa Igreja, e o Senhor quer que todos recebam os dons do Espírito Santo. Ninguém está excluído deste dom. O primeiro derramamento do Espírito acontece no nosso Batismo Sacramental. Mas no decorrer da história pessoal, cada um de nós recebe outros derramamentos do Espírito Santo, para conseguirmos dar conta de nossa caminhada rumo a santificação. O Espírito Santo nos santifica e por isso de tempos em tempos precisamos receber esta “força do Alto” para caminhar na fé, para progredir na caridade, para avançar na luta contra o pecado pessoal e social, para tornar-nos, enfim, cidadãos do céu.
Pentecostes se atualiza pela oração da Igreja, quer seja na liturgia ou na vida, no cotidiano. Cada vez que uma pessoa reza pedindo: “Vem Espírito Santo e me ilumine, me fortaleça, se derrame sobre minha vida, me converta e me ajude na caminhada rumo ao céu.” Certamente estará acontecendo em sua vida um novo Pentecostes, uma nova porção do Espírito Santo é derramada. Jesus disse: Pedi e recebereis. Quem pede o Espírito Santo, O recebe, das mãos chagadas de Jesus ou do Pai das Misericórdias. A Igreja nos ensina no credo que “o Espírito procede do Pai e do Filho, e com o Pai e o Filho é glorificado”. Então podemos pedir o Espírito Santo para Jesus ou para o Pai, e a sua vinda em nossa vida é certa.
Estamos no tempo de pedir esta atualização da graça de Deus em nossa vida. A cada dia logo de manhã pedir: Vem Espírito Santo, Vem Espírito Santo. Isto é Pentecostes diário, é um modo de viver da fé, um estilo de vida, uma forma de ser Igreja, de ser carismático, o único meio seguro para ser santo. Deus é fiel e cumpre as promessas que faz, mas a fé e a humildade de pedir aciona o cumprimento destas promessas na minha vida.
O Pentecostes é um tempo favorável para se voltar para o alto e clamar um novo fogo de amor, que venha e transforme nossa existência, tantas vezes marcada pelo egoísmo, pela descrença, pelo mal uso de nossa liberdade, pela falta de esperança. Na verdade os dons que o Espírito Santo dá gratuitamente àqueles que pedem, são os instrumentos de transformação de nossa vida.
Estava num retiro em Mariápolis e fiquei hospedado no quarto com uma pessoa de 80 anos de idade e um grande evangelizador, acostumado a pregar retiros em Angola, na África para milhares de africanos. Perguntei a ele de onde vinha tanta energia vital para pregar a Palavra. Ele me disse que o segredo é ser batizado no FOGO do Espírito Santo, este fogo é que renova a juventude da pessoa para a missão. Afirmou várias vezes: – Peça todos os dias a graça de ser possuído por este Fogo do céu. Fiquei edificado com aquele testemunho.

Fica este convite para o leitor: clamar com muita fé: Vem Espírito Santo aquece minha vida com o Fogo do céu, santifica-me a cada dia, como naquele dia de Pentecostes.
Diácono Paulo Lourenço – Canção Nova
(matéria publicada na Revista SIM da Sociedade Irmãos da Misericórdia – Dracena – SP)

Print Friendly

022A pessoa humana vive em busca da sua realização pessoal cujo fruto é a felicidade. A felicidade é uma conquista que se verifica depois de um dia vivido com significado. A pessoa chega a noite, deita na cama e colocando a cabeça no travesseiro diz a si mesma: “O que vivi hoje me proporcionou satisfação de viver, mesmo que tive que enfrentar lutas e sofrimentos, mas valeu a pena. Fui feliz hoje”. A felicidade é sempre uma verificação da vivência com sentido.
Quem dá sentido e consistência a cada ato humano é Deus, que pela sua graça a envolve, ilumina e sustenta. Podemos então afirmar que a felicidade é também um dom de Deus. Para vivenciar a felicidade precisamos da graça de Deus. E fica a pergunta: “Como se manifesta a graça de Deus para que eu seja feliz?” Nesta matéria queria levar você a refletir sobre isto.
No evangelho de João, capítulo 1, versículos de 01 a 16, lemos a narrativa da encarnação do Verbo Divino, Jesus Cristo que se fez homem para iluminar e salvar a humanidade do pecado. No versículo 16, João afirma: “Todos nós recebemos da sua plenitude: graça sobre graça”. Acredito que está aí a resposta: por meio de Jesus Cristo o homem é resgatado, seus pecados são remidos e ele recebe o perdão de suas culpas, e é este perdão diário que produz no coração humano a felicidade: graça sobre graça.
O perdão de Deus produz em nós a alegria, a satisfação interior que eleva a alma e realiza a pessoa em plenitude. Somente quem passou por esta experiência de olhar para si mesmo e reconhecer-se pecador, necessitado da graça de Deus para fazer o bem, e recebe o perdão incondicional de Deus, pode dizer que foi feliz. Isto porque este perdão é diário, por conta de pecarmos todos os dias. E a cada dia o Senhor nos dá a alegria do perdão que produz a sensação de felicidade.
No sacramento da penitência (confissão) este perdão é explícito e real, e quem se coloca diante do sacerdote com o coração aberto ao perdão e arrependido de seus pecados, percebe imediatamente a alegria que produz felicidade. Jesus deixou para nós este sacramento na sua Igreja, a católica, “para que eles tenham a plenitude de minha alegria” (Jo 17,13-b)
O salmo 31 afirma ainda de forma mais clara: “Feliz aquele cuja iniquidade foi perdoada, cujo pecado foi absolvido” (sl 31,1)
Que nós possamos experimentar a cada dia a graça do perdão do Pai, que nos foi dado pelo Seu Filho, e que brote de seu coração misericordioso para cada um de nós a felicidade, que será eterna quando nos unirmos a Ele definitivamente.

Deus o abençoe. Diácono Paulo Roberto Oliveira Lourenço

Print Friendly

Eucaristia. (I Cor 11,17-34)
São Paulo na sua primeira Carta aos Corintios, antes de dar o ensino magno sobre os carismas nos capítulos 12 a 14, ele, no capítulo 11, versículos 17 a 34, admoesta os Corintios a forma de crer, viver, celebrar e orar na participação do mistério eucarístico.
Como crer na Eucaristia? Levando em conta as Sagradas Escrituras. As Sagradas Escrituras trazem a revelação da vontade e da consagração feita pelo próprio Jesus, que afirmou categoricamente: “Isto é o meu Corpo. Este é o cálice da Nova Aliança no meu sangue. Isto é o meu sangue. Fazei-o em memória de mim.” É preciso resgatar o crer na Eucaristia de forma renovada e objetiva. Jesus está no pão e no vinho consagrado pelo sacerdote dentro da Santa Missa, de forma real. É presença real: corpo, alma e divindade do Senhor Jesus. Somos chamados a renovar a nossa fé na presença real de Jesus na Eucaristia e levar muitos a experimentarem este alimento de vida eterna.
Como viver a Eucaristia? No versículo 18 e 19 do capítulo 11 desta Carta aos Corintios que estamos meditando, São Paulo fala de duas realidades que estavam vivendo na assembleia eucarística: a desarmonia entre os cristãos e os partidos e as divisões internas. Podemos dizer que também hoje os cristãos vivem estas duas realidades: desarmonias e divisões. Desarmonias em suas vidas pessoais, incoerência entre aquilo que creem e aquilo que vivem. Vemos que muitos participam da Eucaristia, mas ainda persistem em viver como pagãos, sem se importar ou levar em conta que comungam o Cristo, por isso deveriam assumir toda a sua doutrina como regra de conduta de suas vidas. Viver o mistério Eucarístico é levar uma vida de busca de santidade por conta Daquele que é Santo nos visitar e entrar nas nossas vidas de forma real pela comunhão eucarística. Outro ponto são as divisões, as disputas por espaço ou poder dentro da própria celebração eucarística. Muitos ainda querem a sua projeção pessoal na assembleia cristã, o que gera divisões e partidos. A maior divisão é a interior, porque muitos tem a vida dividida entre o mundo e as coisas mundanas e a vida em Deus, que acontece de forma mais profunda na comunhão eucarística. Por isso é preciso buscar a coerência, aquele que comunga do Santo, precisa se tornar santo. Santo Agostinho afirmou: “torna-te Naquele que comungas”.
Como celebrar a Eucaristia? São Paulo alerta a questão de comungar consciente de que o pão é corpo de Cristo e o vinho é o sangue do Senhor (vers 29). Na celebração precisamos estar conscientes disto, pois entramos dentro do Kairós de Deus que é a Santa Missa e nossa participação precisa ser plena para experimentarmos neste encontro real com o Senhor, toda a eficácia redentora de Cristo na nossa vida. Participação plena quer dizer que tudo na celebração precisa ser vivido com muita atenção e as respostas feitas com consciência. Hoje vemos muita distração e em muitas celebrações todo o clima celebrativo se perde em meio a muita conversa paralela, pessoas preocupadas com coisas externas, outros dentro da celebração mas indiferentes ao mistério celebrado. Precisamos retomar uma celebração ativa e viva, isto é, mergulhar por inteiro no mistério de nossa salvação. Por isso eu recomendo uma preparação espiritual para a celebração eucarística, chegar mais cedo, rezar um pouco, deixar de lado as outras preocupações e não correr o risco de pecar contra a Eucaristia. São Paulo afirma: “come e bebe a sua própria condenação” (vs 29-b)
Como orar na Eucaristia? A oração dentro da celebração precisa ser profunda, de intimidade com o Senhor. Por isso, diz São Paulo: “entre vós há muitos adoentados e fracos, e muitos mortos.” (vs 30). A força de Deus se realiza pela oração feita a Deus com fé. Rezar com fé cada oração, cada resposta dada na Santa Missa. A Eucaristia é a maior de todas as orações. Uma participação na Eucaristia vale por todas as orações da humanidade feitas juntas. A mais sublime oração é o sacrifício de Jesus na cruz, o mistério de sua paixão, morte e ressurreição, que se atualiza em cada celebração eucarística. Por isso é necessário que o cristão reze a Santa Missa no Espírito Santo, buscando aquele vem ao encontro de nossas fraquezas “porque não sabemos orar como convém”.(Rm 8,26). Isto quer dizer que para orar bem a Eucaristia peça sempre uma nova efusão do Espírito Santo. Antes de cada celebração peça: Vem Espírito Santo e ilumina minha alma para celebrar bem e comungar do Senhor da minha vida.
A Igreja vive da Eucaristia. O Beato João Paulo II começou a Encíclica: ECCLESIA DE EUCHARISTIA, com esta frase que ressoa como a verdade mais profunda da vida cristã: Deus se fez carne, na espécie de pão e se fez sangue, na forma de vinho, para nosso alimento até a Sua segunda vinda. A sequencia da reflexão do Beato é ainda mais marcante, por isso copio na íntegra para o leitor:
Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja. É com alegria que ela experimenta, de diversas maneiras, a realização incessante desta promessa: « Eu estarei sempre convosco, até ao fim do mundo » (Mt 28, 20); mas, na sagrada Eucaristia, pela conversão do pão e do vinho no corpo e no sangue do Senhor, goza desta presença com uma intensidade sem par. Desde o Pentecostes, quando a Igreja, povo da nova aliança, iniciou a sua peregrinação para a pátria celeste, este sacramento divino foi ritmando os seus dias, enchendo-os de consoladora esperança.
O Concílio Vaticano II justamente afirmou que o sacrifício eucarístico é « fonte e centro de toda a vida cristã ». Com efeito, « na santíssima Eucaristia, está contido todo o tesouro espiritual da Igreja, isto é, o próprio Cristo, a nossa Páscoa e o pão vivo que dá aos homens a vida mediante a sua carne vivificada e vivificadora pelo Espírito Santo ». Por isso, o olhar da Igreja volta-se continuamente para o seu Senhor, presente no sacramento do Altar, onde descobre a plena manifestação do seu imenso amor.
O Convite é para nós vivermos intensamente cada Eucaristia celebrada e recebermos desta fonte do amor de Deus. Deus abençoe você neste propósito.

Print Friendly

O Espírito Santo habita o coração humano, pois neste coração foi infundido este Espírito pelo Batismo. O “In-habitar” o ser humano batizado é uma das características do Espírito Santo. Quando somos batizados acontece este derramamento do Espírito na nossa alma, e nos tornamos “morada do Altíssimo”, “templos” de Deus. Toda plenitude está na nossa alma, na nossa humanidade, mesmo que corrompida pelo pecado ou pervertida pelas forças do mal. O Espírito Santo está no nosso interior em plenitude.

Quando Jesus disse: ” Eu vim para que todos tenham vida e tenham vida em plenitude” (João 10,10b) era desta vida divina em nós, que Ele estava se referindo. Em nós existe um núcleo totalmente sadio: a nossa alma, pois nela habita o Espírito Santo, o Amor infinito de Deus Pai pelo Filho e o Amor do Filho pelo Pai, esta comunhão eterna de Amor é presença em nossa alma humana.

O Pentecostes de cada um, na verdade aconteceu no dia do nosso Batismo. Estamos cheios na verdade de toda graça de Deus, pelo Espírito Santo recebido.

Então se pergunta: Porque tantos batizados não transbordam esta vida interior plena e rica de dons, para fora? Para os outros? Para os relacionamentos humanos?

Eu arrisco dizer que é porque esqueceram esta verdade de fé: que é templo de Deus, ou ainda porque deixaram abafar esta vida nova que há no seu interior, pelas preocupações da vida exterior. Ou ainda porque não tiveram a consciencia de que a Terceira Pessoa da Santíssima Trindade está nele.

Temos consciência que podemos nos relacionar com esta Pessoa? Que habita em nós? Podemos conversar com o Espírito Santo e buscar inspiração para tudo que fizermos. Podemos conversar com Espírito Santo buscando forças na caminhada da vida, a força vital só Ele pode nos dar ou restaurar. Podemos viver um relacionamento de amor com o Espírito de Deus que habita em nós, sendo fiel, tendo uma vida consagrada a Deus e a Sua Palavra.

Podemos enfim viver na presença deste Deus, que está tão próximo, no nosso interior.

O convite de hoje para nós é retomarmos este relacionamento pessoal com o Espírito Santo. Deus te ajude nesta retomada.

Print Friendly

Não podemos nunca esquecer que neste mundo em que vivemos se trava constantemente uma batalha espiritual. Isto porque as forças malignas que se implantaram nos corações humanos por conta de aderirem ao pecado, e também os ambientes consagrados ao maligno, por conta de estarem sendo dominados por forças que destróem a vida e promovem o mal. E muitos dos filhos de Deus estão totalmente envolvidos nestes ambientes, outros acabam recebendo a contaminação espiritual em suas vidas e acabam se entregando ao pecado, como que sem forças para lutar e escolher pelo bem.

Mas a situação pior de todas é a contaminação do interior da pessoa humana com as propostas malignas e a proposta mais astuta é a da vanglória, do orgulho pessoal. Se instalou no coração de muitos este mal: o orgulho, a autosuficiência, e estas pessoas se tornaram arrogantes e pretenciosas. O salmista fala que estes pensam no seu interior (Inspirados pelo maligno): “Deus não me vê!”. E quantos estão vivendo para preencher a si mesmos desta soberba, dizendo que podem tudo e que não precisam de ninguém e muito menos de Deus. È um verdadeiro ateísmo existencial.
E muitos cristãos, que comungam da Palavra de Deus, que vivem até vida sacramental na Igreja católica, estão contaminados com esta doença deste nosso tempo: o orgulho e a vaidade. Tudo isto é ação maligna neste mundo para levar muitos a perda da paz, distorção na vida relacional, e até a perdição eterna.

O remédio e a chave da vitória contra este mal existe. E é esta novidade que a Igreja hoje está proclamando: a HUMILDADE. Esta é a chave da vitória contra o maligno. O mundo está precisando de pessoas que aceitem, que queiram do fundo de suas almas se tornar humildes. O maligno se afasta de quem é humilde, ou que está lutando para ser humilde. Jesus se fez humilde e obediente ao Pai e aceitou ser pregado na cruz por nossos pecados. Esta é a prova definitiva e única que a humildade vence o maligno.

Nosso Papa Francisco começa o seu pontificado mostrando esta verdade ao mundo com sua postura e sua santa humildade. Penso que podemos entrar nesta luta espiritual com a arma da humildade. É um caminho seguro para que o maligno se afaste de nossa vida e como profetizou Zacarias ao ver o Menino Deus no Evangelho de Lucas: “libertados e mãos inimigas, possamos servi-Lo em santidade e justiça, em sua presença, todos os dias de nossa vida”.

Meu convite é investir em tudo que nos possa tornar mais humildes, para que o Senhor seja nossa única força e salvação.

Deus o abençoe neste santo propósito.

Print Friendly

Nos livro dos Atos do Apóstolos das Sagradas Escrituras, no capítulo 3, Pedro e João vão ao templo para rezar. Na porta do templo está um coxo de nascença pedindo esmolas. Ele implora aos apóstolos uma esmola. Pedro pede a ele que olhe para os apóstolos, para ele perceber que eles não tinham possibilidade de dar a esmola. O Coxo olha para eles com atenção. Pedro responde: “ouro e prata eu não tenho, mas o que tenho eu te dou: em nome de Jesus Cristo levanta-te e anda.”

Queria me ater a este fato relatado por Lucas nos Atos dos Apóstolos para focalizar neste gesto de Pedro a transmissão da fé. Pedro transmite a fé no Cristo ressucitado àquele coxo e nesta fé transmitida e acolhida acontece o milagre. O coxo primeiro acolheu no seu coração (os olhos são o espelho da alma) a fé que Pedro demonstrou e transmitiu. A Escritura diz que ele “de um salto, pôs-de pé e andava”. Este ato de fé de levantar-se, acreditar nas palavras da Igreja nascente, em Pedro o primeiro Papa fez toda a diferença.

É preciso retomar a fé em Jesus Cristo pela via apostólica de nossa Igreja. Crer na força do Ressuscitado é crer na Igreja.
No versículo 16 Pedro, para tirar qualquer dúvida que quem realizou o milagre foi Jesus, afirma: “Em virtude da fé em seu nome foi que esse nome consolidou este homem, que vedes e conheceis. Foi a fé em Jesus que lhe deu essa cura perfeita, à vista de todos vós.”

A fé em Jesus Cristo abre as possibilidades de cura total da pessoa humana, porque maior doença de nossa humanidade é a falta de fé Nele. Vemos que se confia em tantas coisas, se acredita rapidamente em doutrinas ensinadas pela mídia para ganhar audiência do público. Hoje é dia de afirmarmos a nossa fé no Deus Verdadeiro que está vivo e ressuscitado e por isso pode realizar todas as coisas por sua presença salvífica.

Convoco os cristãos por esta mensagem a renovarem os seus atos de fé, a buscar em Jesus Cristo a resposta definitiva para suas vidas. Jesus Cristo cura todos aqueles que renovam de verdade a sua fé.

É verdade que nem todos são curados e muitos morrem por causa de suas doenças, até porque o morrer é natural para nós seres humanos. Mas para recebermos a cura interior: o acolhimento do sofrimento como redentor, a força de continuar vivendo e tendo esperança mesmo no desespero, a atitude de perdão porque foi perdoado muitas vezes, é preciso proclamar sua fé em Jesus Cristo que venceu a morte para nos redimir e curar.

Vamos pedir hoje ao Senhor que retire de nós toda a paralisia de fé, e que possamos crer em suas Palavras e viver por elas, confiantes e entregues nas mãos redentoras de Cristo.
Deus te abençoe e te cure.

Print Friendly

A palavra “Conversão” nos remete a exame de vida num sentido mais profundo do nosso ser, pois as coisas que vivemos e que queremos mudar impactam na nossa alma. Assim como somos atingidos na alma pelos pecados que cometemos, pelas decisões de vida que tomamos, pelas escolhas certas ou erradas, quando queremos para nós uma verdadeira e definitiva conversão somos tocados no nosso sagrado. E é neste momento que a graça de Deus vem em nosso auxílio: quando decidimos mudar algo em nós, que nos é destrutivo ou que é destrutivo para quem convive conosco.

Ouso comparar isto alegóricamente a um sistema do computador, que a cada tempo se apresenta uma nova “versão” , um novo formato, com novas possibilidades e telas, com ajustes naquilo que não deu certo, que não processou de acordo. Nós também precisamos de tempos em tempos buscar uma nova “versão” da nossa pessoa, buscando ajustes na qualidade de ser e de relacionar-se com os outros. A isto eu chamo da CONVERSÃO: buscar um novo formato melhorado. É claro que depois de algum tempo vamos ter que buscar uma “versão” melhor, mas hoje é tempo de estabelecer isto como meta: dar uma upgrade na vida.

Então quero deixar neste texto algumas dicas:

a) Examine a sua “máquina”, se reveja criteriosamente, sem medo de apontar onde tem errado, exagerado, pecado, cometido injustiças, deixado de corresponder as expectativas dos outros, principalmente os mais próximos. A ordem é se rever, tirando todas as mascaras e as desculpas, os subterfúgios e arrogâncias. Onde preciso mudar?

b) Trace um plano de mudança, uma virada. Neste plano coloque metas e prazos e persiga-os. Não desista quando as situações não favorecerem, continue no propósito de mudança. E não dependa dos outros mudarem, trace o seu próprio plano de mudança.

c) Confie em Deus que age em favor daqueles que querem se tornar verdadeiramente: “sua imagem e semelhança”. Deus vem com sua ajuda, com novas inspirações, basta busca-lo. Querer uma conversão sincera implica em rezar para isto.

Neste Advento que adentramos que eu e você possa buscar a nossa CONVERSÃO, que é fruto de uma decisão. Decida-se. Deus nos abençoe.

Print Friendly

Gostaria de partilhar um texto que recebi do Padre Inácio José do Vale sobre os perigos do barulho na nossa saude fisica, mental e espiritual. Estou copiando na íntegra, espero que goste:

BARULHO: DOENÇA E

MORTE

Melhor é aprender a colocar as potências em silêncio e calando para que fale Deus”.

São João da Cruz

Místico e Doutor da Igreja

Vamos aprender a viver de forma espetacular com o sagrado silêncio!

O silêncio é terapêutico. É um tesouro disponível para todos. Ele é fonte imensurável para saúde física, emocional e espiritual. O silêncio é um milagre que executamos com as nossas potências na graça de Deus.

O silêncio é um caminho perfeito na busca à procura do bom Deus. O Pai Eterno tem muita coisa a ser manifesto pela via do bendito silêncio. Procuremos caminhar com o coração ardendo nesse mistério, que em parte será revelado pela mística da escuta.

DOENÇAS CARDIOVASCULARES

A situação em minha vizinhança é típica do restante da cidade São Paulo, como comprovam dados da prefeitura da cidade e medidas feitas recentemente por pesquisadores do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT). Desde que foi criado, em 2005, para combater a poluição sonora provocada por estabelecimentos comerciais como bares e restaurantes, o Programa de Silêncio Urbano (PSIU) do município de São Paulo recebe em torno de 30 mil reclamações anualmente. Já os especialistas em acústica Cristina Ikeda, Marcelo Aquilino e Peter Barry, do IPT, mediram em 2010 o nível de pressão sonora em nove ruas diferentes regiões da capital paulista durante o dia, constatando que o tráfego de veículos gera um volume muito acima dos 50 dB (A) – limite máximo recomendado para zonas residenciais urbanas pela norma 10.151, da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), bem como pela Organização Mundial da Saúde (OMS). O nível de ruído na Avenida Ibirapuera, por exemplo, alcançou os 75 dB (A).

Por conta de as pessoas estarem vivendo cada vez mais apinhadas, cercadas por veículos motorizados e alto-falantes, o ruído intenso só tende a aumentar em todas as metrópoles no Brasil e no mundo. Tanto é assim que há mais de duas décadas a OMS considera a poluição sonora o terceiro maior problema ambiental nas grandes cidades, só atrás da poluição das águas e do ar, sendo inclusive responsável por mortes, relacionadas com a ação do estresse provocado pelo barulho na evolução de doenças cardiovasculares. Mesmo assim, a questão é uma das mais negligenciadas, talvez porque a maioria das pessoas já se acostumou tanto com o excesso de ruído ambiente que nem o nota mais.

ANOS PERDIDOS

Uma resolução publicada em 2002 obriga todos os países da comunidade européia a realizarem o mapeamento da poluição sonora. “Todos os municípios com mais de 250 mil habitantes precisam ter um mapa indicando onde há ruídos, para adequarem seus planos diretores com solução para o problema”, conta o pesquisador Stephan Paul, professor do primeiro curso de Engenharia Acústica do Brasil, na Universidade Federal de Santa Maria, no Rio Grande do Sul. O pesquisador explica que os mapas acústicos das cidades são feitos utilizando tanto medidas dos níveis de pressão sonora em vários pontos da cidade, com simulações por computador da propagação do som, que levam em conta a geometria das ruas e edifícios, como as estatísticas do trânsito e da potência sonora que cada tipo de veículo gera. Assim é possível estimar o nível de pressão sonora em cada ponto da cidade.

Usando esses mapas acústicos para comparar estatísticas de doenças em pessoas vivendo em vizinhanças anormalmente tranqüilas e barulhentas, uma equipe internacional de quase 70 cientistas coordenada por Rokho Kim, do Centro Europeu para Saúde e Meio Ambiente da OMS, em Bonn, na Alemanha, publicou em março de 2011 o relatório mais completo do impacto da poluição sonora na saúde da população européia. “Os estudos populacionais mostram que há mais pacientes com doenças cardíacas, distúrbios de sono, irritação constante, dificuldade no aprendizado e zumbido no ouvido entre pessoas vivendo em ambientes ruidosos, em comparação com populações em ambientes silenciosos”, diz Rokho.

O relatório é o primeiro no mundo a apresentar um cálculo do número de anos de vida saudável perdidos por uma população, ao sofrer desconforto, doenças e morte prematura, por conta do barulho. De acordo com os pesquisadores, os 125 milhões de europeus vivendo em ambientes barulhentos perdem um total de 1,6 milhão de anos de vida saudável anualmente. Isso faz da poluição sonora o segundo maior problema ambiental da Europa, somente atrás da poluição do ar, que afeta a maioria dos 500 milhões de europeus, tirando deles 4,5 milhões de anos de vida saudável todo ano. Rokho acredita que, caso sejam feitos estudos semelhantes em cidades grandes em outros continentes, os resultados devem ser parecidos.

O coordenador do Laboratório de Poluição Atmosférica da Universidade de São Paulo (USP), patologista Paulo Saldiva explica que a medida do número de anos de vida saudável perdidos por uma população, ou DALYs, na sigla em inglês, é usada pela OMS e por outros órgãos de saúde para calcular o custo de tratar uma doença, como por exemplo, a tuberculose, ou de controlar um impacto ambiental, como a poluição sonora.

O coordenador do Centro Europeu para Saúde e Meio Ambiente da OMS acha impossível concluir qual é exatamente o risco à saúde que o barulho traz a uma única pessoa, a partir dos números de DALYs tomados de uma população. Isso porque a doença de um indivíduo é causada por uma soma de fatores genéticos, comportamentais, sociais e ambientais. O patologista da USP, no entanto, sugere dividir o número de DALYs da poluição sonora pelo número de habitantes afetados por ela. Fazendo isso e multiplicando o resultado pela expectativa média de vida de um europeu (79 anos), chega-se ao número de 1 ano de vida saudável perdido ao longo da vida por conta do barulho. “Em São Paulo, a poluição do ar tira em média 3 anos de vida da população”, compara Paulo.

O barulho ambiental mata porque desencadeia em nós uma constante reação de estresse. “É como se a gente estivesse permanentemente em uma situação de perigo”, explica o fonoaudiólogo Heraldo Guida, da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Marília. Sob estresse, o organismo produz hormônios como a adrenalina e o cortisol que fazem com que a pressão arterial e a frequência dos batimentos cardíacos aumentem. “Se você estiver coma veia coronária em boas condições, então pode ficar tranqüilo”, explica Paulo Saldiva. “Mas se o seu sistema cardiovascular já estiver meio periclitante, pode ter uma isquemia miocárdica (infarto)”.

Reaprender a Escutar

No combate à poluição sonora, o som é tratado como algo a ser eliminado. Mas o que as pessoas buscam em geral não é o silêncio absoluto. Elas querem um ambiente com menos sons de motores e máquinas, e mais sons agradáveis: o burburinho de água correndo, o canto dos pássaros, o vento farfalhando as folhas etc. na Europa, arquitetos, artistas e urbanistas trabalhando com espaços públicos vêm desenvolvendo projetos que prevêem que os sons desejados. É o chamado paisagismo sonoro.

Desde os anos 1960, as pesquisas sobre paisagens sonoras são influenciadas fortemente pelo pensamento do compositor e pesquisador canadense Murray Schafer, que foi o pioneiro em captar os sons ambientes de comunidades tradicionais e da natureza, refletindo sobre a sua prevenção. “O Schafer fala que toda sociedade deveria ter o direito de escolher o seu ambiente sonoro”, diz a pesquisadora Marisa Fonterrada, do Instituto de Artes da Unesp, especialista na obra do pesquisador canadense.

Marisa explica que o ambiente sonoro agressivo das grandes cidades faz com que as pessoas se fechem para os sons a sua volta, tantos os ruins quanto os bons. “Estamos vivendo uma época de anestesia, o contrário da estesia, que é a sensibilidade dos sentidos”, ela diz. “Não adianta combater a poluição sonora só com leis; temos de trabalhar a consciência das pessoas para que escutem mais.”

Essa conscientização pode começar na escola. Marisa recomenda aos professores o livro de Murray Schafer Educação Sonora, lançado pela Editora Melhoramentos, em 2009. A obra propõe 100 exercícios simples de escuta que aguça, os ouvidos para notarem sutilezas muitas vezes perdidas em ambientes ruidosos.

Barulho Escolar

O tráfego pesado de uma estrada ao lado da escola ou a algazarra do recreio podem prejudicar os estudantes muito mais do que se imagina. Diversos estudos vêm demonstrando que crianças de escolas em locais barulhentos apresentam atraso de meses no aprendizado, além de uma memória de longo prazo menor em comparação com crianças de escolas em lugares tranqüilos. “O ruído ambiental afeta negativamente a motivação, a capacidade de aprendizagem e concentração”, afirma Ana Claudia Fiorini, fonoaudióloga da PUC de São Paulo e da Unifesp.

Além disso, de acordo com a arquiteta Cristina Ikeda, do Laboratório de Conforto Ambiental e Sustentabilidade dos Edifícios do IPT, o projeto do prédio das escolas pode apresentar diversos problemas acústicos, como a localização dos pátios, ginásios e das janelas das salas de aula, que agravam o problema.

As normas brasileiras recomendam que o ruído nas salas de aula não ultrapasse os 50 dB (A), Mas as medições de um estudo em andamento pelos fonoaudiólogos Heraldo Guida e Ana Cláudia Cardoso, da Unesp, mostram que o ruído chega muitas vezes a ultrapassar os 85 dB (A).

CONCLUSÃO

As cidades são notoriamente barulhentas, devido à grande concentração de tráfego e pessoas. É quase impossível fugir de música em volume alto, barulho do toque do celular, máquinas ruidosas e vozes altas. Mas, o tipo de ruído que coloca em perigo o nosso bem-estar espiritual não é o ruído do qual não conseguimos fugir, mas o ruído que convidamos a entrar em nossa vida. Alguns de nós usamos o ruído como uma maneira de nos isolarmos da solidão: músicas e vozes de personalidades da TV e do rádio nos dão a ilusão de companhia. Alguns de nós utilizamos o ruído como uma maneira de manter os nossos próprios pensamentos isolados; outras vozes e opiniões nos poupam de termos de pensar por nós mesmos. Alguns de nós usamos o ruído como uma maneira de isolar a voz de Deus, pois a tagarelice constante, mesmo quando estamos falando sobre Deus, nos impede de escutar o que Ele tem a nos dizer.

Nosso Senhor Jesus Cristo, mesmo em Seus momentos de maior ocupação, fez questão de procurar lugares solitários onde pudesse manter uma conversação com Deus (Mc 1,35). Mesmo que não consigamos encontrar um lugar perfeitamente calmo, precisamos encontrar um lugar para aquietar as nossas almas (Sl 63,1.2), um lugar onde Deus possa ter a nossa total atenção (Sl 84).

No filme O Diabo no banco dos réus, Satanás esbraveja: “Eu criei o barulho e o barulho afasta qualquer pensamento de Deus”.

Realmente, o barulho é a arte de Satanás para distanciar as pessoas da arte do silêncio e de Deus.

O barulho causa perturbação, infelicidade e morte. Enquanto o silêncio é o fator de paz, felicidade é vida abundante.

A verdadeira maravilha do silêncio é com Deus consigo mesmo e com a beleza da natureza.

Vamos praticar o santo silêncio para o equilíbrio abissal da nossa alma e de todo o nosso bem-estar.

Oração, meditação, silêncio e solidão no contexto da espiritualidade cristã são riquezas colossais ao espírito a via unitiva.

Pe. Inácio José do Vale

Professor de História da Igreja

Instituto Teológico Bento XVI

EFOR-Escola de Formação de Resende

Especialista em Ciência Social da Religião

E-mail: pe.inaciojose.osbm@hotmail.com

Fontes

Quanta, janeiro/fevereiro de 2011, pp.20-26.

João da Cruz, São. Subida do Monte Carmelo. São Paulo: Paulus; Petrópolis.RJ, Vozes, 2010, p. 419.

Print Friendly

Nada está perdido…… aquilo que parece ser o final de tudo, na verdade é recomeço.

Na nossa vida as coisas se transformam sempre, acontece que nem sempre prestamos atenção aos movimentos transformadores que estamos passando.

Costumo dizer que a pessoa humana é uma força concentrada de potencialidades que se desenvolvem na vivência diária. Por isso os idosos (com idade cronológica mas ainda e sempre jovens) são portadores de riquezas interiores, conhecimentos acumulados, sofrimentos superados, vida restaurada a cada tempo, em cada experiência de viver.

Somos convidados a deixar-se transformar pela vida. Muitos passam pela vida e não se enriquecem espiritualmente porque não conseguem aprender com a vida, naquilo que aconteceu de certo ou de errado, com os desajustes e com as vitórias. O segredo da vida é aprender com a própria vida.

Páscoa é tempo de refletir sobre a vida, mas refletir para aprender a mudar a nossa história para melhor, para cima… ” corações ao alto”… Tudo que vivemos precisa transformar o nosso coração e nos remeter para cima. Cada passo dado em direção a Deus, às pessoas para amá-las, a busca de nossos sonhos e desejos de realização pessoal precisa estar ligado a um caminho em aclive, de subida, ascenção, de passagem para o alto, para Deus.

Se você está caminhando para baixo, ou na planície, achando que já está boa a sua vida (principalmente espiritual) saiba que talvez seja o momento de parar, descansar, refletir, buscar novas inspirações e forças em Deus, e retomar uma nova caminhada, mas PARA CIMA.

Páscoa é tempo de subida, de restauração do circuito de vida a percorrer. Somente quem se deixa restaurar pela cruz de Cristo pode viver restaurado pela Páscoa e consegue também fazer esta passagem. De um coração deprimido para um coração renovado, com uma nova esperança, caminhando para Deus.

Coragem…. mude de caminho… olhe para o alto…. É Páscoa…

Print Friendly

Network-wide options by YD - Freelance Wordpress Developer