A formação ao celibato é a síntese de natureza e graça, e da colaboração harmônica dos dois níveis, deve nascer à síntese pessoal dos elementos psicológicos e dos transcendentes. De frente às acrescentadas dificuldades atuais, precisará recorrer a alguns meios em doses mais relevantes para contrabalancear os seus influxos contrários.

Conhecimento e aceitação de si mesmo: seja como organismo total nas dimensões fisiológicas, psicológicas, espirituais, seja como realidade corporal e sexual-afetiva, com uma percepção clara dos seus significados positivos no conjunto da personalidade.

Isto comportará também a reconciliação com a história pessoal e, ou seja, a assunção das próprias experiências passadas, seja positiva para dar graças, seja negativa para individuar os pontos fracos, humilhar-se serenamente diante de Deus e ficar vigilante para aquilo que virá ainda. Será de grande alegria para liberar o coração do consagrado de pesos inúteis e para motivá-lo para uma generosa doação a Deus e ao próximo

Uma progressiva visão da existência, como guiada por Deus para a purificação e crescimento individual ou como instrumento da sua sensibilização ao apostolado e à missão especifica do consagrado, constituirá uma grande forte de esperança e de confiança. A maturidade espiritual se mede também sobre esta capacidade de perceber na existência individual a grande historia de salvação.

Uma conveniente maturidade psicológica e afetiva: tal maturidade afetiva supõe a consciência da centralidade do amor na existência humana; a maturidade humana deve saber incluir, no interno dos relacionamentos humanos de serena amizade e de profunda fraternidade, um grande amor, vivo e pessoal, a Cristo Senhor. Como escreveram os padres sinodais na Vita Consecrata: “é de máxima importância no suscitar a maturidade afetiva, o amor de Cristo prolongado em uma doação universal” (VC 44).

Além disso, esta símile pedagogia da maturidade e da integração emotiva requerirá que os consagrados sejam avisados em relação aos perigos nos quais encontrará a castidade, seja no corpo como na mente, e dêem prova de um suficiente domínio nestes campos, demonstrando-se capazes de superar os perigos com o controle do coração e dos sentimentos, do corpo e dos sentidos, do relacionamento com se mesmo e com os outros.

Uma ascese pessoal cotidiana: a mortificação, o cuidado dos sentidos e o domínio de se, especialmente na área da afetividade e da curiosidade sexual presente em todas as idades, serão indispensáveis para impedir possíveis regressões ou dispersões. Somente assim podem ser superadas as dificuldades, que nascem com o passar do tempo e de certa monotonia na própria vida, como também as resistências à natureza de cada um.

Tal exercício da ascese cristã que implica o equilíbrio da pessoa e o esforço constante na busca dos valores superiores, fará que, sem diminuir os meios que alegram à santidade mental e física, o consagrado saiba integrar as energias sexuais e afetivas ao serviço do Reino, criando harmonia no seu intimo e disponibilidade para o compromisso missionário especifico.

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