Estimados irmãos e irmãs!

Com a Quaresma, fizemos um caminho penitencial, que nos levou, por meio da oração, do jejum e da esmola, a gestos concretos de boas obras, reforçando nossa solidariedade e comunhão eclesial. A CF-2011 nos ajudou a tomar consciência mais profunda que todos devemos cuidar bem da nossa casa comum, a natureza e a Terra, superando estilos de vida e de cultura que colocam em risco o futuro da vida no nosso Planeta. Somos discípulos do Ressuscitado, que veio “para que todos tenham vida em abundância”.

A Páscoa é a vitória da vida sobre a morte. O Deus Criador é também o Deus Salvador. O homem introduziu o pecado no mundo e, assim, a desordem nas relações com o próximo e com a natureza. Mas Cristo venceu o pecado e a morte mediante a sua fidelidade e obediência a Deus; entregou sua vida pela humanidade – “tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim” (Jo 13,1). Ele cumpriu a missão recebida de Deus Pai, “que amou tanto o mundo, a ponto de lhe entregar o seu Filho único, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16).

Celebremos, pois, a Páscoa com alegria e nova disposição para seguir o exemplo de Cristo. Convido todos a viverem com entusiasmo o período pascal até Pentecostes, que celebra o fruto maior da redenção, o dom do Espírito Santificador dado aos homens. Seja intensa nossa alegria pascal, pois cremos no Deus da vida e da esperança e seguimos a Cristo Salvador, que venceu a morte e é “garantidor” de nossa vida futura.

Convido, sobretudo, os jovens a olharem para a vida com confiança e esperança; embora haja tantos motivos de preocupação, não esqueçamos que a humanidade pode seguir com confiança, quando está com Deus; temos a certeza de que não estamos sozinhos ou sem rumo diante dos desafios do futuro: Deus entrou na nossa História e vai conosco; Ele nos ama e nos mostra os caminhos bons; seguindo por eles, estaremos seguros. Sigamos, pois, na vida, “enraizados e edificados em Cristo, firmes na fé” (cf Cl 2,7). Os jovens do mundo inteiro estão se preparando para a Jornada Mundial da Juventude, com o Papa, em Madrid, em agosto deste ano. Convido a Juventude nossas Comunidades a se preparar também para esse extraordinário encontro!

Votos de feliz e santa Páscoa para todos, com a bênção de Deus!

Card. Dom Odilo P. Scherer

Arcebispo de São Paulo

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Este domingo, a Igreja é marcada pelo início do tempo do Advento. Este tempo nos convida a nos prepararmos para o Natal, para a vinda do filho de Deus, que veio trazer salvação a toda humanidade.

É um tempo de alegria, de vida e esperança. Estamos a caminho da realização plena da vontade de Deus. Estamos em tempo de espera da plenitude da nossa existência. Celebramos os profetas da Sagrada Escritura, especialmente Isaías. Ele nos convida a aderirmos ao plano de salvação de Deus.

A tônica deste tempo é a esperança. Podemos não ver Jesus em sua vinda gloriosa até o fim de nossa existência terrena, mas Ele é fiel, e cumprirá a sua promessa. Ele está próximo. Deus permanece fiel e sustenta permanentemente a nossa esperança.

Deus é juiz. Todos um dia deverão estar diante dele, para prestarmos conta de nossa vida. Precisamos ir ao encontro dEle para Ele nos instruir, em nossa vida familiar, social, política, em nossa própria vida pessoal. Que acolhamos a presença de Deus em nosso meio com alegria e gratidão.

Construamos uma cultura de paz, destruindo as armas de guerra, transformando-as em partilha, perdão, alimento, pão de cada dia. Que possamos desfazer os propósitos de ódio e violência existentes no mundo, para construirmos uma sociedade de paz. O tempo do advento nos convida à oração; convida-nos à colaboração com a obra de Deus, seguindo os seus desígnios.

Não devemos nos perder em meio aos afazeres do nosso cotidiano. Não sabemos quando, mas Ele virá nos buscar. Estamos em tempo de expectativa da vinda de Cristo. A luz fala da transparência, elemento importante para vivermos os princípios do evangelho. Precisamos estar vigilantes para caminharmos na luz; não podemos nos entregar às situações desonestas, que ofuscam esta luz.

O Papa, em seu segundo consistório ordinário público, falou-nos da carta encíclica “Spe Salve”, que quer dizer “Salvos pela esperança”.

Ele recorda que a esperança verdadeira está baseada na fidelidade à Deus; está baseada em sua obra e afirma que “Somos livres porque o céu não está vazio, porque o Senhor do universo é Deus que ‘em Jesus se revelou como Amor’“.

O papa nos recorda que “chegar a conhecer Deus, o verdadeiro Deus: isto significa receber esperança”.

Bento XVI lembrou também aos neo-cardeais em sua carta encíclica, que “a nossa esperança é sempre essencialmente também esperança para os outros; só assim é verdadeiramente esperança também para nós próprios. Como cristãos, não basta perguntarmo-nos: como posso salvar-me a mim mesmo? Deveremos antes perguntar-nos: o que posso fazer a fim de que os outros sejam salvos e nasça também para eles a estrela da esperança? Então, teremos assim feito também o máximo pela nossa salvação pessoal.

A esperança em sentido cristão é sempre também esperança para os outros. E é esperança ativa, na qual lutamos para que o mundo se torne um pouco mais luminoso e humano. E somente se sei que a minha vida pessoal e a historia no seu conjunto estão guardadas no poder indestrutível do amor eu posso sempre esperar ainda… E apesar de todas as falências, esta esperança dá-me ainda coragem para atuar e prosseguir.

Deus habita esta cidade. Deus quer habitar esta cidade. Deus quer ser um pai amoroso para todos os habitantes desta cidade. Todos são convidados a ser colaboradores na construção da justiça e da paz para esta cidade, para que ela seja cada vez mais morada digna de Deus. Que a paz habite dentro de teus muros, e a tranqüilidade, em suas casas.

O advento é um tempo em que somos convidados a olharmos para Jesus, acolhendo a vinda do Filho de Deus, que pode vir de uma hora para outra, para completar a obra de Deus. Ele poderá vir de muitas formas, nos convidando à casa do Pai.

Da redação: noticias.cancaonova.com
Segunda-feira, 03 de dezembro de 2007, 11h53

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Milhares de fiéis compareceram, neste domingo (02), na Catedral da Sé, para a cerimônia que marcou o início da missão do mais novo cardeal brasileiro, eleito aos 58 anos, no segundo Consistório Ordinário Público do pontificado de Bento XVI, Dom Odilo Pedro Cardeal Scherer.

Estavam presentes autoridades civis e religiosas, entre eles Monsenhor Jonas Abib. Todos manifestaram profunda alegria de participar deste momento de grande importância para a Igreja no Brasil.

“Eu tive lá em Roma acompanhei tudo, foi tudo muito bonito e interessante. A gente deve entender que é uma distinção para a Igreja de São Paulo. A Arquidiocese de São Paulo é um pedaço muito importante da Igreja Católica, tanto que a Igreja faz questão de ter aqui um representante do calibre de um Cardeal. Então é um motivo de honra e ao mesmo tempo de compromisso nosso, porque muita coisa que nasce aqui se espalha pelo Brasil e até pela América latina inteira. Nós nos sentimos honrados com esse título do nosso Arcebispo que ao mesmo tempo é um desafio para que nós possamos indicar muitos rumos da igreja do Brasil e da América latina”, disse Dom João Amede, região episcopal da Lapa. [Ouça o comentário]

Dom Joaquim, da Região de Santana, disse da alegria com que foi preparado essa missa. “Nós preparamos essa eucaristia com muita alegria, com a participação de todas as regiões para darmos graças a Deus por esse dom e por essa missão. Esse chamado a Dom Odilo é também para todos nós um chamado a sermos uma Igreja doméstica viva na nossa paróquia, na nossa Arquidiocese. Que o Senhor nos torne realmente vigilantes, como nos dirá a palavra de Deus, para vermos o bem que podemos fazer e sermos testemunhas de seu amor e de sua misericórdia”. [Ouça o comentário]

Também o representante da comunidade islâmica, xeque Armando Hussein Saleh destacou o trabalho do Cardeal Odilo na Igreja e a longa amizade entre os dois. “O cardeal Odilo Pedro Scherer na verdade é um grande amigo antes mesmo de ser nomeado arcebispo de São Paulo. O trabalho dele é um trabalho louvável e cabe a nós das outras tradições acompanhar esse trabalho e dar sustentação e apoio naquilo que for possível para o bem da nação brasileira, que muito precisa desse lado espiritual que é a estabilidade material e sócio-econômica do País”. [Ouça o comentário]

.: Leia a homilia do Cardeal Odilo Scherer

Da redação: noticias.cancaonova.com
Segunda-feira, 03 de dezembro de 2007, 11h52

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Após 4 horas de atraso o vôo que trouxe Dom Odilo Cardeal Scherer ao Brasil chegou por volta da 13h no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na grande São Paulo.

O Cardeal foi recebido por representantes de várias paróquias da Arquidiocese e por um Coral dos Arautos do Evangelho, que fez uma homenagem especial.

Dom Odilo saudou aos presentes e pediu desculpas pela longa espera, em seguida falou à imprensa e seguiu para a sua residência. Agora às 15h ele concedeu uma entrevista coletiva, na Cúria Metropolitana.

Da redação: noticias.cancaonova.com
Sexta-feira, 30 de novembro de 2007, 16h19

Acompanhe os primeiros videos feitos pela Canção Nova de Roma.

Baixe os videos pelo RSS

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer saúda a Canção Nova

Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer saúda o povo de São Paulo

Cardeal Dom Odilo fala do significado do Anel Cardinalício


Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer após cerimônia do Consistório

Dom Odilo Pedro Scherer antes da Cerimônia do Consistório

Anel Cardinalício

Preparação do Consistório

Papa Bento XVI com a Cúria Romana

O Rito de criação dos Cardeais

Dom Odilo Pedro Scherer – Em Assis

Consistório (parte1)

Consistório (parte2)

O que é o Consistório

Novos Cardeais

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“No momento em que recebi o Chapéu Cardinalício eu pensei: essa é uma dignidade que está a serviço, uma coroa para servir e não para a vaidade pessoal. E é claro que é a coroa da Igreja, para a honra da Igreja, para que ela possa desempenhar bem a sua missão com dignidade”.

Essas foram as palavras do novo cardeal do Brasil, o arcesbipo de São Paulo, Cardeal Dom Odilo Pedro Scherer, após receber de Bento XVI o chapéu cardinalício, durante a Cerimônia do Consistório Ordinário Público para a criação de novos Cardeais.

Acompanhe entrevista com o novo cardeal feita pela correspodente de Roma, Liliane Borges.

Da redação: noticias.cancaonova.com
Domingo, 25 de novembro de 2007, 11h34

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O Papa Bento XVI celebrou neste sábado, dia 24, às 10h – horário de Roma -, o segundo Consistório Ordinário Público de seu pontificado deixando aos 23 novos Cardeais, entre eles, o arcebispo de São Paulo, dom Odilo Pedro Scherer, uma forte mensagem contra o “arrivismo” ou o carreirismo dentro da Igreja, à qual se devem dedicar num “serviço de amor”.

Em sua homilia, o Papa lembrou que a missão dos cardeais é a de serem “servos”, dedicando-se à Igreja até ao derramamento de sangue, como simboliza a púrpura do cardinalato.

Na Basílica de São Pedro completamente lotada por 7 mil fiéis, que se somaram a 20 mil fiéis no exterior da igreja, que acompanharam a celebração através de quatro telões gigantes, Bento XVI quis acentuar que a vida dos cristãos não deve ser orientada por privilégios ou desejo de poder.

“Todo o verdadeiro discípulo de Jesus pode aspirar apenas a uma coisa: partilhar a sua paixão, sem reivindicar qualquer recompensa”, observou. Os cristãos são chamados a “assumir a sua condição de servo, seguindo os passos de Jesus, gastando a sua vida pelos outros de forma gratuita e desinteressada”.

“O humilde dom de si mesmo pelo bem da Igreja deve caracterizar cada gesto e cada palavra nossa, não a busca do poder e do sucesso”, prosseguiu o Papa.

Para Bento XVI, “a verdadeira grandeza cristã não consiste em dominar, mas em servir” e é “o ideal que deve orientar” o serviço dos Cardeais.

“Passando a fazer parte do colégio cardinalício, o Senhor pede-vos um serviço de amor: amor por Deus, pela sua Igreja, pelos irmãos, com uma dedicação máxima e incondicional, usque ad sanguinis effusionem (até ao derramamento de sangue), como reza a fórmula de imposição do barrete e como mostra a cor vermelha das vestes”, destacou.

Citando uma passagem do Evangelho, em que os discípulos discutiam qual deles seria o mais importante, o Papa referiu que “o arrivismo levou a melhor, por um momento, sobre o medo que os tinha assaltado, a ambição leva os filhos de Zebedeu (os Apóstolos João e Tiago) a reivindicar para si mesmos os melhores lugares no mundo messiânico dos fins dos tempos”.

“Na corrida aos privilégios, os dois sabem bem aquilo que querem, bem como os outros dez, apesar da sua virtuosa indignação. Na verdade, porém, eles não sabiam o que estavam a pedir”, explicou.

Bento XVI mostrou-se ainda consciente dos riscos que a nova missão implica para os Cardeais, pedindo “doçura e respeito” mesmo nas maiores dificuldades. “Sei bem, quanta fadiga e sacrifício comportam o cuidado das almas, mas conheço a generosidade que sustenta a vossa atividade apostólica quotidiana”, constatou.

“Nas circunstâncias que estamos a viver, me é grato confirmar o meu sincero apreço pelo serviço fielmente prestado por vós em tantos anos de trabalho nos vários âmbitos do ministério eclesial”, declarou aos 23 Cardeais hoje criados, a quem pediu uma “estreitíssima comunhão com o Bispo de Roma”.

O Papa fez questão de sair da Basílica do Vaticano para ir cumprimentar os que se encontravam na Praça de São Pedro, enfrentando o frio e o vento, aos quais agradeceu “a vossa presença orante e a vossa participação neste momento tão importante”.

Numa breve intervenção, Bento XVI frisou que os novos Cardeais a universalidade da Igreja, que “abraça todos os povos, todas as culturas”.

“Bom Domingo, obrigado pela vossa presença”, concluiu.

Ecclesia
Sábado, 24 de novembro de 2007, 10h16

A pequena cidade de Assis foi o destino escolhido pelo arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Sherer, para viver um dia de recolhimento e oração, às vésperas de receber o título de cardeal.

A cidade do santo que doou sua vida aos pobres serviu de inspiração para o bispo que se prepara para mais uma etapa de sua trajetória religiosa.

.: Assista a reportagem

Da redação: noticias.cancaonova.com

Sexta-feira, 23 de novembro de 2007, 08h15

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Neste sábado, 24 de novembro, véspera da Solenidade de Cristo Rei, o Papa Bento XVI realizará o segundo Consistório de seu Pontificado, no qual será oficializada a nomeação de 23 novos Cardeais.

Junto com os novos Cardeais, Dom Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, irá receber o barrete e o anel cardinalício.

Dom Odilo chegou hoje, 20, a Roma, por volta das 19h15 (horário local), no aeroporto Leonardo da Vinci, com alguns familiares. O novo cardeal foi recebido no local pelo Prefeito da Congregação para o Clero, Cardeal Dom Cláudio Hummes, pela embaixadora junto a Santa Sé, Vera Machado, e por alguns padres brasileiros que residem na capital italiana.

Nossa correspondente em Roma, Liliane Borges, fez uma entrevista exclusiva com o novo prelado. Confira:

.: Vídeo: Entrevista com Dom Odilo
Da redação: noticias.cancaonova.com
Terça-feira,20 de novembro de 2007 às 20h06