No início, os cristãos usavam as Antigas escrituras juntamente como os Judeus, assim como a narrativa oral da vida, morte e ressurreição de Jesus: o centro do anúncio da doutrina Cristã estava na narrativa da morte e ressurreição de Jesus, justificando o Antigo Testamento.

Depois de Pentecostes, os apóstolos pregavam o que tinham vivido com Jesus, a partir dos olhos da fé, falavam, mas não escreveram. Assim, o Cristianismo não se formou voltado para um livro, mas fundado no testemunho de quem fez uma experiência com Jesus.

A pregação era tão entusiasta e impregnada do Espírito que muitos acreditaram e se converteram. Uma pregação que tinha como base o Kerygma.

Os primeiros Evangelhos, chamados sinóticos – Marcos, Mateus e Lucas – nasceram com os primeiros pregadores.

O primeiro evangelho escrito foi o de Marcos. Marcos era primo de Barnabé, companheiro de Paulo nas suas viagens de evangelização.  O Evangelho de Marcos foi escrito depois do ano de 64. Muitos historiadores apresentam Marcos como ouvinte de Pedro quando este ministrava a catequese em Jerusalém. Quando no ano de 64 a perseguição se agravou e Pedro foi martirizado, Marcos registou todas as memórias por escrito e assim nasceu o Evangelho.

Dois dos evangelhos são atribuídos a testemunhas diretas, o Evangelho de São Mateus e o de São João. O outro Evangelho foi atribuído a Lucas. Lucas é também considerado o autor dos Atos dos Apóstolos, sendo este livro encarado como o segundo volume do terceiro Evangelho.

Segundo uma tradição antiga, desde Santo Irineu, Lucas era discípulo de Paulo, era grego, natural de Antioquia e médico de profissão. Há outros estudos que afirmam que Lucas, evangelista, não é o mesmo que é referido nas Cartas de São Paulo, mas sim, alguém não judeu, que se apaixonou por Jesus Cristo e por Paulo e que decidiu aderir ao cristianismo, apresentando no seu Evangelho, Jesus, filho de Deus, mas humano cheio de compaixão para com os fracos, os aflitos e os marginalizados.

Além dos evangelhos sinóticos também surgiram outros “evangelhos” que são chamados de apócrifos; mas a Igreja afirma que a revelação da verdade completa está nos quatro evangelhos, isto é, nos três evangelhos sinópticos e no Evangelho de João.

Antigo Testamento: Deus falou através dos profetas

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