Em qualquer tipo de relação entre as pessoas, quer seja em amizades, num relacionamento conjugal, profissional ou outro qualquer, o respeito pela outra pessoa é uma coisa imprescindível. Aquilo que a outra pessoa pensa, as suas aspirações, suas experiëncias, seu modo de viver e de ser precisam ser respeitados sempre, mesmo que isto tudo não venha a ser o nosso modo de pensar, nossas aspirações, nossas experiencias pessoais, nosso modo de viver ou agir. As vezes nos damos o direito de entrar na vida do outro querendo mudar os seus pensamentos, aquilo que ele acredita como verdadeiro, que faz ou a forma como vive a sua vida. Que ousadia!

A desculpa mais frequente que se observa é a bendita “sinceridade” : querer ser sincero com o outro, e por isso  julgamos com poder de colocar a “colher” na sua vida, na sua subjetividade, as vezes até querendo moldá-lo do nosso jeito, com a nossa cara. Mas cada pessoa é uma pessoa, e as diferenças pessoais ajudam este mundo a ser um mundo pensante, dialogal, relacional.

Penso que em todo tipo de relação a pessoa é soberana enquanto fomos criados por Deus e por isso “seus filhos” amados, mas em construção, para atingir a maturidade do “homem novo: Jesus Cristo. Por isso a acolhida de toda e qualquer pessoa é o gesto mais nobre que se pode ter nesta vida. Talvez a via de santificação pessoal mais autëntica seja o amor que brota de um coração que acolhe a todos. E este acolhimento joga fora qualquer tipo de crítica, correção (quanto orgulho!) que podemos fazer mas que nada constrói, antes provoca a cisão do relacionamento. Isto muitos chamariam de sinceridade, de “não ter respeito humano” ou “é melhor falar do que calar”, “jogar na cara o erro do outro”. Eu diria que é melhor ser prudente ao dizer algo a alguém, ou dizer algo de alguém para os outros (pecado da difamação, obra do demönio), mesmo que seja verdade, isto em nome do respeito ä dignidade da pessoa. Melhor calar do que dizer o que “mata” o outro. Melhor pensar dez vezes antes de fazer algo que venha a “ferir”a dignidade do outro.

Para se falar coisas sérias a alguém, primeiro ganhe o seu coração, e fale com amor. Reflita hoje sobre isto.

Deus abençoe vocë.

Diácono Paulo Lourenço – blog.cancaonova.com/diaconopaulo

Respeito: uma palavra que diz tudo no relacionamento entre as pessoas, e é imprescindível no relacionamento de um casal, seja um casal de namorados, noivos, casados. Meu pai me ensinou desde menino que eu devia ter respeito pelos mais velhos e não permitia de forma alguma que se faltasse ao respeito com ninguém.

Vivemos uma crise profunda neste sentido, principalmente na família: é só olhar para a forma e o jeito que os filhos se relacionam com seus pais, também dos pais com relação aos filhos, sem falar dos esposos que deixaram esta virtude se perder no tempo, e é principalmente no modo de falar um com o outro que se destaca o desrespeito: palavras de ofendem, que ferem a dignidade da outra pessoa, ofensas, gritos, ou desrepeito pela não consideração das opiniões do outro.

Respeitar o outro é acolhê-lo na sua humanidade e compreender que é uma pessoa incompleta, mas que é portadora de valores, crenças pessoais, convicções construidas ao longo de sua vida, que tem uma família e foi educada de forma diferente da que eu fui educado, é aceitar a possibilidade de falhas mas que estas não definem o representa a pessoa. Respeitar é ter consciência que preciso colocar em mim  os “freios” da prudência ao me dirigir a outra pessoa, pois ela é templo do Espírito Santo, detentora da dignidade de filho de Deus, merecedora de ser acolhida fraternalmente.

Olhar para quem se ama com respeito, como um “solo sagrado” que precisa de cuidado para não ferir a sua individualidade, é condição essencial para se manter um bom relacionamento e provar que este amor é verdadeiro.

Eu pergunto: tenho respeitado meu conjuge, ou namorada (o) ou noiva (o), ou imponho as minhas vontades, me acho no direito de corrigi-lo , de modificar a sua vida adequando-a ao meu modo de ver, tirando enfim o seu direito de fazer escolhas??? Talvez na resposta desta pergunta podemos ver porque muitos relacionamentos se acabaram com o tempo, faltou o respeito à outra pessoa.

É tempo de retomar, de enxergar a outra pessoa mais humanamente, isto é enxerga-la com os olhos de Deus, e a partir disto construir a possibilidade de deixa-la ser comigo, sem deixar de ser ela mesma, pois é assim que o Pai nos permite viver: Ele respeita a nossa liberdade de ser, e nos chama a viver com Ele. Que o Pai te conceda a graça de refletir sobre isto.

Deus te abençoe!

Diácono Paulo Lourenço – Canção Nova (blog.cancaonova.com/diaconopaulo)

Você pode imaginar quanto é dificil uma ruptura num relacionamento. É só olhar as separações como são doloridas e deixam marcas profundas nos cônjuges e nos filhos.  Muitas destas separações são frutos do pecado que casais acabam vivendo a dois: situações de mentira, desregramentos, afastamento de Deus, agressividade; desrespeito; palavras de ofensa um para com o outro e assim por diante.

É preciso romper com o pecado e não romper com o relacionamento. O pecado precisa ser extirpado da nossa relação. Tudo que corrompe aquilo que Deus criou por amor não pode mais fazer parte de nossa vida. Vejo que o pecado mais sutil e que mais destrói matrimônios é a mentira. Mentir, enganar o outro ou até omitir alguma coisa pode custar caro, isto porque fere a dignidade da outra pessoa e põe em risco a confiança e a fidelidade. Escolher o caminho de não falar a verdade, mesmo que seja nas pequenas coisas, é escolher pela traição da confiança que o cônjuge depositou em você. Isto mesmo a mentira já é traição!´

Jesus disse: ” e a verdade vos livrará” (João 8,32b). E é nesta perpectiva que os nossos relacionamentos podem amadurecer e tornarem-se fecundos: quando uma pessoa pode confiar na outra, e que o outro ou a outra está sempre lhe dizendo a verdade, nada ficando às escuras, escondido porque muitas vezes não é bom. O primeiro passo é se decidir pela verdade, pela sua verdade e é nesta verdade que Deus pode agir, que as coisas vão tomando o rumo certo, e se contrói uma vida feliz.

Fica a dica de hoje: rompa com o pecado da mentira no seu relacionamento. Se decida por falar, e viver sempre a partir da verdade, na luz, na graça de Deus. Que Ele te abençoe neste propósito. Diácono Paulo Lourenço.

Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao Vosso. Esta frase contém duas características essenciais da personalidade de Jesus, que são imprescidíveis para quem quer viver os seus relacionamentos de forma sadia: a mansidão e a humildade.  O evangelho fala que Jesus não revidou os seus algozes, não abriu a boca, ficou calado, mostrando toda a sua mansidão diante de situações que eram humilhantes. A humilde precede a mansidão.

Nos nossos relacionamentos precisamos exercitar sempre estas duas coisas: humildade para ser manso, e mansidão para ser humilde. As vezes cair do nosso pedestal e admitir que estamos errados nisto ou naquilo e se calar diante da opinião do outro e concordar, sem resmungar ou se justificar. A grande tentação do momento é a disputa, sempre se quer ser melhor ou maior, ou ter a opinião correta, deixando “diminuida” a opinião do outro. É pura falta de humildade. O humilde se alegra quando a opinião do outro prevalece sobre a sua. Como isto é difícil, não é mesmo! Somos sempre levados a ganhar, a vencer, custe o que custar. Quantos casamentos não se desfizeram porque um não abre mão para o outro de alguma coisa, e as vezes é no campo das idéias ou opiniões que começa a disputa.

Outro ponto é a mansidão. Hoje em dia é uma cultura não relevar o que o outro disse. Queremos dar o troco na mesma medida. Falta de mansidão. Se fossemos mais mansos, e refletíssemos um pouco mais antes de falar, de agredir, de responder principalmente, talvez as coisas seriam melhores nos nossos relacionamentos.

O Sagrado Coração de Jesus nos ensina no dia de hoje que precisamos investir na humildade, no deixar-se sofrer, se for o caso, na vivência de estar elevando o outro, mesmo que tenha que diminuir um pouco. E também a mansidão, fruto de um coração que confia que o Pai tem o conhecimento de todas as coisas e que só ele tem a justiça expressa em sua infinita misericórdia.

Jesus manso e humilde de coração, fazei o nosso coração semelhante ao vosso…

Deus te abençoe. Diácono Paulo Lourenço

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