O amor é uma exigência que nos deixa inquietos
mar 05
Caridade é amor, e percebo que tenho amado bem pouco.
A caridade é paciente, é prestativa, não é invejosa, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura o seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta (cf. 1 Cor 13, 4-7).
Esforço-me! Ainda não consigo. O amor aumenta à medida que é repartido, mas ele só pode ser perfeitamente dado quando é também recebido1. Para receber eu devo ser o primeiro a oferecer. Não posso desistir! Vou tentar de novo, tenho que tentar de novo.
O que posso fazer para que esta decisão seja mais concreta?
A caridade é paciente, devo ser paciente com os que convivem comigo. Ela é prestativa, devo ser uma presença prestativa na vida daqueles que Deus colocou-me próximo. A caridade não é invejosa, Deus ama-me de maneira preferencial sem excluir os outros, por que devo invejá-los?
Devo ainda não procurar apenas meus próprios interesses, mas ficar atento ao conjunto, não guardar rancor, alegrar-me com a verdade e fugir de qualquer forma de injustiça e mentira.
Se eu posso esforçar-me para crescer em caridade, creio que você possa também. Tente mais uma vez, não desista! É Deus quem vai nos aperfeiçoando a cada dia, porque quando vier a perfeição, o que é limitado desaparecerá (cf. 1 Cor 13, 19).
Deus abençoe você.
Nota
[1 ] – MERTON, Thomas. Homem algum é uma ilha.
maio 03, 2011 @ 19:29:31