Formação

Santa Hildegard di Bengen e a música

No PodCast desta semana, o maestro e servo de Deus Urbano Medeiros partilha conosco sobre a vida e a obra de santa Hildegard di Bengen e a sua íntima relação com a música cristã.

Músicos e cantores, pensem nisto: “Assim como o corpo de Jesus Cristo nasceu do Espírito Santo, na integridade da Virgem Maria, também o cântico de louvor/música foi inserido na Igreja Católica, segundo a harmonia celeste pelo Espírito Santo. O corpo, com efeito, é a vestimenta da alma, que tem uma voz viva; por isso é conveniente que ele cante com a alma e com a voz os louvores a Deus.

Urbano Medeiros também partilha a grande importância da devoção a São José na vida do músico.

“Um povo que canta e toca está a um passo da verdadeira felicidade que vem o Espírito Santo. Nenhuma arte no mundo exerce no povo uma influência tão poderosa quanto a música. Por isso quem é músico e cantor tem de orar e vigiar 24 horas por dia sem cessar.”

“A humildade é a rainha de todas as virtudes” (Santa Hildegard di Bengen).


Diferença entre a música litúrgica e música de show

No PodCast desta semana, Urbano Medeiros partilha sobre sua experiência na música secular e fala da importância e das principais diferenças entre tocar na Santa Missa e tocar em shows.

“Existe uma diferença tremenda entre as músicas tocadas em shows com relação às músicas litúrgicas. Infelizmente, nós músicos queremos, muitas vezes, misturar as coisas. A forma que se toca na celebração da Santa Missa é bem diferente da forma que se toca em um show. O show é um show, a própria palavra “show” quer dizer “expor”. Na liturgia temos que ter outra dinâmica, como, por exemplo, o músico deve cantar com doçura, afinação e humildade. As pessoas, quando olharem para nós músicos no altar, precisam perceber uma unção espiritual em nós. Nós não estamos ali para aparecer, o único que deve aparecer na Santa Missa é Jesus, que é ali oferecido ao Pai. Nós todos estamos ali a serviço da liturgia.

O músico precisa cantar de uma forma ‘lisa’, sem fazer firulas, sem fazer portamento, sem colocar muitos enfeites. Ele deve cantar como a assembleia canta. O músico precisa escolher as músicas na tonalidade que o povo consiga cantar.

O cantor litúrgico precisa ter uma vida de oração; ele precisa aprender a servir com a humildade de Nossa Senhora.

Atenção, músicos: quando vocês estiverem tocando na Santa Missa não usem acordes dissonantes em seu instrumento. Dissonância já diz: é uma dissonância, é uma harmonia na qual entram notas que não são harmônicas, muito usadas no jazz, na bossa nova e outros estilos de música. Mas na liturgia devemos usar acordes mais simples: tônicas, terceira, quinta, uma sétima menor, às vezes, uma quarta suspensa, que é uma nota de passagem. Porque, se você usar dissonância, as pessoas não vão mergulhar em Deus, pois essas notas dissonantes na liturgia podem despertar outros desejos no corpo, na mente e no espírito e também na sexualidade das pessoas. Porque os acordes dissonantes são gerados exatamente para mexer com a pessoa; na liturgia temos que tocar acordes doces para o bem do Reino de Deus”.

Além desse conteúdo, maestro Urbano Medeiros dá dicas especiais para você que toca saxofone, instrumentos de harmonia: teclado, guitarra, violão e baixo, bateria e instrumentos de cordas.

“Músico, quando você estiver tocando na liturgia, em uma celebração da Santa Missa, toque como se você estivesse tocando para o melhor músico do mundo. Aliás você está tocando para o melhor músico do mundo: Deus, a Santíssima Trindade, e manifeste em seu semblante um ar de bondade, de alegria, de glória, de júbilo e de paz”, aconselha o maestro.


A música, a Eucaristia e os santos

Urbano Medeiros partilha conosco como foi seu ingresso na música e seu processo de conversão:

“Cheguei até o Senhor Jesus com a ajuda de um livro que contava a vida de vários santos da Igreja Católica: Dom Bosco, São Domingo Sávio, São Francisco de Assis, que me marcou tanto, e quando terminei de o ler eu falei assim: ‘Eu quero seguir esse caminho [santidade], porque esses homens eram de carne e sangue como eu sou e é possível trilhar esse caminho’. Então eu cheguei até o Senhor Jesus guiado pelo testemunho e pelo exemplo desses homens, que são setas indicando esse caminho maior, que é Jesus.
E a partir do momento em que eu fui tendo esse encontro com Jesus aos pés do sacrário, minha conversão foi diante da Eucaristia, eu tive muita dificuldade na questão da fé. Eu chegava aos pés do sacrário e dizia assim: ‘Senhor, se Você existe, faça-me acreditar no Senhor’.

Eu derramei muitas lágrimas porque ali no sacrário é a presença viva de Jesus e ali Ele está vivíssimo. Minha adesão ao Cristianismo aconteceu aos pés do sacrário, conversando com Jesus ali presente e sempre acompanhado pela doçura de Maria. Eu sinto uma presença muito grande de Maria em toda minha caminhada e, ao mesmo tempo em que eu fui crescendo na fé, foi brotando dentro de mim uma vontade muito grande de colocar esse dom, pelo qual eu não paguei nada a Deus para tê-lo, que é o dom musical a serviço das pessoas.

Que eu nunca use a música para explorar ninguém, que eu use a música em minha vida para ser o canal do bem, do belo, da alegria. E que, com minha música, eu possa direcionar vidas neste caminho de luz, que é o caminho de Deus”.


Espiritualidade, Missão e Arte

No PodCast de hoje temos a participação especial do maestro e ministro de música Urbano Medeiros. Dia em que comemoramos a natividade de Nossa Senhora, a Mãe de Jesus.

Ouça o músico narrando a oração de São Germano de Constantinopla e entrevista completa com o músico:

Urbano orienta os músicos em geral a tomarem cuidado com a “teologia dos holofotes”. E fala o que se espera de um músico católico, da importância de ter um diretor espiritual em seu ministério e a influência e importância de São José em sua missão.


Série Aprofundamento para Músicos - Eugênio Jorge / qual é a razão da sua música?

Confira um trecho da pregação de  Eugênio Jorge, no Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

“para servi-lO e para amá-lO Ele nos trouxe, Ele nos chamou…”

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Série Aprofundamento para Músicos - Eugênio Jorge

Confira um trecho da pregação de  Eugênio Jorge, no Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

“Qual é a razão da sua música? Qual é a razão do seu cantar?…”

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O testemunho de vida e conversão com Brais Oss

No PodCast desta semana temos a participação do ministro de música Brais Oss. que é um consagrado da Comunidade Canção Nova.

Neste episódio o músico partilha como era a sua vida antes de conhecer a Deus e como foi o seu processo de conversão: Onde em minha vida era sexo, drogas e rock and roll, foi transferido pelo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo. E relata como começou a tocar na Canção Nova e como descobriu, na música, um jeito de aproximar as pessoas de Deus.

E também conta sobre a inspiração de começar o luau na Canção Nova e apresenta dois testemunhos da última edição de julho, realizada no Acampamento PHN 2011.

Além de músico, Brais Oss é esposo de Renata Coelho e pai da pequena Sofia. Você vai se emocionar com o seu belo testemunho de fé e superação.


Série Aprofundamento para Músicos - Ricardo Sá

Confira um trecho da pregação de  Urbano Medeiros, no Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

“espiritualidade é o cheiro de Deus em você…”

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Série Aprofundamento para Músicos - Eugenio Jorge

Confira um trecho da pregação de  Eugênio Jorge, no Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

“O mundo está ansiosos por ouvir uma canção nova, e ele não ouvirá se ela não brotar de homens e de corações novos…”

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Série Aprofundamento para Músicos - Pe Delton Filho

Confira um trecho da pregação de  Pe Delton Filho, no Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

“Deus criou todo ser humano de um jeito particularmente amoroso, mas naqueles que são dotados do dom da música Deus colocou um dedinho a mais…”

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Série Aprofundamento de Músicos - Pe Wagner Ferreira

Confira um trecho da pregação de  Wagner Ferreira, Formador Geral da Comunidade Canção Nova, no Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

o que a Igreja pensa sobre o Ministério de Música?…”

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Série Aprofundamento para Músicos - Ricardo Sá

Confira um trecho da pregação de Ricardo Sá no Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

nosso ministério precisa ser um ministério de doação, de morte…”

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Série: Aprofundamento para Músicos - Urbano Medeiros

Confira um trecho da pregação de Urbano Medeiros no Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

Hoje eu vou falar de música pra vocês…”

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A sensibilidade e a sexualidade do músico

Deus concedeu muita sensibilidade a você, e ela é expressada, principalmente, quando você toca, apresenta-se nos shows, canta a liturgia, assume encontros. Não é possível ser músico sem mostrar toda essa sensibilidade, que fica à flor da pele.

No momento em que termina o espetáculo, o encontro ou a celebração, a sua sensibilidade não cai como um pavio! Ela deve esfriar pouco a pouco. Muitas vezes o “espetáculo” é simplesmente ter um encontro em que você canta e toca; uma liturgia animada por você. Após o espetáculo, com a sensibilidade à tona, você cai no vazio. Como ela está à flor da pele, além de suas características positivas, traz também marcas, feridas, cicatrizes, carências.

Por isso, músicos de Deus, “Ou Santos ou nada”. É preciso se decidir por um compromisso de castidade e vivê-lo. Quando o grupo, a banda inteira, faz um compromisso de castidade e vivê-lo. Quando o grupo, a banda inteira, faz um compromisso de castidade, um cuida do outro, para nenhum cair.
Todos nós do Ministério de Música Canção Nova fizemos um compromisso de castidade, tanto os casados como os solteiros. Seguramos uns aos outros. Não empurramos ninguém. Seguramos e naõ deixamos ninguém cair. Do contrário, somos presas do inimigo. Ele vem e, numa rasteira, derruba a todos. Nessa hora, aquele que carregou o grupo inteiro grita: “Se tivéssemos feito antes um comrpomisso de santidade…!”

Monsenhor Jonas Abib
Trecho do livro Músicos em Ordem de Batalha


Série: Aprofundamento de Músicos junho/11

Confira um trecho da pregação de Urbano Medeiros durante o Aprofundamento para Músicos aqui na Canção Nova.

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E prepare-se! O próximo Aprofundamento para Músicos na Canção Nova será de 24 a 26/02/2012.Programe-se e traga seu Ministério.

PalestraEugenio


Eu não escolhi a música, foi ela quem me escolheu

Entrevistamos Urbano Medeiros, músico e de origens judaicas, mais especificamente os judeus chamados Marranos, estes foram perseguidos na Espanha e Portugal por volta do ano 1490 por isto vieram para o nordeste do Brasil em Seridó que vem do hebraico “SHIRIT-Ó” que traz como significado: ‘Sobreviventes Daquele.’ “Esta pronúncia aqui fala diretamente do nosso Deus todo poderoso”, conta-nos Urbano

Durante a entrevista ele usa uma kipá . Mas, porque os judeus geralmente a usam no seu dia a dia?

O homem foi criado “à imagem de Deus”. Portanto, ele deve vestir-se com dignidade. A cabeça, como fonte da moral, representa a parte mais importante do corpo humano. Cobrindo a cabeça, somos lembrados da omnipresença divina, e tomamos a consciência de que a humildade é a essência da religião.

Esclarecidos quanto ao uso da Kipá, vejamos o que o nosso entrevistado de hoje fala de sua conversão ao Cristianismo: “Sou musico desde os 6 anos de idade, herdei a musicalidade do meu pai. Costumo dizer que eu não escolhi a música, foi ela quem me escolheu. Minha juventude foi uma fase muito difícil. Caí no alcoolismo, numa sexualidade desregrada. Tocava em boates, em circo, tive uma juventude fora da castidade.”

Um certo dia Urbano Medeiros teve o contato com um livro que falava da vida dos santos. De forma especial o que lhe chamou atenção foi a vida de D. Bosco. “ O pai do nosso ‘Abuna’ Jonas”, disse ele sorrindo.

Abuna em árabe ou aramaico quer dizer: “Pai”

Durante a leitura deste livro ficou muito questionado: “Se estes jovens encontraram a felicidade eu a quero encontrar também.”

Desde então a vida Urbano Medeiros não foi mais a mesma: “A partir dessa minha primeira experiência, se deu início uma luta para a minha vivência, pois eu não tinha um alicerce na fé cristã, principalmente pelas minha origens judaicas.”

Neste período de sua vida, ele conheceu algumas irmãs religiosas: “Fui até elas como profissional da música, porém foi bem interessante, pois toquei na beleza e na particularidade da fé cristã, a caridade. Um certo dia, uma das irmãs convidou-me para tocar na missa, me senti indigno não quis tocar, porém ela me disse assim: ‘Na nossa igreja tem espaço para todos.’ Aquilo me marcou muito.”

A irmãs também apresentaram ao músico também o Sacrário e a Eucaristia: “Um outro dia a irmã me mostrou o tabernáculo onde estava Jesus eucarístico, recordei-me do lugar onde guardamos a Torá, os 5 primeiros livros da bíblia.”

*O Aron Hakodesh, o mais sagrado dos objetos do Templo, era feito de madeira e coberto por ouro. Dentro, estavam as Tábuas da Lei que Moisés recebeu de Deus e o Sêfer Torá, a principal obra do judaísmo. A Arca ficava no Kodesh Hakodashim (o mais sagrado dos locais do Templo), em um ambiente onde apenas uma pessoa, o Cohen Gadol, o Sumo Sacerdote, podia acessar.

Torá, a principal obra do judaísmo

“Porém a irmã me disse que ali havia Jesus Vivo, ela me falou para conversar com ele”, nos conta Urbano: “Eu enfrentei o desafio e passei a noite aos pés do sacrário pedindo o dom da fé”, continua ele, “é muito triste viver sem fé, parece um navio sem ancora, sem ter para onde ir, desorientado.
Eu não encontrava o sentido da vida, não sabia para onde ir.”

Aquele foi um momento inesquecível na vida dele: “Pedi a Jesus o dom da fé, naquela madrugada chorei muitas horas, me senti diferente. No outro dia procurei as irmãs e pedi para fazer a catequese já tinha pouco mais de 20 anos, mas me senti um velho, pois já tinha vivido muita coisa na vida.

Comecei a ler os evangelhos e encontrei a passagem: ‘Pois que aproveita ao homem ganhar o mundo inteiro, se perder a sua alma?’ Aquilo me derrubou, eis a força do evangelho. Ali me decidi.”

Urbano Medeiros tem o privilégio de fazer a experiencia dos primeiros cristãos, a conversão do Judaísmo para o Cristianismo: “A espiritualidade dos primeiros cristãos é muito simples, é a oração, e vivendo assim me mantenho de pé mesmo nas lutas, pois ela só vai terminar no céu, as lutas fazem parte da vida, a cruz caminha conosco. O importante é viver a cruz com serenidade e segurar na mãos de Deus.”

Durante a entrevista o músico nos presenteou com belas canções tocadas num instrumento judaico chamado na Armênia de Duduk que é um instrumento tradicional de sopro, popular entre os povos cáucasos, Médio Oriente e Leste Europeu.

Fonte: http://blog.cancaonova.com/redacao/2011/08/02/de-judeu-a-cristao-a-trajetoria-de-um-homem/


Show: Mostrar algo ou mostrar-se?

Hoje em dia é muito comum ouvirmos no meio católico a palavra “show”, que dentro muitas traduções, traz os verbos: mostrar e expor. Quando existe uma mostra de algo, certamente, é para que esse algo seja apreciado ou até mesmo adquirido por alguém em função da experiência positiva que ele teve com o que foi mostrado.

A música católica tem tido cada vez mais espaço para mostrar algo ao povo. Não temos dúvida de que “esse algo” é Deus, que é o grande motivo da “mostra” acontecer! Como missionário e músico católico tenho muito medo de que minha “mostra” seja cheia de mim mesmo e pouco de Deus. Senão, de que adianta cantar em nome d’Ele?

Este é o risco que hoje nós músicos católicos enfrentamos: fazer um show cheio de nós e pouco de Deus. Muitos me perguntam como fazer para que o show seja essa mostra de Deus e sempre digo que tudo começa em sabermos quem somos, de onde viemos e quem nos chamou. Precisamos saber que viemos de Deus, que quem nos chamou foi Ele e, antes de se “preocupar” com o nosso show, Ele se preocupa com a nossa salvação.

Antes de músicos, somos filhos de Deus. Antes de uma boa produção (que é necessária!), Ele nos chama a sermos discípulos que testemunham com a vida, no dia a dia, que o nosso coração encontrou o que tanto buscava.

Músicos, “a criação aguarda ansiosamente a manifestação dos filhos de Deus”! (Rm 8, 19). Precisamos inflamar o mundo com a nossa radicalidade de vida, a qual é fruto de um encontro pessoal com Jesus Ressuscitado.

Coragem! Precisamos fazer a diferença e ser referência para todos que, de alguma forma, tocam a nossa vida.

Que possamos ouvir bem o convite que São Paulo faz a nós: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo” (I Cor 11, 1).

Nossa missão é, primeiramente, experimentar o amor verdadeiro que transforma e converte a nossa vida e, como consequência, espalhá-lo ao mundo por intermédio da nossa missão como ministros de música.

Seja feliz! Seja fiel! Seja de Deus!

Nilton Júnior
Comunidade Católica Pantokrator


Tal pai, tal filho

No PodCast desta semana temos a participação do Eduardo Neto, o Du da Banda Conexa e filho do Ricardo e Eliana Sá, membros Comunidade Canção Nova.

Neste bate-papo descontraído, Ricardo Sá fala como é ver o filho se dedicando à evangelização em um mundo de tantos atrativos para a junventude, seguindo os seus passos como músico católico.

E Eduardo Neto partilha os desafios e os privilégios próprios na evangelização dos jovens sendo um jovem.

Leia trecho deste PodCast:

Ricado Sá, qual a dica que você dá a quem tem um grupo musical ou uma banda?
“Considerem-se, amem-se. Para se ter uma boa performance musical é preciso, antes de tudo, ter uma performance existencial, que se dá a partir da amizade dentro da banda ou ministério de música.”

Ricardo vê em seu filho o resultado daquilo que eles vivem como consagrados e indicam a respeito das famílias. Uma receita bacana e segura e que dá certo.


Que música devo ouvir?

O que a música que você ouve causa em seu interior?

Hoje vou falar sobre algo delicado que, há muitos anos, é causa de muita polêmica nas reuniões dos ministérios de música: Que tipo de música devemos ouvir?

Para ter uma resposta mais adequada sobre isso é preciso entender que a música exerce um “poder” sobre quem a escuta. Isso é de fácil identificação para nós músicos, pois, quando estamos tocando ou cantando, podemos sentir alterações em nossos sentimentos ao executarmos determinados acordes. Um exemplo básico disso: Um acorde menor é facilmente relacionado a expressões mais tristes, como na Semana Santa a canção da Via-Sacra: “A morrer crucificado, meu Jesus é condenado”. É uma canção que expressa grande tristeza e basicamente tocada em tom menor. Já a tonalidade maior expressa mais alegria, claro que não só alegria, mas como disse acima, estou exemplificando de forma básica. Um acorde com 7º em determinadas aplicações revela algo indeterminado esperando uma resolução que basicamente seria a tônica maior da harmonia.

Esses exemplos são sentidos por todos os músicos que, de fato, ouvem e apreciam a música, mas indo além, uma matéria, em um site de notícias na internet, afirma que cientistas revelam que a música pop teve grande influência entre competidores de uma meia maratona no Reino Unido, aumentando a performance destes na corrida. A música tem poder de criar “tribos”, de fazer com mudemos o estilo de cabelo, que usemos roupas nada convencionais, até mesmo de estimular o uso de drogas, entre outros. Por outro lado, também tem o poder de incentivar e aumentar a fé. Entre nós músicos católicos costumamos dizer que a música é 70% do grupo de oração devido ao grande poder que ela tem de preparar o ambiente para a oração, pregação da Palavra, adoração, e assim por diante. Daí a importância da música ungida.

Bom, sabendo desses poucos fatores, o que ouvir? Com o que alimentar meus ouvidos, ego, ser, inteligência? Existem os defensores de que devemos ouvir o que tocamos, existem os defensores de que devemos ouvir somente músicas cristãs.

Monsenhor Jonas Abib diz que devemos deixar de lado as músicas mundanas e buscar no Espírito Santo de Deus inspiração. As músicas denominadas “raiz” e instrumentais podem ser ouvidas, desde que sejam bem escolhidas. O poder que você tem de fazer escolhas e a graça que o Espírito Santo lhe dá por meio da oração individual e sua espiritualidade serão o termômetro para aquilo que você ouve.

Mas está “na cara” que não dá para ter, em sua coleção musical, CDs e DVDs que levem ao sexo, à violência, ao uso de drogas, à pornografia, à infidelidade, etc., coisas que vão contra a sua fé. Portanto, 50% das músicas executadas hoje por grandes artistas já devem ser eliminadas da coleção musical do músico cristão. Existem por outro lado, músicas boas, que falam de boas coisas e trazem boas influências, sem falar de Deus diretamente. Assim como há músicas que falam de amor sem expressar um amor barato, para satisfação pessoal. Posso até afirmar como o saudoso padre Léo: “Tem gente que fez a música falando de amor a uma mulher, mas, na realidade, buscava o amor de Deus sem saber”.

Então você vai me perguntar: “E aí, André? Essas músicas posso ouvir?” Eu lhe respondo com outra pergunta: O que essa música causa em você? Causa melancolia, o faz relembrar o passado, o beijo que lembra o abraço, que lembra… Ela o faz lembrar-se do passado triste e amargo, da humilhação vivida? O que ela causa em você? A nossa boca fala e canta e nosso ser expressa do que está cheio nosso coração. Se ouço o dia todo músicas que me levam ao pecado, nem que seja em frases escondidas, fatalmente eu cairei naquele pecado mais cedo ou mais tarde. O que ouço passa a ser influência sobre o que toco e canto. Então se ouço boas coisas, tocarei e cantarei boas coisas.

Não posso dizer para você que ouça ou não ouça determinado cantor ou banda, mas posso lhe perguntar: O que você escuta tem ido ao encontro da fé que você professa, dos jovens que você quer salvar e do povo que você quer evangelizar?

Reze, busque Jesus em adoração, talvez seja o momento de fazer uma grande mudança de influências musicais.

Deus o abençoe! Eu continuo lutando!
André W. Florencio
Missionário da Comunidade Canção Nova


Segundo dia do Aprofundamento para Músicos na CN

O segundo dia do “Aprofundamento para músicos”, na sede da Comunidade Canção Nova, iniciou-se com um momento de Adoração ao Santíssimo Sacramento sob a condução de padre Delton e Márcio Todeschini. Após esse momento, o maestro Urbano Medeiros deu um testemunho sobre sua vida e missão.

A segunda pregação do dia foi ministrada por Ricardo Sá, com o tema: “Quando o músico reza”. O missionário falou da importância de o ministro de música ter uma espiritualidade, fruto de uma vida de oração.
Na parte da tarde, Eugênio Jorge iniciou a sua pregação fazendo a seguinte pergunta: “Qual é a razão pela qual você insiste e permanece insistindo em seu ministério de música? O que é capaz de sustentar a sua musicalidade até o fim?”

Padre Delton concluiu este dia de aprofundamento com a Santa Missa, e exortou aos músicos, em sua homilia: “O dia em que você perder o tesouro da pobreza e da simplicidade você perderá o seu ministério”.

Adquira as pregações. Ligue: (12) 3186-2600 E se prepare para o próximo aprofundamento para músicos que será dias 27 a 29 de fevereiro 2012. Programe-se e venha participar com a gente.


Aprofundamento para Músicos na Canção Nova

Canção Nova, a casa do músico católico

A música católica tem crescido e se desenvolvido não somente na técnica, mas também na unção. É pensando nisso que a Canção Nova convida todos os músicos cristãos para participarem do Aprofundamento para Músicos na sede da comunidade em Cachoeira Paulista (SP).

O encontro será nos dias 26 e 27 de julho, no Auditório São Paulo, e conta com 500 vagas disponíveis. Para se inscrever, entre em contato pelo telefone (12) 3186-2600.

O aprofundamento abordará temas como a espiritualidade e as tentações do músico. Também a importância da oração e do estudo na vida desses profissionais de Deus. Durante o evento, os inscritos também participarão de momentos de adoração e celebração da Santa Missa.

Presenças confirmadas:

Ricardo Sá
Missionário Canção Nova

Eugênio Jorge
Fundador da Missão Mensagem Brasil

Urbano Medeiros
Músico católico

Dunga
Missionário Canção Nova

Diácono Nelsinho Corrêa
Missionário Canção Nova

Padre Wagner Ferreira
Missionário Canção Nova

Padre Delton Filho
Fundador da Comunidade Coração Fiel

A Canção Nova está empenhada em acolher com carinho todos os peregrinos que passam por sua sede. Para isso, a comunidade conta com uma ampla infraestrutura em um ambiente alegre e acolhedor.

Se você mora no Vale do Paraíba, região de São Paulo; no sul de Minas Gerais ou no sul do Estado do Rio de Janeiro (RJ), regiões próximas à sede da Canção Nova, reúna sua família, traga seus amigos e venha passar momentos de intimidade com Deus neste Território Eucarístico.

:: Ônibus farão percurso Canção Nova – Aeroporto de Guarulhos (SP). Você pode se hospedar na Pousada Sérgio Abib, que conta com 264 leitos, ou no Camping Canção Nova. Para informações sobre mais locais de alojamento conheça a Hospedagem Papa Bento XVI e o Grupo de Apoio às Pousadas.


A postura do músico na Santa Missa

Há algum tempo, recebi uma mensagem pelo Twitter de um amigo, que dizia: “Já toquei em todos os palcos que eu gostaria, mas nada é como tocar na Missa”. Fiquei feliz em ler isso, principalmente porque veio de um grande amigo. Refleti sobre essa frase e resolvi escrever sobre o assunto. Para isso precisamos entender um pouco o que é a Santa Missa.

Segundo o Catecismo da Igreja Católica (CIC), n. 1323, Santa Missa é: “O nosso Salvador Instituiu na Última Ceia, na noite em que foi entregue, o Sacrifício Eucarístico do seu Corpo e Sangue, para perpetuar pelo decorrer dos séculos, até voltar, o Sacrifício da Cruz, confiando à Igreja, sua esposa amada, o memorial da sua Morte e Ressurreição: sacramento de piedade, sinal de unidade, vínculo de caridade, banquete pascal em que se recebe Cristo, a alma se enche de graça e nos é concedido o penhor da glória futura”. E continua: ” […] ela é a renovação do Sacrifício de Nosso Senhor Jesus Cristo, que sendo verdadeiro Deus e verdadeiro homem, pagou pelos nossos pecados na cruz. Tal Sacrifício se torna presente na Santa Missa no momento em que o pão e vinho se tornam verdadeiramente o Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor. (CIC, 1373-1381). O Santo Sacrifício da Missa é incruento (ou seja, sem sofrimento nem derramamento de sangue), pois não se repete, ou seja, é o mesmo e único Sacrifício do Calvário, porém, torna-se verdadeiramente presente na Santa Missa para que possamos receber os seus frutos e nos alimentar da Carne e do Sangue de Nosso Senhor. Por isso o Sagrado Magistério nos ensina que “o sacrifício de Cristo e o sacrifício da Eucaristia são um único sacrifício” (CIC, 1367).
Olhando para a seriedade da Celebração Eucarística, reviver o sacrifício de Cristo, que é a nossa redenção, não é qualquer coisa, nem deve ser vivido de qualquer maneira, por isso nós como músicos não podemos tocar na Missa de qualquer jeito. Quando nos preparamos para um show, existe ensaio, as músicas são quase que perfeitas na sua execução, e quando vamos tocar na Santa Missa, geralmente trazemos em nós o erro de dizer: “É só uma Missa”, ou pior ainda: “Deus aceita”. De fato, Deus aceita mesmo, não despreza nada que façamos para Ele. Mas sabendo que a Eucaristia é de suma importância na nossa fé e vivência cristã, por que também não fazemos da música da Santa Missa a mais bela de todas ou de todos os shows que já fizemos.

A música tem íntima ligação com a liturgia, dela depende e a ela serve. Tomando por base essa frase, percebemos que não estamos simplesmente tocando na Santa Missa, mas estamos prestando um serviço a Deus e à sagrada liturgia. Para isso é preciso ter a postura e a dedicação necessárias.

De forma simples, quero comentar sobre isso. A Santa Missa não é um show, mas devemos prepará-la, pensar nela. Devemos nos dedicar à escolha dos cantos litúrgicos respeitando o que a liturgia nos pede no dia. Por mais que tenhamos [músicos] posição de destaque na Celebração Eucarística, não estamos lá simplesmente para exibir nosso talento, chamando a atenção para nós. A música bem executada sempre chama a atenção, é natural querermos saber quem está tocando, cantando, entre outros, mas nossa postura deve ser a postura de quem está ali a serviço.

É preciso levar o povo a cantar; a função do animador aqui é essencial, mas também é importante observar o que se vai cantar. Músicas de difícil assimilação devem ser ensaiadas antes da Santa Missa, ou recorrer ao auxílio da letra (folhetos, projeções, etc.).

É preciso respeitar, na Santa Missa, o tempo litúrgico, as orações e tudo o mais. Nada na Santa Celebração é por acaso ou foi colocado ali por mera vontade de alguém. É importante estar em sintonia com o sacerdote que vai presidi-la.

Quero dizer com tudo isso: atenção nas escolhas das músicas. É interessante observarmos três pontos:

– Dedicação e postura do músico, a música executada com perfeição.
– Observação das diretrizes da Igreja sobre a música na liturgia.
– Unção na execução da música, que se dá pela vida de oração do músico.

Se, ao tocarmos na Celebração Eucarística, observarmos essas três dicas, vamos nos harmonizar com a celebração litúrgica, dando-lhe o devido respeito que merece.

Ser “músico de Missa” é algo extraordinário, é chamado de Deus, preste atenção no seu ministério!
Continuo na luta, acreditando sempre que posso ser melhor em Deus.

Postado por Andre W. Florencio – Missionário da Comuniadde Canção Nova


Como lidar com a sensibilidade, o orgulho e a vaidade?


Participam do PodMúsica desta semana Emanuel Stênio e Inácio, membros do Ministério Amor e Adoração, para dialogar sobre este tema: Como lidar com esses sentimentos tão humanos e comuns a todos nós?

Esse podcast vem ao encontro de todos que não sabem como trabalhar com a sensibilidade aflorada, o orgulho e a vaidade desmedidos, principalmente os ministros de música e todos aqueles que exercem algum tipo de liderança cristã.

Nesta partilha descontraída e formativa, os músicos e missionários testemunham a sua experiência como ministros de música e como homens que querem ser canal de Deus para as pessoas, buscando ter uma vida de santidade, independentemente do seu estado de vida.

Confira essas e outras dicas agora:

Para todos que são referência nos movimentos eclesiais, principalmente, os ministros de música e pregadores, eles partilham sobre os principais desafios enfrentados na vivência do ministério em seu dia a dia, por exemplo: como lidar com os fãs, com o orgulho e com a vaidade dentro do ministério de música.

E relatam como ultrapassar a barreira da vaidade canalizando tudo para Deus: “Não dê brechas, tenha uma postura diferente.
Nós músicos cristãos trabalhamos com o inverso deste mundo, não a nós, mas tudo para Deus”, aconselham.


Em sintonia com o Som que vem do Céu

O ministro de música tem senso de melodia, é afinado, tem ritmo, não entra fora do tom. Portanto, se alguém, sabendo dessas características que todo ministro de música necessariamente deve ter, notar que ele não preenche esses requisitos, tem duas saídas: uma é pedir que Deus lhe conceda a acuidade musical; outra é questionar-se profundamente sobre o seu papel no ministério, pois talvez o dom dele não seja o de cantar, mas o de interceder ou de escutar o Senhor e passar para a equipe de música aquilo que o Senhor quer.

(Trecho extraído do livro: “Formação espiritual de evangelizadores na música” de Roberto A. Tannus e Neusa A. de O.Tannus).


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