maio 02
Espiritualidade Espiritualidade, Paulo VI
O Papa Paulo VI em 1964 escreveu a Encíclica Mense maio por ocasião do mês de mais, consagrado à Virgem Maria pela piedade popular. Desta Encíclica em que ele convocava todo povo Católico à oração e preces à Santíssima Virgem destaco o trecho em que ele apresenta Maria como o caminho que leva a Cristo:
Muito nos-agrada e consola este piedoso exercício, tão honroso para a Virgem e tão rico de frutos espirituais para o povo cristão. Maria é sempre caminho que leva a Cristo. Nenhum encontro com ela pode deixar de ser encontro com o próprio Cristo. E que outra coisa significa o recurso contínuo, a Maria, senão procurar, entre os seus braços, nela, por ela e com ela, Cristo nosso Salvador, a quem os homens, no meio dos desvarios e dos perigos da terra, têm o dever e sentem constante necessidade de dirigir-se, como a porto de salvação e fonte transcendente de vida?[1] |
Que alegria para nós termos como presença e auxílio em nossa caminhada cristã a Mãe do Senhor. More
maio 01
Espiritualidade Espiritualidade, Gaudium et Spes
São José, homem trabalhador
Neste dia 1º de maio a Igreja volta-se para a figura de São José Operário. De fato, a ação de São José, pai adotivo de Jesus, para transformar o mundo com seu trabalho baseava-se antes de tudo em sua obediência e docilidade a Deus, por esse motivo, ele é colocado pela Igreja como modelo para os cristãos de todos os tempos. São José transformava o mundo com seu trabalho porque se entendia transformado por Deus em sua docilidade e simplicidade na acolhida dos projetos de Deus para sua própria vida.
A Constituição Pastoral Gaudim et Spes[1] do Concílio Vaticano II, ao falar sobre a atividade humana no mundo, ou seja, o trabalho, destaca que o homem, por seu trabalho e inteligência, procurou sempre mais desenvolver a sua vida. Diz ainda que o homem, hoje em dia, ajudado pela ciência e pela técnica estendeu continuamente o seu domínio sobre quase toda a natureza, graças aos meios de intercâmbio de toda espécie entre as nações.
A Gaudium et Spes ainda destaca as seguintes questões:
Qual é o sentido e o valor desta atividade? Como todas as coisas devem ser usadas? Qual a finalidade desses esforços, sejam eles individuais ou coletivos?
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abr 28
Espiritualidade Espiritualidade
O que hoje é veneno para nós, amanhã pode se transformar em antídoto.
Seremos pessoas melhores quando permitirmos que as cascas de nossas feridas sejam removidas. Essas cascas podem ser situações constrangedoras de encontrar pessoas que nos machucaram ou algo do tipo. Abrir-se a essas pessoas é uma maneira de permitir que nossas feridas sejam curadas. E como serão curadas? Serão curadas pelo perdão. Por estas situações de encontros constrangedores, mas de abertura, ao mesmo tempo, aprenderemos a melhor maneira de lidar, administrar e superar tais situações, bem como nos abriremos a perdoá-las.
Nós somos curados pelo que nos fere. O que era veneno passar a ser antídoto, algo parecido com o que aconteceu no episódio das serpentes no deserto, confira: More
abr 23
Espiritualidade Catequese, Espiritualidade
Falar de fé como uma dimensão essencial da existência leva-nos inevitavelmente a primeiramente lembrar que na história da humanidade pouco se ouviu dizer de povos que não tivessem o mínimo de crença em algo. Mas em nossa reflexão, bem mais que falar de crença enquanto algo próprio de cada homem, até mesmo daqueles que ao longo da caminhada fizeram a opção pela não crença, vamos falar de Fé no âmbito cristão. 
Como é que a fé pode fazer com que a vida de cada cristão se encha de sentido neste mundo? A fé é sempre uma decisão desafiadora, é uma volta do homem ao próprio homem, que só é possível na escolha. Eu escolho ter fé, e essa atitude tem força para mudar minha existência. Ter fé é algo mais que ter crença numa coisa ou outra.
No livro Introdução ao cristianismo[1] encontramos a seguinte afirmação: More
abr 21
Espiritualidade Espiritualidade, Estudos Bíblicos
Então Jesus disse aos doze: “Vós também vos quereis ir embora?” Simão Pedro respondeu: “A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna (Jo 6,67-68)”.
Jesus ao longo do seu ministério foi constituindo, chamando homens e mulheres para caminharem e viverem juntos a Ele, este que se perpetua pela vida dos cristãos, pois ser cristão nada mais é que seguir, viver, andar como ele mesmo ensinou.
Porém, para muitos os ensinamentos do Senhor são duros demais, vimos isso na narrativa do evangelho citado acima, após o discurso do pão da vida muitos abandonaram o seguimento a Jesus pela dureza das palavras: “Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la? (Jo, 6, 60)”. Seguir Jesus requer um comprometimento total do homem. More
abr 20
Espiritualidade Bento XVI, Espiritualidade
Quero iniciar este artigo com o que Santa Tereza D‘ávila expressa sobre o desejo que Deus tem de que cada pessoa encontre a si mesmo a partir
d’Ele:
Alma, buscar-te-ás em Mim,
E a Mim, buscar-Me-ás em ti.[1]
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Quem se encontra a partir de Deus, facilmente encontrará Deus em si mesmo e nos outros, e ainda conseguirá transparecê-Lo mais facilmente. Quando eu aprender a olhar para Deus, também aprenderei a olhar para as pessoas. Olhar sem julgá-las ou condená-las, mas acolhendo cada uma da forma que Deus as vê. Olhar para Deus é aprender a olhar o outro.
Mas, diante desta realidade surgem as seguintes questões: Para quem somos condicionados a olhar? O que nossos olhos têm buscado? Em quem ou em que coisa os nossos olhos têm se fixado? Como olhar para Deus e nos deixar olhar por Ele? More
abr 19
Espiritualidade Bento XVI, Espiritualidade
A Palavra que realmente importa modela-nos para sermos melhores. Para entendermos melhor essa expressão vale parafrasear Bento XVI com as seguintes palavras:
Há palavras que servem apenas para entreter e passam como o vento, outras instruem a mente sob alguns aspectos. As palavras de Jesus precisam chegar ao coração, radicar-se nele e modelar a vida inteira. Sem isso, ficam estéreis e tornam-se efêmeras, não nos aproximam d’Ele.[1] |
Repare que a Palavra torna-nos melhores à medida que a deixamos entrar em nosso coração para modelar nossa vida inteira, todo
nosso ser, bem como atitudes e pensamentos. A Palavra nos modela sempre para o bem, para o amor, e isso nos faz melhores.
Mas como isso acontece concretamente?
Como posso permitir que a Palavra me faça melhor?
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abr 07
Espiritualidade Espiritualidade
Vós sois daqui de baixo, eu sou do alto. Vós sois deste mundo, eu não sou deste mundo (Jo 8, 23). 
Este versículo do Evangelho de São João revela um caráter peculiar da identidade de Jesus, além de dizer eu sou, o que nos faz recordar o nome com o qual Deus se revela no Antigo Testamento, Jesus ainda diz: eu sou do alto. More
mar 31
Catequese, Espiritualidade Bento XVI, Catequese, Espiritualidade
O que é o dia da Páscoa?
Para um cristão, o dia da Páscoa é o dia da Celebração da Ressurreição de Jesus Cristo. Procurais Jesus, o Crucificado. Não está aqui: ressuscitou (Mc 16, 6). Jesus está vivo, o túmulo em que ele foi colocado se encontra vazio.
Jesus não é um personagem do passado. Ele está vivo, e como vivente caminha à nossa frente; chama-nos a segui-Lo.[1] |
Nesta mesma homilia Bento XVI diz que Jesus é o Vivente, e que é n’Ele que nós encontramos o caminho da vida, Ele é a Vida. Ainda, segundo ele, a ressurreição foi como que uma explosão de luz, uma explosão do amor que desfez o nó até então indissolúvel entre «morrer e transformar-se». Sua Ressurreição inaugurou uma nova dimensão do ser, da vida, na qual, de modo transformado, se integrou também a matéria, e através da qual surge um mundo novo. Ele disse ainda que a comunhão existencial de Jesus com Deus era uma comunhão existencial com o amor de Deus, e este amor é a verdadeira força contra a morte, é mais forte do que a morte. [2] More
mar 30
Espiritualidade, Semana Santa Espiritualidade
Quero propor para este dia como reflexão uma meditação do então cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa emérito Bento XVI sobre o Sábado Santo. O nome da meditação completa é A angústia de uma ausência, mas hoje vou partilhar apenas a segunda parte da meditação (Grifo nosso).
Deus abençoe você.
O ocultamento de Deus neste mundo constitui o verdadeiro mistério do Sábado Santo, mistério já indicado nas palavras enigmáticas que dizem que Jesus “desceu à mansão dos mortos”. Ao mesmo tempo, a experiência do nosso tempo nos ofereceu uma abordagem completamente nova do Sábado Santo, já que o ocultamento de Deus no mundo que lhe pertence e que deveria anunciar seu nome com mil línguas, a experiência da impotência de Deus, que, todavia, é o onipotente – essa é a experiência e a miséria do nosso tempo.
Mas, mesmo que o Sábado Santo de certa forma tenha-se aproximado profundamente de nós, mesmo que compreendamos o Deus do Sábado Santo mais do que a manifestação poderosa de Deus em meio a raios e trovões de que fala o Velho Testamento, continua, todavia não resolvida à questão sobre o que se entende verdadeiramente quando se diz de maneira misteriosa que Jesus “desceu à mansão dos mortos”. Digamo-lo com toda a clareza: ninguém é capaz de explicar isso de verdade. Nem se torna mais claro se dissermos que aqui a mansão dos mortos, ou inferno, é uma tradução ruim da palavra hebraica schêol, que indica simplesmente todo o reino dos mortos, e que, portanto, a fórmula deveria originariamente dizer apenas que Jesus desceu até a profundidade da morte, está realmente morto e participou do abismo do nosso destino de morte. De fato, surge ainda a pergunta: o que é realmente a morte e o que acontece efetivamente quando se desce à profundidade da morte? More |
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