Judas

Judas, irmão de Tiago é também conhecido como São Tadeu.
“Judas, filho de Tiago” ou “Judas de Tiago” é mencionado apenas duas vezes no Novo Testamento: nas listas apostólicas de Lucas no Evangelho e nos Atos dos Apóstolos.
Agricultor, era filho de Alfeu ou Cleófas, um dos discípulos a quem Jesus apareceu no caminho de Emaús no dia da ressurreição e irmão de São José, e de Maria Cleófas, prima-irmã de Maria Santíssima, uma das piedosas mulheres que tinham seguido Jesus desde a Galileia e permaneceram ao pé da cruz, no Calvário, junto com Maria Santíssima. Tinha quatro irmãos: Tiago, José, Simão e Maria Salomé. Dos irmãos dele, Tiago foi um dos doze apóstolos, que se tomou o primeiro bispo de Jerusalém
Nas listas apostólicas de Mateus e Marcos, não se fala em Judas, mas em Tadeu (ou, em alguns manuscritos de Mateus 10, 3, “Lebeus, de sobrenome Tadeu”). Isto levou muitos cristãos desde os primeiros anos a harmonizar as listas propondo um “Judas Tadeu”, conhecido por ambos os nomes. Esta proposta torna-se ainda mais plausível pelo facto de que “Thaddeus” parece ter sido um apelido (veja Tadeu). Uma complicação adicional está no facto de que o nome “Judas” foi manchado por Judas Iscariotes. Já se argumentou que por isso não é surpreendente que Marcos e Mateus se refiram a ele por um outro nome.

Ministério e morte

A tradição conta que São Judas pregou o Evangelho na Judeia, Samaria, Idumeia, Síria, Mesopotâmia e Líbia antiga. Acredita-se também que ele visitou Beirute e Edessa, embora o emissário desta última missão seja também identificado por outras fontes como sendo Tadeu de Edessa, um dos Setenta. A sua morte teria ocorrido junto com a de Simão, o zelote na Pérsia, onde teriam sido martirizados.
A Igreja Apostólica Arménia honra Tadeu juntamente com São Bartolomeu como santo padroeiro e responsável por ter levado o Cristianismo à Arménia. É o santo patrono das causas desesperadas e das causas perdidas na Igreja Católica Romana.

Embora São Gregório, o Iluminador, seja creditado como sendo o “Apóstolo dos Arménios”, quando batizou o rei Tiridates III da Arménia em 301 d.C., convertendo os arménios. Os apóstolos Judas e Bartolomeu são tradicionalmente acreditados como tendo pela primeira vez levado o cristianismo para a Arménia e são, por isso, venerados como santos padroeiros pela Igreja Apostólica Arménia. Ligados a esta tradição estão os mosteiros de São Tadeu (hoje no norte do Irão) e o de São Bartolomeu (hoje no sudeste da Turquia), ambos tendo sido construídos naquilo que então era parte da Arménia (província romana).

Segundo relata São Jerónimo, ambos foram martirizados cruelmente quando estavam na Pérsia, mortos a golpes de machado (70), desferidos por sacerdotes pagãos, por se recusarem a prestar culto à deusa Diana
As suas relíquias encontram-se supostamente na Basílica de São Pedro, em Roma, para onde teriam sido trasladadas e são veneradas até hoje.

Matias

Conforme o relato dos Atos dos Apóstolos, após a morte e ascensão de Jesus ao céu, Pedro mostrou a necessidade de substituir Judas que se havia tornado traidor. Assim, propôs aos aproximadamente cento e vinte discípulos reunidos que a vaga fosse preenchida. A congregação referiu os nomes de José Barsabás e Matias como hipóteses para a escolha. Depois de orarem em conjunto, lançaram sortes e Matias foi escolhido. Esta ocorrência, apenas poucos dias antes do derramamento do Espírito Santo, no dia de Pentecostes do ano 30 ou 33 d. C., consoante as opiniões de alguns estudiosos, foi a última ocasião mencionada na Bíblia em que se recorreu a sortes para se saber a escolha de Deus num determinado assunto.

Segundo as palavras de Pedro registadas em Atos 1, 21- 22, Matias havia sido seguidor de Jesus durante os três anos e meio do seu ministério e havia estado intimamente associado aos Apóstolos. Provavelmente era um dos setenta discípulos ou evangelistas que Jesus enviou para pregar, segundo o relato de Lucas 10, 1. Após a sua escolha, ele foi “contado com os onze apóstolos” pela congregação e quando o livro de Atos logo depois fala dos “apóstolos” ou dos “doze”, isso incluía Matias.

De acordo com Nicéforo, Matias primeiro pregou o Evangelho na Judeia, seguindo para a Etiópia e, posteriormente, dirigiu-se para a região da Cólquida (agora conhecida como Geórgia Caucasiana), onde foi crucificado. Um marco localizado nas ruínas da fortaleza romana de Gónio, atual Apsaros, nas modernas regiões georgianas de Adjara, indica que Matias estará sepultado naquele lugar.

Depois de ver o que a tradição da Igreja diz do ministério de cada um dos Apóstolos vemos que o sangue regou as sementes dos novos Cristãos.

O Primeiro Período da Igreja Cristã, a era Apostólica, termina no final do século I com a morte de São João.

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