abr 18
Espiritualidade, Semana Santa Espiritualidade
Dos Sermões de São Gregório de Nazianzo (séc. IV)
Vamos participar da festa da Páscoa, por enquanto ainda em figuras, embora mais claramente do que na antiga lei (a
Páscoa legal era, por assim dizer, uma figura muito velada da própria figura). Mas, em breve, participaremos de modo mais perfeito e mais puro, quando o Verbo vier beber conosco o vinho novo no reino de seu Pai, revelando definitivamente o que até agora só em parte nos mostrou. A nossa Páscoa é sempre nova.
Qual é essa bebida e esse conhecimento? A nós compete dizê-lo; e ao Verbo compete ensinar e comunicar essa doutrina a seus discípulos. Porque a doutrina daquele que alimenta é também alimento.
Quanto a nós, participemos também dessa festa ritual, não segundo a letra mas segundo o Evangelho; de modo perfeito, não imperfeito; para a eternidade, não temporariamente. Seja a nossa capital, não a Jerusalém terrestre, mas a cidade celeste; não a que é agora arrasada pelos exércitos, mas a que é exaltada pelo louvor e aclamação dos anjos. More
abr 16
Semana Santa Formação
Com o Domingo de Ramos iniciou-se a Semana Maior para o cristão Católico, a Semana Santa.
Com o grito de “Hosana!” saudamos Aquele que em carne e sangue trouxe a glória de Deus à terra. Saudamos Aquele que veio e, todavia, permanece sempre Aquele que há de vir. Saudamos Aquele que, na Eucaristia, vem sempre de novo a nós em nome do Senhor, unindo deste modo na paz as extremidades da terra. Esta experiência da universalidade constitui uma parte essencial da Eucaristia.[1] |

A liturgia do Domingo de Ramos celebra a subida de Jesus à Jerusalém, subida que pode ser entendida como a subida interior que se desenrola também no nosso caminho exterior. A subida de Jesus para Jerusalém tem como meta a oferta de Si mesmo na cruz. É a subida para o “amor até o fim (Jo 13, 1)”. A finalidade de sua subida é o amor pelos seus, amor que tem como base a Palavra de Deus e a obediência à vontade do Pai. More
mar 30
Espiritualidade, Semana Santa Espiritualidade
Quero propor para este dia como reflexão uma meditação do então cardeal Joseph Ratzinger, hoje Papa emérito Bento XVI sobre o Sábado Santo. O nome da meditação completa é A angústia de uma ausência, mas hoje vou partilhar apenas a segunda parte da meditação (Grifo nosso).
Deus abençoe você.
O ocultamento de Deus neste mundo constitui o verdadeiro mistério do Sábado Santo, mistério já indicado nas palavras enigmáticas que dizem que Jesus “desceu à mansão dos mortos”. Ao mesmo tempo, a experiência do nosso tempo nos ofereceu uma abordagem completamente nova do Sábado Santo, já que o ocultamento de Deus no mundo que lhe pertence e que deveria anunciar seu nome com mil línguas, a experiência da impotência de Deus, que, todavia, é o onipotente – essa é a experiência e a miséria do nosso tempo.
Mas, mesmo que o Sábado Santo de certa forma tenha-se aproximado profundamente de nós, mesmo que compreendamos o Deus do Sábado Santo mais do que a manifestação poderosa de Deus em meio a raios e trovões de que fala o Velho Testamento, continua, todavia não resolvida à questão sobre o que se entende verdadeiramente quando se diz de maneira misteriosa que Jesus “desceu à mansão dos mortos”. Digamo-lo com toda a clareza: ninguém é capaz de explicar isso de verdade. Nem se torna mais claro se dissermos que aqui a mansão dos mortos, ou inferno, é uma tradução ruim da palavra hebraica schêol, que indica simplesmente todo o reino dos mortos, e que, portanto, a fórmula deveria originariamente dizer apenas que Jesus desceu até a profundidade da morte, está realmente morto e participou do abismo do nosso destino de morte. De fato, surge ainda a pergunta: o que é realmente a morte e o que acontece efetivamente quando se desce à profundidade da morte? More |
mar 30
Semana Santa Catequese
O Sábado santo é o dia em que a Igreja permanece junto ao sepulcro do Senhor, meditando sua paixão e sua morte, sua descida à mansão dos mortos e esperando na oração e no jejum sua ressurreição que culminará à noite na Vigília Pascal, diz o Missal Romano.
Este é o dia em que:
“Cristo entrou onde estavam Adão e Eva, levando em suas mãos a arma da cruz vitoriosa. Quando Adão o viu, exclamou para todos os demais, batendo no peito e cheio de admiração: ‘O meu Senhor está no meio de nós’. E Cristo respondeu a Adão: ‘E com teu espírito’. E tomando-o pela mão, disse: ‘Acorda tu que dormes, levanta-te dentre os mortos, e Cristo te iluminará’. More
mar 29
Catequese, Semana Santa Catequese
Olharão para aquele que traspassaram (Jo, 19, 37).
Na Sexta-feira Santa faz-se memória da paixão e da morte do Senhor, ou seja, reviveremos os sofrimentos e a morte de Cristo por amor a cada um de nós. Adoraremos o Cristo Crucificado e adentraremos nos seus sofrimentos com a penitência e o jejum.
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mar 28
Semana Santa Catequese
A Quinta Feira Santa é marcada por dois momentos litúrgicos.
O primeiro momento é o da chamada Missa do Crisma, em cuja liturgia acontece a benção dos Santos Óleos. Nesta Missa, presidida pelo Bispo, todos os padres da Diocese devem participar, nela eles fazem a renovação das promessas sacerdotais e reafirmam, diante do Bispo, o compromisso do serviço a Jesus Cristo por sua Igreja. Nesta Santa Celebração são abençoados os óleos da Crisma, dos Catecúmenos, e dos Enfermos.
O segundo momento litúrgico da Quinta Feira Santa é marcado pela Celebração da Missa da Ceia do Senhor ou do lava pés, que dá início ao Tríduo Pascal. O Tríduo se inicia com esta Missa, que acontece na noite de Quinta Feira, e vai até a Vigília Pascal do Sábado à noite. O fundamento bíblico para esta Celebração é o seguinte: More
mar 24
Semana Santa Catequese
Para responder a esta pergunta vou utilizar o livro Jesus de Nazaré – Da entrada em Jerusalém até a Ressurreição do hoje Papa Emérito Bento XVI. O Domingo de Ramos marca o início da Semana Maior para o Católico, a Semana Santa.
A liturgia celebra a subida de Jesus para Jerusalém. Segundo Bento XVI, trata-se de uma subida em sentido geográfico mesmo, uma vez que o mar da Galileia situa-se cerca de 200 metros abaixo do nível do mar, enquanto Jerusalém está cerca de 760 metros acima do referido nível. Mas, segundo ele, esta subida também deve ser entendida como a subida interior que se desenrola no nosso caminho exterior. More