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jun 07
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Para garantir nossa liberdade Deus corre o risco de que não creiamos n’Ele
Deus nos criou livres, por esse motivo, em cada um de nós está presente à capacidade de não crer. Essa capacidade Deus nos garante ao não se mostrar inteiramente a nós. Se ele se mostrasse totalmente nossa única opção seria crer, assim não seríamos livres.
É pela fé que o encontramos, é pela fé que nos aproximamos d’Ele.
Para ensinar o homem a amar, Deus primeiro o deixa livre. Liberdade e amor estão interligados, para haver amor precisa haver liberdade, para haver liberdade também precisa haver amor, e isso Ele faz conosco.
Ele nos faz livres porque nos ama e porque nos ama corre o risco de nos ver fazer opções incorretas.
A realidade do Amor de Deus por nós impede que a liberdade humana seja abolida.
O que acontece com o ser humano é que, com suas próprias decisões, acabam por se escravizarem em suas pretensas decisões livres.
Para garantir nossa liberdade Deus aceita “correr o risco” de que não creiamos n’Ele. “Corre o risco” também de, com isso, ver os homens cometerem atrocidades. Atrocidades que não diminuem a realidade sempre presente do Amor d’Ele no mundo. Amor que impulsiona aqueles que, no uso da própria liberdade, ousam procurar Deus. É o seu amor que nos impulsiona Senhor.
Para encerrar deixo a oração de Santo Agostinho em seu empenho de procurar Deus, uma vez que foi encontrado por Ele.
| Tarde Vos amei, ó Beleza tão antiga e tão nova, tarde Vos amei! Eis que habitáveis dentro de mim, e eu lá fora a procurar-Vos! Disforme, lançava-me sobre estas formosuras que criastes. Estáveis comigo, e eu não estava convosco.[1] |
Referência
[1] SANTO AGOSTINHO. Confissões. (Livro, X, 27, 38).
