maio 04
Catequese Família, João Paulo II
Na Carta às Famílias[1], João Paulo II falava do amor como a verdadeira fonte de unidade e força da família. Para isso ele utilizou-se
do Evangelho de Mateus 5, 27-28 para primeiramente falar da fonte do pecado, lá é dito o seguinte: “Ouvistes que foi dito: não cometerás adultério. Eu, porém, digo-vos que todo aquele que olhar para uma mulher, desejando-a, já cometeu adultério com ela no seu coração”.
João Paulo II afirma o seguinte:
Jesus vai à fonte do pecado do adultério: essa situa-se no íntimo do homem e manifesta-se num modo de olhar e pensar que é dominado pela concupiscência. Por meio desta, o homem tende a apropriar-se de outro ser humano, que não é seu, mas pertence a Deus. Ao dirigir-se aos seus contemporâneos, Cristo fala aos homens de todos os tempos e de todas as gerações; fala, em particular, à nossa geração que vive sob o signo de uma civilização consumista e hedonista. |
E ainda lança a seguinte questão:
Por que motivo Cristo se pronuncia de modo tão forte e exigente no Sermão da Montanha? |
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abr 18
Formação Bento XVI, Espiritualidade, Formação, João Paulo II
Quando a existência de um cristão adquire sentido? Como isso acontece?
A vida do cristão adquire sentido a partir do Sacramento do Batismo, nele, o cristão é assimilado a Jesus e entra num mistério
de rebaixamento humilde e de arrependimento, desce à água com Jesus para subir novamente com ele, renasce da água e do Espírito para tornar-se, no Filho, filho bem-amado do Pai e “viver em uma vida nova” (Rm 6,4).[1] Bento XVI, hoje Papa emérito, falou o seguinte sobre o Batismo em mensagem para a Quaresma do ano 2011:
O Batismo, portanto, não é um rito do passado, mas o encontro com Cristo que informa toda a existência do batizado, doa-lhe a vida divina e chama-o a uma conversão sincera, iniciada e apoiada pela Graça, que o leve a alcançar a estatura adulta de Cristo. [2] |
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abr 16
Teologia Bento XVI, João Paulo II, Teologia, Verbum Domini
A teologia é o discurso sobre o discurso que é Deus; só posso discutir sobre o discurso quando o discurso se revela a mim[1]. Com essa premissa, a princípio redundante somos introduzidos num tema fundamental da teologia, a REVELAÇÃO.

Deus Se Revela a Moisés na Sarça Ardente
Etimologicamente a palavra revelação indica “ação de tirar o véu”. Trata-se do comunicar-se de Deus aos homens ou, em outras palavras, o termo revelação expressa o desejo de Deus de se comunicar aos homens. Tal Revelação se dá desde o mistério da criação até a paixão morte, ressurreição e o dom do Espírito Santo. A constituição dogmática Dei Verbum no artigo dois assim explicita a Revelação: More
abr 14
Catequese Catequese, Ecclesia de Eucharistia, João Paulo II, Papa Francisco, Ratzinger
Quando falamos de encontro com Deus, os Sacramentos se tornam imprescindíveis justamente pelo fato de serem sinais acessíveis à nossa humanidade.
A partir do Tempo litúrgico especial que vivemos, o Tempo Pascal, gostaríamos de apresentar a forma mais sublime e eficaz que o Ressuscitado vem ao nosso encontro. Trata-se dos Sacramentos da Santa Igreja. Quando falo dos Sacramentos como a forma mais sublime e eficaz de encontro com Deus fundamento-me na própria natureza do que é um Sacramento segundo o Catecismo da Igreja Católica no parágrafo 1084, que diz:
Os Sacramentos são sinais sensíveis (palavras e ações), acessíveis à nossa humanidade atual. Realizam eficazmente a graça que significam em virtude da ação de Cristo e pelo poder do Espírito Santo. |
Nos textos Bíblicos que narram a Ressurreição é notória a característica do encontro: Cristo Ressuscitado é aquele que se encontra
com as mulheres, é Aquele que marca encontro com os Apóstolos na Galiléia, é Aquele que faz do caminho triste de Emaús um encontro de Luz com a Escritura!
Assim, ressurreição é a festa do encontro! Mas tal festa do encontro não vai acontecer em nossa vida se o nosso coração efetiva e afetivamente não se abrir e se deixar encontrar por Cristo que quer encontrar-se conosco, e isso de forma especial pelos Sacramentos da Igreja! More
abr 12
Amizade Amizade, Bento XVI, João Paulo II
Até aqui fizemos um caminho sobre o que foi dito sobre a amizade antes do nascimento de Cristo. Agora chegamos à plenitude dos tempos[1], Jesus nasce, o Verbo se faz carne. Deus pessoalmente entra na história da humanidade, com essa entrada nós temos o grande exemplo do que é ser amigo.
Ele disse que tem maior amor àquele que dá a vida por seus amigos, e Ele mesmo fez isso por cada um de nós. Ainda disse que não nos chama de servos, mas de amigos, porque o servo não sabe o que faz o seu Senhor.[2] O amigo sabe o que o outro faz, o amigo sabe o que o outro é.
Mais que uma mistura de reciprocidade na virtude, amizade é doação de si para o bem do amigo. More
abr 01
Sexualidade João Paulo II, Sexualidade
A solidão original é a da humanidade em busca de sentido para a própria existência, a unidade original revela a comunhão desejada por Deus desde o início.
A unidade original acontece após o relato da criação do ser humano1 que se encontrava só diante das outras criaturas. Ao se perceber, aquele ser humano sentiu a solidão da existência diante das criaturas colocadas a serviço dele, ele não encontrou uma auxiliar que lhe correspondesse. 2
A solidão do homem não é apenas a solidão da falta da mulher, mas simboliza a solidão de toda a humanidade em busca de sentido para sua existência, sentido que não se restringe a encontrar alguém que lhe seja complementar. Mas se amplia à liberdade para se doar a Deus em total dedicação, como é o caso dos que se doam em amor na vida celibatária como um dom aos outros. More
mar 20
Sexualidade Cantalamessa, João Paulo II, Sexualidade
Se Eros não for educado por Ágape ele se converte em erotismo.
O amor Eros inicialmente é ambicioso, fascinado pelo desejo de felicidade. Mas
num segundo momento ele passa a se preocupar com o bem do outro, é o momento em que ele passa a ser educado por Ágape, o amor oblativo.
Eros é uma dimensão amor humano e deveria ajudar-nos a experimentar o fascínio do outro sexo não como coisa turva, a ser vivida às costas de Deus, mas como um dom a ser vivido na ordem querida por Ele.1
Eros tem sido identificado exclusivamente com a dimensão erótica, como algo que se limita ao sensual, ao querer para si numa busca exclusiva de satisfação. Como um meteoro avassalador, uma atração difícil de resistir. Eros também é isso, mas não só, sua dimensão é mais ampla, ele é mais que isso. More
mar 02
Teologia Dives in Misericórdia, João Paulo II, Redemptor Hominis, Teologia
João Paulo II em sua primeira Encíclica Redemptor Hominis – o Redentor do Homem – dedicou-se a falar sobre a verdade sobre o homem, verdade que nos é revelada em Cristo. Na segunda Encíclica Dives in Misericórdia ele levou-nos a descobrir, em Cristo, o rosto do Pai que é Rico em misericórdia.
Nesse sentido, uma espiritualidade voltada para Cristo nos revela, ao mesmo tempo, a verdade sobre o homem e o rosto de Deus.
Cristo revela o rosto do Pai e de sua misericórdia. Lembremo-nos do momento em que o Apóstolo Filipe se dirige a Cristo e diz:
“Senhor mostra-nos o Pai, isso nos basta”. Jesus respondeu-lhe deste modo: “Há tanto tempo que estou convosco e não me conheces…? Quem me vê, vê o Pai” (Jo, 14, 8s). |
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