O Beato Papa João Paulo II escreveu no Livro: Amor e Responsabilidade, de 1978 esta frase que marcou todos os meus estudos teológicos: ” O amor é o mais alto valor moral”.
Isto nos remete a reflexão de que no ato de amar alguém já está implicito que para com aquela pessoa estaremos sendo totalmente éticos e comprometidos com os seus valores e princípios pessoais, isto é, respeitando-a como ser humano na sua integridade. Amar significa isto: promover o bem total da pessoa amada.
Nós vemos a nossa sociedade imersa num lamaçal de egoísmo e individualismo, por isso o sentido do amor é cada vez mais entendido como troca ou realização pessoal. Cada um quer se realizar e se amar alguém lhe trás, de alguma forma, algum prazer realizador de seus desejos pessoais, então se diz “estar amando alguém”. Na verdade isto é um egocentrismo e hedonismo exacerbado, não amor verdadeiro.
O amor verdadeiro sempre comporta perder algo de mim para promover o bem do outro, e isto estará ligado fatalmente a sofrimentos, perdas pessoais e redução do meu ser, para que o outro seja mais, e melhor. Isto é amor.
O exemplo disto está na cruz de Cristo. Ele se “rebaixou” de sua divindade e aceitou o sofrimento para a redenção da humanidade, por amor, livremente fez esta escolha amorosa. O Beato João Paulo II, quando diz que o amor é mais alto valor moral estava se referindo a Cristo, mas também provocando a nossa reflexão.
Quando agimos éticamente com alguém, também estamos praticando um gesto amor. Quando somos gratos, delicados, quando respeitamos o espaço e a vontade do outro, ou ainda quando nos convertemos em pessoas melhores em vista do relacionamento com as outras pessoas, estaremos sempre amando. O verdadeiro amante respeita o outro e lhe faz o bem; e se dispõe a ajudá-lo na sua caminhada da vida.
Vamos nesta tarde elevar a nossa alma a Deus, fonte do amor e pedir que Ele nos faça pessoas dispostas a amar sempre.
Deus os abençoe. Diácono Paulo Lourenço