O sacramento da confissão foi instituído pelo próprio Jesus que sabendo que somos fracos e que podíamos cair no pecado após o batismo, o que nos tiraria a graça batismal, nos oferece mais uma possibilidade de conversão e de recuperação da Graça.
No início, a reconciliação era feita de maneira bem diferente de hoje. Se um Cristão cometesse uma falta grave depois do Batismo, por exemplo, idolatria, homicídio, adultério, era-lhe exigida da parte da Igreja uma penitência pública pelos pecados. Penitência que poderia durar longos anos antes que fosse concedida a reconciliação.
Somente no séc. VII é que entrou em vigor a prática da confissão particular, secreta e privada. Assim sendo, o crente pode confessar-se com frequência.
Vejamos no Catecismo:
O SACRAMENTO DO PERDÃO
1446. Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores da sua Igreja, antes de mais para aqueles que, depois do Baptismo, caíram em pecado grave e assim perderam a graça baptismal e feriram a comunhão eclesial. É a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de se converterem e de reencontrarem a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como «a segunda tábua (de salvação), depois do naufrágio que é a perda da graça» (40).
1447. No decorrer dos séculos, a forma concreta segundo a qual a Igreja exerceu este poder recebido do Senhor variou muito. Durante os primeiros séculos, a reconciliação dos cristãos que tinham cometido pecados particularmente graves depois do Baptismo (por exemplo: a idolatria, o homicídio ou o adultério) estava ligada a uma disciplina muito rigorosa, segundo a qual os penitentes tinham de fazer penitência pública pelos seus pecados, muitas vezes durante longos anos, antes de receberem a reconciliação. A esta «ordem dos penitentes» (que apenas dizia respeito a certos pecados graves) só raramente se era admitido e, em certas regiões, apenas uma vez na vida. Durante século VII, inspirados pela tradição monástica do Oriente, os missionários irlandeses trouxeram para a Europa continental a prática «privada» da penitência que não exigia a realização pública e prolongada de obras de penitência, antes de receber a reconciliação com a Igreja. O sacramento processa-se, a partir de então, dum modo mais secreto, entre o penitente e o sacerdote. Esta nova prática previa a possibilidade da repetição e abria assim o caminho a uma frequência regular deste sacramento. Permitia integrar, numa só celebração sacramental, o perdão dos pecados graves e dos pecados veniais. Nas suas grandes linhas, é esta forma de penitência que a Igreja tem praticado até aos nossos dias.
1448. Através das mudanças que a disciplina e a celebração deste sacramento têm conhecido no decorrer dos séculos, distingue-se a mesma estrutura fundamental. Esta inclui dois elementos igualmente essenciais: por um lado, os actos do homem que se converte sob a acção do Espírito Santo, a saber, a contrição, a confissão e a satisfação: por outro, a acção de Deus pela intervenção da Igreja. A Igreja que, por meio do bispo e seus presbíteros, concede, em nome de Jesus Cristo, o perdão dos pecados e fixa o modo da satisfação, também reza pelo pecador e faz penitência com ele. Assim, o pecador á curado e restabelecido na comunhão eclesial.
1449. A fórmula de absolvição, em uso na Igreja latina, exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo o perdão. Ele realiza a reconciliação dos pecadores pela Páscoa do seu Filho e pelo dom do seu Espírito, através da oração e do ministério da Igreja:
«Deus, Pai de misericórdia, que, pela morte e ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para a remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo» (41).
Dica de Livros
LIVRO CONFESSAR-SE COMO? E PORQUE?
Monsenhor Jonas Abib
Esse é um pequeno guia de confissão que irá auxiliá-lo a entender mais sobre esse valioso sacramente, conhecendo toda a importância guardada no ato de confissão.
Entre outros assuntos, o guia traz o porquê da confissão e como o ato deve ser feito. Um Livro essecial sobre o sacramento.
Dica de Vídeo
Os 7 Sacramentos da Igreja, são como se fossem canais que Cristo usa para a nossa instrução e concequentemente a nossa salvação. Para aqueles que não sabem, ou nunca ouviram falar, desses sacramentos, aqui está um vídeo explicando oque são esses sacramentos e as suas finalidades religiosas com a fé católica.
O prof. Felipe Aquino é quem explica estes sacramentos.
A Crisma ou a Confirmação é um sacramento em que o fiel recebe através da ação do bispo uma unção com o Crisma (óleo). Trata-se de um rito em que o ministro impõe as mãos sobre os confirmandos, invocado o Espírito Santo, e os unge com óleo. Consiste na confirmação do Batismo pelo Espírito Santo, na qual o fiel crismando é enviado ao mundo para testemunhar o Evangelho de Jesus Cristo em atos e palavras.
A Crisma é inseparável do Batismo como vimos o Batismo a Eucaristia e a crisma, são considerados pela Considerados Como os “sacramentos da iniciação cristã”. A imposição das mãos é reconhecida pela tradição católica como a origem do sacramento da Confirmação.
Na Igreja , o sacramento deve ser ministrado por um Bispo, ou por delegação especial, um padre. No Oriente, este sacramento é administrado imediatamente depois do Batismo; é seguido da participação na Eucaristia, tradição que põe em destaque a unidade dos três sacramentos da iniciação cristã. Na Igreja latina administra-se este sacramento quando se atinge a idade da razão, e normalmente se reserva sua celebração ao Bispo, significando assim que este sacramento corrobora o vínculo eclesial.
Vejamos no Catecismo:
§1285 Juntamente com o Batismo e a Eucaristia, o sacramento da Confirmação constitui o conjunto dos “sacramentos da iniciação crista cuja unidade deve ser salvaguardada. Por isso, é preciso explicar aos fiéis que a recepção deste sacramento é necessária à consumação da graça batismal. Com efeito, “pelo sacramento da Confirmação [os fiéis] são vinculados mais perfeitamente à Igreja, enriquecidos de força especial do Espírito Santo, e assim mais estritamente obrigados à fé que, como verdadeiras testemunhas de Cristo, devem difundir e defender tanto por palavras como por obras”.
§1287 Ora, esta plenitude do Espírito não devia ser apenas a do Messias; devia ser comunicada a todo o povo messiânico. Por várias vezes Cristo prometeu esta efusão do Espírito, promessa que realizou primeiramente no dia da Páscoa. e em seguida, de maneira mais marcante, no dia de Pentecostes. Repletos do Espírito Santo, os Apóstolos começam a proclamar “as maravilhas de Deus” (At 2,11), e Pedro começa a declarar que esta efusão do Espírito é o sinal dos tempos messiânicos. Os que então creram na pregação apostólica e que se fizeram batizar também receberam o dom do Espírito Santo
§1288 “Desde então, os apóstolos, para cumprir a vontade de Cristo, comunicaram aos neófitos, pela imposição das mãos, o dom do Espírito que leva a graça do Batismo à sua consumação. E por isso que na Epístola aos Hebreus ocupa um lugar, entre os elementos da primeira instrução cristã, a doutrina sobre os batismos e também sobre a imposição das mãos. A imposição das mãos é com razão reconhecida pela tradição católica como a origem do sacramento da Confirmação que perpétua, de certo modo, na Igreja, a graça de Pentecostes.”
§1299 No rito romano, o Bispo estende as mãos sobre o conjunto dos confirmandos, gesto que, desde o tempo dos Apóstolos, é o sinal do dom do Espírito. Cabe ao Bispo invocar a efusão do Espírito:
Deus Todo-Poderoso, Pai de Nosso Senhor Jesus Cristo, que pela água e pelo Espírito Santo fizestes renascer estes vossos servos, libertando-os do pecado, enviai-lhes o Espírito Santo Paráclito; dai-lhes, Senhor, o espírito de sabedoria e inteligência, o espírito de conselho e fortaleza, o espírito da ciência e piedade – e enchei-os do espírito de vosso temor. Por Cristo Nosso Senhor.
Os efeitos da Confirmação
§1302 Da celebração ressalta que o efeito do sacramento da Confirmação é a efusão especial do Espírito Santo, como foi outorgado outrora aos apóstolos no dia de Pentecostes.
§1303 Por isso, a confirmação produz crescimento e aprofundamento da graça batismal:
enraíza-nos mais profundamente na filiação divina, que nos faz dizer “Abbá, Pai” (Rm 8,15),
une-nos mais solidamente a Cristo;
aumenta em nós os dons do Espírito Santo;
torna mais perfeita nossa vinculação com a Igreja;
dá-nos uma força especial do Espírito Santo para difundir e defender a fé pela palavra e pela ação, como verdadeiras testemunhas de Cristo, para confessar com valentia o nome de Cristo e para nunca sentir vergonha em relação à cruz:
Lembra-te, portanto, de que recebeste o sinal espiritual, o Espírito de sabedoria e de inteligência, o Espírito de conselho e força, o Espírito de conhecimento e de piedade, o Espírito do santo temor, e conserva o que recebeste. Deus Pai te marcou com seu sinal, Cristo Senhor te confirmou e colocou em teu coração o penhor do Espírito.
Dica de Vídeo :
Indicação de livro
Livro : Crisma /Autor : Professor Felipe Aquino
Coleção: Os Setes Sacramentos
Este coleção é formada por sete volumes, que correspondem aos Sete Sacramentos que são base da Fé católica. São livros que têm como base documentos da igreja, organizados pelo Prof. Felipe Aquino, e que contam, ainda, com seus comentários sobre o assunto.
compre o seu :
http://loja.cancaonova.com/products/18588-livros-colecao-sete-sacramentos
Primeira comunhão
Como vimos estes sacramentos faziam parte da iniciação cristã, o que acontece até aos dias de hoje. O próprio Jesus instituiu a Eucaristia, na quinta-feira santa, durante a última ceia e foi seguindo a ordem de Jesus “ Fazei isto em minha memória” que a Igreja se manteve unida, desde Jerusalém até aos dias de hoje. A fração do pão faz parte da nossa vida, é o cume da espiritualidade da igreja católica desde os primeiros dias. More »
No catecismo da Igreja lemos sobre a iniciação Cristã: