Procurando as Mães Intercessoras
A idéia de ser uma mãe orante, parece encantadora; mas, não é apenas isto! A mãe quando ora, entra em um verdadeiro combate espiritual; e ela tem autoridade espiritual, para lutar em favor do filho, na oração!
Para isto, o Senhor nos orienta, a usarmos as armas espirituais descritas em Ef 6, 10s, pois, também como mães, lutamos contra as forças espirituais do mal, que estão espalhadas pelos ares. Somente revestidas com estas armas, com o cinturão da verdade, com a couraça da justiça; tendo os pés calçados com o zelo em anunciar a Boa-Nova da paz, empunhando o escudo da fé; usando o capacete da Salvação e a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus; somente desta forma, nós mães, teremos condições de combater na oração, por nossos filhos!
O mundo precisa de mães que oram, as famílias precisam de mães que oram; todo filho precisa de uma mãe que ora! Fomos criadas por Deus, em nossa maternidade, também para sermos intercessoras daqueles que o Senhor nos confiou, que são os nossos filhos, e não podemos nos desviar desta missão!
Eis o desafio:
“Busquei entre eles um homem que levantasse a muralha, que se postasse diante de mim, na brecha, para o bem da terra, a fim de que eu não o destrua: não o encontrei.” ( Ez 22, 30 )
Poderia dizer, que o Senhor tem procurado, não somente homens, mas, também mulheres; mães, que se ponham na brecha, para o bem da terra, para o bem dos filhos, afim de que Ele, o Senhor, não permita que sejam destruídos por este mundo mal, levados pelo inimigo da alma e da salvação dos homens.
Será que o Senhor vai ter que dizer, que não encontrou nenhuma mãe orante, nenhuma combatente na oração, que se colocou na brecha, ou seja, que assumiu a missão de interceder pelos seus filhos e pelos filhos do mundo inteiro?
Além disso; a mãe que ora, não ora somente pelos filhos; ora também pelas outras mães, pelos pais, pelas famílias!
Santa Rita de Cássia, foi exemplo de uma mãe orante; orou não só pelos filhos, para que não se perdessem, mas, teve a ousadia de pedir a Deus que os levasse para a eternidade, para que não se corrompessem com aquilo que era passageiro; e Deus atendeu sua oração. Mas, ela foi além, rezando e dando a vida pela conversão do marido.
Por outro lado, vemos Santa Mônica, que passou 30 anos, rezando pela conversão de seu filho Agostinho, que, depois de perder-se nos prazeres da carne, vivendo na perversão, veio a encontrar-se com o Senhor, tendo sua vida transformada, e tornou-se o tão conhecido Santo Agostinho!
Que dizer então de Zélia Guérin, mãe de Santa Terezinha, que teve uma filha de temperamento e gênio fortíssimo, chamada Leônia e foi paciente, não desistindo dela, e esta filha veio a tornar-se mais tarde, também uma carmelita, como a irmã, Terezinha; e era elogiada pela sua doçura e mansidão.
Como não lembrar também, da mãe dos 7 filhos no Livro de Macabeus, que viu cada um de seus filhos serem torturados e martirizados diante de si, e encorajou a cada um, para que não negassem a sua fé! Esta mãe estava preparada espiritualmente para ver o martírio de seus filhos, para os encorajarem a aguentar firme e não negarem a Jesus, e no final, ser martirizada também; porque, certamente, era uma mulher, uma mãe de oração, uma combatente, uma intercessora, uma guerreira orante:
“Sobremaneira admirável e digna de imperecível renome foi a mãe que via morrer seus sete filhos no espaço de um só dia e o suportava com serenidade porque punha no Senhor a sua esperança.” ( 2 Mc 7, 20 )
Diante das realidades que enfrentamos, diante das circunstâncias que se encontram as nossas famílias; precisamos ser como estas mulheres, como estas mães que movimentaram o céu, com a sua oração; não porque eram boas, perfeitas; mas, justamente porque souberam reconhecer sua pequenez e total dependência de Deus!
Precisamos reconhecer a nossa pequenez, e colocar-nos sob a total dependência de Deus, para enfrentarmos as batalhas do dia-à-dia, para nos superarmos e tocarmos na vitória e nos milagres de Deus em nosso lar, mesmo que seja só na eternidade; mas, não é só! A eternidade com Deus, para nós mães, nossos filhos, maridos, nossa família; é o mais importante!
É preciso que nos coloquemos sob o Domínio do Senhor Jesus, e peçamos a Virgem Maria, a Mãe por Excelência; que interceda por nós, para que sejamos as mães que oram!
Esse é o chamado que Deus nos faz hoje; é a missão que o Senhor confia a mim e a você, que é uma mãe cristã, uma mulher de Deus!
Mãe, você está disposta a combater na oração por seu filho, por sua família? Está disposta a interceder pelos filhos e famílias do mundo inteiro, tocando no amor e na misericórdia de Deus?
Dê a sua resposta ao Senhor. Ele é Fiel!
Gilmara Lira