A ética é a maneira utilizada pelo homem para se organizar em sociedade a partir de valores e leis tendo em vista um fim.
Ética é uma palavra derivada de ἦθος/ethos, cuja tradução em grego pode ser “costume”. Ética é a parte da Filosofia que se dedica a conhecer o fim ou finalidade (τέλος/telos) da pessoa humana. A finalidade da pessoa humana, no sentido grego aristotélico, é a felicidade (ευδαιμονία/eudaimonia), neste sentido, ser feliz é cumprir bem sua finalidade própria neste mundo, mundo este que é em si ordenado, ou seja, trás uma lei natural em si. O meio para se alcançar a finalidade da ética, a felicidade, é a virtude (ἀρετή/aretê). O afastamento destes meios são os vícios, nesse sentido, os vícios são atos que nos afastam da liberdade, uma pessoa livre é aquela que escolhe o Bem, sendo assim, o que nos afasta da liberdade (escolha do Bem), nos afasta da felicidade.
CatequeseCatequeseComentários desativados em O correto é Aleluia ou Aleluias?
Algumas pessoas costumam dizer Aleluias no lugar de Aleluia, isso é correto?
Vejamos bem. Num outro artigo falamos sobre o significado do termo Aleluia. Ora, na análise que fizemos, tanto dos Salmos que compõem o Hallel – em que o termo aparece aproximadamente 26 vezes em hebraico – quanto no livro do Apocalipse 19, 1.3-4.6 – em que o termo aparece outras quatro vezes em grego – não encontramos a palavra aleluia no plural.
Por exemplo, vejamos o Salmo 115, 17-18: “Não são os mortos que louvam o Senhor (הַלְלוּיָהּ/Hallelu-Yah)[1], nem os que descem à região do silêncio. Mas nós, os vivos, bendizemos o Senhor desde agora e para sempre”.
Esta palavra está presente geralmente nos salmos que compõem o hallel judaico, do salmo 113 até o 118, no Salmo que vimos, o 115, a primeira parte do termo, que é o hallelu pode ser traduzida por louvai, a segunda parte – que é o Yah – é uma abreviação de הוהי/Yahweh, que pode ser traduzida por Senhor.“Por respeito à santidade de Deus, o povo de Israel não pronuncia seu nome.Na leitura da Sagrada Escritura, o nome revelado é substituído pelo título divino Senhor(Adonai)”. [2]
O Novo Testamento utilizao título deSenhorpara o Pai, e também – e aí está a novidade – para Jesus reconhecido assim como o próprioDeus. O aleluia referente a Adonai nos Salmos tem também – no Novo Testamento – especificamente, o Filho como digno de louvor. More
Vamos participar da festa da Páscoa, por enquanto ainda em figuras, embora mais claramente do que na antiga lei (a Páscoa legal era, por assim dizer, uma figura muito velada da própria figura). Mas, em breve, participaremos de modo mais perfeito e mais puro, quando o Verbo vier beber conosco o vinho novo no reino de seu Pai, revelando definitivamente o que até agora só em parte nos mostrou. A nossa Páscoa é sempre nova.
Qual é essa bebida e esse conhecimento? A nós compete dizê-lo; e ao Verbo compete ensinar e comunicar essa doutrina a seus discípulos. Porque a doutrina daquele que alimenta é também alimento.
Quanto a nós, participemos também dessa festa ritual, não segundo a letra mas segundo o Evangelho; de modo perfeito, não imperfeito; para a eternidade, não temporariamente. Seja a nossa capital, não a Jerusalém terrestre, mas a cidade celeste; não a que é agora arrasada pelos exércitos, mas a que é exaltada pelo louvor e aclamação dos anjos. More
Com o Domingo de Ramos iniciou-se a Semana Maior para o cristão Católico, a Semana Santa.
Com o grito de “Hosana!” saudamos Aquele que em carne e sangue trouxe a glória de Deus à terra. Saudamos Aquele que veioe, todavia, permanece sempreAquele que há de vir. Saudamos Aquele que, na Eucaristia, vem sempre de novo a nós em nome do Senhor, unindo deste modo na paz as extremidades da terra. Esta experiência da universalidade constitui uma parte essencial da Eucaristia.[1]
A liturgia do Domingo de Ramos celebra a subida de Jesus à Jerusalém, subida que pode ser entendida como a subida interior que se desenrola também no nosso caminho exterior. A subida de Jesus para Jerusalém tem como meta a oferta de Si mesmo na cruz. É a subida para o “amor até o fim (Jo 13, 1)”. A finalidade de sua subida é o amor pelos seus, amor que tem como base a Palavra de Deus e a obediência à vontade do Pai. More
FormaçãoFormaçãoComentários desativados em O que é um Seminário? Para que serve?
As mencionadas perguntas são respondidas pelo Cardeal Ratzinger de maneira magistral. No final do texto você encontrará a referência do texto. Boa leitura.
A construção da casa espiritual: integração na família de Deus[1]
Estes hoje já são Padres. Da esquerda para a direita: Pe. Marcos, Pe. Márcio, Pe. Ivan, Pe. Donizete, Pe. Ademir, Pe. Júlio, Pe. Valdinei e Pe. Adriano.
Quando fui nomeado, no ano de 1977, arcebispo de Munique e Frisinga, vi-me imerso na situação de crise e de efervescência geral. O número de candidatos ao sacerdócio na arquidiocese era pequeno; alojavam-se no
Georgianum, que o duque George, o Rico, tinha fundado no ano de 1494 como seminário regional da Baviera, junto à universidade de Ingolstadt, mais tarde transferida para Munique. Tive certeza, desde o início que meu dever primordial era dotar novamente a diocese de um seminário próprio, ainda que muitos duvidassem que tal empreendimento tivesse sentido na nova Igreja. Pouco antes de deixar novamente minha diocese de origem, na festa de seu patrono, São Corbiniano – em 20 de novembro de 1981 – tive a alegria de lançar a pedra fundamental, num dia de chuva torrencial, para o edifício que hoje se alça majestoso, e iniciar, assim, de forma irreversível, algo que deveria ter continuidade.
Quando refleti sobre a frase que deveria ser gravada na pedra fundamental, vieram-me à memória os maravilhosos versículos da Primeira Carta de Pedro, que aplica o título de «Israel» ao povo dos batizados:
«Também vós, como pedras vivas, entrai na construção de um edifício espiritual, para um sacerdócio santo, para oferecer sacrifícios espirituais, aceitos por Deus pela mediação de Jesus Cristo» (1Pd 2, 5).
Provavelmente estes versículos são parte de uma catequese batismal da época neotestamentária. Aplicam a teologia da aliança e da eleição, que no Antigo Testamento interpretou o acontecimento do Sinai, à nova comunidade de Jesus Cristo. Neste sentido, o texto expõe singelamente o que significa ser um batizado e como a Igreja cresce neste mundo como casa viva de Deus. More
Conheça um pouco mais a história de vida do Raniero Cantalamessa, pregador da Casa Pontifícia desde 1980. Seu testemunho pessoal é marcado pela ação do Espírito Santo. Será muito bom você conhecer aquilo que ele mesmo diz de si mesmo e da ação do Espírito em sua vida.
Boa Leitura!
@edisoncn
Sinais de Pentecostes
No início, Adão era uma estátua de barro, porém Deus soprou sobre ele um espírito de vida e ele se tornou um ser vivo. Muito tempo depois, o Espírito de Deus veio sobre Maria e nela apareceu uma nova vida, a vida do novo Adão; a vida deu um grande salto de qualidade! Mais tarde, o Espírito de Deus veio ao sepulcro de Cristo e o reanimou e fez Jesus retornar à vida.
Mais uma vez, o Espírito veio sobre os apóstolos, em Pentecostes, e encontrou um punhado de homens temerosos, medrosos, inertes como Adão quando era uma estátua de barro e, com suas línguas de fogo, o Espírito fez aparecer a Igreja, corpo vivo de Cristo. Nós, que somos a Igreja, somos corpo vivo de Cristo pelo Espírito Santo.
A cada Eucaristia, o Espírito Santo desce sobre o altar e transforma o pão e o vinho em corpo e sangue vivo de Cristo. E um dia, no fim do mundo, o Espírito virá e dará vida aos nossos corpos mortais e nos fará ressurgir para a vida eterna.
De Saulo a Paulo
Agora vou lhes contar sobre a vida nova que o Espírito Santo me deu. More
Escolher Deus implica rompimento com as realidades que no mundo são deturpadas.
Estais no mundo, mas não sois do mundo (cf. Jo 15, 19). Estar no mundo não significa acolher tudo o que ele nos oferece. Entendamos mundo aqui como as realidades inventadas pelo homem e impregnadas de vícios e egoísmos e não apenas como aquela realidade boa criada por Deus. Essa oposição feita por São João entre o seguimento de Cristo e a adesão às realidades do mundo, na verdade, é referente ao mundo marcado pelo pecado e suas consequências.
O mundo é um lugar bom quando nós o permeamos com as realidades do amor de Deus.
O Padre Jonas Abib[1] costuma contrapor a realidade do mundo e a realidade dos filhos de Deus como sistema do mundo e sistema de Deus. E não há nenhum tipo de dicotomia nesta distinção, uma vez que o próprio Cristo assim o disse: More
TeologiaTeologiaComentários desativados em O ser Padre nos dias de hoje
Ser Padre nos dias de hoje
Quero partilhar com vocês neste espaço um trecho extremamente atual sobre o Sacerdócio do livro Compreender a Igreja hoje.[1] Os destaques no texto foram feitos por mim, me contive para não destacar o texto todo, uma vez que todo ele é riquíssimo.
Boa leitura!
Consequências para o sacerdote nos dias de hoje
O sacerdócio do Novo Testamento instaurado com os Apóstolos tem uma estrutura inteiramente cristológica e significa inserção do homem na missão de Jesus Cristo. Uma ligação pessoal com o Cristo constitui, portanto, essência e fundamento para o ministério sacerdotal. Daí depende tudo o mais, e nisto consiste o cerne de toda preparação para o sacerdócio e de qualquer formação subsequente. O sacerdote deve ser um homem que conhece Jesus a partir de dentro, que se encontrou com ele e aprendeu a amá-lo. Por isto o sacerdote deve ser, antes de tudo, um homem de oração, um homem realmente “espiritual”. Sem este forte conteúdo espiritual ele não é capaz de perseverar em seu ministério com o passar do tempo. Deve aprender também com o Cristo que o que importa em sua vida não é sua auto realização nem o sucesso. More