A Santa Missa

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São João Paulo II afirmou no primeiro número de sua Encíclica Ecclesia de Eucharistia que é no sacrifício eucarístico que se descobre a plena manifestação do amor de Cristo por nós. Amor tornado presente no Sacramento do Altar.

Existem realidades que somente na Santa Missa nós podemos viverSanto sacrifício eucarístico

Na Santa Missa é oferecido o único sacrifício do Cristo ao Pai no Espírito. Sacrifício único e irrepetível, a celebração se repete, o sacrifício não, o sacrifício é aquele que foi oferecido uma vez por todas por Cristo na cruz.

A Santa Missa, como expressa a Sacrosanctum Concilium[1], é a celebração da liturgia da Palavra e da liturgia Eucarística, Palavra e Eucaristia estão tão intimamente ligadas entre si e constituem um só ato de culto.

Na Sagrada Escritura temos os primeiros testemunhos da organização da comunidade cristã primitiva em torno destas duas partes integradas: Palavra e Eucaristia.

A narração catequética do Evangelho de São Lucas 24, 13-35 expressa muito bem esta realidade. Destaco aqui os versículos de 27 a 31:

E, começando por Moisés e passando por todos os Profetas, explicou-lhes, em todas as Escrituras, as passagens que se referiam a ele. Quando chegaram perto do povoado para onde iam, ele fez de conta que ia adiante. Eles, porém, insistiram: “Fica conosco, pois já é tarde e a noite vem chegando!” Ele entrou para ficar com eles. Depois que se sentou à mesa com eles, tomou o pão, pronunciou a bênção, partiu-o e deu a eles. Neste momento, seus olhos se abriram, e eles o reconheceram. Ele, porém, desapareceu da vista deles.

Em Atos 20, 7 encontramos a seguinte descrição:

No primeiro dia da semana, estávamos reunidos para a fração do pão. Paulo, que devia partir no dia seguinte, dirigia a palavra aos fiéis e prolongou o discurso até a meia-noite.

Nesse sentido, não basta apenas a comunicação da Palavra de Deus, a Santa Missa não é culto protestante. Num cultoExistem realidades que somente na Santa Missa nós podemos viver protestante até tem o anúncio da Palavra, mas não tem a presença Eucarística e sacramental de Cristo. Num culto protestante não acontece aquele único sacrifício redentor de Cristo que alcança toda a humanidade. Sacrifício que se torna atual somente na Santa Missa que é o memorial e a obediência àquilo que o próprio Senhor ordenou e quis: “Fazei isto em memória de mim! (Lc 22, 19)”.

O cardeal Ratzinger numa Conferência sobre a Teologia da Liturgia[2], fez uma citação do livro A Cidade de Deus de Santo Agostinho e é com ela que eu encerro este artigo por ser uma ótima definição daquilo que vivemos na Santa Missa:

Tal é o sacrifício dos cristãos: a multidão é um mesmo corpo em Cristo. A Igreja celebra este mistério pelo sacrifício do Altar, bem conhecido aos crentes, porque nele se mostra que, naquilo que ela oferece, é ela mesma que é oferecida.[3]

Deus abençoe você!

@edisoncn


[1] Cf. VATICANO II, Cosntituição conciliar sobre a Sagrada Liturgia Sacrosanctum Concilium, n. 56.

[2] Conferência de Sua Eminência Joseph Cardeal Ratzinger, Prefeito da Congregação para Doutrina da Fé, proferida durante as Journees liturgiques de Fontgombault, de 22 a 24 de julho de 2001.

[3] AGOSTINHO, Santo. Cidade de Deus, X, 6.

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