Tomé
Tomé aparece em poucas passagens no Evangelho de João. Em João 11, 16, quando Lázaro morre, os discípulos resistem à decisão de Jesus para que retornem à Judeia, onde os judeus tentaram apedrejar Jesus. O Mestre está determinado, mas é Tomé que toma a palavra final: Vamos todos, pois poderemos morrer com Ele. Alguns interpretam esse como uma antecipação ao conceito teológico paulino de morrer com Cristo.
(Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6, 15)
Ele também fala na Última Ceia (Jo 14, 5). Jesus assegura aos Seus discípulos que eles sabem aonde Ele irá, mas Tomé protesta que eles não sabem de facto. Jesus responde-lhe e aos pedidos de Filipe com uma complexa exposição de seu relacionamento com o Pai.
A aparição mais famosa de Tomé no Novo Testamento está em João 20,24-29, quando duvida da ressurreição de Jesus e explica que necessita de sentir as Suas chagas antes de se convencer. Essa passagem é a origem da expressão Tomé, o Incrédulo bem como de diversas tradições populares similares, tal como Fulano é como São Tomé: precisa ver para crer. Após ver Jesus vivo, Tomé professa a sua fé em Jesus; a partir de então ele é considerado Tomé, o Crente.
Tomé teria levado a Palavra à Índia, tendo sido o primeiro dos Católicos do Leste. Tomé é mais conhecido como missionário na Índia por meio dos Atos de Tomé, escrito por volta do ano 200 d.C.
Segundo o bispo Eusébio de Cesareia, do século IV, depois da morte de Jesus, o discípulo evangelizou a Pártia e, pela tradição cristã posterior, estendeu o seu apostolado à Pérsia e à Índia, onde é reconhecido como fundador da Igreja dos Cristãos Sírios Malabares ou Igreja dos Cristãos de São Tomé.
Consta que foi martirizado e morto (53) pelo rei de Milapura, na cidade indiana de Madras, onde ficam o monte São Tomé e a catedral de mesmo nome, supostamente local de seu sepultamento.
Historiadores acreditam que o Apóstolo foi morto alvejado por lanças, quando orava. Sucumbiu como líder e mártir, como o crente fiel que Jesus lhe pediu. Suas relíquias seriam veneradas na Síria e, depois, levadas para o Ocidente e preservadas em Ortona, na Itália.
Tiago ( Santiago Menor)
Segundo o Evangelho de São Mateus, Jesus escolheu doze companheiros para Seus discípulos. Simão (que foi chamado de Pedro) e seu irmão André, Tiago e seu irmão João, Filipe, Bartolomeu, Tomé, Mateus, Tiago, Tadeu, Simão Cananeu e Judas Iscariotes.
Tiago, filho de Alfeu, também conhecido como Santiago Menor é referido pelos católicos romanos no Novo Testamento como um irmão do Apóstolo Judas e filho de Maria, esposa de Cléofas. Segundo a Igreja Católica, foi o primeiro bispo de Jerusalém (anos 42 a 62 d.C.) e o mesmo que escreveu a epístola canónica de São Tiago, uma das Epístolas do Novo Testamento. Alguns consideram que ele e Tiago, o Justo são a mesma pessoa.
Tiago é mencionado nos Evangelhos:
Mt 10, 3; Mc 3, 18; Lc 6, 15; At 1, 13.
Também é mencionado quando a sua suposta mãe aparece em Mc 15, 40, tendo-lhe sido dado o codinome “o menor” ou “o mais jovem” (NVI), dependendo da versão, e em Mt 27, 56. Tiago Apóstolo
Tiago, irmão de João, é conhecido como Tiago Maior e após a crucificação de Cristo, teria saído em direção à Península Ibérica na região da Galiza, para pregar o cristianismo. No entanto, poucos habitantes da região se teriam convertido. Não obtendo o resultado esperado Tiago teria voltado à Palestina.
Flávio Josefo em sua obra Antiguidades Judaicas narra que um certo Tiago tomou para si o encargo de dirigir a Igreja de Jerusalém após a partida de Pedro e que participou ativamente do primeiro Concílio da Igreja, que tratava da questão da circuncisão e da pregação do evangelho para os pagãos.
No ano de 42 em Cesareia, Palestina, Tiago foi perseguido por ordem do rei Herodes Agripa I, que mandou prendê-lo, decapitá-lo e atirar os seus restos aos cães. Diz a lenda que esses restos foram recolhidos por dois dos seus discípulos, Atanásio e Teodoro, e levados secretamente para Espanha, local onde Tiago havia manifestado o desejo de ser enterrado. Após sete dias de viagem, de barco, chegaram às costas galegas de Iria Flávia (2), perto da atual vila de Padrón.
Muitos creem que Tiago foi enterrado num lugar chamado Libredunnum, onde há muito tempo havia um cemitério romano, em 44 d.C.. Com as invasões bárbaras a queda do Império Romano e posteriormente, com as invasões muçulmanas, o túmulo acabou sendo “esquecido” ou perdido.
Mateus
Nos Evangelhos, Mateus é mencionado em Mateus 9, 9 e Mateus 10, 3 como tendo sido um coletor de impostos de Cafarnaum e que foi convidado para o círculo dos Doze por Jesus.
Ele também é mencionado como um dos doze apóstolos, embora sem a menção de sua profissão anterior, em Marcos 3, 18, Lucas 6,15 e Atos 1, 13.
Mateus é geralmente identificado como sendo o Levi, filho de Alfeu, também coletor de impostos e que é citado em Marcos 2, 14 e Lucas 5, 27.
O ministério de Mateus nos Evangelhos é bastante complexo de atestar. Quando ele é mencionado, é geralmente junto com Tomé. Como discípulo, ele seguiu Cristo e foi uma das testemunhas da Ressurreição e da Ascensão. Depois, Mateus, Maria, Tiago e outros seguidores próximos a Jesus recolheram-se no cenáculo em Jerusalém. Na mesma época, que Tiago passou a ser o líder da igreja de Jerusalém.
Mateus pregou por quinze anos o Evangelho em hebraico para a comunidade judaica, na Judeia.
Mais tarde, ele viajaria pelas nações gentias (presumivelmente seguindo a ordem de Jesus em Mateus 28, 16-20) e espalhou os ensinamentos de Jesus entre os etíopes, macedonianos, persas e partos. Tanto a Igreja Católica quanto a Ortodoxa sustentam a crença tradicional de que ele tenha morrido lapidado.
Boa tarde!
Se Tiago Menor fora bispo de 42 a 62 d.C, como teria sido morto em 42?
Essa data não se referiria a Tiago Maior?
Pensei a mesma coisa. O que eu sabia sobre a morte deTiago Menor era que tinha acontecido por volta do ano 61/62, apedrejado e pisoteado por iniciativa ilegítima do sumo sacerdote Anás II, que se aproveitou da deposição de Festo, procurador de Roma.