24. setembro 2014 · Comentários desativados em Livro Amor e aliança conjugal · Categories: afetividade, Amor Conjugal, espiritualidade do casal, estilo de vida, família, matrimônio, Namoro, Sexualidade · Tags:

Capa Livro DiáconoAmar uma pessoa é escolhe-la definitivamente como companheira na viagem da vida. Como o curso do rio, que é longo até chegar ao mar, mas é perene, é contínuo, o amor conjugal precisa ser contínuo e ter um curso certo: ir até Deus.

O amor por uma pessoa nos leva a assumir a missão de levá-la à plenitude da vida, que é o encontro definitivo com Deus. Quem ama de verdade não para de amar por conta das dificuldades do caminho, porque isso não seria amor, mas um jeito de satisfazer as minhas necessidades.

Amar implica em permanecer. “Permanecei no meu amor” disse Jesus (cf. Jo 15). Permanecer é ficar ligado a fonte.

Adquira este Livro e reflita sobre o amor conjugal. Um livro cheio de conteúdos teológicos, mas com o testemunho meu e de minha esposa, um caso de amor que deu certo.

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Deus o abençoe

Diácono Paulo Lourenço

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                A felicidade é uma meta perene buscada pelos conjuges no casamento. Esta felicidade nunca mais será vivida na individualidade como nos tempos de solteiros, mas se traduzirá numa busca a dois, de encontrar na vida um sentido emocionante e gratificante para se viver. A felicidade pode ser medida pela qualidade das emoções vividas a cada dia, que elevam a alma da pessoa e a fazem se sentir amada e com possibilidade de corresponder a este amor. A felicidade é a força gratificante que brota de um coração que ama e se sente amado.

        Os casais para atingir esta meta terão que construir ao longo de anos de convivência, a intimidade conjugal. Intimidade é uma palavra que provém de outra: “intima” ou “intimo”. Só se é intimo de quem a gente confia plenamente ao ponto de entregar os segredos, na certeza da discrição do outro. Ser íntimo é compartilhar tudo: desde as pequenas coisas até os reconditos da nossa história de vida que é feita de erros, fracassos, pecados, mas também vitórias e conversões. A meu ver só podemos dizer que somos amigos de alguém se somos íntimos nesta dimensão que citei. Para o Teólogo Santo Tomas de Aquino: o casal precisa alcançar a “amizade conjugal”, fruto da intimidade plena.

           Muitos casamentos se frustaram pois alguns conjuges não construiram a intimidade conjugal, talvez por insegurança ou até desconfiança, que maculam o amor verdadeiro. Alguns mantiveram vínculos de intimidade com familiares , principalmente com os pais (mulher com a mãe, por exemplo) Esta é uma das situações que acaba bloqueando a intimidade entre os conjuges. É uma grande tentação se casar e manter estes vínculos com familiares. Diz a Palavra de Deus: “Por isso o homem deixará pai e mãe e se unirá a sua esposa e os dois serão uma só carne” (Mc 10, 7-8a)

           A intimidade conjugal começa no relacionamento sexual, pois ao dar-se um ao outro, os casais entregam aquilo que tem de mais íntimo.  Investir no relacionamento sexual é uma das condições para que o casal cresça na sua intimidade. Isto quer dizer que há a necessidade de se conhecer o  próprio corpo, o corpo do conjuge e as sensações e reações, as emoções provocadas no relacionamento conjugal. A relação entre duas pessoas que se amam, é plena de emoções, de alegria, de satisfações que plenificam a pessoa, que a elevam e a fazem atingir a força gratificante que chamei acima de felicidade. A falta de sensibilidade no relacionamento sexual pode descaracteriza-lo como humano, tirar o seu sentido pleno, isto porque o prazer por si só não preenche a alma. Deus criou  a sexualidade humana para que ” que a vossa alegria seja completa”, onde se une o prazer da carne com o prazer da alma, que é fruto do amor que tem como fonte o próprio Deus.

           O passo seguinte é a conquista da intimidade na afetividade, no carinho mútuo, na aceitação e acolhida da outra pessoa em todas as suas dimensões humanas, e faze-la sentir-se amada a partir de gestos concretos no cotidiano, com destaque aquelas renúncias pessoais tão fecundas em vista da alegria do outro, para fazer a vontade do outro. Quando a gente consegue mergulhar na totalidade da vida do conjuge (isto porque houve uma abertura suficiente), e quando nos deixamos esvaziar de tudo que somos e temos, estaremos construindo a intimidade conjugal.

            Convido você a refletir sobre isto e dar passos, dialogar sobre o assunto com o seu conjuge. Sempre é tempo de recomeçar. Um novo tempo desponta para seu relacionamento.

Deus te abençoe. Diácono Paulo Lourenço

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Todas as pessoas que pensam em se casar deveriam ter como meta a santidade no matrimônio e se dispor a isto desde o início do casamento. Na verdade vemos jovens querendo se casar muitas vezes para satisfazer os desejos sexuais ou poder ter relações “aprovadas” ou institucionalizadas pelo sacramento. Estas intenções mundanas e carnais são assumidas por muitos casais, ou ainda a construção de riqueza juntos, a constituição social baseada em interesses pessoais, como se o casamento fosse um contrato particular, que pode se mudado ou até rompido.

A santidade no casamento deve ser a meta, pois somente assim duas pessoas que se unem para viver juntas podem alcançar a felicidade completa. Isto porque satisfazer os desejos da carne não preenchem a alma humana, que só poderá descansar em Deus, como disse Santo Agostinho (Confissões).  Portanto a decisão mais importante em um relacionamento é querer construir a santidade, que passa por sacrificios e renúncias de coisas mundanas. “Buscai em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça e todas estas coisas vos serão dadas por acréscimo”.(Mt 6,33). Isto mesmo pois àqueles que se empenham numa vida de santidade experimentam os acréscimos de Deus que são consolos e gozos maiores que todas as consolações humanas.

O sacramento do matrimônio é o passo primeiro para se conquistar a santidade conjugal, santidade a dois, santidade familiar, um verdadeiro mundo novo que está sendo gerado em cada família cristã que assume esta meta. Para isto será muito importante a decisão, mas também o rompimento e conversão de vida. Realmente se não se muda os rumos não se atinge santidade. Escolher por diminuir a influência da televisão mundana em nossa vida familiar é um passo, expurgar todo e qualquer tipo de vício (álcool, cigarro, drogas), romper com todo egoísmo e individualismo, retirar da vida as brigas e discussões, acabar com todo tipo de violência e opressão, cíumes e inveja. Tudo isto são passos de conversão, de mudança que precisam ser tomados, para se buscar de verdade o caminho da santidade conjugal.

Penso que os casais poderiam conversar sobre este assunto: a santidade do nosso relacionamento. Proponho que façam metas e busquem a fidelidade ao que se comprometerem. O mundo precisa de pessoas melhores e isto começa dentro de casa, que você seja tocado por esta palavra e se decida pela santidade. Deus te abençoe. Diácono Paulo Lourenço. (blog.cancaonova.com/diaconopaulo)

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PHN quer dizer “Por hoje não vou mais pecar” é decisão de viver a santidade a cada dia, e todo dia lutar para vencer as tendências ao pecado que cada pessoa tem, fruto do pecado original existente em nós. Estas tendências ao pecado precisam ser dominadas a cada dia.

Entre os casais isto é sempre uma grande luta, pois para viver a castidade no namoro muitos impulsos, desejos sexuais, a concupiscência da carne, o PHN é indispensável. Quando estão juntos, no beijo e em cada gesto de carinho e as emoções afloradas, o desejo sexual é inevitável, mas precisa ser domado, para que se possa fazer a vontade de Deus.

São Paulo nos ensina o que corresponde a vontade de Deus: ” Esta é a vontade de Deus: a vossa santificação; que eviteis a impureza; que cada um de vós saiba possuir o seu corpo santa e honestamente, sem se deixar levar pelas paixões desregradas, como os pagãos que não conhecem a Deus”… ” Pois Deus não nos chamou para a impureza, mas para a santidade.” (I Tess 4, 3-7)

Neste sentido quero afirmar a necessidade de vigilância diária, o conhecer-se a si mesmo e saber os nossos limites humanos, para resguardar a sexualidade para após o casamento, mantendo a castidade durante o namoro. O sexo entre casais precisa estar vinculado a um compromisso, caso contrário a relação se torna “usufruir” do outro, buscando apenas o prazer da carne. O compromisso é o sacramento do matrimônio, por isso jovens namorados se segurem, digam PHN a cada dia, vigiem e orem para se manterem fiéis a Deus. Quando seu namoro estiver querendo “pagar fogo” cada um diga para o outro: PHN meu amor, nosso namoro é namoro PHN.

Deus abençoe seu namoro!

Diácono Paulo Lourenço

Canção Nova (blog.cancaonova.com/diaconopaulo)

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Penso que toda pessoa deve ter alguém na vida para partilhar as suas alegrias e tristezas, conversar, brincar, descontrair. Algumas escolhem ter muitos amigos e por isso colocam nestas relacões de amizade estas possibilidades de partilhas. Mas além dos amigos, outras se sentem atraidas por alguém em especial, que lhes causam certo desejo de estarem juntas, brotando sentimentos e emoções imotivadas quando se encontram, os olhos brilham, o coração bate mais forte: acontece o enamoramento, primeiro sintoma de um amor que pode amadurecer até um casamento feliz. Isto leva tempo e é preciso explorar bem todas estas emoções, cruzar isto com a razão, polvilhar com muito diálogo e uma partilha aberta e irrestrita de vida. A isto tudo podemos chamar de namoro, uma fase a vida de quem é chamado a viver com alguém, que começa e nunca termina, pois ao terminar o namoro, acabou o amor.

Muitos casamentos entram em crises profundas por causa da falta de namoro. Pensam que depois que estão casados, portanto morando juntos isto ficou para trás. Mas é exatamente o contrário, a fase mais extraordinária do namoro é o casamento. O casamento proporciona  a melhor hora de namorar e namorar muito se os conjuges buscam ocasiões para estarem juntos e apreciarem a  presença um do outro, passear e conversar muito, fazer planos para o futuro e para os filhos, descontrair, beijar e amar-se profundamente.

É uma leitura amadurecida de um relacionamento que não deixou que as dificuldades próprias da vida  pudessem colocar sombras sobre toda luz que emana de duas pessoas que se amam, que cultivaram este amor e que querem crescer juntos e terem uma vida cheia de sentido e prazer.  O prazer, sobretudo o sexual, é uma graça própria do sacramento do matrimônio, fonte de alegria, como diz a Encíclica Casti Connubbi, do Papa Pio XI, que citei em outro artigo sobre castidade conjugal (você pode ler neste Blog).

O namoro é uma grande conquista antes do casamento e depois do casamento. Podemos até fazer comparação com o amor de Deus, que é um amor apaixonado. Estamos chegando no dia dos namorados, e eu quero convocar os casados que reconquistem as suas esposas ou seus maridos, convidando a retomarem urgente o namoro. Namorar é tão bom que eleva a alma a Deus, produz efeitos positivos na saúde física e psíquica da pessoa. O amor começa no namoro e tende a acabar quando o namoro para. É tempo de retomada, caprichem.

Se você não é casado ainda, e não tem namorado(a) busque a pessoa certa, o que não quer dizer perfeita, e não tenha medo de namorar, deixando o sexo para depois do casamento. A pessoa se constroe pelo amor que lhe damos, se ela é receptiva. O amor nasce de encontros, de olhares, perca o medo e deixe-se levar pelas emoções, invista e insista nos sentimentos.

Boa semana a todos. Deus os abençoe. Diácono Paulo Lourenço.

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O Papa Pio XI escreveu uma Encíclica chamada: Casti Connubi, que traduzindo significa castidade Conjugal. Nesta Encíclica a Igreja ensina que os casais devem buscar a castidade como casados, através da fidelidade. Uma palavra um pouco desgastada nos dias de hoje, mas que precisa ser retomada, principalmente na vida matrimonial. Não dá para viver um relacionamento sadio onde floresça o amor, se antes de tudo não houver o respeito a esta sacralidade: a fidelidade. E só se vive a fidelidade, na castidade.

Na Encíclica encontramos a seguinte afirmação: “E até, para que o bem da fidelidade resplandeça com todo o seu brilho, as próprias manifestações mútuas de familiaridade entre os cônjuges devem ser caracterizadas pela castidade, de sorte que os cônjuges se comportem em tudo segundo a lei divina e natural e procurem seguir sempre a vontade do seu sapientíssimo Criador, com grande reverência para com a obra de Deus”.

Esta afirmativa nos leva a refletir sobre as nossas atitudes pessoais com relação ao nosso comportamento sexual: a castidade requer pureza naquilo que pensamos, no que falamos, nos gestos e nos nossos relacionamentos com outras pessoas, nos ambientes que trabalhamos, estudamos. Precisamos assumir para valer a fidelidade ao nosso conjuge, nos abster de qualquer forma de atitude ou desejo de querer outra pessoa que não seja com quem estamos casados. A Casti Connubi acrescenta: “Requer, além disso, a fidelidade do matrimônio que marido e a mulher estejam entre si unidos por um amor especial, santo e puro, e que não se amem um ao outro como os adúlteros, mas do mesmo modo que Cristo amou a Igreja; porque o Apóstolo prescreveu esta regra quando disse: “Homens, amai vossas mulheres como Cristo amou a Igreja” (Ef 5, 25; cf. Col. 3, 19); certamente Ele a amou com aquela sua caridade infinita, não por vantagem própria, mas propondo-se unicamente à utilidade da Esposa . Falamos, pois, de um amor fundado já não somente na inclinação dos sentidos, que em breve se desvanece, nem também somente nas palavras afetuosas, mas no íntimo afeto da alma, manifestado ainda exteriormente, porque o amor se prova com obras.”

A proposta cristã é que nossa vida conjugal seja vivida plenamente na castidade, que brota de um amor maduro que quer ser fiel até que a morte nos separe. Nós acreditamos nisto e aí está uma fonte perene de felicidade.

Deus te abençoe .

Diácono Paulo Lourenço.

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