22. agosto 2014 · Comentários desativados em O amor é o absoluto que deve ocupar nosso coração · Categories: afetividade, Amor Conjugal, espiritualidade do casal, estilo de vida, família, pais e filhos · Tags:

20130609_205330 Estamos vivendo um mundo onde tudo é relativizado, isto é, se pensa que tudo é relativo e que as leis de Deus e as normas que contribuem para a organização das pessoas que vivem em sociedade e em comunidade também são relativas.

Estou refletindo esta semana sobre a palavra ABSOLUTO. Absoluto é o contrário de relativo. Alguma coisa precisa ser resgatado em minha vida como absoluto, imutável, que não se pode romper, principalmente quando deixo isto fixar-se no meu coração. ” Onde está o teu tesouro aí está o teu coração”. O absoluto em meu coração é o meu tesouro.

O que é absoluto no seu coração? Qual é o teu tesouro?

Se o meu absoluto é o AMOR, todas as coisas passarão por este maravilhoso filtro, e tudo que eu expressar será fruto deste Absoluto que habita dentro de mim. É claro que estou falando de Deus, mas de uma forma concreta. “Deus é amor, quem permanece no amor, permanece em Deus e Deus nele” ( I Jo 4,16).

O amor precisa ser o absoluto no meu coração e assim as demais coisas ficam relativas, desde que filtradas pelo Amor. Santo Agostinho disse: “amem e façam o que quiserem”. A regra maior, a lei maior é o Amor. Se eu vivo a partir do amor, não vou desrespeitar nem a mim mesmo, nem ao outro, nem a natureza, nem a Deus. Se eu ponho o Amor como absoluto do meu coração naturalmente estarei fugindo do pecado.

O perigo que vejo em nosso tempo é que muitos colocaram o pecado como absoluto em seu coração, e com ele o demônio. Ninguém, em sã consciência, diria de si mesmo que tem o demônio como absoluto em seu coração, mas muitos não percebem que, se o pecado, ou os frutos da carne: inveja, ciúmes, ódio, impureza, libertinagem, bebedeiras, inimizades, fornicação, discórdias, partidos, orgias, ambição (Gal, 5, 19-21) estão presentes no seu coração como absolutos, na verdade é o demônio que está reinando.

Deus é o único Absoluto, e ele é AMOR, vamos hoje refletir sobre isto. Somente o AMOR precisa ser o absoluto em nosso coração.
Deus lhe abençoe. Diácono Paulo Lourenço

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24. março 2014 · Comentários desativados em Novena a Santa Gianna Beretta Molla · Categories: Amor Conjugal, educação dos filhos, espiritualidade do casal, família, matrimônio, pais e filhos · Tags:

Santa GiannaPARA OBTER GRAÇAS PELA INTERCESSÃO DE SANTA GIANNA BERETTA MOLLA

Resumo de sua vida: Esposa amorosa, médica dedicada e mãe heróica, que renunciou à própria vida em favor da vida da filha, na ocasião da gestação e do parto. Beatificada pelo Papa João Paulo II, em 24 de abril de 1994, e Canonizada em 16 de maio de 2004. Celebra-se o seu dia em 28 de abril.

NOVENA

Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Deus Pai, que nos deste a Santa GIANNA como exemplo de esposa amorosa, que cercou de amor a sua família construindo uma verdadeira “Igreja Doméstica”, faz-me assimilar esse mesmo amor incondicional, consagrando minha vida ao Teu serviço junto aos que me cercam.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
Jesus, Redentor da humanidade, que chamaste à Santa GIANNA à missão de médica do corpo e da alma, vendo o Teu sofrimento no irmão doente, fazei que, seguindo o exemplo da Tua serva, possa eu entender a minha dor e a do meu irmão, participando do sacrifício da Tua Santa Cruz.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
Espírito Santo, fonte de todo o Amor, que infundiu no coração de Mãe da Santa GIANNA a coragem dos mártires, de testemunhar com a própria vida o amor à criança que trazia no seu ventre, colaborando de maneira extraordinária no Teu plano de criação, e, que durante toda a sua vida foi um exemplo de cristã de fé, esperança e caridade, faz-me torná-la com o exemplo para um autêntico caminho rumo à santidade.
PAI NOSSO…
AVE MARIA…
GLÓRIA AO PAI…
OREMOS:
Ó Deus, Amante da Vida, que doaste à Santa GIANNA BERETTA MOLLA responder com plena generosidade à vocação cristã de esposa e mãe, concede também a mim (pessoa para quem quer obter a Graça), por sua intercessão (… FAZER O PEDIDO…) e também seguir fielmente os Teus Desígnios, para que resplandeça sempre nas nossas famílias a Graça que consagra o amor eterno e à vida humana. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Teu Filho, que é Deus, e vive e reina Contigo na unidade do Espírito Santo, por todos os séculos dos séculos. AMÉM.
Com Aprovação Eclesiástica

Ofereço esta novena para muitos casais com dificuldade em seu matrimônio, tanto no relacionamento conjugal quanto a questão de engravidar. Santa Gianna é uma poderosa intercessora em favor da vida familiar.
Deus abençoe você e sua família.

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Um rio somente é rio se desde a sua nascente ele corre até o mar. Só é rio porque tem um curso de água ininterrupto. Se um rio seca é porque a sua água parou de correr suavemente pelo leito que a natureza preparou para ela correr. O rio pode transbordar e continuar a ser um rio, mas se para de brotar água e ela para de correr não é mais rio, simplesmente extinguiu-se. Se não há água corrente não há rio.

Da mesma forma acontece com o amor humano. (Quero refletir sobre o amor humano entre um homem e uma mulher). O amor humano tem uma nascente, um encontro encantador, um dia em olhos se cruzaram e começaram a surgir emoções e sentimentos abrasadores que penetraram o intimo de duas pessoas, num dado momento da vida. A nascente do amor é o primeiro encontro, a primeira conversa, ás vezes cheia de vergonha, ou sem ter o que falar, pois o coração aperta e grita o interior pelo encantamento da pessoa amada.

Como é bom lembrar aquele primeiro encontro, os gestos que me falaram fundo ao coração, o olhar que me fez repensar a vida, a promessa de vida, como o pequeno olho d’agua que promete ser um rio enorme.

O amor acontece por acaso ou porque o Criador, que é a grande fonte nos revela? Quero crer que a resposta mais sensata é que o Criador cria espaços nesta terra para encontros maravilhosos, que são nascentes de água que brotam para a vida eterna.

O Beato João Paulo II em seu Livro “Amor e Responsabilidade” escreve que o amor só é verdadeiro na continuidade. Penso que esta frase é muito relevante no mundo de hoje, onde as coisas são tão descartáveis e tudo acaba muito rápidamente. As pessoas esqueceram que a vida é feita de escolhas e que as escolhas precisam ser definitivas. Amar alguém é escolhe-la definitivamente como companheira na viagem da vida. Como o curso do rio que é longo até chegar ao mar, mas é perene, é contínuo, o amor humano precisa ser contínuo e ter um curso certo: ir até Deus. Se amamos alguém é para leva-lo a plenitude da vida que é o encontro definitivo com Deus. Quem ama de verdade não para de amar por conta das dificuldades do caminho, porque isto não seria amor, mas um jeito de satisfazer as minhas necessidades. Amar implica em permanecer. “Permanecei no Meu amor” disse Jesus (João 15). Permanecer é ficar ligado a fonte de vida.

O amor humano precisa sempre voltar à nascente, ao primeiro encontro e atualiza-lo a cada dia. Talvez o que traria vida de novo aos casamentos, que podemos dizer que estão minguando e se acabando por falta de “água corrente” seria a possibilidade de se voltar ao “primeiro amor” e colher de novo a água limpa do amor essencial , o amor de encantamento que aconteceu no primeiro encontro. E quem sabe transborde este amor aos filhos, a família e a sociedade.

Meu convite hoje para você é que você volte ao amor original e redescubra a possibilidade de vida nova no seu relacionamento. Invista hoje no amor e resgate a maravilha de viver com alguém por amor, com amor e no amor. Desta forma as águas se renovam, a vida brota e o rio da vida segue seu curso até o encontro definitivo com a grandeza do mar de Deus.
Deus o abençoe.

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Sempre se faz esta pergunta: O que é o Natal?
E as respostas podem dadas por diferentes pessoas em diferentes situações que estão vivendo em suas vidas.

Quero refletir com você nesta véspera do Natal de 2012 sobre as possíveis respostas que podem surgir no nosso meio.

Para uma mãe que perdeu um filho porque um atirador entrou atirando numa escola, o Natal talvez seja um dia triste, que aumenta a saudade e o amargo na boca que nasce de um sentimento de perda irreparável. Talvez se ela ouvir um sino batendo ou um canto de paz ela vai confundir com o grito desesperado de uma criança, o seu filho.

Para um pai alcóolatra que se entregou à bebida para esquecer as suas próprias situações de abandono da família, ou a mágoa com a vida que não lhe foi tão próspera, o Natal é mais um dia para se afundar no vício e dizer que sua vida não vale grande coisa. Normalmente estas pessoas na noite de Natal choram muito de saudade dos seus e continuam atolados na solidão. Natal é um dia como os outros.

O Natal para quem tem muitos recursos materiais e enche a casa de comida e bebida, normalmente tem uma alegria aparente, porque nada pode preencher um coração insaciável por ter coisas. Tem muitas coisas e o sentimento de vazio é cada vez maior. Ainda porque os vínculos muitas vezes se perderam pelo caminho da vida e na sequencia de divórcios e distância de filhos de mães ou pais diferentes, paira sempre a solidão de quem tem tudo, mas não possue vinculos que produzam a felicidade tão almejada.

O que é o Natal para quem vive uma vida com significado? O Natal é o momento de rever quem ama, abraçar e beijar os queridos de sua família. Distribuir presentes que podem ser baratos mas que marcam a vida de quem os recebe, pois foram comprados com amor. A abundância de alimentos saborosos nem faz a diferença pois as pessoas e as amizades são bens superiores. E quando se ama de verdade a convivência amiga não exige muitas coisas, basta na verdade a presença.

O Natal para quem encontrou Deus na sua vida é o momento de encontro com quem O “amou primeiro”. Natal é dia do encontro com o Menino Deus, de participar da Eucaristia e ter comunhão com Ele e com os irmãos. E neste Natal todos podem participar.

E o que fazer para ajudar aquela mãe que perdeu o filho?
Quem estiver mais perto lhe abraçe e que ela sinta neste abraço o consolo de saber que o Natal pode trazer a vida e a esperança em meio ao sofrimento.

E aquele pai de família atolado na bebida?
No Natal se você encontrar alguém nesta situação ou drogado ofereça a sua mão e acolha com amor esta pessoa para que ela se sinta amada pelo menos esta noite e procure por causa desta fagulha de amor recebido, buscar ajuda, se levantar e recomeçar a vida. O amor recebido faz grande diferença na vida destas pessoas.

Se você for rico e se perdeu na falta de vínculos, o Natal pode ser enriquecido pela partilha. Ajude uma família a ter um Natal melhor, reparta. Quem dá aos pobres e necessitados recebe sempre mais do que aquilo que deu. Porque um gesto de amor sempre beneficia quem o dá mais que quem recebe. E o amor dado marca o coração de quem recebe, e a felicidade brota no coração de quem deu.

Desejo um Feliz Natal a todos e que o Menino Jesus nos visite com a sua graça neste dia tão especial.

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A palavra “Conversão” nos remete a exame de vida num sentido mais profundo do nosso ser, pois as coisas que vivemos e que queremos mudar impactam na nossa alma. Assim como somos atingidos na alma pelos pecados que cometemos, pelas decisões de vida que tomamos, pelas escolhas certas ou erradas, quando queremos para nós uma verdadeira e definitiva conversão somos tocados no nosso sagrado. E é neste momento que a graça de Deus vem em nosso auxílio: quando decidimos mudar algo em nós, que nos é destrutivo ou que é destrutivo para quem convive conosco.

Ouso comparar isto alegóricamente a um sistema do computador, que a cada tempo se apresenta uma nova “versão” , um novo formato, com novas possibilidades e telas, com ajustes naquilo que não deu certo, que não processou de acordo. Nós também precisamos de tempos em tempos buscar uma nova “versão” da nossa pessoa, buscando ajustes na qualidade de ser e de relacionar-se com os outros. A isto eu chamo da CONVERSÃO: buscar um novo formato melhorado. É claro que depois de algum tempo vamos ter que buscar uma “versão” melhor, mas hoje é tempo de estabelecer isto como meta: dar uma upgrade na vida.

Então quero deixar neste texto algumas dicas:

a) Examine a sua “máquina”, se reveja criteriosamente, sem medo de apontar onde tem errado, exagerado, pecado, cometido injustiças, deixado de corresponder as expectativas dos outros, principalmente os mais próximos. A ordem é se rever, tirando todas as mascaras e as desculpas, os subterfúgios e arrogâncias. Onde preciso mudar?

b) Trace um plano de mudança, uma virada. Neste plano coloque metas e prazos e persiga-os. Não desista quando as situações não favorecerem, continue no propósito de mudança. E não dependa dos outros mudarem, trace o seu próprio plano de mudança.

c) Confie em Deus que age em favor daqueles que querem se tornar verdadeiramente: “sua imagem e semelhança”. Deus vem com sua ajuda, com novas inspirações, basta busca-lo. Querer uma conversão sincera implica em rezar para isto.

Neste Advento que adentramos que eu e você possa buscar a nossa CONVERSÃO, que é fruto de uma decisão. Decida-se. Deus nos abençoe.

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Outro dia estava dialogando com minhas duas filhas e me deparei com uma situação que me fez refletir sobre minha própria vida e conduta. É que as vezes cobramos coisas que nós mesmos temos dificuldade de cumprir, colocando um fardo sobre os ombros de nossos filhos, fardos estes que na nossa juventude não tivemos que carregar.  O momento em que vivemos atualmente leva os pais a se posicionarem sempre com muita prudência com os filhos, isto porque os tempos são maus e as situações podem levar nossos filhos a se perderem em caminhos de vicios, drogas e perda da identidade, perda de religiosidade também. Isto tudo nos leva a ser mais severos e cobramos muitas posturas que são exageradas.

Há a necessidade de acreditarmos mais na educação e na consciência moral que proporcionamos aos nossos filhos para que façam escolham que os conduzam a própria felicidade. A autonomia é algo que se conquista com a idade, e existem muitos filhos com idade até avançada mas dependentes quase que totalmente dos pais, vivendo sem vontade própria, guardando no seu interior uma repressão enorme, que pode irromper em conflitos e sofrimentos em suas vidas adultas.

Isto não quer dizer que devemos deixar de colocar limites, principalmente na sociedade que vivemos onde há a proliferação de um consumismo de massa, onde se constroe a vida a partir da conquista material. Então precisamos ensinar nossos filhos a terem compromisso com a felicidade, que a meu ver se expressa na liberdade consciente de escolher pelo bem, pela paz, pela justiça, honestidade. Mas lembro que somente pais que conquistaram um bom grau de maturidade poderão deixar esta herança para seus filhos. Isto porque esta maturidade inclue a coerência entre aquilo que se ensina e aquilo que se vive. O filho se espelha mais naquilo que experimenta, no que vê, nos exemplos e testemunho de seus pais, do que em longos discursos morais, com a fórmula: “faça o que eu mando e não o que eu faço”. É uma ilusão enorme pensar que teremos filhos maduros se não formos coerentes.

São Paulo na Carta a Timóteo ( seu filho na fé) pede a ele ” torna-te modelo para os fiéis, no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade” ( I Tim 4, 12b). Para os filhos somos naturalmente modelos, por isso precisamos caprichar. 

Deus abençoe você nesta longa caminhada de ser mãe ou ser pai. Diácono Paulo Lourenço

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Diante de tantos momentos vividos num matrimônio: momentos bons  que fortaleceram a relação entre os conjuges, e outros que romperam laços afetivos importantes, vejo que o passo definitivo para a concórdia é a reconciliação. Precisamos diferenciar perdão de reconciliação. Perdão implica em colocar uma pedra em cima de algum fato acontecido e de esquecer o mal recebido, perdoar é fazer com aquele fato ruim se torne nulo. Talvez o perdão não implique em conviver de novo e da mesma forma com a pessoa. Mas é o primeiro passo para o viver reconciliado.

O viver reconciliado implica em “voltar ao amor original” para com a pessoa que nos ofendeu, magoou, agrediu, prejudicou. É viver de novo, com a mesma intensidade a amizade quebrada pela briga, pela discórdia na certeza que estes fatos foram “pontes” para o crescimento do relacionamento. O viver reconciliado faz cada pessoa crescer no amor. E isto precisa ser uma atitude nova a ser adotada: a atitude reconciliadora.

Para se viver reconciliado com os outros, com a pessoa amada especialmente, há a necessidade de se atingir antes três dimensões da reconciliação:

1) Reconciliar-se com Deus. Quantas pessoas estão em pecado a muitos anos e não se confessam, se afastaram da amizade de Deus, por isso não conseguem viver em paz com as outras pessoas. O primeiro passo para isto é procurar o padre e se reconcilar com Deus, beber de Sua misericórdia e Seu amor infinito, que nos ama apesar de nossas fraquezas.

2) Reconciliar-se consigo mesmo, numa atitude de auto acolhida como filho de Deus, como portador de qualidades e valores. Muitos vivem em decepção consigo mesmo, não se aceitando e nem se amando e se valorizando como imagem e semelhança de Deus. Se for preciso precisaremos reconstruir a nossa auto imagem para ter uma imagem melhor dos outros e sendo misericórdioso consigo mesmo, poderemos perdoar e se reconciliar com quem amamos.

3) Reconciliar-se com a vida, ou com aquilo que a vida nos proporcionou. Muitos reclamam de tudo e de todos, e nada satisfaz aqueles que lutam para ser ou ter aquilo que nem precisam para viver. Reconciliar-se com a vida é buscar o sentido em cada coisa que nos acontece, em tudo que Deus nos dá pela Sua Providência. E sorrir mais que reclamar, agradecer mais que pedir. Podemos fazer a escolha por viver de forma positiva e alegre, num mundo que morre pelo pessimismo e tristeza, depressão e solidão.

Só vive na solidão aquele ou aquela que não aprendeu a se contentar com o que tem, ou com quem tem para dividir a vida. Em no dia do hoje procure refletir sobre este assunto: a reconciliação, e se encaminhe para gestos concretos: vá ao encontro de alguém com quem está “brigado”, se for o seu conjuge, não deixe para amanhã,  perdoe e se deixe perdoar, enfim se reconcilie e poderá ver que esta é uma forma eficaz de ser feliz.

Bom final de semana. Deus abençoe você. Diácono Paulo Lourenço

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          Gerar uma nova vida é o maior ato de amor que um homem e uma mulher, unidos pelo matrimônio, podem realizar. É na vida conjugal que a família se desenvolve como a maior expressão da realização humana. Ter um filho é a concretização do legado familiar, é o objetivo maior da vida conjugal. É para constituir uma família que o casal se une, abençoado por Deus e pela Igreja. O exercício da paternidade é um dos maiores dons dados ao homem por Deus. É a capacidade de amar, educar e encaminhar os filhos para a vida adulta, transmitindo-lhes os princípios éticos e morais que os acompanharão no desenvolvimento de seus talentos. É uma imensa responsabilidade que só pode ser totalmente compreendida e sentida sob a ótica do amor incondicional.

            Muitos homens geram filhos mesmo sem estarem maduros para a paternidade. Como não estão conscientes de suas responsabilidades, muito menos da vocação da família, acabam muitas vezes abandonando-os à própria sorte. Com tantas crianças concebidas sem a devida conscientização, a figura do pai adotivo se tornou cada vez mais recorrente e especialmente necessária. Principalmente para uma criança que poderá nunca superar, nem mesma na idade adulta, a dor de ter sido rejeitada por quem deveria tê-la amado e protegido. Os psicólogos dizem que a dor do abandono e da rejeição é uma das piores que o ser humano pode enfrentar. É uma situação muito triste e sofrida.

            Entretanto, felizmente, muitos outros homens compreendem que a paternidade é feita de laços que são indestrutíveis, como o amor, respeito, carinho e amizade. Ser pai biológico é importante, mas não é o fator mais determinante na missão de ser pai. Quem compreende a dimensão desse gesto vê com verdadeira naturalidade a adoção. E quem são esses pais? Para mim pessoas especiais, a quem Deus deu a capacidade de amar verdadeiramente, de conhecer o amor em sua forma mais autêntica, ou seja, de forma gratuita e incondicional. É um grande dom de Deus. O pai adotivo é como Cirineu, o personagem que ajudou Jesus, durante o Calvário, a carregar a cruz quando Ele não suportava mais seu peso. O pai adotivo assume a cruz do abandono de seus filhos e a anula com seu amor e dedicação.

          O cristão entende a paternidade espiritual porque Jesus ensinou que o caminho da verdadeira felicidade é o desprendimento, somente possível quando nos doamos. Quem nunca sentiu uma alegria inexplicável ao se oferecer de coração a uma causa, ao oferecer gratuitamente o que de melhor tem dentro de si mesmo? Dessa forma, eu pergunto: qual a diferença entre filhos adotivos e biológicos? A resposta: nenhuma! Todos são iguais para os olhos do pai. Todos são frutos do amor de família.

             Neste Dia dos Pais, não podemos esquecer que todos temos em Deus um Pai amoroso, atencioso, que sabe tudo sobre nós e que conta até os cabelos da nossa cabeça (MT 10,30). Deus não se deixa vencer em generosidade por nós. Ele é a inspiração para nunca nos deixarmos vencer em bondade e desprendimento por nossos filhos. Diácono Paulo Lourenço.

Acesse: blog.cancaonova.com/diaconopaulo

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