Entre 2008 e 2009, o número de católicos no mundo aumentou 1,3% (de 1,166 para 1,181 bilhão). Já o total de sacerdotes cresceu 0,34% (de 409.197 para 410.593). Os dados fazem parte do Anuário Pontifício, divulgado na manhã deste sábado, 19.

O volume revela várias novidades sobre a vida da Igreja Católica no mundo. Confira as principais.

Fiéis batizados

O aumento absoluto de fiéis foi de 15 milhões, mas a distribuição do número de católicos é diferente da populacional – isto é, nem sempre a maior concentração de pessoas é sinônimo de quantidades maiores de cristãos.

Nas Américas, de 2008 a 2009, a população total correspondeu a 13,6% do total de habitantes no planeta. Por sua vez, o continente concentra 49,4% da população católica do mundo. Na Ásia, onde os habitantes correspondem a 60,7% da população mundial, o número de católicos está na ordem de 10,7% do total. Já na Europa, onde o número de habitantes é apenas três pontos percentuais inferior à América, a população católica corresponde a apenas 24% – praticamente metade do número de fiéis presentes nas Américas. Tanto para os países africanos quanto para os da Oceania, o peso da população sobre o total mundial não difere muito do número de católicos (15,2% e 0,8%, respectivamente, para a África e Oceania).

Clero

A população sacerdotal permanece com uma onda de crescimento moderada, iniciada no ano 2000, após um longo período de resultados bastante decepcionantes. O número dos sacerdotes, seja diocesanos, seja religiosos, aumentou 1,34% ao longo dos últimos 10 anos, passando de 405.178 em 2000 para 410.593 em 2009.

O aumento deriva do crescimento de 0,08% do clero religioso e ao aumento de 0,56% do diocesano. O decrescimento percentual afetou somente a Europa (-0,82% para os diocesanos e -0,99% para os religiosos), dado que nos outros continentes o número de sacerdotes como um todo aumentou. Com exceção da Ásia e da África, o clero religioso diminuiu em todos os lugares.

Já o número de Bispos no mundo passou – de 2008 a 2009 – passou de 5002 a 5065, com um aumento de 1,3%. O continente mais dinâmico é o africano (1,8%), seguido da Oceania (1,5%), enquanto Ásia (0,8%) e Américas (1,2%) estão abaixo da média geral. Para a Europa, o aumento é de cerca de 1,3%.

Os diáconos permanentes aumentaram 2,5%, passando de 37.203 em 2008 para 38.155 em 2009. A presença dos diáconos melhorou na Oceania e na Ásia em ritmos elevados: na Oceania, onde os diáconos não chegam ainda a 1% do total, o aumento foi de mais de 19%, chegando a 346 diáconos em 2009. Na Ásia, o incremento foi de 16%.

Mas o aumento mais considerável registra-se também nas áreas onde a presença já é quantitativamente mais relevante. Nas Américas e na Europa, onde, em 2009, residiam cerca de 98% dos diáconos permanentes do mundo, o crescimento foi de, respectivamente, 2,3% e 2,6% com relação a 2008.

O número dos candidatos ao sacerdócio no mundo cresceu 0,82%, passando de 117.024 em 2008 para 117.978 em 2009. Grande parte desse aumento atribui-se a Ásia e a África, com ritmos de crescimento de 2,39% e 2,20%, respectivamente. A Europa e as Américas registraram uma contração, respectivamente, de 1,64% e 0,17% no mesmo período.

Uma diminuição foi registrada entre os religiosos professos. Em 2008, eram 739.068; em 2009, eram 729.371. A crise, portanto, permanece, exceto na África e Ásia, onde há um aumento nos números.

Estrutura

Em 2010, foram erigidas pelo Santo Padre 10 novas Sedes Episcopais, 1 Exarcado Apostólico e 1 Vicariato Apostólico. Também foram elevadas: 1 Diocese a Sede Metropolitana; 2 Prelaturas a Dioceses; 2 Prefeituras e 1 Administração Apostólica a Vicariatos Apostólicos.

Os dados estatísticos, referentes ao ano de 2009, fornecem uma análise sintética das principais dinâmicas referentes à Igreja Católica nas 2956 circunscrições eclesiásticas do planeta.

O Anuário

O Annuarium Statisticum Ecclesiae (Anuário Estatístico da Igreja) informa sobre os aspectos salientes que caracterizam a atividade da Igreja Católica nos diversos Países e nos Continentes em particular.

O Anuário Pontifício 2011 foi apresentado ao Papa Bento XVI na manhã deste sábado, 19, pelo secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Tarcisio Bertone, e pelo Substituto da Secretaria de Estado para Assuntos Gerais, Dom Fernando Filoni.

A redação do novo Anuário esteve aos cuidados do encarregado do Escritório Central de Estatística da Igreja, monsenhor Vittorio Formenti, do professor Enrico Nenna e de outros colaboradores.

Já o complexo trabalho de imprensa foi, por sua vez, gerenciado pelos padres Pietro Migliasso, SDB, Antonio Maggiotto,SDB, e Giuseppe Canesso, SDB, respectivamente Diretor-Geral, Diretor-Comercial e Diretor-Técnico da Tipografia Vaticana. O volume estará disponível em brave para venda nas livrarias.

O Santo Padre agradeceu pela homenagem, mostrando vivo interesse pelos dados ilustrados e desejando expressar Sua gratidão a todos aqueles que colaboraram para a nova edição do Anuário.

“Chamado á felicidade, mas ferido pelo pecado, o homem tem necessidade da salvação de Deus. O socorro divino lhe é dado, em Cristo, pela lei que o dirige e na graça que o sustenta: ‘Trabalhai para vossa salvação com temor e tremor, pois é Deus quem, segundo a sua vontade, realiza em vós o querer e o fazer’(Fl 2, 12-13)”.

A nossa dependência de Deus é experimentada de duas formas: a primeira nossa condição de criatura; a segunda a nossa condição de pecadores. O próprio Catecismo diz que somos chamados à felicidade, mas feridos pelo pecado, temos a necessidade da salvação de Deus. Neste trecho fica claro que não só somos dependentes do Deus Criador, com também temos a necessidade da salvação de Deus por causa da nossa ferida deixada pelo pecado.
Vendo essa situação com um olhar “rebelde”, até nos parece que Deus é um carrasco e que cobra a nossa pena por causa do pecado. Nada disso é coerente, pois antes de pecarmos, por sermos criaturas, já dependíamos de Deus. Com o pecado, a dependência só aumentou. A pergunta que pode passar na nossa cabeça é que culpa, nós temos pelo pecado de Adão e Eva?
Na justificação e na graça, há algo prévio à nossa decisão e ao nosso agir, a salvação que em Cristo já é realidade, como também há algo prévio a nossa opção pessoal pelo pecado, de que Jesus nos liberta. “Foi à força do pecado que entrou no mundo por meio de um homem (Adão), que deu lugar à morte, e esta passou porque todos pecaram” (Rm 5, 12). Por causa do primeiro pecado entra no mundo a força do pecado, que arrasta todos os homens, os quais por sua vez, pecam pessoalmente.
A Palavra diz que o pecado gera morte e, que Jesus é a Vida. Se a pessoa está viva, depende da Vida e não da morte. A morte que é o pecado agi na pessoa, pois querendo ou não ela peca. Por Amor e Vontade de Deus, a pessoa está viva, então esta pessoa não pode permitir que a morte a domine. Fazer então o que? Permitir que a Vida que é o próprio Deus Encarnado, Jesus, tome conta do seu ser. O mais forte na pessoa é a vida, então a morte gerada pelo pecado não é a dependência da pessoa e sim Jesus, que faz novas todas as coisas. Aqui se vê claramente o homem velho e o homem novo num batalha de consciência e concupiscência que grita em cada pessoa.
O Catecismo segue: “O socorro divino lhe é dado, em Cristo, pela lei que o dirige pela que o sustenta”. Na cruz Jesus não quis se fazer nosso dono, ou obrigar-nos a aceitá-lo como Senhor. No alto da cruz, Jesus chega ao máximo do que Deus fez por cada um de nós, nos deu a salvação para a vida eterna. Ao falar “Pai em tuas mãos eu entrego o meu Espírito” (Lc 23, 46), está dizendo a cada um de nós: Eu vos dou o meu Espírito para que vivais.
O dom do Espírito depois da Ressurreição aperfeiçoa a obra da salvação; só em virtude do Espírito Santo podemos participar da salvação de Cristo. Se ele é aquele que diviniza, deve necessariamente ser Deus; se não é, não podemos colocar-nos em comunhão com o Pai. Em virtude do Espírito Santo, unindo-nos a Jesus, tornamo-nos filhos de Deus. O Espírito vem em auxiliar-nos nas nossas fraquezas, ele habita em nós, (trataremos mais a fundo no próximo ponto).
A dependência por sermos criaturas, é claro, pois mesmo sendo a pessoa uma criatura entre as criaturas, mesmo que neste mundo também criado, ela tenha uma evidente centralidade. Alguns filósofos cristãos como Santo Agostinho e Santo Tomas de Aquino, diziam que existe um motor primeiro, aquilo que não precisa de nada para movê-lo. Não é este o nosso caso, dependemos de um motor primeiro. Então, mesmo que um ateu não acredite em Deus, nem em sua intervenção no mundo, uma coisa é certa. Algo existe funcionando diretamente em nossa vida, para estarmos vivos.
Alguma coisa é considerada fraca quando se acaba a bateria que a fazia funcionar, mas mesmo com a bateria, a fraqueza é reconhecida, pois precisa de algo que a faça funcionar. Conosco é a mesma coisa, somos fracos, pois, precisamos de algo que nos faça funcionar. Este algo só pode ser algo que não precise de nada para o fazer funcionar. Este algo é Deus.

“Os discípulos de Cristo ‘revestiram-se do homem novo, criado segundo Deus, na justiça e santidade da verdade’(Ef 4,24). ‘Livres da mentira’(Ef 4,25), devem ‘rejeitar toda a maldade, toda a mentira, todas as formas de hipocrisia, de inveja e maledicência.’(1Pd 2,1)” (C.I.C. 2475).

O homem novo em Jesus Cristo não é aquele que por Jesus foi salvo, pois a salvação de Jesus é para todos, mas é aquele que ao encontrar com Jesus se reconhece como fraco e que depende de Jesus. O homem novo em Jesus é aquele que não deixa de sentir os impulsos da carne, mas sabe que o que é meramente carnal passa e por isso vai a busca das coisas do alto, das coisas de Deus, pois sabe que precisa de algo que o mantenha vivo e o leve para a vida eterna. Este algo só pode ser Deus.
O homem novo não elimina o homem velho, mas o enfraquece, pois o homem novo, naturalmente falando é mais forte, por isso deve ser quanto mais usado, melhor, para que o velho se enfraqueça cada vez mais. A questão é que o velho é mais experiente nas coisas do mundo em que vivemos, se tratando dos prazeres mundanos e por isso grita dentro de nós, enquanto que o novo fala baixinho.
Pode-se dizer que a pessoa humana possui o desejo, à vontade e a liberdade. Neste caso, o desejo carnal seria a nossa concupiscência, a vontade seria a consciência e a liberdade, seria a ação. A concupiscência deseja algo, a consciência sabe o que é bom e o que não é. A liberdade seria justamente a ação feita para cada um dos lados. Aqui entra justamente o uso da liberdade de uma pessoa nova em Jesus e outra que ainda não deixa o novo agir.
O ponto é justamente o encontro pessoal com Jesus que leva a pessoa a uma verdadeira contrição e um real desejo de mudança, de vida nova em Jesus. Mas o que seria esse encontro pessoal com Jesus?
O Evangelho traz inúmeros encontros pessoais com Jesus. Zaquel, Bartimeu, Maria Madalena, a própria profissão de fé de Pedro é prova disso. Todos estes encontros e muitos outros só aconteceram por causa de um reconhecimento do Senhorio de Jesus, ou seja, eles dependiam de Deus, pois eram fracos e o melhor, se reconheceram fracos. O próprio Paulo que de perseguidor, passou a defensor de Jesus e dos cristãos.
O nosso homem novo em Jesus precisa ser fortalecido com os encontros pessoais com este Jesus. Na oração pessoal, na conversa com Jesus, na confissão, na Eucaristia. Todos estes e muitos outros são e devem ser encontros pessoais com Jesus, mas todos devem acontecer não somente como um cumprimento de tabela, mas com um verdadeiro reconhecimento de que o homem depende de Deus, precisa Dele.
Nada disso é impossível, pois como vimos, o homem foi criado pouco abaixo de Deus (cf. Sl. 8, 6) e por isso já temos a Graça que é a Vontade de Deus. A verdadeira conversão só se dará quando o homem mesmo sabendo que é um ser livre, dotado de inteligência e vontade, reconhecer-se dependente de Deus, pois só Deus pode enchê-lo, pois Deus é eterno e todo o resto um dia vai passar. Como diz o catecismo “livres da mentira, devem rejeitar toda a maldade, toda mentira, todas as formas de hipocrisia, de inveja e maledicência”. Pois como está no Gênesis “Deus viu que tudo que havia criado era bom” (Gn 1, 30), inclusive o homem e a mulher.
O encontro pessoal com Jesus acontece não de forma estabelecida pelo homem e sim por Deus. O papel do homem é aceitar concretamente a sua condição de criatura, dependente, e até mesmo de fraco diante da grandiosa presença de Deus e querer se encontrar com Jesus. Deus é muito simples e quer se relacionar com cada pessoa humana. Cabe à pessoa querer relacionar-se com Ele através de sua vida, sendo um verdadeiro testemunho de conversão e santidade.

“Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem, como nossa semelhança, e que eles dominem sobre os peixes do mar, as aves do céu, animais domésticos, todas as feras e todos os répteis que rastejam sobre a terra.’ Deus criou o homem à sua imagem, a imagem de Deus Ele o criou, homem e mulher Ele os criou”.(Gen 1, 26-27)

Diante do relato poético do Gênesis, independente da forma, temos a certeza não só da criação que somos, mas também de como fomos e para que fomos criados por Deus. Ele nos criou à sua imagem e semelhança e não só, o plural do verbo confirma (façamos), criados à imagem e semelhança da Trindade Santa. Para dominar é que fomos criados. Mas até que ponto é este dominar as outras criaturas?
O dominar no sentido bíblico é saber usufruir daquilo que é Dom. No mesmo relato do Gênesis, Deus, após criar cada coisa, viu que era boa, inclusive a pessoa humana. A criação é um dom de Deus, dado à pessoa humana não para que ele domine como um ditador, mas para saber e usar bem de cada benefício dado por cada criação de Deus.
Como já vimos, a pessoa também é criatura de Deus e da mesma forma que muitas vezes quer dominar, num sentido de escravizar, também se deixa dominar ou até mesmo escravizar-se por outras coisas. Acontece isso justamente pelo fato de o homem não se completar sozinho e necessita que algo o leve ao preenchimento total do seu ser. É justamente esta necessidade da pessoa – ser criatural – que o faz se relacionar com Deus.
A fidelidade de Deus manifesta-se no amor que o leva a enviar seu Filho ao mundo. O sim de Deus ao mundo em Cristo é o que o leva à consumação de seu plano em seu Filho Jesus. Como sabemos, o homem foi infiel a Deus e não Deus infiel à sua obra. Volta-se ao Salmo 8: “E o fizeste pouco menos do que um deus.”.
A imagem e semelhança de Deus são justamente a liberdade. Deus não nos deu a liberdade, Ele nos criou livres. Pode-se até dizer que Deus, ao criar a pessoa, correu o risco de não ser aceito pela criação. O Concilio Vaticano II recorda que “todo homem é uma questão não resolvida, da qual ninguém pode escapar, principalmente nos momentos mais importantes da vida”.(Gaudium Et Spes 21).
Essa condição do homem (criatura livre) é o resultado da ação de Deus; é preciso ver o que Deus quer ao criar o homem assim. Cada homem foi criado para existir em relação com Deus, nisso consistirá sua condição de imagem e semelhança de Deus. O homem sendo imagem e semelhança de Deus torna-se dono de seu próprio poder (enquanto criatura livre), para garantir e afirmar a soberania do único Senhor do universo. Neste sentido, o homem é considerado representante de Deus no mundo. Se for representante, também é dependente, pois não é a imagem e sim foi criado segundo a imagem de Deus.
A criação já é mistério de salvação. Se o mundo foi salvo por Cristo e em Cristo, isso significa que foi criado por ele e nele. A criação não é, então, um mero pressuposto neutro para que depois se desenvolva a história de Deus com os homens, mas é já o início dessa história que culminará em Jesus. Ele é a razão e a harmonia do universo. Por isso os cristãos são aqueles que conhecem e seguem a Verdade, que a possuem em plenitude. A criação é um tema teológico de primeira ordem, que deriva imediatamente da cristologia (Estudo Teológico de Cristo) e a completa, porque mostra o significado universal de Cristo feito homem.

Por si só, a invenção do telefone provocou uma grande revolução no mundo das comunicações. O advento do computador, associado às telecomunicações, gerou uma nova tecnologia: a teleinformática. Essa tecnologia é simplesmente responsável pela Internet, um novo conceito em comunicação, responsável pela explosão de uma nova era: a da informação. Vivemos um momento em que a informação viaja na velocidade da luz.

A tecnologia disponível na atualidade imprime uma maior velocidade nas mudanças do nosso cotidiano e a Igreja Católica está sensível a essas mudanças. A Internet deverá ser vista pela Igreja não só como uma ágil ferramenta de comunicação, mas, sobretudo, como um instrumento útil de evangelização de um povo cada vez mais carente de Deus.

Estamos vivendo uma época ímpar, em que a Igreja faz todo esforço possível para adaptar-se, conforme as exigências do momento, sem, contudo, se distanciar do que é essencial, às novas tecnologias, com um desejo de construir e fazer acontecer o Reino de Deus, abrindo, assim, uma nova página, início de um novo capítulo na história da evangelização. Para a Igreja, evangelizar é levar a Boa Nova a todas as parcelas da humanidade, é fazer nova todas as coisas (cf. Ap 21, 5).

Felizmente temos a internet como uma graça que fascina a todos, como um espaço que nos ajuda no descobrimento de novos caminhos, meio imprescindível para fazer ecoar a mensagem do Evangelho, tornando a pessoa humana, nos dias de hoje mais alegre e feliz, totalmente realizada em Cristo.

Hoje surgem novos campos, novos areópagos. É só olhar o mundo da internet para encontrar os nomes que já são conhecidos: webs, sites, meios virtuais, programas interativos de TV, entre outros. À medida que se experimenta a ciência e a tecnologia, é claro e evidente que aparece o avanço na evangelização. As distâncias encurtadas e os acontecimentos e notícias em tempo real são graças e bênçãos. Que beleza e que maravilha!

Por isso, uma corajosa e lúcida imaginação se faz necessária, com uma boa linguagem e bem apropriada, de tal modo, que o Evangelho chegue aos homens e mulheres do nosso tempo, envolvendo-os na nossa cultura hodierna, urbana e moderna. Cristo quer o coração ardoroso das pessoas de boa vontade, nas circunstâncias atuais, com novos métodos, novas expressões e novas maneiras.

Agora é preciso que tenhamos, nos dias de hoje, pessoas capacitadas, que vivam a intimidade das novas tecnologias, colocando-as a serviço da Boa Nova da Salvação. Eis o nosso maior desafio, que é de toda a Igreja. Precisamos de animadores atualizados, que saibam levar a Palavra de Deus ao coração da nossa boa gente, com eficácia e criatividade, num mundo, em grande parte, indiferente, longe e distante da proposta e do convite do nosso Bom Deus, que é para todos.

O documento A Igreja e a Internet contribui para maior integração desses modernos recursos na atividade pastoral. A missão que Jesus deixou à Igreja foi a de transmitir aos confins da terra, até ao final dos tempos, sua mensagem salvadora. Ela deve ser cuidadosamente distinguida do crescimento do Reino de Cristo. Contudo, seu progresso é de grande interesse para o Reino de Deus, na medida em que pode contribuir para organizar a sociedade humana. Ora, os atuais meios de transmissão de idéias representam fatores importantes na História, pois poderão cooperar, de forma eficaz, para os valores da dignidade humana, da comunidade fraterna e da liberdade, além de facilitar a transmissão do Evangelho.