Inácio foi bispo de Antioquia, da Síria, entre 68 e 100. Discípulo do Apóstolo João, também conheceu São Paulo e foi sucessor de São Pedro na Igreja em Antioquia, fundada pelo próprio Apóstolo. Segundo Eusébio de Cesaréia, Inácio foi o terceiro bispo de Antioquia da Síria e segundo Orígenes teria sido o segundo bispo da cidade. Santo Inácio foi detido pelas autoridades e transportado para Roma, onde foi condenado à morte no Coliseu, e foi martirizado por leões.

” Meu espírito se sacrifica por vós, não somente agora, mas também quando eu chegar a Deus. Eu ainda estou exposto ao perigo, mas o Pai é fiel, em Jesus Cristo, para atender minha oração e a vossa. Que sejais encontrados nele sem reprovação”

Ao estudarmos sobre Santo Inácio de Antioquia deparamos com a fé ardente, doação completa e amor singular ao Cristo do mártir Inácio, sucessor de São Pedro em Antioquia da Síria, que desde a infância conviveu com a primeira geração dos cristãos.

Como Bispo foi muito amado em Antioquia e no Oriente todo, pois sua santidade brilhava, tanto que o prenderam devido à sua liderança na religião cristã, durante o Império de Trajano, por volta do ano 107.

Chamado Teóforo – portador de Deus – Inácio, ao ser transportado para Roma, sabia que cristãos de influência na corte imperial poderiam impedi-lo de alcançar Cristo pelo martírio, por isso, dentre tantas cartas que enviara para as comunidades cristãs, a fim de edificar, escreveu em especial à Igreja Católica em Roma: “Eu vos suplico, não mostreis comigo uma caridade inoportuna. Permiti-me ser pasto das feras, pelas quais me será possível alcançar Deus, sou trigo de Deus e quero ser moído pelos dentes dos leões, a fim de ser apresentado como pão puro a Cristo. Escutai, antes, as feras, para que se convertam em meu sepulcro e não deixem rasto do meu corpo. Então serei verdadeiro discípulo de Cristo”.

Nesta mesma carta há uma preciosa afirmação sobre a presença de Cristo na Eucaristia: “Não encontro mais prazer no alimento corruptível nem nos gozos desta vida, o que desejo é o pão de Deus, este pão que é a carne de Cristo e, por bebida, quero seu sangue, que é o amor incorruptível”.

Santo Inácio escreveu sete cartas: Epístola a Policarpo de Esmirna, Epístola aos Efésios, Epístola aos Esmirniotas, Epístola aos Filadélfos, Epístola aos Magnésios, Epístola aos Romanos, Epístola aos Tralianos.

Santo Inácio foi, de fato, atirado às feras no Coliseu, em Roma, no ano 107, e hoje intercede para que comecemos a ter a têmpera dos mártires a fim de nos doarmos inteiramente por amor.

SAIBA MAIS :

http://santo.cancaonova.com/santo/santo-inacio-de-antioquia-portador-de-deus/

 

BBC – Roma Ascenção e Queda de um Império – Constantino. O episódio conta a história de como o Imperador Constantino trouxe o Cristianismo para o mundo Ocidental. Em 312 D.C., Roma estava em crise. O Império fora dividivo em 4 partes, cada uma com seu próprio Imperador que lutavam entre si. Constantino interveio e unificou Roma, usando meios militares e uma nova religião — o Cristianismo.

Veja os vídeos:

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Quando me deparei com a citação de Marc Bloch (historiador francês e um dos fundadores da Escola dos Annales) que diz: “O cristianismo é a religião dos Historiadores”. Comecei a pensar nesta realidade.

A Liturgia da Igreja Católica comemora os episódios da vida terrestre de um Deus que se fez homem, que se encarnou no tempo, na realidade humana, que interviu na história da humanidade. O cristianismo é uma religião essencialmente histórica, vejamos que esta intervenção no tempo está presente no nossa profissão de fé :

Creio que “Encarnou no seio da virgem Maria”  Depois afirmamos “Padeceu sob Pôncio Pilatos” Aqui falamos do período , dos personagens envolvidos, nas situações narrada. Uma Narração Histórica.

Narramos a história da Salvação, isto é a intervenção de Deus na História.

Vejamos na Construção dos Evangelhos onde os evangelistas tem o cuidado de narrar o tempo ,a situação o contexto Histórico , como visto em Lc 3, 1-2 “ No décimo quinto ano do imperador Tibério “

Além disto podemos ver nos outros livros do novo testamento , os testemunhos ou depoimentos de fé. Vejamos o Atos dos apóstolos nele Lucas relata as missões dos apóstolos e discípulos, narra também o crescimento da fé.

As primeiras obras históricas dos Cristãos correspondem a preocupação de preservar a fé, conservar a recordação da fundação da Igreja, da vida dos santos, dos mártires assim construindo e difundindo as tradições da Igreja.  Tomemos por exemplo as atas dos mártires.

Precisamos conhecer a história, e o caminho pela Igreja traçado para melhor conhece-la e amá-la.  Uso uma citação do Pe. Paulo Ricardo: “ Precisamos estudar Historia da Igreja para melhor Conhecer como ela era desde o seu início, entender a sua identidade da e conservar esta identidade no Hoje” !

Feliz Páscoa.

Cynthia Santos

A proposta do blog História para você é ler a História da Igreja com um olhar cristão, um olhar de dentro, mas sem deixar de ver o mundo, de ver onde estamos inseridos, onde a verdade precisa ser(re)vista, debatida e onde cheguemos ao conhecimento.

Partilho neste blog os meus estudos sobre a História da Igreja, mas escrevo pensando nas pessoas que nunca tiveram uma experiência com tal estudo. Por isto, busco uma linguagem simples e uma metodologia diferenciada, procurando esclarecer questionamentos, fazendo aberturas para contextualizar os acontecimentos.

Neste Blog você encontrará além dos textos, dicas de documentários, filmes, músicas, que ajudam a entender melhor a história.

Estamos em Contagem regressiva ! A Partir do Domingo de Páscoa estaremos juntos !

Abraços fraternos,

Cynthia Santos