A palavra “Conversão” nos remete a exame de vida num sentido mais profundo do nosso ser, pois as coisas que vivemos e que queremos mudar impactam na nossa alma. Assim como somos atingidos na alma pelos pecados que cometemos, pelas decisões de vida que tomamos, pelas escolhas certas ou erradas, quando queremos para nós uma verdadeira e definitiva conversão somos tocados no nosso sagrado. E é neste momento que a graça de Deus vem em nosso auxílio: quando decidimos mudar algo em nós, que nos é destrutivo ou que é destrutivo para quem convive conosco.

Ouso comparar isto alegóricamente a um sistema do computador, que a cada tempo se apresenta uma nova “versão” , um novo formato, com novas possibilidades e telas, com ajustes naquilo que não deu certo, que não processou de acordo. Nós também precisamos de tempos em tempos buscar uma nova “versão” da nossa pessoa, buscando ajustes na qualidade de ser e de relacionar-se com os outros. A isto eu chamo da CONVERSÃO: buscar um novo formato melhorado. É claro que depois de algum tempo vamos ter que buscar uma “versão” melhor, mas hoje é tempo de estabelecer isto como meta: dar uma upgrade na vida.

Então quero deixar neste texto algumas dicas:

a) Examine a sua “máquina”, se reveja criteriosamente, sem medo de apontar onde tem errado, exagerado, pecado, cometido injustiças, deixado de corresponder as expectativas dos outros, principalmente os mais próximos. A ordem é se rever, tirando todas as mascaras e as desculpas, os subterfúgios e arrogâncias. Onde preciso mudar?

b) Trace um plano de mudança, uma virada. Neste plano coloque metas e prazos e persiga-os. Não desista quando as situações não favorecerem, continue no propósito de mudança. E não dependa dos outros mudarem, trace o seu próprio plano de mudança.

c) Confie em Deus que age em favor daqueles que querem se tornar verdadeiramente: “sua imagem e semelhança”. Deus vem com sua ajuda, com novas inspirações, basta busca-lo. Querer uma conversão sincera implica em rezar para isto.

Neste Advento que adentramos que eu e você possa buscar a nossa CONVERSÃO, que é fruto de uma decisão. Decida-se. Deus nos abençoe.

Estamos entrando num tempo forte de nossa liturgia: o Advento. Isto mexe com toda a nossa estrutura pessoal pois nos coloca frente a frente com novas possibilidades de conversão, em vista do Natal do Senhor.

O Advento é o tempo de preparação espiritual para a Vinda do Senhor, no seu Natal. Serão 5 semanas de reflexões sobre nossa vida, nosso modo de viver com os outros, isto é, nos nossos relacionamentos. É tempo de aprofundar os laços que nos unem, de rever atitudes, eliminando aquelas que não promovem a paz, a justiça e a concórdia. O Advento deve nos deixar mais humanos, pois se a alma se eleva a Deus acaba encontrando na nossa humanidade um sentido maior para se viver. As diferenças pessoais dão lugar a busca de compreensão daquilo que nos incomoda no outro, ou que nos faz sofrer, acolhendo-o como ele é, embora as vezes ele esteja com a sua imagem desfigurada pelos sofrimentos da vida e isto acabou provocando uma ruptura no relacionamento.

A palavra de ordem neste tempo é o perdão. Liberar o perdão a todos, alargar o espaço no coração para o acolhimento, mesmo os que nos magoaram e fechar o ano de bem com todos. No meu estudo da palavra de ontem a noite, meditei sobre a seguinte passagem bíblica:

“Não pagueis a ninguém o mal com o mal . Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quando depender de vós, vivei em paz com todos os homens” Rm 12, 17-18

Neste tempo do Advento deixe que a Luz do Espírito Santo ilumine o seu coração para que a sua vida ilumine a vida de muitos, com gestos de perdão, acolhimento e paz.

Deus te abençoe. Diácono Paulo Lourenço

Uma palavra pode fazer toda a diferença em nossa vida: uma palavra amiga e acolhedora, que consola o nosso coração e nos faz crescer, nos levanta de nossas fragilidades e daquilo que estamos passando naquele momento da vida.

Por isso São Paulo ensina: “nenhuma palavra má saia da vossa boca, mas só a que for útil para a edificação, sempre que for possível, e benfazeja aos que ouvem”. (Efésios 4,29)

A ordem é controlar a língua para não falar aquilo que possa ferir os outros, e não economizar palavras boas que levem os outros para cima, que o ajudem a enfrentar a vida com esperança e fé. Basta uma palavra para destruir ou para construir um relacionamento. É tempo de construir o outro e tudo começa pelas nossas palavras e é verdadeira conversão controlar o que se fala.

Vejo que é esta conversão que Deus nos chama: mudar a forma de se relacionar, colocar mais doçura, mansidão, carinho nas nossas palavras. É exercício diário, você é convidado a isto, começando hoje.

Deus te abençoe.

Diácono Paulo Lourenço

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